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    Civilizações - Humanidade de Todas as Partes - Apostila 1

    Civilizações - Humanidade de Todas as Partes - Apostila 1

     

       

    "Contudo, ela se move..."

    Galileu Galilei

     

    (1564-1642) – Físico, astrônomo, matemático e filósofo – Condenado pela Inquisição Católica por não abjurar sua descoberta de que é a Terra que gira em torno do Sol, e não este em torno daquela, conforme defendido pelo Vaticano, à saída do tribunal profere a célebre frase acima grafada.

    “Até os dias de hoje, nos últimos trinta anos, o pensamento comum para a ciência e as religiões era de que estávamos sós no universo.  O único refúgio da vida nos confins do universo.  Mas ninguém acredita mais nisso.”

    Dr. Edgar Mitchell

    Astronauta da Apollo 14

    O sexto homem a pisar na Lua, em Fev. de 1971

     

    É árdua a busca do Conhecimento

     

    Desde que o homem é homem, e desde a mais antiguidade conhecida, intriga-lhe a infinidade de pontos luminosos que enfeitam a abóbada celeste nas noites claras.

    Inicialmente, numa curiosidade ingênua, pois, abrigado em sua caverna, pouco sabia até mesmo como se comunicar com seus iguais.  Mais tarde, como nômade, percorrendo vales, montanhas e planícies, tinha nas noites claras os referenciais que aquelas luzes lhe indicavam.

    Mas na medida em que seu intelecto ia desenvolvendo mais se intrigava em compreender o que eram aqueles pontos luminosos e porque ali estavam.  Alguns se movendo quase imperceptivelmente, já outros cruzando o céu em movimentos rápidos.

    O que seria tudo aquilo ?

    Todavia, não só os pontos luminosos noturnos aguçava-lhe a curiosidade.  Também sentia-se propelido a indagar sobre si mesmo, sobre o porque da vida.

    O que sou ?

    O que é este chão que piso ?

    Indiferentemente às perquirições do homem, os milênios seguem sucedendo milênios, tantos que a contagem do tempo ainda não encontrou um valor que se equipare entre os ramos das ciências astronômica, geológica e antropológica.

    Não obstante os enormes obstáculos para auferir conhecimentos concludentes, o homem não desanima.  O passar das eras confiou-lhe descobertas que, se por um lado respondeu-lhe inúmeros questionamentos, por outro lado deixou-o ainda mais insatisfeito. De um novo conhecimento alcançado desdobram-se muitos outros questionamentos.

    Só uma certeza passou a ter: o saber de agora, por maior que seja, ainda assim é transitório, é ínfimo comparando-se com o que se depara a cada novo passo.

    Mas não desanima.  E embora seja árdua a busca do conhecimento, prossegue juntando as peças desse monumental quebra cabeça que é o de conhecer-se a Si e de inteirar-se do Cosmo.

    Para saber quem ele é, o homem, nos dois últimos séculos, encontrou substanciosas respostas na área da ciência espiritualista.  Os pioneiros que ao ocidente trouxeram inegáveis subsídios nesta área do saber e que formalizaram núcleos de estudos metafísicos foram:

    1 - No dia 18 de Abril de 1857, na cidade de Paris, França, era lançado, a público, por seu organizador, Léon Denizard Rivail, (1804-1869) com o pseudônimo de Allan Kardec, o O Livro dos Espíritos.

     

     

    Arrojado acontecimento que, de uma vez por todas, e contrariando os maciços dogmas científicos e religiosos da época, punha o Espírito em inegável evidência. Não mais aquela forma filosófica e religiosa com que o tratavam. Porém, demonstrando sua autenticidade.  Sua preexistência à encarnação e, impactando as opiniões correntes, contando da sobrevivência do Ser após a morte de seu corpo físico.  E muito mais ainda, seu retorno à vida física em subsequentes encarnações; as condicionantes do viver em dimensões extrafísicas; a existência de outros mundos habitados; habitados tanto por seres corpóreos, como assim o somos, como por seres menos corpóreos, isto é, investidos de corpos menos densos, se comparados com os nossos, porém, ainda assim, corpos de fisiologia apropriada à dimensão/densidade que habitam.

    Inegável acontecimento de grande arrojo  porque punha ao desnudo a fundamentação definitiva sobre o Espírito.  O Ente preexistente ao ser corpóreo e a continuidade da vida após a morte.

    Estava formada o que viria de ser chamada  a Doutrina Espírita que em seus anos subsequentes tanto benefício trouxe, e vem trazendo, à humanidade de forma geral e, em particular, para aqueles indivíduos – homens e mulheres – que padeciam do até então incompreendido fenômeno da mediunidade.  Incompreensão que os levavam às promíscuas e desumanas internações em sanatórios e manicômios, tratados como incuráveis dementes e jogados em masmorras como as de Salpêtrière.

    O arrojado trabalho de Allan Kardec punha por terra séculos de má vontade e cegueira científica para com a problemática do psiquismo do ser humano e suas possibilidades, muitas, de percepção e contato com as dimensões extrafísicas e com os seres nelas habitando.

    Também abriu no âmbito que se possa chamar de religioso uma compreensão mais ampla e coerente sobre a existência do Ser.  Ser que deixou de ser o mendicante dos templos para alçar-se à posição de Filho do Criador, que o é, por direito. E por extensão, um Ser cósmico.

    2 - Mas as mudanças nos conceitos científicos e religiosos quanto ao Espírito – preexistência à encarnação e continuidade existencial após a morte do corpo físico – não ficaram só no valoroso trabalho de Allan Kardec.  Após ele, surge no cenário mundial dos estudos psíquicos Helena Petrovna Blavatsky. (1831-1891) Dotada de excepcionais recursos medianímicos lança, em 1877, seu primeiro livro: Isis sem Véu.

     

     

    Após este veio a lume sua obra basilar fundamentando a Sociedade Teosófica, qual seja, A Doutrina Secreta, importante e vasta contribuição para a compreensão não só do que seja o Homem quanto, também, de todos os demais reinos da natureza em suas marchas evolucionais. Principalmente, para a desmistificação quanto às superstições conceituais sobre o Divino, dando o compreensivo real valor do que seja o Criador e Sua Criatura.

    3 - Outros contributos, nessa mesma esfera, a dos estudos psíquicos e o conhecimento do oculto, vieram a seguir pelos trabalhos de Rudolf Steiner, (1861-1925).

     

     

     Fundamentou a Sociedade Antroposófica cuja doutrina toma em consideração o conhecimento da natureza como um todo e do homem em especial, aliando suas ações nos ramos da medicina, agricultura, arquitetura, pedagogia e organização social. 

    4 - Já mais perto de nós, aqui no Brasil, temos a contribuição de Henrique José de Souza, (1883-1963).

     

     

     Fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, uma derivação que é da Sociedade Teosófica.  Suas bases são esoterismo, teosofia e ocultismo.

    5 - Também queremos destacar a presença nas lides do espiritualismo de Victor Manoel Gomes Rodrigues (1917-1977) que passou a ser conhecido pelo nome de Samael Aun Weor.

     

     

    Foi o fundador da Gnose, instituição cuja fundamentação filosófica é a busca pelo conhecimento de si e do cosmo.  Ou seja, quem é o ser inteligente da Terra e qual sua real posição no universo.

    Com o vanguardismo destes valorosos personagens a humanidade terrestre pôde respirar aliviada quanto à problemática do psiquismo humano, demovendo de vez as superstições religiosas que a prendiam a: um céu privilegiador caso se mantivesse submissa a dogmas teológicos, ou a um mundo de chamas infernais se a esses mesmos dogmas recusasse.

    Mostraram, os pioneiros acima, que o Espírito encarnado na Terra é só mais um no rol das incontáveis criaturas que habitam os incontáveis mundos físicos das incontáveis galáxias. Não só isso, inclui-se também na lista as criaturas semi-corpóreas e as incorpóreas que preenchem as esferas semi-fisicas e as não físicas de todas as dimensões por todos os Universos.

    Enfim, o conhecimento espiritual, porque não dizer, metafísico, que os fundadores mencionados dotaram a humanidade da Terra, posicionou, de vez, o Espírito em seu devido lugar: O de Ente Cósmico!

     

     

    Ente Cósmico !, o que significa dizer:

    E´ o mesmo que encarna corpo físico na Terra;

    E´ o mesmo a encarnar corpo físico em qualquer outro planeta situado na terceira dimensão, esteja em que galáxia estiver;

    E´ o mesmo que “encarna” corpo menos denso em qualquer planeta de densidade mais sutil que a terceira dimensão, esteja em que galáxia estiver, também chamados de seres Ultradimensionais;

    E´ o mesmo que habita as chamadas esferas espirituais, ou planos interdimensionais, próprias de cada planeta e, para tanto, utiliza-se de corpos energéticos, tais como o corpo Astral, o Mental, etc, após a morte do corpo físico ou do corpo menos denso, conforme for o caso;

    E´ o mesmo que tendo atingido expressivos níveis de evolução pode ser chamado de Ser Energético – energia pura – dada a sutileza dos invólucros que utiliza.

    Detalharemos sobre isso mais à frente.

    Aqui, nesta apostila, é importante ressaltar, como vínhamos comentando, que apesar da inestimável importância dos ensinos que nos legaram Kardec, Blavatsky, Steiner, HJSouza e Samael, nenhum deles foi facilmente aceito pela sociedade de suas épocas.

    Enfrentaram severas críticas: pelos senhores das ciências foram considerados fraudulentos e, pelo clero dominante, que já não mais podia levar “hereges” às fogueiras inquisitoriais, usaram das iguais chamas para queimar as obras editadas dos respectivos autores.

    Todavia, a humanidade cósmica nunca se encontrou ao desprotegido. Há uma hierarquia de Seres Sublimes organizando e direcionando o destino de todos.

     

     

    Desta forma, designado está que o processo evolucional de todos os seres se faça contínuo, sejam quais forem os obstáculos que venham de impor as forças das sombras, às vezes rotuladas de ciência ou de religião.

    Obstáculos que serão sempre transitórios, como são transitórias todas as formas de vidas manifestas, em todas as suas nuances: corpóreas, incorpóreas, ultracorpóreas.  Prevalecente em todas e quaisquer situações somente o Ente Essência, o Espírito.

    E sob tal designação a humanidade do planeta Terra passou a segunda metade do século XIX, todo o século XX e vem adentrando o século XXI, onde, espocam informações e mais informações, cada vez aclarando mais a temática da existência do Espírito: preexistência às encarnações; sua sobrevivência após a morte; comunicabilidade entre dimensões.

    Os muros da intolerância científica e religiosa quanto a esta questão vão ruindo, fragorosamente, a cada nova descoberta que eles mesmos, os cientistas, vão formulando, desbancando postulados, teses, teorias que vinham encapsulando o saber na Terra.

    Mas as evidências da existência do Espírito, preexistência à vida, e sobrevivência após a morte, não mais se limita as estudiosos das escolas acima nomeadas: Espiritismo, Teosofia, Antroposofia, Eubiose e Gnose. Agora avança pelas disciplinas: arqueologia, antropologia, ciências sociais, política, tecnologia, forças armadas, biológicas, metapsiquismo e ... religiosa.  Esta última, para não perder o trem da história, e se ver abandonada no limbo das mentiras secularmente pregadas, vai, aos poucos, dando novo direcionamento teológico nos quais, discretamente, insere nos discursos homilíacos.

    Sinal dos tempos, dirão alguns.  E que tempos !, onde tudo se transforma ao ímpeto dos minutos. Antes, as mutações se faziam lentamente ao ritmo de milênios.  Agora, como um vendaval, acontecem na razão de dias.

    Não era sem tempo porque agora a questão Espírito não se restringe mais às escolas esotéricas.  Como mencionado acima, abrange todas as disciplinas que tratam do viver da humanidade e sua segurança.

    A questão Espírito agora traz ao entorno humano da Terra, de forma indisfarçável, os seres de outros planetas que aqui aportam, venham eles dos outros orbes desta mesma terceira dimensão, ou venham do que se possa chamar de Ultradimensões.

    Uma só coisa é certa: venham de onde estiverem vindo, aqui já se encontram e os governos não mais conseguem manter, sob sigilo, suas pesquisas e seus arquivos por tanto tempo negado ao público.

    Reflitam, portanto, como foi árdua a busca pelo conhecimento que hoje temos com a maior facilidade.  Contando desde Kardec até esta data, foram 156 anos, e de Galileu são 449 anos de pesquisas, experimentos, discussões, dores morais, descréditos e fogueiras queimando vivos aqueles e aquelas que enxergavam mais longe e ousavam falar do que viam, extenso tempo por onde passaram inúmeros outros vanguardeiros.

    Citar todos os nomes seria justo, porém a lista seria muito vasta. Aos que já deixaram o cenário terrestre, tenham sido eles esoteristas, espiritualistas, cientistas, ufólogos, bem como aqueles que ainda estejam entre nós, a todos eles queremos registrar aqui nosso respeito e agradecimento pelo que fizeram mantendo acesa, e propagando-a, essa luz que nos abre os Portais do Cosmo.

    O feito de todos eles se nos configura, de uma vez por todas, que não estamos sós nos Universos. Que os pontos luminosos esparramados pelo céu noturno não são só luzes piscantes, como se vagalumes fossem. Descobriu-se que são sóis como temos o que rege o sistema planetário a que a Terra pertence.  São estrelas – sóis – regendo outros, infinitos, sistemas planetários.  Sistemas planetários que, por certo – não mais se nega isso – também acolhem humanidades – civilizações – como a Terra nos acolhe.

    Como se expressou Edgar Mitchell, quanto ao de estarmos sós no universo “... ninguém acredita mais nisso.”

    Portanto numa modalidade modesta, dada nossas insuficiências, estaremos comentando nas páginas desta série esta temática sobre a vida manifesta no Cosmo.

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    Figuras 01A e 01B – Imagem de fundo autoria de Gary Tonge da Urantia Fundation.  A ela acrescentamos a figuração dos dois seres.

    Apostila escrita por

    Luiz Antonio Brasil

    Junho de 2013

     

     

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