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"INFLUÊNCIA ENTRE TABAGISMO E OBSESSÃO ESPIRITUAL | Alma Querida | Parte 1 (18/07/2018)"
Parte 2
Motivações para o hábito de fumar
De modo geral, o hábito de fumar atende a pressões sociais, bem como a necessidades psicológicas.
Os jovens, muitas vezes, começam a fumar por imitação, para serem atraentes, adquirirem segurança, expressarem sua independência ou rebeldia (reflexo das propagandas que exploram uma ligação tipo: cigarro, maturidade, independência e estilo de vida).
Dentre as motivações para o uso, incluem-se:
- prazer de fumar, de executar todo o ritual até soltar a fumaça e observar os desenhos no ar, descontraidamente;
- a necessidade de fumar para aliviar tensões, enfrentar situações adversas, dominar sentimentos de medo, nervosismo, acanhamento, vergonha, etc.
Constata-se, contudo, uma carência de estudos e pesquisas relacionadas às motivações para o uso do tabaco (o mesmo acontece, talvez em menor escala, para o alcoolismo), quando comparados àqueles referentes às drogas ilícitas.
Consequências do uso do tabaco
A médio e a longo prazo, podem-se identificar conseqüências do uso de tabaco a níveis clínicos, ecológicos e econômicos.
Do ponto de vista clínico, observa-se um elevado índice de câncer nos pulmões, boca, faringe, laringe e esôfago, principalmente quando associado ao consumo de álcool.
Apresenta, ainda, riscos de câncer na bexiga, pâncreas, rins e útero.
Outras conseqüências importantes são: derrames, ataques cardíacos, angina, bronquite, enfisema pulmonar, além dos riscos aumentados de úlceras e arteriosclerose.
O fumo pode antecipar a menopausa, envelhecendo prematuramente a mulher.
A nicotina favorece a formação de rugas, causa palidez, obstrui os poros, resseca a pele das mãos, mancha os dentes, envelhece prematuramente as gengivas e irrita as cordas vocais, dando ao fumante uma "voz rouca".
Ainda em relação às mulheres, o risco de enfarto cardíaco é maior quando associado ao uso de pílulas anticoncepcionais.
Quando uma gestante fuma, as substâncias tóxicas do cigarro atravessam a placenta, afetando diretamente o feto.
Os efeitos maléficos do fumo em mulheres grávidas que fazem uso de cigarro (um maço por dia) são:
- o feto pode nascer com baixo peso e menor tamanho;
- aumento do risco de aborto espontâneo;
- maior probabilidade de ocorrer a Síndrome de Morte Súbita Infantil;
- aumento do risco de nascimento de crianças com defeitos congênitos.
Caso a mulher grávida pare de fumar e não se exponha à poluição tabágica, esses riscos diminuem e se tornam semelhantes aos das mulheres que nunca fumaram.
Quanto aos problemas ecológicos (folheto do Ministério da Saúde), podem-se citar:
- a utilização de fornos à lenha para a secagem das folhas de tabaco, contribuindo para a devastação de florestas.
- cada trezentos cigarros produzidos utilizam uma árvore, ou seja, o fumante de um maço de cigarros por dia consome uma árvore a cada 15 dias.
- a plantação de fumo emprega grande quantidade de agrotóxicos, intoxicando os plantadores, poluindo o solo, a água e o ar.
- a terra onde se planta o tabaco fica empobrecida, não servindo mais para o cultivo de alimentos.
- os grande incêndios que ocorrem na zona urbana e rural, por cigarros acesos, jogados inadvertidamente em locais secos.
Do ponto de vista econômico, o recolhimento de impostos de cigarro não cobre os gastos decorrentes de seu consumo, tais como, doenças, faltas no trabalho, etc. e nem os prejuízos ecológicos, citados anteriormente.
Em nível particular, sabe-se do sacrifício econômico de muitas famílias, que chegam a prejudicar a alimentação dos filhos para sustentar sua dependência.