Efeitos do tabaco
Nas culturas ocidentais, a nicotina é ingerida primariamente através do fumo ou da mastigação das folhas de tabaco.
Fumar significa inalar 4.720 substâncias tóxicas, incluindo óxidos de nitrogênio, amônia e aldeídos, além da nicotina, alcatrão e monóxido de carbono, que constituem os três principais componentes do tabaco:
O cigarro contém também 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.
O alcatrão (TPM) contém aminas aromáticas possivelmente causadoras de câncer.
O monóxido de carbono (CO) acarreta uma redução na capacidade do sangue de transportar oxigênio e, conseqüentemente, um aumento no número de hemácias (policitemia); provavelmente é o responsável pelo desenvolvimento de doenças cardíacas.
A nicotina, indiscutivelmente, é considerada a maior (embora não seja a única) produtora de reforço para instalar a dependência e desenvolver a tolerância, associada também a fatores psicológicos, que talvez expliquem, em parte, a dificuldade dos fumantes pararem de fumar.
Uma tragada de fumaça resulta em níveis mensuráveis de nicotina no cérebro dentro de segundos.
Um cigarro médio sem filtro contém 1,5 a 2,5 mg de nicotina; com filtro ocorre uma leve diminuição desse índice.
Os cigarros com "baixo teor de alcatrão" possuem, em compensação, níveis aumentados de monóxidos de carbono (trata-se da mesma substância que sai do escapamento dos automóveis).
Comprovadamente a nicotina, quando consumida em pequenas doses, altera o funcionamento do SNC - (Sistema Nervoso Central), através de um aumento do estado de alerta, seguido por uma sensação de calma.
Também é observada maior clareza de pensamento e aumento da concentração.
A pouco tempo, os jornais noticiaram a informação de um cientista que trabalhava numa indústrias de cigarro e comprovou a manipulação da nicotina, este caso trouxe sérias repercussões sociais e foi tema do filme "O Informante".
No nível físico, o uso de tabaco provoca uma diminuição do apetite, relacionado ao decréscimo na força das contrações estomacais, bem como náuseas e vômitos, por causa de um efeito direto sobre o SNC, ocasionando também úlceras no estômago.
No aparelho respiratório, é comum ocorrer irritação local e o depósito de substâncias carcinogênicas (responsáveis pelo câncer).
O uso intenso provoca um aumento no ritmo cardíaco, na pressão sangüínea e na força das contrações cardíacas, predispondo ao enfarto, derrame cerebral e doenças dos vasos sangüíneos.