A obsessão tornou-se o Mal do Século e a desobsessão precisa ser tratada com extrema dedicação pelas instituições doutrinárias, dentro das normas científicas da doutrina, sem desvios para interpretações pessoais desprovidas de uma sólida base experimental.
As técnicas psicológicas e psiquiátricas do restabelecimento do equilíbrio dos pacientes não dão resultados satisfatórios, quando se trata realmente de obsessão.
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As sessões mediúnicas de doutrinação comum são de grande importância para prevenção de obsessões e para o restabelecimento final dos casos agudos.
Os que hoje as menosprezam por considerá-las ridículas e portanto nefastas ao bom conhecimento da doutrina, simplesmente não sabem o que fazem.
Há uma conjugação natural entre as sessões de doutrinação e as sessões de desobsessão, pois cabe às primeiras prevenir e até mesmo impedir os casos obsessivos.
“Obsessores e a Auto-Reforma Moral” é um dos pontos centrais da visão espírita ensinada por Chico Xavier, Allan Kardec e mentores como Emmanuel e André Luiz.
Vamos explorar de forma clara e profunda o que isso significa
1. O que são obsessores
Na linguagem espírita, obsessores são espíritos desencarnados (às vezes antigos desafetos, ou seres em sofrimento) que influenciam negativamente as pessoas encarnadas.
Mas Chico Xavier sempre dizia que ninguém é obsediado por acaso — há afinidade vibratória entre obsessor e obsediado.
“Os obsessores não nos visitam sem razão. São companheiros que nós mesmos atraímos, conforme o que trazemos no coração.”
— Chico Xavier / Emmanuel
2. A lei da sintonia espiritual
O espírito André Luiz ensina, através de Chico, que cada pensamento e sentimento cria uma vibração.
Se alimentamos raiva, orgulho, vícios ou mágoas, passamos a vibrar em sintonia com entidades que têm o mesmo padrão emocional.
“Sintonizamos com aqueles que pensam e sentem como nós. Ninguém sofre obsessão sem que, de algum modo, lhe abra a porta pela invigilância.”
— André Luiz, em “Nos Domínios da Mediunidade”
Portanto, a obsessão não é castigo, mas convite à reforma íntima.
3. A auto-reforma como libertação
Chico explicava que a única maneira duradoura de se libertar de obsessores é a auto-reforma moral — a mudança interior.
“O obsessor não é um inimigo, é um irmão em sofrimento que nos mostra o que ainda precisamos corrigir em nós.”
— Chico Xavier
Através do perdão, prece, trabalho no bem e autodomínio, o encarnado vai elevando sua vibração, tornando-se inacessível à influência inferior.
Quando isso acontece, o obsessor perde o “campo magnético” para agir.
4. O papel do amor e do perdão
Emmanuel orientava:
“Perdoar é libertar o outro e libertar-se. Enquanto guardamos ódio, o obsessor tem morada em nós. Quando amamos, ele não encontra mais abrigo.”
Chico, em sua humildade, dizia que muitos dos nossos obsessores são almas a quem devemos amor e prece, pois também sofrem.
A cura da obsessão, portanto, não é expulsar o espírito, mas curar a si mesmo.
5. Os instrumentos da libertação
Segundo Chico e os mentores, os principais recursos da auto-reforma são:
- Oração diária → eleva o pensamento e cria proteção vibratória.
- Evangelho no Lar → harmoniza o ambiente e educa as emoções.
- Trabalho no bem → canaliza as energias em ações construtivas.
- Vigilância dos pensamentos → impede que ideias negativas se fixem.
- Evitar vícios (álcool, drogas, raiva, maledicência) → fecha as “portas vibratórias” por onde os obsessores agem.
6. Síntese espiritual de Chico
“A obsessão termina quando o amor começa.”
— Chico Xavier
“Quem reforma o próprio coração ilumina os caminhos e desarma os adversários invisíveis.”
— Emmanuel
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