Mediunidade 2 - Apostila 45

Mediunidade 2 - Apostila 45

  

          ESTUDO DA MEDIUNIDADE

                                                                  

35ª Parte

  

“O passe é uma transfusão fácil de fluidos (...)  No entanto, requer do doador, (...) o dom de curar e a disciplina das emoções (...)  Os pensamentos desordenados desajustam o psiquismo e adelgaçam todo o mundo orgânico, com propensão a variados tipos de enfermidades.”

(Miramez – Livro: Horizontes da Mente – página 93)

 

ATIVIDADES X

 

INFLUÊNCIAS GERAIS II

A apostila 44 demonstrou alguns aspectos que provocam alterações funcionais no organismo do médium.  Nesta veremos algumas possibilidades para melhorar o estado mental e, por conseqüência, diminuir aquelas influências que causam incômodo.

A mediunidade pode ser comparada a dois sistemas de abastecimento como os que se demonstra na figura 45A.

 

 

Quadro A – o hidráulico que, acionando-se a torneira  temos o fluxo de água;

Quadro B – o elétrico, percebido numa lâmpada que transforma a energia do gerador em luz.

Quadro C - A comparação da mediunidade com os dois sistemas se prende ao fato de que no invisível temos o manancial a nos fornecer energias criativas e renovadoras. 

O manancial é o Mentor.  Para ter essas energias no ambiente físico é preciso que o médium se comporte como a torneira ou a lâmpada. Isto é, manter-se ligado à fonte.   Todavia, observa-se, tanto a torneira como a lâmpada, ambas estão interligadas a um sistema, pois é do sistema que vêm os fluxos abastecedores.   Nenhum proveito terá a torneira, ou a lâmpada, se não estiverem conectadas a um circuito. 

 

 

Exatamente isso que o médium deve procurar fazer: pertencer a um sistema.

 

Como estamos nos referindo à mediunidade fundamentada em bases humanitárias, tal sistema deve ser escolhido dentre os de origem Superior.  Além disso, não basta escolher, é preciso preparar-se para poder vincular-se ao conjunto de mentes elevadas.

 

Com a figura 45B queremos demonstrar que essa preparação começa na observação de que quanto mais evoluída for a criatura mais intensa será a freqüência de sua onda mental. 

 

Uma criatura vivente no plano Mental tem a freqüência de pensamentos mais intensa que uma outra vivente no plano Astral.  Isto é, maior número de ondas, vibrações, no mesmo espaço de tempo.  É isso que vemos na figura em questão.  E a freqüência mental dos humanos, as nossas, por sua vez, está em inferioridade à dos habitantes do Astral.

 

Recapitulando:  no plano Mental as freqüências são velocíssimas, no Astral são velozes e no Físico são lentas.  Devido a essas diferenças, e pelo fato de estar encarnada, uma pessoa da Terra  terá  de adaptar a forma de conduzir o pensamento para conseguir entrar em RESSONÂNCIA com as mentes viventes no plano Mental.

 

Entrar em ressonância, como estudamos na apostila 31 quando falamos de sintonia, significa fazer com que sua onda mental tem a mesma freqüência vibratória daquela com que se deseja entrar em contato.  É isto que vemos na figura 45C. 

 

 

Apesar das diferenças na origem, o humano da Terra, elevando sua vibração, conseguiu igualá-la com as do habitante do plano Mental.   Realizar tal intento é resultado de um processo demorado, lento, do qual muitos desistem a meio caminho.

 

As razões das desistências têm origem na maneira de viver.  Geralmente muita agitação, inconformismo e desregramentos.  Os ingredientes perfeitos para desequilibrar qualquer pessoa que deles faça seu objetivo de vida.  Uma vez submetida a esta sistemática, a pessoa perde o contato com as mentes superiores, mantendo-se ligada apenas com as iguais à sua, existentes nos planos Físico e Astral.  Igualmente agitadas e confusas.

 

Portanto, quem desejar reverte o fluxo desses acontecimentos terá que empreender uma luta gigantesca CONSIGO MESMO.  Um trabalho de desbravamento.

 

“Se a civilização exige o desbravamento da mata virgem, para que cidades educadas surjam soberanas, é indispensável a eliminação de todos os obstáculos, à custa do sacrifício daqueles que se devotam ao apostolado do progresso.  A humanidade atual, em seu aspecto coletivo, considerada mentalmente, ainda é a floresta escura, povoada de monstruosidades.”  

(Emmanuel – psicografia de Francisco Cândido Xavier – livro: Roteiro – capítulo 30 – Editado pela Federação Espírita Brasileira)

 

Esse desbravamento inicia-se pela meditação.  Recolhido em si mesmo, evitando o vício das preces decoradas e repetitivas, permitir que sua consciência, espontaneamente, mude o fluxo dos pensamentos, enveredando-se pelo livre diálogo com possíveis mentes que o escutem.

 

 

Inicialmente, como representado na figura 45D a mente da pessoa vai se comportar como um cavalo selvagem que, pela primeira vez sente o uso do freio.  O hábito de sua mente tem sido o de estar atenta só aos acontecimentos exteriores.  A cada instante sendo impelida a novas sensações. 

 

Aquietar uma mente dessas condições exigirá o esforço de um domador, pois tal como o animal acostumado à inteira liberdade de correr solto pelos campos, no primeiro instante que se vê conduzido, rebela-se e tenta soltar-se das rédeas.  Entretanto, se o domador for enérgico e persistente, conseguirá domesticar o cavalo selvagem.  Torná-lo dócil, como já o vemos no segundo quadro da figura.

 

Assim, também, terá de ser a ação do médium.  Enérgica e persistente.  Um pouco a cada dia, porém sem faltar ao treinamento.  E, quando menos esperar, verá sua atividade mental inteiramente dócil, mantendo-se fixa por longo tempo em um só pensamento.  Quando nesse ponto, e com a mente ocupada por objetivos de proveito elevado, estará o médium apto à ressonância com os Maiores.  Por conseqüência, harmonizado.

 

Deste ponto em diante, o ato mediúnico, apesar dos percalços e das incompreensões alheias que o ferem, será para ele uma doce alegria de servir.  Sentir-se-á vivamente associado a mentores de elevado nível

 

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Mas, desse conjunto de medidas acauteladoras que todos os médiuns devem dedicar atenção, precisamos lembrar das conseqüências que ocorrem durante o desempenho das tarefas doativas.  Se participar dessas tarefas tem especial significação renovadora para quem as faz, todavia, a bem da harmonia geral do médium que a elas se presta, algumas recomendações se justificam.

 

A tarefa assistencial, que será melhor comentada em apostilas futuras, notadamente a aplicação de passe magnético, produz entrelaçamento energético entre o médium e o paciente.  No estudo da Aura Humana, apostila 19, tópico Acoplamentos, ficou demonstrada essa interligação.   Todavia, dessa interligação ocorre uma fluidez energética que perpassa da aura mais fortalecida para a aura enfraquecida.

 

Isso que dizer: a energia que se transfere vai da pessoa energeticamente estabilizada para a outra que esteja descompensada, independentemente de quem seja o médium ou o tomador.

 

Justamente por esta causa inerente ao fluxo natural das energias o médium de tarefas assistenciais deve tomar certas precauções que podemos enumerar da seguinte forma:

 

A – O trabalho assistencial coloca frente-a-frente o doador de energia e o tomador. 

 

Por lógica, o tomador é sempre uma pessoa sofrendo de alguma deficiência.   Seja de saúde física ou psicológica. 

Por isso seu campo áurico padece do congestionamento de energias e, possivelmente, carregado de miasmas e larvas astrais.  

Para reverter esse quadro, o campo da aura do médium deverá estar o mais estabilizado e saudável possível para poder provocar uma indução de radiação renovadora, destruindo aqueles focos enfermiços.

 

Dessa situação deduzimos que:

A1 – O médium deverá manter acurado cuidado com suas maneiras de pensar e viver a vida, pois seu pensar é o formador de seu campo áurico.

A2 – Não mantendo esse cuidado elementar provavelmente ficará muito vulnerável às radiações do paciente que atende, contraindo, por isso, a negatividade que ao outro incomodava.

 

O campo da aura do médium de trabalhos assistenciais deve ter, tanto quanto possível, o aspecto representado pela figura 45E, harmonizado, pois origina-se de uma mente que pensa para o bem. 

Esse campo é o ideal porque se prestará com eficiência à tarefa de retransmissor de energias restauradoras. 

 

B – Requer-se essa higidez da aura do médium, tanto quanto seja possível, repetimos, evidentemente, porque a variação de freqüência vibratória mental à ele requerida no momento do passe, sofre inversões bruscas.

 

A figura 45F ilustra essa situação. 

 

No quadro superior da figura temos a freqüência normal quando o médium não está procedendo a atendimentos. 

 

O quadro inferior mostra a irregularidade energética em razão da interferência negativa do campo áurico do paciente.  

 

Vê-se, ainda, na onda irregular que nos picos de radiação ocorrem sensações de choque.

 

Nesse sub-item “B” deduzimos: B1 – Essa brusca alternância representada pela onda irregular tenderá a produzir alterações na estabilidade pessoal do médium. 

Por outro lado essa mesma alternância desalojará focos nocivos que por qualquer motivo estavam acomodados, desde antes, na aura do médium, beneficiando-o com a limpeza de seu próprio campo.

 

Mas, conquanto haja esse lado benéfico, todavia é de se precaver, pois a representação gráfica da onda irregular demonstra que se ele não mantiver uma estabilidade objetiva na vida, pela instabilidade daquelas ondas que lhe percorrem, facilmente, em pouco tempo, estará igual ou pior que os seus pacientes.  

 

Na continuidade desse envolvimento, não cuidado a tempo, ocorrerá o processo de contaminação.

 

B2 – O cuidado fundamental, portanto, deve ser balizado pelas normas já comentadas várias vezes nesses estudos, que são:

1 – Higiene corporal

2 – Alimentação nutritiva e compatível com o desgaste do dia

3 – Repouso em horas certas

4 – Leituras inspirativas e educativas

5 – Meditação

 

Tudo isso em horários regulares e diariamente, sempre aplicado de muito boa vontade. 

 

Afinal, por coerência, é a sua própria segurança que está sendo posta em risco.

 


 

Bibliografia:

Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – questões 221.2 – 221.3 – 221.4 – Livraria Allan Kardec Editora

Allan Kardec – O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. 17 item 11 – Livraria Allan Kardec Editora

André Luiz/Francisco C. Xavier – Nos Domínios da Mediunidade – capítulo 17 – Fed. Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier – Mecanismos da Mediunidade – capítulo XXII – Fed. Espírita Brasileira

Charles W. Leadbeater – Os chakras – Editora Pensamento

Hiroshi Motoyama – Teoria dos Chacras – Editora Pensamento

Bárbara Brennan – Mãos de Luz – Editora Pensamento

 


 

Apostila escrita por

LUIZ  ANTONIO  BRASIL

Janeiro de 1997 – Revisão em Março de 2007

 

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