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    Mediunidade 2 - Apostila 43

    Mediunidade 2 - Apostila 43

      

              ESTUDO DA MEDIUNIDADE

                                                                      

    33ª Parte

     

    “Muitas vezes os mentores fazem um contato inicial com os médiuns, transmitem-lhes as primeiras  idéias  do  tema e se afastam, sem se desligarem, para ver como seus pupilos se desembaraçam da tarefa, por si mesmos.”

    (Ramatis, espírito – Livro: Mediunidade, página 80)

     

    ATIVIDADES VIII

     

    INFLUÊNCIA  DO  AMBIENTE  -  III

     

    Prosseguindo com a análise veremos outras situações das incidências que ferem a harmonia do trabalho mediúnico.

     

    Curiosidade  do  Público

     

    A mediunidade, apesar de disseminada, popularmente por todo este gigantesco Brasil, ainda arranca admirações daqueles que dela pouco conhecem. 

    Em virtude dessa expectativa, quase sempre o público presente às reuniões emitirá ondas mentais relacionadas à curiosidade. 

    Alguns respeitosamente, outros em má fé.  De comum vai acontecer como a figura 43A mostra.

     

     

    A curiosidade do público gera ondas que interferem com a psicosfera do médium. 

    Em conseqüência, aquelas ondas causarão dificuldade ao estabelecimento do contato entre Mentor e Médium, e, em casos de extrema irreverência, coincidindo com um médium de pouca experiência, poderão provocar interrupção da comunicação. 

    Podemos exemplificar a situação lembrando do estudo da sintonia, apostilas 31 e 32, quando usamos a figuração de um rádio.   

    No rádio, quando a onda de uma emissora está muito próxima de outra, e devido à variação de interferência que os raios solares produzem na atmosfera da Terra, uma delas poderá sobressaltar-se à outra, e a recepção ficará misturada. 

     

    Por isso, como vemos na figura, a onda mental do público envolve o médium impedindo que a emissão do Mentor o alcance.  A radiação do dirigente espiritual espalha-se, e não atinge o médium.

     

    Por tal motivo, dentre outros, o dirigente da reunião deve sempre concitar o público ao aquietamento, informando a respeito da necessária harmonização do ambiente.  Nos momentos em que não houver explanações, com leituras de cunho orientativo, deve-se usar de um fundo musical suave.  A música, não excitante, acalma e mantém o público num mesmo padrão de vibração.  Isso impede as distorções mentais e eleva a característica espiritual geral.

     

    Dr. Hernani Guimarães Andrade em seu livro Psi Quântico, à página 80, reportando-se às experiências da grande médium de efeitos físicos que foi madame D’Esperance, (1849-1918)* lembra que nas seções de sua atuação usava-se do recurso da música para conter a curiosidade do público.

     

    Vejamos, agora, outra situação concernente à questão das interferências.

     

    LUZ  DIRETA

     

    A questão da incidência da luz nos trabalhos mediúnicos merece ser analisada em razão de uma pergunta que todos fazem: 

    Por quê os trabalhos mediúnicos são realizados em salas onde a iluminação artificial é mínima e, em alguns casos, nenhuma?

     

    A figura 43B mostra a representação da glândula pineal, epífise, sendo bombardeada pela radiação da lâmpada elétrica.  (Vide apostilas 26, 27 e 28). 

     

     

    Apesar dessa glândula estar situada em relativa distância da superfície craniana, e de estar encerrada pela massa dos tecidos cerebrais e pelos ossos da cabeça, apesar disso a radiação da luz chega até ela.  

     

    Como a epífise, na concentração mediúnica, vai estar efetuando a ponte entre a radiação extrafísica e a física, o choque dos fótons de luz provocará desvios naquela massa energética que transita entre as duas dimensões.  A física e a espiritual.  

     

    Para os médiuns experientes e com bom domínio de suas forças psíquicas, essa influência não causará tanta dificuldade, desde que, também, a entidade comunicante possua considerável poder de acesso sobre o médium.

     

    Todavia, para melhor esclarecer a questão, reproduziremos trechos de autores que falam a respeito.  Primeiro vejamos o que diz Allan Kardec no O LIVRO DOS MÉDIUNS. 

     

    Ali, no item 63, o emérito pesquisador comenta que a realização da manifestação mediúnica é indiferente, com luz ou sem luz.  Isto é, tanto faz ter ou não luz no ambiente.

     

    Consideramos que essa opinião deve ter sido emitida levando em conta apenas a incidência da luz natural.  A luz solar. 

     

    Para o caso das reuniões efetuadas durante as horas do dia.  E se lembrarmos das reuniões que Kardec participou ocorridas nas horas da noite, verificamos que ao seu tempo ainda não era conhecida a luz elétrica, como hoje a possuímos. 

     

    Imaginamos que Kardec fazia seus experimentos à luz de candelabros, velas ou lampiões. 

     

    E todos sabemos que essas luminárias têm focos bruxuleantes, de radiação luminosa muito fraca.  

     

    Entretanto, as lâmpadas de agora são poderosos canhões energéticos.  Principalmente as lâmpadas fluorescentes e as de vapor de mercúrio e sódio.  (Vapor de mercúrio: luz acinzentada; vapor de sódio: luz tendendo ao alaranjado.  Ambas são tão formes que são usadas para iluminação de ruas).  Basta lembrar, também, que as lâmpadas fluorescentes emitem raios ultra-violeta, que sabemos tão prejudiciais à saúde.

     

    É preciso lembrar, ainda, que a cápsula de raios X nada mais é que uma lâmpada emitindo radiação num espectro além da capacidade visual do homem.  Todavia, a característica de sua radiação é a mesma das lâmpadas comuns.  Emissão de elétrons. 

     

    Portanto, essa emissão de elétrons, ou a luz elétrica, afeta a glândula epífise.

     

    Vejamos outros pesquisadores.  Dr. Hernani Guimarães Andrade, em seu outro livro Espírito, Perispírito e Alma, página 163:

     

    “(...) o ectoplasma é sensível à ação da luz comum, porém pode suportar bem as radiações pouco energéticas do espectro da luz aos níveis do vermelho e infravermelho.  (...)  alguns médiuns suportam a luz branca bem atenuada.”

     

    Sobre o fato de a luz de espectro vermelho não interferir com os trabalhos mediúnicos, basta lembrar que nos laboratórios fotográficos a única luz permitida durante a realização do processo de revelação dos filmes é a luz vermelha.  Comprova-se com isso que seu espectro não causa danos a qualquer estrutura energética ou química.

     

    E por falar em química, não podemos nos esquecer que a ação da pineal na determinação do funcionamento orgânico é puramente química.  O processo de segregação de hormônios. 

     

    Para falar disso usaremos das informações de dr. Waldo Vieira, extraídas de seu livro Projeciologia, capítulo 86: 

     

    “A glândula pineal segrega (...) a melatonina que (...) parece reagir à escuridão.  Em outras palavras: a luz inibe a produção da melatonina.”  “A melatonina não só atua sobre o nosso sono (...) como enriquece nossos sonhos com vivacidade maior, atos que também liberam da pineal a substância vasotocina, o mais potente fator indutivo do sono.”

     

    Nas páginas da Internet por endereços  https://g.co/kgs/a8RtMA  encontramos elucidativas informações a respeito dessa substância a que se refere dr. Waldo Vieira, comprovando a questão de seu envolvimento no processo do sono e, conseqüentemente, no que aqui estamos tratando, que é a incidência da luz sobre a pineal.

     

    Ora, deduzimos nós, se o sono é iniciado a partir do processo de uma espécie de concentração mental causada pela diminuição do ritmo vibratório do cérebro, instigado pelo quimismo da melatonina, pode-se admitir como fato, embora de difícil comprovação, que o médium, ao iniciar sua concentração para a efetivação do ato mediúnico, libera esse hormônio que lhe aquieta o funcionamento cerebral. 

     

    Daí que, havendo incidência de luz sobre ele a pineal ficará inibida de produzir a melatonina necessária ao estabelecimento da canalização.

     

    Acima dissemos que esse é um fato de difícil comprovação porque para isso ter-se-ia que medir o nível de produção desse hormônio antes, durante e após o ato mediúnico.  E como fazê-lo numa pessoa em pré, e durante o estado de transe mediúnico, sem interferir na autenticidade desse processo?

     

    Não  possuo  conhecimento bastante para imaginar um tal procedimento de pesquisa, entretanto avalio que ainda nos seja impossível efetuar esse exame para medir os níveis da melatonina.

     

    Portanto, só nos resta acreditar, ou não.  Mas se é difícil acreditar no que acima citamos e comentamos, podemos, ainda, fazer referência à palavra de um outro não menos capacitado pesquisador.  Hermínio Corrêa de Miranda.   Em seu livro Diálogo com as sombras, página 41, a respeito da luz nos ambientes mediúnicos, reporta-se aos mesmos cuidados acima referidos.

     

    E para finalizar esta série de apanhados, depois de ouvirmos a voz de pesquisadores humanos, reproduzimos a seguir anotações de André Luiz, a voz dos espíritos, aqueles que ficam do outro lado durante o processo mediúnico.  Por isso mesmo abalizadas opiniões que, uma delas, extraímos do livro Desobsessão, capítulo 17:

     

    “Contudo, antes da prece inicial, o dirigente graduará a luz do recinto, fixando-a em uma ou duas lâmpadas, preferivelmente vermelhas, de capacidade fraca, 15 watts, (...) de vez que a projeção de raios demasiado intensos (...) prejudica a formação de medidas socorristas, mentalizadas e dirigidas pelos instrutores espirituais (...)”

     

    Além dessa informação, André Luiz, no livro Missionários da Luz, páginas 16 e 17, descreve as operações preparatórias ao bom intercâmbio mediúnico, contando sobre o quimismo que acontece no processo.  Leiam-no.

     

    Nos parece que o exposto sobre a questão da luminosidade nas reuniões mediúnicas seja suficiente para produzir créditos a respeito.

     


    Bibliografia:

    Allan Kardec  -  O Livro dos Médiuns  - questões 223.15,  223.18,  223.19  e  225  e cap. III -  Livraria Allan Kardec Editora

    Léon Denis  -  No Invisível  -  capítulo 5  -  Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier  -  Nos Domínios da Mediunidade,  capítulos 5, 6 e 22  e página 72 -  Mecanismos da Mediunidade, páginas 75, 76, 88, 89, 94, 118, 121, 124, 129, 132, 133, 134 e capítulo 23  -  Missionários da Luz, páginas 14 e 17  -   Os Mensageiros, páginas 179, 206 e 207 – No Mundo Maior, páginas 66, 67, 69, 72 e 98 – Desobsessão, capítulo 17 - Todos editados pela Federação Espírita Brasileira.

    Annie Besant – A Vida do Homem em Três Mundos – página 63 – Editora Pensamento

    Hernani Guimarães Andrade  -  Espírito, Perispírito e Alma  páginas 120, 121, 163, 229 e capítulo 5 -  Editora Pensamento

    Hermínio Corrêa de Miranda  -  Diversidade dos Carismas, volumes I e II – Editora Arte e Cultura Ltda  

    Hermínio Corrêa de Miranda – Diálogo com as sombras – página 41 – Federação Espírita Brasileira

    Edgard Armond  -  Mediunidade  -  Editora Aliança.

    Elza Backer –  Cartas de um Morto Vivo – página 20 – Livraria Allan Kardec Editora

    Emmanuel/Francisco Cândido Xavier  -  Roteiro  - página 116 e demais -  Federação Espírita Brasileira

    Miramez/João Nunes Maia  -  Segurança Mediúnica  -    Editora Espírita Cristã Fonte Viva

    Lancellin/João Nunes Maia  -  Iniciação, Viagem Astral  -  Editora Espírita Cristã Fonte Viva

    Waldo Vieira – Projeciologia – capítulos 67, 130, 307, 315, 371, 372, 391, 404 -   Editado pelo autor

    Yvone A. Pereira – Memórias de um suicida – capítulos 6 e 7 – Federação Espírita Brasileira

     


     

    Apostila escrita por

    LUIZ  ANTONIO  BRASIL

    Janeiro de 1996 – Revisão em Janeiro de 2007

     

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