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Os Animais e o Trabalho nas Casas Espíritas

Os Animais e o Trabalho nas Casas Espíritas

             Penso que a disciplina e a organização nas Casas Espíritas devem sim serem respeitadas e seguidas, claro, mas como falei no programa, as regras existem e em algumas ocasiões, por conta da caridade e humanidade, que é o que a doutrina espírita nos ensina, devem e precisam ser quebradas para que esses focos sejam prioritários.

Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz.

Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros.

Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor 

Pitágoras 

 

            As "Casas Espíritas" são "Pronto Socorro Espiritual".

 

Muitas vezes irmãos nossos chegam em desespero, desorientados e até envolvidos por entidades menos esclarecidas, em busca de uma palavra de consolo e de esclarecimento.

Alguns com conhecimento da doutrina, e outros não.

O primeiro contato com a casa é importante e decisivo.

Dependendo de como são recebidos podem não mais retornar, ou podem tornarem-se seguidores da doutrina, futuros trabalhadores, etc. e  continuarem naquela casa que os receberam com amor e carinho...ou não.

Devido as nossas imperfeições, ainda julgamos e muito.

            Observa-se também, em determinados casos, que algumas pessoas jogam a responsabilidade de atuações obsessivas ou de descontrole, para influencia de nossos irmãos animais que vivem na mesma residência que eles.

Sabemos que os animais têm sensibilidade, veem muitas vezes os desencarnados ou sentem suas presenças.

Porém, a influencia obsessiva pode ser exatamente atuada no encarnado, devido às suas formas de pensar, de falar, de agir, atraindo irmãos desencarnados menos esclarecidos, vindo então a desencadear descontroles, desarmonias e até situações obsessivas importantes nos lar e para aquelas pessoas.

Sendo que os animaizinhos nada têm a ver com isso e na maioria das vezes atuam como nossos "defensores" espirituais.

Quantos depoimentos existem de pessoas que estavam muito mal de saúde ou de sistema nervoso, etc. e seus amigos animais, companheiros fieis, ajudaram?

             Reafirmo a importância do estudo e do conhecimento da doutrina espírita pela codificação Kardequiana e outros livros sérios e conceituados como as psicografias de Chico Xavier: os livros de André Luiz, Emmanuel etc.

             A meu ver, o estudo da espiritualidade dos animais e de como atuam em nossas vidas e na deles próprios, é importante nas palestras e aulas dos cursos das casas espíritas.

A cada dia vemos mais pessoas necessitando da companhia e da convivência com esses nossos irmãos (animais) devido à solidão e sofrimento na vida de cada um.

É bom lembrar a fase planetária que estamos vivenciando.

Espíritos que estão em "teste" final antes de serem ou não excluídos de nosso Planeta para reencarnarem depois em mundos mais primitivos, com condições precárias de desenvolvimento moral e material, pois não aproveitaram as oportunidades de evolução e de melhoria.

Não estamos, nós, livres disto.

Portanto vamos nos policiar em pensamentos, sentimentos e atitudes contrárias ao bem e a caridade.

Vamos analisar com cuidado o que estamos plantando hoje pois será o que colheremos amanhã.

Não há como fugirmos da Lei Divina.

Celina.Sobral                                                                                                                                 

 Apresentadora do Programa Pronto Atendimento da Radio Boa Nova

(Pergunta nº 540 - O Livro dos Espíritos:

“Os Espíritos que exercem ação nos fenômenos da natureza, operam com conhecimento de causa, usando o livre arbítrio, ou por efeito de instintivo ou irrefletido impulso?)

 

 

Resposta dos Espíritos:

Tudo se encandeia no Universo, desde o átomo até o Arcanjo, que um dia também começou por ser átomo.”

 

A evolução terrena do nosso Planeta começou quando Espíritos arcangélicos teriam tomado como empréstimo o hausto divino, ou seja, o fluido cósmico universal e, com ele, formado uma imensa bola de fogo (cuja temperatura é indescritível para a mente humana), dando-lhe uma movimentação centrípeta e centrífuga, ou seja, puxando para dentro e jogando para fora ao mesmo tempo, dentro do espaço infinito.

 

Essa bola de fogo seria o nosso sol, que ao desgarrar-se de sua Nebulosa, fez desgarrar também nove partes de sua estrutura, dando origem aos Planetas que circulam em torno do Sol, inclusive o nosso Planeta Terra – que ao se resfriar da temperatura elevadíssima formou continentes, mares, rios e lagos, através de chuvas torrenciais que o inundaram.

 

Esse período durou milênios para que a Terra tivesse condições de receber as mônadas celestes, os “princípios espirituais” que se uniriam à matéria para formar os primeiros seres vivos que habitariam o nosso Planeta.

O primeiro estágio do princípio espiritual se verifica nos minerais: depois de muito tempo, alguns tipos de pedras se cristalizam, tomando formas geométricas e apresentando brilho, como acontece com os diamantes, safiras, esmeraldas, rubis, dando a entender que mesmo entre os seres chamados inanimados existe uma hierarquia evolutiva em que o espírito imortal em seu início se apresenta atuante.

 

Um passo adiante, vemos o princípio espiritual estagiando nos vegetais, começando pelas algas marinhas de formas mais simples, quase invisíveis aos olhos humanos, passando pelas mais complexas: por outros vegetais de estrutura mais fortes, até chegar as grandes árvores, como ipê, o jacarandá, a peroba, que muitas vezes atingem mais de cem metros de altura, e cujas raízes se espalham por quilômetros de distância.

 

O próximo passo ocorre no reino animal, onde o estágio inicia nos vírus, nas bactérias, nos micróbios, passando por animais de estrutura simples: unicelulares, depois os multicelulares, em seguida os de esqueletos ósseos, crustáceos, chegando aos insetos, e também pelos de infraestrutura, até os mais adiantados, como os besouros, formigas, abelhas, cupins, e a borboleta, que realiza uma intrigante metamorfose.

 

O estágio seguinte ocorre entre os peixes, desde o mais pequenino até o grande e terrível tubarão, que pode atingir até 10 metros de comprimento.

 

Na contínua busca de sua evolução, o princípio espiritual estagia entre os batráquios, como sapos, pererecas e outros, atingindo, depois de milênios, o concurso dos répteis, desde os mais simples até as grandes cobras, o jacaré e os lagartos.

 

Mais à frente o principio espiritual estará entre as aves, desde a de menor importância, até aqueles cujo instinto se apresenta notável, como as galinhas, os gansos, marrecos, avestruz, ema, e até mesmo entre as ditas aves selvagens, como a águia, o gavião, o condor e o pavão.

 

Mas o estágio mais importante ocorre entre os mamíferos, começando com os animais quase ínfimos, como um ratinho da Austrália, que mede pouco mais de dois centímetros; passando por todas as classes, até chegar ao último degrau, onde estagia em animais cujo instinto já está individualizado e apresenta sinais e características humanas, como é o caso do gato, cão, elefante, baleia, peixe-boi, macacos, gorilas, e outros mamíferos de grande porte domesticados pelo homem.

 

Esse estágio final dura milênios, porque nesses animais superiores da criação, o instinto de conservação, que é um determinismo divino, passará para o homem terreno, como uma aquisição permanente de sua evolução.

 

Quando o princípio espiritual já está suficientemente desenvolvido no estado animal, ele é restituído ao todo universal em condições especiais e levado por espíritos superiores aos chamados mundos “ad hoc”, que são regiões preparativas onde será elaborada a estrutura eletromagnética do períspirito: o corpo fluídico do espírito imortal.

 

Nesse estágio, o espírito perde a consciência do seu ser a fim de não ser influenciado pela matéria densa, numa espécie de estado letárgico, amparado por espíritos superiores, e quando acorda depois de muito tempo, já está ostentando a forma humana.

 

Existem no mundo espiritual instituições extremamente especializadas, ou seja, verdadeiras cidades espirituais, para receber os princípios espirituais que atingiram o máximo grau no reino animal, e funcionam como se fossem maternidades espirituais, dotadas de câmaras de ativação, de reciclagem, de adaptação e desenvolvimento psíquico em que esses seres primordiais recebem cargas eletromagnéticas para iniciar suas primeiras apresentações no mundo físico, portando o pensamento contínuo e o livre-arbítrio.

 

Por causa da aparência grotesca dos primeiros seres humanos neste estágio, surgiram várias lendas e contos sobre entidades espirituais com os nomes de sereias, gnomos, sacis, lobisomem, mula-sem-cabeça, ondinas.

 

Segundo Alan Kardec, seriam os chamados “elementais”, intermediários na evolução entre os animais e os homens.

 

Esses elementais seriam os responsáveis pelos fenômenos da natureza, como os furacões, tsunamis, tempestades, maremotos e outros, sob a supervisão de espíritos enobrecidos que presidem esses fenômenos.

 

A primeira encarnação desses espíritos da natureza se efetua em mundos primitivos, praticamente desabitados, para que junto dos animais, e em seu próprio ambiente selvagem, possam desenvolver habilidades próprias, estruturando o períspirito, experimentando o uso do livre-arbítrio e aprendendo a utilizar o pensamento contínuo, o maior instrumento já concedido ao homem terreno pelo seu Criador.

 

 

Até chegar ao estágio em que nos encontramos hoje, são necessários muitos milênios de experimentações no campo da carne e do espírito.

 

O espírito imortal, esse viajor incansável da eternidade, esse nômade do espaço, esse andarilho do infinito, através de reencarnações sucessivas, muitas delas repetitivas, volta para fazer as mesmas coisas que fez antes; até que, exausto e cansado do mal, possa chegar ao final da jornada evolutiva, quando a mente humana vai se unir de uma forma indescritível à mente divina.

 

A alma dos animais

 

“É dado ao homem conhecer o principio das coisas? – Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.” (pergunta 17 do Livro dos Espíritos – Allan Kardec)

 

“Assim é que o animal atravessa longas eras para instruir-se.

 

Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas através de trabalho paciente e intransferível.

 

 

O animal, igualmente, para atingir a auréola da razão, deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse definitiva do raciocínio”. ( Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier).

 

Levando em consideração os postulados acima, estaremos fazendo uma revisão sucinta de várias citações na literatura espírita que tratam alma ou não. 

 

Vamos ver até onde já conhecemos sobre o princípio das coisas e como tudo se encadeia na criação de Deus.

 

 A evolução das espécies, segundo Darwin, faz um paralelo com a evolução do “principio espiritual”, segundo Kardec. 

 

Para o primeiro, as espécies evoluem segundo a “seleção natural”, ou lei da sobrevivência do mais forte e mais aperfeiçoado, através de mutações genéticas.

 

Segundo comunicações de Espíritos Superiores, Kardec estabelece que Deus cria os espíritos simples e ignorantes, e estes devem utilizar, na Terra e, suponho, em planetas do mesmo nível evolutivo desta, organismos biológicos para evoluírem em busca da perfeição.

 

Questionando-se a existência espiritual dos animais poderemos recorrer a tantas informações contidas na literatura espírita que não nos resta senão admiti-la.

 

Embora a essência das palavras “princípio inteligente”, “princípio espiritual” e “espírito” seja a mesma, a fim de facilitar a compreensão deste artigo, estaremos utilizando-as da seguinte forma: 

 

Princípio Inteligente (espírito antes de atingir a consciência de si próprio), Espírito (princípio inteligente ao entrar na fase evolutiva humana); Princípio Espiritual (espírito ou princípio inteligente); e Alma (espírito encarnado).

 

Em “A Gênese”, encontramos acima de vinte citações referentes ao tema da evolução anímica.

 

 

Destacamos duas que consideramos bem abrangentes: “O espírito não chega a receber a iluminação divina sem antes haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização”.

 

“A escalada orgânica acompanha constantemente, em todos os seres, a progressão da inteligência, desde o pólipo até o homem, e não poderia ser de outro modo, pois que a alma precisa de um instrumento apropriado à importância das funções que lhe compete desempenhar”.

 

Podemos ver, então, que nestes dois conceitos fundamentais, fica claramente estabelecido que há uma progressão do princípio espiritual, aperfeiçoando-se ao entrar em contacto com o organismo biológico que lhe for pertinente segundo o seu nível evolutivo, desde as mais simples até as mais complexas criaturas.

 

Em “O Livro dos Espíritos”, há transparência inegável sobre a existência do princípio inteligente no animal.

 

 

Eis o resumo das questões 597 a 610: 

 

Os animais têm um princípio inteligente independente da matéria e que sobrevive ao corpo. 

 

O princípio inteligente dos animais é semelhante ao do homem, ambos individualizados, mas com grandes diferenças evolutivas.

 

Por exemplo, os animais não possuem a consciência de si próprios, possuem um livre-arbítrio limitado aos atos da vida material (não podem escolher a espécie na qual prefiram encarnar-se), estão em constante supervisão por Espíritos Superiores (não são espíritos errantes, uma vez que não pensam e não agem por sua livre vontade, mas existem sim, na erraticidade), e para eles não existe expiação.

 

Tanto o princípio inteligente do animal como a inteligência do homem emanam do elemento inteligente universal, sendo que no homem esta inteligência passou por uma elaboração que o eleva acima daquela que existe no animal.

 

 

A primeira fase do espírito humano é cumprida em uma série de existências que precedem o período de humanidade.

 

É nesses seres que o princípio inteligente se elabora, se individualiza e sofre uma transformação e se torna espírito, com isto tomando a consciência do seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade de seus atos. 

 

A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana, entretanto essa não é uma regra absoluta e poderia acontecer que um espírito, desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra.

 

Emmanuel nos diz: “Se bem haja no nosso círculo dos estudiosos do espaço o grupo de opositores das grandes ideias sobre o evolucionismo do princípio espiritual através das espécies, sou dos que os estudam, atenta e carinhosamente... oriundo na flora microbiana, em séculos remotíssimos, não poderemos precisar onde se encontra o acume das espécies ou da escala dos seres.

 

Os animais, são os nossos parentes mais próximos, apesar da teimosia de quantos persistem em não o reconhecer. 

 

O homem está para o animal simplesmente como um superior hierárquico.

 

 

Desconheceis ainda os processos dos modismos dessas transições, etapas percorridas pelas espécies, evoluindo sempre, buscando a perfeição suprema e absoluta, mas sabeis que um laço de amor nos reúne a todos, diante da Entidade Suprema do Universo”.

 

“As forças espirituais estabeleceram na época da grande maleabilidade dos elementos materiais uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o “princípio espiritual” encontraria o processo de acrisolamento em marcha para a racionalidade”. (A Caminho da Luz - Emmanuel)

 

Como se infere do exposto, Emmanuel não nos deixa dúvida quanto a existência da evolução do “princípio espiritual” em busca da sua perfeição. 

 

Alerta-nos ainda que a transição de uma fase mais primitiva do espírito para uma fase mais evoluída acontece no plano espiritual, através de modificações estabelecidas no perispírito: a fôrma (molde) determinando a forma (corpos físico), como vemos a seguir:

 

“... as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo espiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais em certos intervalos de suas reencarnações”.

(A Caminho da Luz – Emmanuel)

 

André Luiz nos explica que: “É assim que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em que a inteligência disciplina as células o ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior.

 

Atingindo os alicerces da humanidade, o princípio espiritual do homem infraprimitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais, sob assistência dos Instrutores do Espírito, recebendo intervenções sutis nos petrechos da fonação, para que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso.

 

Orientadores da Vida Maior acolhem animais nobres desencarnados, internando-os em verdadeiros jardins de infância, para os primeiros aprendizados a se fixarem no cérebro, de forma seqüencial e progressiva.

 

O reflexo precede o instinto, tanto quanto o instinto precede a atividade refletida, que é a base da inteligência nos depósitos do conhecimento adquirido por recapitulação e transmissão incessantes, nos milhares de milênios em que o princípio espiritual atravessa lentamente os círculos elementares da Natureza, qual vaso vivo, de forma em forma, até  configurar-se no indivíduo humano, em trânsito para a maturação sublimada no campo evangélico”.

(Evolução em Dois Mundos – André Luiz)

 

“O principio espiritual caminha sem detença para a frente, viajou do simples impulso para a irritabilidade, da irritabilidade para a sensação, da sensação para o instinto, do instinto para a razão. 

Nessa penosa romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós.

Estamos, em todas as épocas, abandonando esferas inferiores, a fim de escalar as superiores.

O Cérebro é o órgão sagrado de manifestação da mente, em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana”. 

(No Mundo Maior – André Luiz)

 

“Seis grandes carros, formando diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e barulhentos, eram tirados por animais que mesmo de longe, me pareceram iguais aos muares terrestres, os grandes bandos de aves, de corpo volumoso, que voavam a certa distância acima dos carros, produzindo ruídos singulares.

 

 

Aquelas aves que denominamos íbis viajores são excelentes auxiliares dos Samaritanos”.

 

(Nosso Lar – André Luiz)

 

Gabriel Delanne nos traz as seguintes informações:

 

“A manifestação da inteligência é observada em todos os seres vivos, embora nos seres inferiores ela possa ser confundida com puras reações físico-químicas.

 

No entanto, com a elevação na escala dos seres, um verdadeiro psiquismo se manifesta e a inteligência se traduz por atos comparáveis aos dos humanos. O elefante, o cão, o macaco mostram que não existe uma diferença na natureza entre algumas de suas ações e as que executamos”.

 

Delanne é categórico em afirmar que o corpo físico, estrutural e funcionalmente não teria estabilidade na “série animal” se não fosse pela manifestação anímica.

 

Faz ainda referência a aparições de animais “defuntos” em sessões de materialização, reaparecendo com o aspecto do antigo corpo físico, o que indica a individualização do espírito e perispírito  já nos animais.

 

Conclui que não devemos esperar ver nos animais uma inteligência ou sentimentos comparáveis em intensidade aos do homem, mas eles também possuem intelecto (atenção, memória, imaginação, raciocínio, linguagem), sentimentos (amor materno, conjugal, simpatia, raiva) e vida em sociedade (formigas, abelhas, cães, lobos, macacos).

 

Ernesto Bozzano, pesquisador de fenômenos supranormais, demonstra a existência e a sobrevivência do princípio espiritual dos animais após a morte. 

 

Estudando diversos casos, comprova a aparição de “espíritos” de animais, a premonição e a vidência nestes, adicionando que cães, gatos e cavalos possuem atividades psíquicas e sentimentos afetivos.

 

Cairbar Schutel demonstra o amor filial e maternal nos animais inferiores, a lei do trabalho como desenvolvimento da inteligência, visão e percepção dos animais (cães e cavalos que sentem o invisível), enfim, o progresso do “princípio espiritual” pela escala orgânica, sem transições bruscas, para galgar o ápex da espiritualidade. 

 

São citações do autor: “O homem atravessou a escala zoológica para chegar a ser homem”.

 

“O cão é sempre cão e o asno é sempre asno (corpo físico), mas os Espíritos que animam aqueles corpos vêm de longe e destinam-se às esferas onde reina a felicidade”.

 

O Espírito Áureo esclarece-nos que o “espírito”, sem sair do reino animal, seguindo sempre uma marcha progressiva, passa por todas as fases de existência, sucessivas e necessárias ao seu desenvolvimento.

 

 

Ao atingir o ponto de preparação para entrar no reino humano, o “princípio espiritual” do animal se prepara em mundos “ad hoc” (para esta finalidade), para a vida espiritual consciente, independente e livre.

 

Sobre os mundos “ad hoc”, Áureo faz citação a André Luiz (Libertação), ao descrever uma cidade espiritual situada em regiões umbralinas: “Milhares de criaturas, utilizadas nos serviços mais rudes da natureza, movimentam-se nestes sítios em posição infraterrestre. A ignorância, por hora, não lhes confere a glória da responsabilidade.

 

Em desenvolvimento de tendências dignas, candidatam-se à humanidade que conhecemos na Crosta. Situam-se entre o raciocínio fragmentário do macacoide e a idéia simples do homem primitivo na floresta”.

 

Eurípedes Kuhl nos apresenta conceitos similares, como: “Os animais evoluem dentro das espécies. 

 

Engenheiros Siderais altamente credenciados por Jesus, realizam, nos diferentes corpos espirituais dos indivíduos selecionados em cada espécie, as necessárias modificações ou transformações, assim, acréscimos ou subtrações de caracteres morfológicos ou biológicos adaptam os organismos às mudanças do panorama terrestre. Esse o roteiro para o reino hominal”.

 

Celso Martins também demonstra em sua obra numerosos exemplos de manifestações inteligentes dos animais, comprovando que eles também têm emoções e sentimentos.

 

Descrevemo-nos a evolução anímica através de citações espíritas e fatos narrados por diversas pessoas. Aborda ainda os aspectos da linguagem e inteligência dos animais.

 

Jorge Andrea faz uma explanação sobre animais desencarnados:

 

“O espírito animal, após afastamento do corpo pela desencarnação, ainda não apresenta condições mentais para sustentar-se no plano espiritual. É impulsionado, por sintonia, para o lado da espécie a que pertença, a fim de aguardar a oportunidade de nova encarnação”.

 

Cita, então, André Luiz: “Os animais, quando não se fazem aproveitados na Espiritualidade, em serviço ao qual se filiam durante certa cota do tempo, caem, quase sempre de imediato à morte do corpo carnal, em pesada letargia, acabando automaticamente atraídos para o campo genésico das famílias a que se ajustam."

 

Marcel Benedeti é autor de várias obras espirituais relativas à alma dos animais. Dentre elas, destacamos “A espiritualidade dos animais”, na qual o autor aborda em formato de questões e respostas essa temática.

 

Discorrendo sobre o planejamento reencarnatório dos animais, o autor diz que em caso de animais em escala evolutiva mais primitiva (insetos) já existe um modo padronizado preestabelecido para cada espécie, enquanto que para animais superiores (mamíferos) há tanto um planejamento padrão como um mais individualizado, em alas compartilhadas por um menor número de indivíduos.

 

Durval Ciamponi discorre sobre o “elo” entre o mundo das formas e o mundo espiritual. 

 

Sua abordagem sobre a individualização do princípio inteligente, a transição pelos reinos inferiores, períspirito e progressão da alma é imperdível para o estudante da evolução anímica.

 

Também expõe, de maneira bem didática, um gráfico simbolizando a evolução do princípio espiritual em transição através dos reinos da natureza, no qual o autor inclui referencias de “O Livro dos Espíritos” apropriadas a cada fase evolutiva.

 

Para finalizar, destacamos a obra que, em nosso parecer, aborda impecavelmente a visão espírita e cientifica da atualidade.

 

Em seu livro “A questão Espiritual dos Animais”Irvenia Prada nos deixa um legado de aprendizado ímpar, utilizando-se do formato “discussão”, o qual ela explora muito bem, pois nos leva a reflexões profundas.

 

Encontramos temas como o pensamento dos animais, a interação cérebro-mente, desencarne e reencarnação, erraticidade, figuras animais no plano espiritual, mediunidade, carma e sofrimento, espíritos da natureza, e alguns relatos de vidência de animais contados por Chico Xavier, Divaldo Franco e Miltes de Carvalho Bonna. Vejamos algumas anotações da autora:

 

O espírito humano evolui do “principio espiritual dos animais”, e estes possuem alma. 

 

Quanto mais desenvolvido o sistema nervoso de uma determinada espécie animal maior capacidade funcional terão os indivíduos desta espécie de se expressar em comportamentos mais elaborados, é o caso dos golfinhos e chipanzés, haja vista a macaca Washoe que aprendeu a se comunicar com as pessoas através da linguagem dos surdos-mudos, que lhe foi ensinada.

 

Segundo meu entendimento, um pensamento descontínuo, expresso em ondas fragmentárias, não estaria compatível com a riqueza de conteúdo mental desses animais (chipanzés) não podemos generalizar, pois existem animais e animais.

 

Muito mais do que supomos, os animais são assistidos em seu desencarne, por espíritos zoófilos, que os recebem no plano espiritual e cuidam deles. 

 

Há vários tipos de atendimento para os animais desencarnados, especialmente para os casos de morte brusca ou violenta, possibilitando melhor recuperação de seu perispírito. 

 

A finalidade da reencarnação dos animais é sempre a de progresso.

 

Esperamos que esta pequena revisão da literatura espírita venha trazer aos leitores interessados pela matéria, fontes acessíveis a maiores explorações intelectuais e a reflexões profundas quanto a nossa responsabilidade para com nossos irmão inferiores.

 

Estes seres, que assim como nós, são criados por Deus para que o progresso do espírito se realize, merecem todo nosso carinho e amor.

 

 Afinal, por que existem os animais? É ainda Irvenia Prada que nos coloca a seguinte reflexão:

 

“Penso que basta entender que eles existiram e existem por razões intrínsecas a si próprios, a matéria compartilhando com o “Principio Inteligente” sua evolução. A verdade é inexorável: nós mesmos já existimos neles!

 

Não há animais de uma lado e nós, seres humanos, de outro.

 

Somos todos espíritos na vivência dos infinitos degraus do processo evolutivo, do qual os seres humanos deste ínfimo planeta, por mais que sua pretensão assim o deseje, não representam o ponto final.”

 

Compilado da Revista Presença Espírita

Texto de Sheila Andreatta-van Leyen

 

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