Mediunidade 2 - Apostila 65

Mediunidade 2 - Apostila 65

  

          ESTUDO DA MEDIUNIDADE

                                                                  

55ª Parte                                           

 

“O Poder divino não nos aproxima uns dos outros sem fins justos.   No matrimônio, no lar ou no círculo de serviço, somos procurados por nossas afinidades, de modo a satisfazer aos imperativos da Lei do Amor.”

(André Luiz – Livro – Nos Domínios da Mediunidade – página 94)

 

LINHAS  FINAIS  -  VI

 

O  LOCAL  DA  REUNIÃO  -  III

As cinco apostilas precedentes descreveram as providências organizacionais que antecedem o início de uma reunião pública, quando realizada em locais e grupos bem estruturados.

Como vimos, nem por isso, os tarefeiros espirituais, encarregados de tais providências, deixam de cumprir as execuções.

Desta forma, no que concerne aos preparativos correspondentes ao lado oculto, tudo já está concluído e na mais perfeita ordem.   Em condições de, para dentro de mais alguns instantes, poder ser dado o início da reunião.

Todavia, antes de comentarmos sobre esse tão esperado momento cumpre fazer alguns comentários a respeito dos preparativos a serem feitos do lado físico.

De maneira sucinta salientamos:

-  O salão deve estar limpo. 

- Os móveis em seus lugares habituais.

- As instalações, prédio e mobiliários, não precisam ser de luxo.  Devem ser simples, o que até faz o lugar ficar mais aconchegante.   O principal é que tudo esteja limpo e arrumado.

- O pessoal da equipe do grupo deve estar em seus lugares.

- Música suave deve ecoar pelo ambiente, como um convite aos presentes para o aquietamento dos pensamentos.

Portanto, tudo muito simples de ser organizado e de ser posto em prática.   Exige-se, apenas, quase que só boa vontade e assiduidade dos integrantes da equipe.

Assim arranjado, podemos considerar que, finalmente, o lado oculto e o lado visível estão preparados para a reunião que se iniciará dentro em pouco.

Quando o momento aprazado se aproxima, quase sempre o relógio está indicando que faltam apenas cinco minutos para o horário do compromisso.   Geralmente, é neste ponto que se dá a entrada do Mentor Principal no recinto.

A figura 65A, representa-o cumprimentando o dirigente da Casa.  

 

Naturalmente que a maneira como está figurado é simbólica. 

Na realidade, de forma suave e discreta ele se aproxima do dirigente envolvendo-o em agradáveis vibrações, sinalizando, como esse gesto, que já estão prontos para as tarefas daquela reunião.

Quanto aos demais integrantes do grupo, os médiuns e tarefeiros, seus respectivos guias orientadores também já se acham a postos e com eles sintonizados.  

Cumpre, portanto, aproveitar esse intervalo que precede o início para, mentalmente, ajustar-se às correntes mentais dos colaboradores espirituais.

Sobre essa organização e hierarquia de trabalho, cabe aqui salientar que, indiscutivelmente, nenhuma reunião assistencial produzirá resultados nobres e compensadores se não puder contar com a direção de um Mentor cuja envergadura espiritual seja de Alta Procedência.

Em razão de tudo isso, quando o grupo se acha inscrito sob os cuidados de criaturas espirituais abnegadas, o pessoal da casa, compreendendo as razões dessa associação, deve envidar os correspondentes esforços por merecer tão salutar atenção.


 

Façamos, agora, algumas citações sobre o transcurso da reunião.

Durante todo o transcurso dos trabalhos a ordem deve ser conservada.  

O salão estará repleto de entidades em tratamento, e muitas delas, por ainda não compreenderem o significado de tão altos ideais, intentarão provocar tumulto.

Imantadas a pessoas de pouca educação social, ou irreverentes, influenciarão para que estas dêem asas a conversações desairosas e impróprias ao local.  

Outras chegarão ainda a criar discussões desafiadoras da ordem.

Portanto, os tarefeiros da casa devem ficar sempre atentos, e jamais transigir com quem quer que seja.

Outro acontecimento usual nas reuniões públicas é a distribuição de água fluidificada.  

Para que não surjam dúvidas quanto sua eficácia, façamos alguns comentários a respeito.

Nesta série, apostilas 51 à 59, quando tratamos dos tópicos Mentalização, Meditação, Cores nas Energias e Passes, ficou demonstrada a versatilidade do poder do pensamento em alterar e conduzir substâncias.  Energéticas ou não.

Usando-se dessa faculdade, o comando mental, influencia-se adequadamente a constituição molecular da água, tornando-a o agente que interagirá com a constituição fisio-psicossomática do organismo humano.  

Ora, como as pessoas comparecem às reuniões assistenciais em busca de harmonia físico-espiritual, em razão disso, o uso da água fluidificada, devidamente preparada, se torna útil e recomendável.

Falemos, a seguir, de algumas particularidades que envolvem o processo de preparo de tão importante fluido.

Do livro Iniciação-Viagem Astral, autoria do espírito Lancellin, psicografado pelo médium João Nunes Maia, extraímos alguns trechos.  

O primeiro conta que uma operadora do plano espiritual, com o fito de dotar a água a ser fluidificada de essências especiais, sai a tomar providências:

“(...) Vou colher essências das flores e pedir a Jesus a transformação das mesmas em medicamentos, os quais devo colocar nas águas fluidificadas.”  [página 221]

Nesse gesto providencial, e cheio de reverência, as substâncias florais se transportariam para a água, em benefício dos que dela vierem de fazer uso.

Em outro trecho o instrutor espiritual dá algumas indicações de seu uso:

O mal é gerado na mente, no presente ou no passado.   É por isso que em todos os tratamentos dos seres humanos, e mesmo aqui no mundo espiritual, aconselhamos em primeiro lugar o passe e a água fluidificada.” [página 275]

A recomendação acima vem demonstrar onde se originou a força destrutiva que incomoda o solicitante de auxílio.   Em sua própria mente. 

Para de lá demove-la utiliza-se inicialmente do passe e da água fluidificada.

Na sequência o instrutor diz porque:  “O passe (...) faz circular essa energia, e a água magnetizada ajuda a substituição das células mortas, vitalizando os órgãos em decadência.” [página 275]

São suficientes os trechos acima reproduzidos para demonstrar que, quanto à eficácia da água fluidificada, não devem pairar dúvidas.

Não bastassem os trechos acima, a experiência tem nos demonstrado esses alentadores resultados, e que tal substância não deve ser tratada com displicência.

Diante disso, lembramos que os preparadores, na Terra, devem estar armados de muito amor e respeito pelo trabalho que fazem, pois, ao magnetiza-la, estarão impregnando a estrutura molecular da água com o teor mental que lhes vai na alma.  

De nada adiantará desejar o bem àquela pessoa que os procura se, no íntimo da alma, este não for o sentimento real que ali insufla a impregnação.

Desta forma, tanto para o exercício do passe quanto para a magnetização da água, o operador deve estar imbuído de muito boa vontade, amor e respeito.

Conclusão: como recurso terapêutico, a água fluidificada se torna indispensável.  

Não obstante, seu uso não deve ser indiscriminado, pois, tudo que assim é usado acaba se tornando inócuo.  

Ao distribuir a água, também orientar sobre seu uso, referindo principalmente quanto à necessidade inadiável de renovação mental.

Mostrando essa realidade, Miramez, espírito, no livro Horizontes da Mente, assim se expressa:  orizoHorH  

“O ser humano, tanto quanto o animal e o vegetal, não pode viver sem água, (...)  Esse fluido (...) é o intermediário de maior importância para conduzir a energia magnética espiritual.  Educando a vossa mente, podeis, ao tomar água pura, torna-la medicamento valioso, (...) capaz de substituir, com a riqueza da química mental, os remédios mais famosos.”  [página 191]

Essa, pois, é a responsabilidade do médium de passes e do fluidificador de água. 

Transferir, à pessoa que lhe procura, o grande bálsamo divino canalizado por sua mente educada nos princípios da ética cósmica.


 

Com as anotações acima complementamos nossos comentários que descreveram a Reunião Pública Assistencial.  

Sem dúvida, a de maior importância, em relação a todas as demais, pois em seu decorrer ela se torna um ambulatório para todas as almas doentes, encarnadas ou não, e um campo de doação para os voluntários.  Sejam quais forem.

Também com as linhas acima estamos encerrando esta série de estudos.

 

MISSÃO  CUMPRIDA 

Esta é a última apostila da série. 

Obviamente, que muito ainda haveria para ser escrito e, quem sabe, noutra oportunidade venhamos a faze-lo, mediante inspirações que os Amigos Espirituais possam nos distinguir.

Desde quando passamos a conhecer as obras de André Luiz, transferidas à Terra pela fiel e honrada mediunidade de Francisco Cândido Xavier, o inigualável e inesquecível Chico, moveu-nos o desejo de produzir algumas apostilas onde, incluindo figuras, traduzíssemos tão valiosos ensinos para uma linguagem bem comum.

Apesar de reconhecer minha incapacidade, me organizei para a concretização do ideal, estabelecendo horário diário para os estudos e apontamentos.  

Depois de um tempo relativamente longo consegui juntar uma boa quantidade de anotações.  

Sempre inspiradas pelos queridos mentores que se debruçam em cuidados, coloquei ordem na papelada e iniciei os preparativos finais para tão audacioso projeto, cuidando da redação final e dos desenhos.

E quanto tempo para tudo isso se transcorreu, até à data de suas primeiras apresentações? 

Nada menos que 18 anos.  

Nesse não pequeno intervalo, páginas e páginas foram rascunhadas com anotações e desenhos, e delas construíram-se as séries:  A Criatura – O Inevitável Despertar – Reconstrução e Mediunidade.   Além de algumas outras que aguardam orientações para suas redações finais.

Estão perfeitas?  Não lhes cabem nenhum reparo?

Naturalmente que não estão perfeitas e, é bem possível que muitos reparos lhes sejam necessárias.   Todavia, delas, um alto sentido de amor, nelas inserido, ninguém poderá demover.  

O amor de que, embora modestas, sirvam como orientadoras a todos os interessados nas questões da paranormalidade, em particular, e dos meandros da vida, no geral.

Portanto, permitam que eu me sinta imensamente feliz por ver na Terra estas filhas de minhas noites de estudo.

Permitam, também, sentir-me imensamente agradecido aos gênios tutelares que do Alto me ajudaram a plantar essas sementes.

A todos eles, meu coração.


Bibliografia:

André Luiz/Francisco C. Xavier – Nos domínios da Mediunidade – págs. 45 e 150 – Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier – Os Mensageiros – capítulo 43 - Federação Espírita Brasileira

Lancellin/João Nunes Maia – Iniciação-Viagem Astral – págs. 221, 222, 236, 275 e 312 – Editora Espírita Cristã Fonte Viva

Miramez/João Nunes Maia – Horizontes da Mente – pág. 191 –- Editora Espírita Cristã Fonte Viva

Miramez/João Nunes Maia – Médiuns – pág. 157 – Editora Espírita Cristã Fonte Viva

Edgard Armond – Passes e Radiações – pág 189 – Editora Aliança

Edgard Armond – Mediunidade – Editora Aliança

 

Apostila escrita por

LUIZ  ANTONIO  BRASIL

Janeiro de 1998 – Revisão em Setembro de 2008

 

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