Mediunidade 2 - Apostila 64

Mediunidade 2 - Apostila 64

  

          ESTUDO DA MEDIUNIDADE

                                                                  

54ª Parte                                           

 

“(...) as reuniões doutrinárias devem observar o máximo de simplicidade (...) abstendo-se de qualquer expressão que apele mais para os sentidos materiais que para a alma profunda, a grande esquecida de todos os tempos da humanidade.”

(Emmanuel – Livro – O Consolador – pergunta 373)

 

LINHAS  FINAIS  -  V

 

O  LOCAL  DA  REUNIÃO  -  II

Os comentários da apostila 63 analisaram as providências preparatórias que antecedem uma reunião pública.  

Vimos que não são poucos os arranjos necessários, e tudo, como dissemos, com o objetivo de proporcionar segurança aos voluntários da equipe.

Até aqui podemos dizer que o ambiente estava vazio.  

Não de todo, evidentemente, pois há entidades sempre presentes zelando pelas instalações.  

Todavia, a partir de agora, inicia-se a chegada dos diferentes tipos, desencarnados e encarnados, que participarão da reunião.

Dando continuidade ao estudo veremos a seguir o que se transcorre durante a realização dos trabalhos.

 

CHEGADA DOS DESENCARNADOS

Os desencarnados que neste momento são introduzidos no salão, além dos vigilantes e mentores, são aqueles que irão passar por processos de atendimento assistencial.

São aquelas entidades oriundas do Astral mais inferior, comumente chamado de  umbral.  Apresentam-se sob forte pressão de angústias, depressão ou revolta.  Como ilustra a figura 64A virão sempre acompanhados pelos espíritos vigilantes.

Uma vez no recinto passarão aos cuidados dos auxiliares atendentes que se manterão atentos quanto à ordem.

Inteiramente ligados, ainda, aos tristes acontecimentos da última vida na Terra, continuam, por isso, com seus corpos astrais muito materializados.   Exatamente por essa circunstância, o início dos processos de recuperação de tais indivíduos se dá a partir de uma reunião num centro assistencial no plano físico da Terra.

Por ainda se sentirem mais humanos da Terra do que do Espaço, só ao contato (incorporação) em médiuns disciplinados e experientes, em ambientes de muita ordem e respeito, começarão a despertar para o novo estado de vivência que se encontram.

Além disso, esses desencarnados são encaminhados a específicos Centros Assistenciais de conformidade com as possibilidades que cada instituição possa oferecer.  

É importante ressaltar esse aspecto porque cada agrupamento criará sua própria especialização, em correspondência com as qualidades dos trabalhadores voluntários ali inscritos.  

E será sempre dentro dessa especialização que a instituição poderá melhor ajudar.  

Jamais pensar que qualquer grupo possa atuar em todos os campos assistenciais.  

Do interesse e da igual boa vontade dos componentes é que nascerá, espontaneamente, a especialização da equipe.

Bibliografia para o tópico Chegada dos Desencarnados:

André Luiz/Francisco C. Xavier – Nos Domínios da Mediunidade – pág. 147 – Federação Esp.Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier – Os Mensageiros - pág. 226 – Federação Espírita Brasileira


 

CHEGADA  DOS  ENCARNADOS

Possivelmente, o relógio indica que faltam uns 45 minutos para o início dos trabalhos.  Geralmente, a partir desse horário começa a chegar os encarnados.   São os trabalhadores da casa e aqueles outros em busca de algum atendimento ou, até mesmo apenas para uma convivência.

Na figura 64B, em dois quadros, vemos as alterações fluídicas que acontecem:

Quadro A – Temos a sala devidamente harmonizada que foi anteriormente preparada por entidades higienizadoras. (Apostila 63)

– As linhas de energia se distribuem organizadamente para proporcionar bem estar a todos.  

Essas linhas permanecem assim até o momento em que os encarnados começam a chegar.

 

Quadro B – Vemos o mesmo ambiente, porém, após a chegada dos encarnados.  

As linhas de força já não são as mesmas de antes, e nem estão harmoniosas como estavam.  

O que causou essa desarrumação foram as emissões mentais dos chegantes.  

Pensamentos tumultuados e de conotação variada bombardeiam o ambiente.

Dentro dessa circunstância, inevitável numa reunião pública, lembramos alguns cuidados que minimizarão tais efeitos:

 

1 – Verificar e prestar atenção aos que estão chegando à reunião, pois é sabido que cada encarnado traz junto de si vários desencarnados, e eles poderão provocar desordem no ambiente.  

Ao menor sinal de quebra da ordem conversar com o causador da desordem.

2 – Conversação, antes da reunião, somente o mínimo necessário.

3 – Alinhar o pensamento com o propósito da reunião, facilitando, assim, a aproximação dos mentores e a interligação dos aparelhos.

 

Bibliografia para o tópico Chegada dos Encarnados

André Luiz/Francisco C. Xavier – Nos Domínios da Mediunidade – págs. 38, 147, 149, 150, 167 e 260 – Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier – Missionários da Luz – pág. 47 – Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier – Os Mensageiros – págs. 206 e 207 – Federação Espírita Brasileira


 

CASO  TÍPICO  DE  PERTURBAÇÃO

Um exemplo de perturbação comum de acontecer no ambiente de uma reunião pública é o descrito por André Luiz em seu livro Os Mensageiros, capítulo 45, página 238.

A figura 64C retrata o caso relatado que é o seguinte:  

Uma pessoa por nome Dr. Fidélis, com a mente envolta por nuvens obscuras, procura o dirigente da reunião, em momento impróprio, e sem nenhum cuidado começa uma conversação inadequada à ocasião.

A reunião, prestes a começar, é dificultada pelo imprudente.  

O mentor já a postos aguarda a resolução da conversa, enquanto, com seus fluídos envolve o médium e o dirigente.

Aniceto, o orientador espiritual, descrito por André Luiz, à página 237 referindo-se à imprudência do Dr. Fidélis, esclarece:

“Repararam como este homem traz a mente enfermiça?  É um dos curiosos doentes, encarnados.  Tem vasta cultura e, todavia, como traz o sentimento envenenado, tudo quanto lhe cai nos raciocínios participa da geral intoxicação.”

 


PEDIDOS DO PÚBLICO

É comum o público trazer pedidos escritos, indicando nomes e assuntos relacionados aos mesmos, que são colocados sobre a mesa.

Os mentores esclarecem que não basta pedir para ser atendido porque:

- alguns são sinceros e refletem a necessidade real do solicitante;

- outros são dissimulados, disfarçando o verdadeiro interesse em busca de soluções fáceis;

- outros ainda são levianos, atentando para abusos de vícios pessoais de quem os formulou.

 

Todavia, aos encarnados não compete qualquer julgamento e tomada de decisão a respeito.  

As decisões, quanto ao atender ou não, pertencem exclusivamente aos dirigentes espirituais.  

Eles, vendo e lendo na aura do solicitante o verdadeiro sentimento que nutre frente à realidade da vida, por certo farão o possível dentro da conformidade do que aqueles possam receber.

 

Bibliografia para o tópico Pedidos do Público:

André Luiz/Francisco C. Xavier – Nos Domínios da Mediunidade – págs. 154 e 158 – Federação Espírita Brasileira

André Luiz/Francisco C. Xavier – Os Mensageiros – págs. 240, 241 e 246 – Federação Espírita Brasileira

 


USO  DE  APARELHOS

 

Neste tópico faremos uma só citação de uso de aparelhos por parte da equipe espiritual.  

A descrição foi extraída do capítulo 7, página 67 do livro Nos Domínios da Mediunidade, e se refere ao Condensador Ectoplásmico.

A figura 64D ilustra a cena descrita por André Luiz.

1 – Mentor Clementino

2 – Doutrinador Raul Silva

3 – Médium fornecendo ectoplasma

4 – Corpo Astral da médium de incorporação, ligeiramente afastado do respectivo corpo físico.

5 – Conjunto formado pelo corpo físico da médium e o corpo Astral da entidade comunicante.

6 – Condensador ectoplásmico.

 

O aparelho utiliza a energia ectoplasmática do médium doador para, em sua tela, reproduzir imagens que fluem através do pensamento da entidade comunicante.  

Essas imagens que servem para  observação direta dos mentores, reproduzem etapas do passado daquele indivíduo, períodos que exatamente incidem sobre a problemática que se procura dar solução.

Essa providência também beneficia o trabalho do doutrinador que, via intuitiva, em sintonia direta com os mentores, capta o teor da imagem e melhor compreende das causas do drama que ali se desenrola.

Fiquemos só neste exemplo, contudo, ele é suficiente para demonstrar a que requintes de recursos podem chegar os cuidados para atender a um pedido de socorro, quando o arrependimento é sincero.


Na próxima e última apostila desta série veremos o importante momento da reunião que acontece quando da chegada ao recinto daquele que a tudo dirigirá:  o Mentor principal do grupo.


Apostila escrita por

LUIZ  ANTONIO  BRASIL

Janeiro de 1998 – Revisão em Setembro de 2008

 

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