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    Mediunidade 2 - Apostila 48

    Mediunidade 2 - Apostila 48

      

              ESTUDO DA MEDIUNIDADE

                                                                      

    38ª Parte

      

    “A consciência projetada em geral dirige os atos extrafísicos e dispõe de capacidade decisória (...) porque somos os agentes dos acontecimentos extrafísicos, aos quais estamos integrados, falando, atuando, movendo-nos realmente”

     (Waldo Vieira – Livro Projeciologia cap. 76 item 76.05)

     

    Como falamos em sono e desdobramento consciencial na última apostila, ampliemos esse conceito tratando de

     

    PROJEÇÃO DA CONSCIÊNCIA

     

    O corpo Astral e o corpo Mental, assim como o corpo Físico, são veículos independentes para a consciência.  Isto é, em determinadas circunstâncias ela, a consciência, pode acioná-los separadamente.  Por exemplo, enquanto o corpo físico se mantém estacionário, tal como quando no sono, a consciência pode pôr em movimento seu corpo Astral.

     

     

    Esta peculiaridade foi em parte analisada na apostila 47, quando estudamos a VIDA DURANTE O SONO.  Ressaltando-se que, como vemos na figura 48A, ao desprender-se do corpo Físico, ocorre uma total consciência do que se está vivenciando.  Porém, convém esclarecer, essa independência poderá se tornar ainda maior, atingindo a liberdade de consciência em outros planos de existência, mesmo na condição em que o corpo Físico esteja acordado.  Corpo Físico apenas em repouso. (Figura 48A).  Para essa situação é que se dá o nome de projeção da consciência.

     

    Mas façamos um pequeno histórico.  A prática e o estudo da Projeção da Consciência não é coisa nova.  Historiadores relatam que na civilização egípcia da antiguidade se praticava na forma ritual de seus templos iniciáticos.  A própria bíblia traz inúmeros relatos a respeito, e se hoje não é praticada por maior número de pessoas é porque durante séculos as religiões predominantes perseguiam os adeptos dos costumes espiritualistas, chamando-os de bruxos.   Mais do que isso, queimavam-os nas fogueiras da inquisição.   Em razão disso esse conhecimento se manteve escondido, quase desaparecendo, ficando, porém, suas sementes recolhidas nas tradições da velha Índia e do Tibet.

     

    No ocidente ela ressurgiu com o trabalho do sueco Swedenborg, em 1745, e voltou a popularizar-se quando do surgimento do Espiritismo, que na linguagem de Kardec tomou o nome de bicorporeidade e bilocação.

     

    Daí para frente sua prática e as pesquisas de seu comportamento não mais pararam, e hoje vários ramos das ciências psíquicas se dedicam ao seu estudo.  Isso leva a concluir que o estado de consciência livre, mesmo com o corpo Físico acordado, além de ser natural, como sempre o foi, será uma situação comum a partir de meados do primeiro quartel do terceiro milênio.

     

    Para nós que estamos encarnados hoje, sendo por isso candidatos natos à próxima encarnação em época coincidente com aquele período, ou seja, para daqui a 150/200 anos, mais ou menos, devemos ter todo interesse em, se não na prática, pelo menos no conhecimento desse fenômeno.  Será uma forma de adquirir capacidade de seu uso.

     

    A conseqüência direta será o fato comum de o encarnado não mais ficar,  obrigatoriamente,  prisioneiro 16 horas por dia do corpo Físico, pois a qualquer momento, quando assim desejar, poderá deixá-lo e se dirigir a pontos de outros interesses, usando o corpo Astral.

     

     

    A diferença substancial entre a projeção da consciência e o desdobramento no período do sono é vista na comparação entre a figura 48B e a 48C.

     

    A figura 48B mostra no primeiro quadro uma pessoa dormindo.  Nesse estado também está projetada no plano Astral onde se encontra com entidade amiga.  Neste momento, através do cordão de prata, tem noção do que se passa, mas na forma de sonho.  Ao acordar, segundo quadro da figura, não recorda qualquer detalhe do que se passou.  Se alguma recordação houver, como disse, será na forma de sonho, portanto, distorcidas tanto na imagem quanto no significado.

     

     

    Agora, figura 48C, há uma grande diferença.  Na projeção da consciência, vista nesta figura, ao contrário, a pessoa estará dominando o estado de atenção, o que facultará se lembrar de todos os principais detalhes das atividades desempenhadas no Astral. 

     

    Uma comparação da projeção da consciência com o ato mediúnico pode ser vista nas figuras a seguir.

     

    Figura 48D – Na incorporação mediúnica o corpo Astral do médium se afasta ligeiramente de seu corpo Físico, permanecendo, contudo, ligado a este através do cordão de prata. 

     

    Esse afastamento permite que a entidade comunicante se acople ao corpo Físico do médium, que permanece passivo. (Ver apostila 36).   Para isso, nesse caso, a consciência do médium está condicionada a essa passividade.

     

    Figura 48E – Na projeção da consciência também ocorre o deslocamento do corpo Astral, até a maiores distãncias, e embora nas proximidades possam estar entidades desejosas de se incorporarem ao corpo Físico do projetor,  não vão conseguir porque a consciência deste não está passiva, e sim, muito ativa, tendo plena noção de que mesmo estando a longa distância do corpo Físico, este está sob sua inteira guarda, através dos sinais de alerta que poderá receber pelo cordão de prata.

     

     

    Outro aspecto a ser analisado se refere à liberdade de ação quando projetado.   Os experimentadores informam que embora o ato de projetar a consciência proporcione sensação agradável, será sempre prudente lembrar que esta prática vai expor o projetor aos perigos próprios do plano Astral, para os quais, de início, não terá defesas.

     

    A figura 48F ilustra essa situação. 

     

     

     

    Como já sabemos pela vasta literatura Espírita que nos informa sobre as circunstâncias dos ambientes no plano Astral, ali se encontram locais de muitos perigos para um aventureiro descuidado. 

     

    Por isso, como tudo que envolve o campo do espiritualismo, também a projeção da consciência, para sua prática, exige disciplina.  Desde o início. 

     

    Essa atenção elementar e sensata concederá ao praticante contar com a assistência de Mentores competentes e dedicados. 

     

    Estes se interessarão pelas experimentações do candidato e proporcionarão a defesa necessária. 

     

    A recomendação básica é:  jamais projetar-se sozinho. 

     

    Mentalizar um amigo espiritual que possa ampará-lo.

     

    Esse amigo espiritual, visto na figura 48G, fará a programação das atividades, pois sabe o que de melhor oferecer ao praticante. 

     

     

    Nas horas estabelecidas para a projeção comparecerá ao local de repouso do projetor, facilitando-lhe a saída do corpo Físico. 

     

    Uma vez projetado, bastará seguir o Mentor, pois que, com toda a certeza, grandes e proveitosos serviços os esperam.

     

    Conclusão:  tanto o estado de desdobramento no sono como a projeção da consciência, são importantes recursos para a harmonia geral do indivíduo.

     

    A seguir reproduziremos abaixo algumas perguntas que elucidam sobre a Projeção da Consciência, extraídas do livro PROJECIOLOGIA, de autoria do dr. Waldo Vieira.  Eminente e competente pesquisador.  Os textos em questão estão no capítulo 15, página 36 da primeira edição.

     

    15.02 – O que constitui ou gera a projeção consciente?  A descoincidência (...) maior ou menor, dos veículos de manifestação da consciência.  Isto é, a faculdade, maior ou menor, em afrouxar os vínculos entre os diversos corpos.

     

    ]15.04 – Quando se produz a projeção consciente?  A qualquer hora (...)  e, acrescentaríamos: em qualquer lugar, desde que o projetos  esteja adestrado em seu controle emocional.

     

    Continuando, e com base nas valiosas informações do Dr. Waldo. Podemos dele compilar e formular as seguintes perguntas/conceito:

     

    1 – Para que serve a projeção consciente?  Para tudo aquilo que favoreça e aperfeiçoe a vida da consciência encarnada, por ser um meio de se obter conhecimento espiritual, que de outra forma não se poderia conseguir.

     

    2 – É´ útil conhecer sobre a projeção da consciência?  Sim, porque ainda existem muitas pessoas que, a exemplo da própria mediunidade, vão ao psiquiatra só pelo fato de estarem vendo o seu próprio corpo humano, quando se acham fora dele.

     

    3 – O que se obtém de benefício com a projeção?  Esclarecimentos de coisas a seu próprio respeito, pois estará integrado nos acontecimentos físicos e extrafísicos.  Modifica o ânimo, dando auto-confiança.  O praticante trata dos próprios problemas emocionais com outro realismo.  Restauração do próprio corpo Astral, vitalizando-o, antecipadamente à morte do corpo Físico.  Reestruturação de todos os conceitos que fazem parte da vida, adotando uma visão mais ampla do conjunto sobre as questões que envolvam a criação.

     


    Bibliografia

    Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – capítulo 7 – Livraria Allan Kardec Editora

    Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Questões 400 a 418 – Livraria Allan Kardec Editora

    Waldo Vieira – Projeciologia – capítulo 72 – 73 – 75 – 131 – 132 – 188 – Edição do autor

    Waldo Vieira – Projeção da Consciência - Livraria Allan Kardec Editora

    Leon Denis – No Invisível – capítulo 12 – Federação Espírita Brasileira

    Leon Denis – Depois da Morte – capítulo 22 - Federação Espírita Brasileira

    Leon Denis – O problema do Ser, do Destino e da Dor – capítulos 4, 5 e 6 - Federação Espírita Brasileira

    Gabriel Dellanne – A Reencarnação – capítulo 9 - Federação Espírita Brasileira

    Hernani Guimarães Andrade – Espírito, Perispírito e Alma – capítulo 7 – Editora Pensamento

    Lancellin/João Nunes Maia – Iniciação-Viagem Astral – Editora Espírita Cristã Fonte Viva

    Miramez/João Nunes Maia – Segurança Mediúnica – página 54 - Editora Espírita Cristã Fonte Viva

    Miramez/João Nunes Maia – Médium – página 191 - Editora Espírita Cristã Fonte Viva

    Miramez/Juão Nunes Maia – Horizontes da Mente – páginas 194 e 195 - Editora Espírita Cristã Fonte Viva

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Nosso Lar – capítulo 33 e pág. 182 - Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Evolução em Dois Mundos – págs. 131, 132 e 134 - Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Nos Domínios da Mediunidade – capítulos 11 e 14 - Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Obreiros da Vida Eterna – página 82 - Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – No Mundo Maior – página 65 - Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Libertação – página 86 - Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Missionários da Luz -  páginas 04 e 81 - Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Os Mensageiros – capítulo 3 - Federação Espírita Brasileira

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier – Conduta Espírita – capítulo 30 - Federação Espírita Brasileira

    Arthur Powell – O Corpo Astral – páginas 75, 76, 77 e 81 – Editora Pensamento

    Lawrence e Phoebe Bendit – O Corpo Etérico do Homem – página 88 – Editora Pensamento

    Charles W. Leadbeater – Auxiliares Invisíveis – Editora Pensamento

    Victor Bott – Medicina Antroposófica – volume 1 capítulo 5 – Associação Beneficente Raphael

    Shirlley Maclaine – Minhas Vidas – Capítulo 24 –


     

    Apostila escrita por

    LUIZ  ANTONIO  BRASIL

    Março 1997 – Revisão em Abril de 2007

     

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