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    Mediunidade 2 - Apostila 41

    Mediunidade 2 - Apostila 41

      

              ESTUDO DA MEDIUNIDADE

                                                                      

    31ª Parte

     

    ATIVIDADES VI

     

    INFLUÊNCIA  DO  AMBIENTE  -  I

     

    Até a apostila anterior analisamos o que se convencionou chamar de a Influência do Espírito do Médium sobre o trabalho que executa.  Daquela análise, a questão do animismo nos parece que ficou bem esclarecida.  Visou, principalmente, evitar, tanto quanto possível, a continuidade das críticas que ao termo, pejorativamente, têm sido aplicadas.

     

    Enfim, a abordagem das apostilas 36 à 40 cingiu-se aos cuidados principais, de ordem pessoal, a que o médium deve se manter atento.

     

    Depois daqueles estudos, e conforme anunciamos na apostila 36, veremos agora a questão da Influência do Ambiente.  Tanto onde passa seu viver cotidiano quanto ao local de prática mediúnica.

     

    O  LAR

    O lar é a grande escola da vida. 

     

    É nele que se agrupam, com mais intimidade, as criaturas vinculadas carmicamente, para darem mais um passo evolutivo.  Em razão disso vamos encontrar duas categorias de famílias.  As harmonizadas e as sob constante incompreensão.

     

    Nos lares onde predomina a incompreensão, a irresistível atração cármica aproxima pessoas de elevada imperfeição, quase sempre espíritos que em vidas passadas foram ferozes adversários, e que, para se suportarem, precisam de vastas doses de resignação e renúncia.

     

    De qualquer forma, a aproximação mais demorada entre os seres, tal como acontece na formação de uma família, significa deveres coletivos a serem atendidos. 

     

    E isso podemos resumir com a seguinte frase:  Numa família, na qualidade de pai, mãe e filhos, se reúnem espíritos que reencarnaram para um só objetivo: aprenderem, sob o mesmo teto, que a felicidade almejada subjetivamente, será fruto do esforço de todos.

     

     

    Este é um resultado que só será obtido pelo uso da tolerância e da renúncia, com as quais cada um dará cumprimento da sua parcela nas obrigações que a vida impõe.  Logo, dada a importância da escola do lar, é de se deduzir que o ambiente doméstico tenha significativa influência sobre todos os membros de uma família.  E se da família em questão algum dos membros exercer a atividade voluntária de MÉDIUM, pode-se esperar que sobre ele as influências gerais serão maiores.

     

    Lembrando o estudo sobre a sintonia, apostilas 32 e 33, será fácil entender porque o médium, dentro de seu lar, é o elemento mais sobrecarregado pelas vibrações energéticas do ambiente.

     

    Razões: 

    1 – O médium é o canal de acesso entre as forças psíquicas e físicas;   

    2 – Cada ser encarnado, reencarna mantendo-se ligado ao ambiente espiritual do qual proveio (Emmanuel, Roteiro, página 116);   

    3 – Devido às origens, em torno de cada um dos membros de uma família forma-se uma psicosfera diferenciada, influenciando, especificamente aquele indivíduo.  Vide figura 41B.   

    4 – Cada indivíduo, por sua vez, transfere ao ambiente coletivo do lar parte da energia que o influencia;  

    5 – Como são criaturas diferentes, portadoras de cargas energéticas também diferenciadas, um só resultado será comum ao ambiente caso não se esforcem por se compreenderem mutuamente:  DESENTENDIMENTOS, ou diferenças insuportáveis de opinião.

     

    Esse quadro de instabilidade, de início pouco significativo, irá, todavia, com o passar do tempo, transformando-se em infidelidade conjugal, incompreensões, desavenças irreconciliáveis, violências, separação e até assassinatos.   E o médium, o mais sensível de todos, sob essa excessiva pressão de efeitos só negativos, sucumbirá.  Se não for suficientemente resignado ficará entregue ao domínio das obsessões.

     

    Como reagir diante disso ?, perguntarão.  A família é um elo importante na escalada evolutiva, e deve ser preservada mesmo ao custo de muito esforço.  Naturalmente que há exceções, e cada caso deve ser atendido conforme as possibilidades de entendimento das partes envolvidas.  De um modo geral, o que podemos dizer é que quando um dos cônjuges resvala para a falta de responsabilidade, o outro, mesmo em que pese a renúncia, deve manter a serenidade, formando com isso um foco de luz a dissipar aquelas trevas que ameaçam o ambiente.  Esse foco de luz pode ser comparado ao jato de água sobre  uma chama indesejável.  Extingue-a. 

     

    Além disso, como prevenção, a educação social e moral dos filhos deve começar no primeiro dia de vida dos mesmos, lembrando  que o  espírito aprende sob quaisquer circunstâncias.  Por isso, a tenra idade dos filhos não serve de desculpa para retardar o início dessa orientação de exclusivo dever dos pais.  Educar desde cedo é garantir harmonia para os dias futuros. 

     

    Salomão, em seus provérbios, já dizia:  “eduque enquanto criança e não precisarás puni-lo quando adulto.”

     

    Enfim, a construção da paz de um lar é trabalho para todos os dias, a começar do instante em que os dois jovens trocam juras de amor nos primeiros momentos do namoro.  Observando e esforçando-se para por em prática esses princípios, só assim o médium terá em casa o ambiente que o ajude no desempenho de tão difícil tarefa.  Sem esquecer de que a prece e a meditação serão seus fortes aliados, pois no refúgio de sua alma conversará, silenciosamente, com o cônjuge faltoso ou com o filho desgarrado.  E como a água macia que por insistir em pingar fura a rocha dura, também sua perseverança nesses intentos romperá aquela barreira psíquica que infelicita todo o lar.

     

    O médium, lembramos, é um trabalhador da mente, e só com ela, a mente, na maior parte das vezes deve exercer influência.   As palavras, os gestos, as atitudes físicas, costumam realimentar a fogueira da discórdia, e além do que só tocam na superfície do problema.  A mente, porém, na meditação, toca a raiz daquele mal, e corrige, desde ali, o fluxo da seiva, dando a ela o rumo dos frutos bons.

     

    O  TRABALHO

     

     

    A exemplo do lar, também nos locais de trabalho se reúnem pessoas diferentes, durante muitas horas por dia.  Cada uma delas portando sua particular psicosfera.  Mas, naturalmente, mutuamente se influenciando.  E as magneticamente mais fortes exercendo pressão sobre as mais fracas. 

     

    No ambiente de trabalho, porém, surge uma outra situação agravante, além das apontadas para o ambiente do lar.  É que as pessoas ali estão reunidas pelo impositivo de um ganho financeiro, o que torna aquele local, quando freqüentado por ambiciosos, apropriado ao despertamento das mais acerbas manifestações de ganância, geradoras de profundas inimizades.

     

    São nesses ambientes que sobem à superfície das consciências pessoais suas tendências de ganho fácil, inveja e egoísmo.  O local de trabalho profissional, salvo raríssimas exceções, é uma arena, onde se digladiam almas infelicitadas pelos mesquinhos interesses.

     

    Um médium nesse ambiente sentirá sobre si pesadas cargas emocionais.  Se for conhecedor das formas como essas forças são criadas e se propagam, e se possuir suficiente tolerância, conseguirá manter, apesar de tudo, um bom nível de paz em torno de si.  Granjeará amizade, senão em todos, pelo menos de uma boa parte dos companheiros de jornada.  Irão respeitá-lo, pois ele sempre estará fora de todas as desavenças, quando estas acontecerem.

     

    Por tudo isso deve manter-se muito atento.  Por possuir suas faculdades psíquicas em fase adiantada de atividade, será, dentre todos, a antena mais sensível a registrar o maciço conjunto de ondas mentais que se formam em um ambiente de trabalho ocupado por várias pessoas.

     

    Alguns recursos adicionais para manter a harmonia pessoal podem ser lembrados pelas seguintes atitudes:  toda vez que notar algum colega lhe dirigindo olhares desconfiados, bastará usar seu pensamento carregado de boas intenções com o fito de evitar desavenças;  quando estiver em seu lar, todas as noites, mentalizar o local de trabalho, fazendo derramar sobre o mesmo energias harmonizantes para que o dia seguinte seja repleto de compreensões;  jamais maldizer a fonte de onde lhe vem o sustento, pois esse lamento tornará ainda mais improfícuo aquele provento que é a economia de seu lar.

     

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    Na apostila seguinte analisaremos os ambientes de lazer e devoção.

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    Bibliografia:

    Allan Kardec  -  O Livro dos Médiuns  - questões 223.15,  223.18,  223.19  e  225  -  Livraria Allan Kardec Editora.

    Léon Denis  -  No Invisível  -  capítulo 5  -  Federação Espírita Brasileira.

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier  -  Nos Domínios da Mediunidade,  capítulos 5, 6 e 22  -  Mecanismos da Mediunidade, páginas 75, 76, 88, 89, 94, 118, 121, 124, 129, 132, 133, 134 e capítulo 23  -  Missionários da Luz, páginas 14 e 17  -   Todos editados pela Federação Espírita Brasileira.

    Hernani Guimarães Andrade  -  Espírito, Perispírito e Alma  páginas 120, 121, 229 e capítulo 5 -  Editora Pensamento.

    Hermínio Corrêa de Miranda  -  Diversidade dos Carismas, volumes I e II – Editora Arte e Cultura Ltda.  - 

    Edgard Armond  -  Mediunidade  -  Editora Aliança.

    Emmanuel/Francisco Cândido Xavier  -  Roteiro  - página 116 e demais -  Federação Espírita Brasileira.

    Miramez/João Nunes Maia  -  Segurança Mediúnica  -    Editora Espírita Cristã Fonte Viva.

    Lancellin/João Nunes Maia  -  Iniciação, Viagem Astral  -  Editora Espírita Cristã Fonte Viva.

    Waldo Vieira – Projeciologia – capítulos 67, 130, 315, 371, 372, 391, 404 -   Editado pelo autor.

    Apostila escrita por

    LUIZ  ANTONIO  BRASIL

    Janeiro 1996 – Revisão em Janeiro de 2007

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