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    Meditação - Apostila 10

    Meditação - Apostila 10

     Outra Sugestão

     

    Dissemos na apostila 8 da Ideação Cósmica e vimos que o Universo é o magnífico pensamento do Criador.

     

    Pensamento que vibra num padrão que o cérebro humano não consegue alcançar, quando a pessoa se acha desperta, acordada, em estado vígil, vibrando em ondas Beta.

     

    Entretanto, se esta mesma pessoa aprende a controlar seu estado mento-vibratório, conseguirá, também, entrar em ressonância com o padrão da onda mental que permeia todo o imensurável existencial.   Isto, evidentemente, é o que acontece com aquelas pessoas chamadas de videntes e profetas que, de forma espontânea, já que suas faculdades psíquicas assim lhes permite, enveredam-se por dimensões temporais das quais não sabem quais são.   Os exemplos mais marcantes dessas inter-relações tempo-espaço temos em São João no livro bíblico do Apocalipse, nas previsões de Malaquias e em Nostradamus.

     

    Todavia, para os comuns mortais isso se faz utilizando-se do processo meditativo, isto é, controlando a mente no estágio de vibração Alfa.  Mas... controlando.   Controlando sem empregar esforço braçal para isso.  É aquele estado em que nosso(a) candidato(a) estava na apostila 5, em sua primeira soltura mental quando se viu projetando-se pelo espaço.

     

    Aperfeiçoando-se nesse controle a pessoa irá, gradualmente, sentindo que está quase percebendo certa “solidez” nas formas mentais que irão se produzir.

     

    É neste ponto que deve atentar para os detalhes da visualização como forma de melhor produzir o efeito de ressonância com a mente do Todo.

     

    Observem, por exemplo, que a natureza é detalhista em suas criações.

     

    Observem uma árvore.  Não é olhar uma árvore enquanto passeia pelos parques – ainda existem árvores ? – permitam essa brincadeira que beira a seriedade.

     

    Observem, desde o ponto em que o tronco emerge do solo.  Vá subindo por ele, notando suas reentrâncias, a coloração, os insetozinhos que sobem e descem por ele em seus trabalhos de produtividade da vida.  Aprofundem o olhar subjetivo e enxerguem a seiva que, por efeito de capilaridade, através dos canalículos, vai subindo pelo tronco.   Mas perguntem-se: “de onde está vindo a seiva ?”   Seus olhares descerão às profundezas do solo visualizando as raízes que se ramificam em todas as direções, adelgaçando à proporção que mais fundas vão.   Ali está o mais sublime processo químico que o ente arvóreo produz.  A transformação das moléculas minerais contidas no solo em seiva que alimentará todo seu corpo, e que, nos tempos certos, produzirá os frutos.  Voltem, agora, o olhar aos galhos mais baixos. 

     

    Notem como é a ramificação com que se dispõem, geometricamente, ao redor do tronco de forma a manter o equilíbrio de todo o conjunto.  Se os galhos se produzissem de um só lado a árvore tombaria.   Observem os galhos menores que saem dos maiores.  Vejam a graça do conjunto, diferentemente, em cada espécie.  

     

    Agora é a vez da vestimenta formada pela folhagem.  Até aqui vimos o esqueleto, a estrutura de sustentação, mas na folhagem estamos vendo a arquitetura do embelezamento, por um lado, e a aparelhagem sintetizadora dos gazes que dão vida aos demais seres na Terra, a produção do oxigênio.  Mas só a isso produzem, como se fosse pouco ?  Não !  Há, também os frutos.  E que singular beleza é vê-los se formando e crescendo.  De pequeníssimos bulbos na base floral vão inflando, inflando, tomando a forma própria da espécie produtora.  Inflando e mudando a coloração até que atingem a idade adulta e própria ao consumo, para nós humanos e das demais espécies animais que delas se alimentam.  Mamíferos e aves.   E tudo isso o fazem em silêncio – não reclamam – em perfeita ressonância com os padrões cósmicos de tempo e espaço.  Até parece que as espécies vegetais estão sempre vibrando no padrão Alfa, em continuidade meditativa, obedientes e embaladas nos braços do Criador.

     

    E como falamos em beleza, já notaram como, de fato, nossas irmãs vegetais são, mesmo, belas ?

     

    Observem-nas quando ventos suaves as tocam.  Apresentam um harmonioso bailado de vai e vem da folhagem.   Mas quando tocadas por ventos fortes que arremessam muitas folhas ao chão, seus galhos entram em luta para garantir a continuidade de suas vidas.

     

    Tudo isso se passa com as árvores.  É nesse estilo de observação detalhada que deverão conduzir o processo de meditação.

     

    Olhar, mentalizadoramente, e detalhada, o mais amiudadamente, uma árvore, não importa qual.  A que tenham em casa, a que viram no parque, ou da janela do luxuoso automóvel em que, célere – será que viram ? – à margem da estrada.

     

    E assim devem fazê-lo com todas as mentalizações, seja uma cachoeira, sua queda dágua, os vapores que desprendem em gotículas e se espalham com o vento umedecendo seu rosto – sinta a umidade – os musgos entrelaçados às pedras, suas saliências multicoloridas, os peixinhos brincando nas águas claras, às vezes se escondendo por entre os seixos sobre os quais estão seus pés.  E o frescor da água que sobe por suas pernas... e a vontade que lhe dá de mergulhar, por inteiro... mergulhe...

     

    E assim, a cada treinamento vá utilizando de elementos conhecidos como base para suas mentalizações porque, depois de todos os leões famintos e das borboletas errantes não houver nenhum resquício e já forem coisa de distante passado, então se sentirão capacitados para as imagens espontâneas que quase nem acreditarão estar lhes sendo possível vive-las – Vive-las !, sim, pois que o processo ficará tão sensível e autêntico que lhes dará a impressão de real.

     

    Mas de fato real será, não duvidem, pois assim como a Mente Divina tudo idealiza com o pensamento, e este toma forma através de nossa mente e cérebro, também suas criações mentais, via meditação, serão reais.

     

    Como, também, da mesma forma que as Criações da Mente Divina proporcionam as mutações gerais do cosmos – no fluxo e refluxo das transformações – assim também as suas ideações mentais produzirão muitas mudanças no seu existir.  E mudanças para melhor.

     

    Todavia, nas mentalizações, não induzam quaisquer temas relacionados aos problemas pessoais.  Lembrem-se de que meditar é estar em ressonância com a mente Divina, e o Divino, por princípio, tudo contém, tudo sabe, e tudo nos concede na proporção de nosso merecimento e ao uso que daremos aos recursos concedidos.  Só pelo fato de estar em ressonância com a mente Divina isso nos capacita a sabermos dar solução ao que possa nos afligir no dia a dia.  Por essa ressonância que ao praticante de meditação se estenderá por todas as horas de todos os seus dias, e não somente naquele espaço meditativo, ele saberá ter compreensão, aliada à tolerância e à paciência, instrumentos esses indispensáveis ao viver equilibrado, mesmo que o mundo ao seu redor não esteja cor de rosa.

     

    Advirá o compreender do sentido verdadeiro do existir – as múltiplas dimensões em suas particularidades tempo-espaço, e suas razões existenciais – a tolerância pela interrelação diferencial dos seres – a cooperação e paciência pela manutenção do equilíbrio entre todos e tudo, pois todos e tudo respiramos o mesmo Hausto Divino – e o que mais buscamos:  a Paz interior, vivendo-a mesmo que o mundo ao nosso redor ainda apresente os cenários de desolação e depreciação da vida humana e da natureza.

     

    Essa paz interior é a ressonância controlada que nos referimos em folhas anteriores.  Entretanto, estendamos um pouco mais nossos comentários.

     

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    Em parágrafo acima dissemos do fluxo e refluxo das transformações.  Este é outro dado que reputamos de muita importância, não só para aqueles que desejam ingressar no hábito da meditação, quanto para todos em geral.

     

    Qualquer máquina na Terra para funcionar precisa de uma fonte externa de energia.  O automóvel necessita da gasolina, do etanol ou do gás para que seu motor gere força e movimente o veículo.   E assim são todos os processos mecânicos na Terra.

     

    Mas, e o Cosmos, de onde ele retira o combustível para se alimentar, produzir movimento e se transformar ?  É aqui que entra o que estamos chamando de magnífica Ideação do pensamento do Criador.

     

    O cosmos, por seu processo que foge à nossa detalhada compreensão, se autoalimenta.   Disse um pensador que “na natureza nada se perde mas que tudo se transforma” – (Lavoisier)

     

    Exatamente isso.  No cosmos não existe descarte, lixo, como acontece com nossa civilização – civilização ?   No cosmos, e o cosmos, é um constante e contínuo Vir-a-Ser.  Em outras palavras, uma contínua transformação.  Uma contínua realimentação, através de dois processos, isolado ao mesmo tempo unificado, uno e múltiplo, simultâneo, no mesmo momento.

     

    Processos chamados de entrópico e centrópico.  Ousaríamos dizer:  centrífugo e centrípeto.

     

    Entrópico: a dissolução, o destruir.

    Centrópico: a reestruturação, o construir.

     

    E, como explicitado acima, sem produzir descartes, perdas, lixo, para usar de linguagem de todos conhecida.

    No mesmo instante em que ocorre uma dissolução – entropia – neste mesmo e exato instante ocorre a reestruturação – centropia – num estágio superior ao anterior, que é o mais importante, pois tudo caminha na estrada da evolução.   Os conscientes e os inconscientes, tudo, enfim, tende à evolução.

     

    Assim, isto que chamamos matéria tende à energia que, por sua vez será reestruturada numa forma material mais refinada, num mundo que, usualmente, chamamos de sublime.

     

    E esta progressão vai ao infinito, indescritível à linguagem humana atual.  A esta progressão também estamos destinados, conquanto nela já nos encontremos desde o sempre.

     

    Podemos apenas imaginar esse processo absortivo e expansivo desenvolvido por forças espiraladas que, a cada volta, perpassam espaço/tempo diferenciados. Ciclos como o simbolizado na figura abaixo.

     

     Vejamos isso adicionando parte do texto da apostila 22 da série Reconstrução:

     

    “Explicando com outras palavras e usando da figura 22E.

     

     

    Conforme constante na apostila 15 da série O Inevitável Despertar, a evolução se processa na forma de uma espiral ascendente e expansiva.  Isso significa que desde o momento inicial de sua existência, conforme ponto indicado na figura 22E, o espírito sente a irresistível impulsão de sua expansão consciencial.  Segue trasladando-se, ascensionalmente, pela espiral evolutiva, ocupando a cada momento uma posição dentro da sequência linear do tempo e dos espaços, concomitantes ao grau evolutivo atingido.

     

     

    Como a espiral é expansiva e ascendente, veja nesta figura 22F, a cada momento, e a cada volta, o ponto do tempo e do espaço em que o espírito se encontra sempre será diferente do anterior.   Numa outra visualização, oferecemos a figura 22G.

     

     

    Acompanhando por ela vemos:

     

    Posição A = Início existencial de um espírito.  Ali ele inicia a percorrer sua trajetória evolutiva.  Após se passar indefinido tempo, ele completa uma volta de seu ciclo evolutivo, porém, como a figura demonstra, ele não retorna à posição A, pois a evolução não é feita num círculo fechado.  Ela possui a forma espiralada.  Assim o espírito completando uma volta chega à...

     

    Posição B = Como se vê pela figura, da posição A à B o espírito ocupou um determinado tempo passando por variados espaços.   E assim, sucessivamente, prosseguindo pela trajetória, ele chega à...

     

    Posição C = E esta sequência se repete indefinidamente.”

     

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    Daí !!!, o sentido da meditação.  Conscientemente, inserir-se nesse processo entrópico/centrópico de viver, pois que assim a pessoa estará colaborando com a sistemática geral na qual o Cosmos está estruturado.

     

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    Conseguem, agora, enxergar os benefícios da meditação ?

     

    Em linguagem simples, meditar é pensar como Deus pensa – concentrado no bem, no Vir-a-Ser, na continuada transformação de Si Mesmo, pois que Ele a Si mesmo se transforma.

     

    Esta capacitação Ele nos legou quando nos criou: deu-nos os poderes mentais.  Usemo-los para transformarmo-nos ao ritmo e direção da Luz Sublime do Criador.

     

    As Criaturas Crísticas já o fazem, e nada nos impede de copiar-Lhes os procedimentos, a não ser que queiramos permanecer estagnados na “espira” da evolução em que nos encontramos.

     

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    Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil

    10 de Janeiro de 2011

     

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