Civilizações - Humanidade de Todas as Partes - Apostila 9

Dimensões – 1
Todo o consenso das várias disciplinas que estudam o cosmo tem por princípio de que ele é esférico. Admitamos isso também considerando, porém, uma esfera ilimitada, pois, do contrário cairíamos na tese de um espaço limitado e, aí... o que viria depois ? O vazio ? o Nada ?
Como já citado, “assim como é em cima também é embaixo”, vemos que todos os astros, estrelas, planetas e satélites, são esféricos. Estes são o embaixo. Por decorrência, neste caso, o em cima é o cosmo que os contém.
Portanto, isso leva-nos a pensar que o cosmo, como berço de tudo, é, por princípio esférico. Figura 09A.

Possivelmente, todos se lembram dos livros escolares de história que ensinam que os povos antigos “pensavam” que a Terra era plana e que se navegassem até seus limites cairiam num insondável abismo. Figura 09B. Lembram-se ?

Porém, Colombo, convenientemente, muito “sábio” – essa é uma das grandes mentiras da história – resolveu provar que a Terra não era plana e sim esférica, e saiu a navegar para o oeste para, dando a volta equatorial do planeta, alcançar as Índias. Todavia, no meio do caminho “topou”, “inesperadamente”, com as ilhas das Antilhas que “ninguém sabia da existência”.
Embora sabendo que essa descrição da história é a mentira mais deslavada que ensinam nos livros escolares, pois mapas muito antigos, e de origem desconhecida, indicavam que havia terras do outro lado do Atlântico, ela nos serve como termo de comparação para o que se segue.
Pois é.
Depois, os “inteligentes”, mais modernos, aventaram a imagem de que o cosmo era plano, talvez, também por conveniência, pois a ciência quando não consegue decifrar algum enigma saca o argumento que, ao momento, lhe convier. E, geralmente como esses argumentos partem de eminentes doutores, então, são dados como certos e passam aos livros escolares.
Todavia, num dia importante para a humanidade da Terra, encarna um espírito que durante a juventude foi expulso da escola porque não conseguia acompanhar as matérias. Expulso. Mais tarde, alguns anos depois, tornou-se o grande cérebro a “enxergar” além da matéria “sólida”. Einstein. (1879-1955)

De cálculo em cálculo, aos montões, conceituou a teoria geral da relatividade da qual derivou a conceituação de que o espaço é curvo. De curvatura em curvatura vai fechando-se em si, mas não como a forma de uma folha de papel enrolado e sim numa curvatura esférica. Figura 09D.

Mas sobre isso ficamos por aqui. O que é pertinente ao nosso estudo é a questão da interpenetrabilidade das dimensões espaço-tempo.
Quando falamos sobre terceira dimensão logo nos vem à mente a solidez da matéria de que esta é composta.
Todavia, como já provado pelos estudos da física molecular, o que chamamos de matéria sólida, na verdade, não é tão sólida como a vemos e sentimos, apesar de, se formos atingidos por uma tijolada isso nos “provará” que ele é bem durinho e machuca bastante. Mas esse efeito vem da razão relativista da matéria em cada uma de suas dimensões. Figura 09E.

Ou seja, a matéria de nossa dimensão se mostra com o efeito de solidez porque também assim é a estrutura molecular de nosso corpo. Porém se usarmos, como a ciência o faz, de dispositivos que visualizem, seja pela microscopia ou por cálculos infinitesimais em razão dos fenômenos observados, verificaremos que a aparente solidez é um tremendo queijo suíço e dos bem esburacados. Figura 09F.

O que vemos na figura 09F é um aglomerado de entidades cada vez mais infinitesimais e que, em seu conjunto e pela intensidade vibratória de cada categoria provocam o fenômeno que damos o nome de solidez.
E para se ter uma ideia de quanto há mais vazio do que preenchimento no que chamamos de matéria sólida, basta saber que num átomo o vazio corresponde a 99,9999% de seu volume.

Há outro dado curioso, segundo cálculos dos entendidos. Se comprimirmos toda a matéria que compõe o corpo humano de maneira a não deixar um só espaço vazio no interior de cada átomo e entre os espaços entre eles, a massa obtida caberia na cabeça de um alfinete ! Figura 09H.

Quanto orgulho cabe na cabeça de um alfinete.
Ironia à parte, vejamos a interpenetrabilidade dos espaços-tempo dimensionais.
Pela figura 09F ficou evidente que, cosmicamente falando, não existe matéria sólida como a percebemos com nossos rudimentares sentidos de percepção. Tudo é o relativismo do momento dimensional que o Ser vivencia.
De igual forma, também nas demais dimensões espaço-tempo a solidez se comporta dentro deste mesmo parâmetro de localidade.
Dimensão densa corresponderá sólidos densos; dimensão menos densa corresponderá sólidos menos densos; dimensão sutil corresponderá sólidos sutis; dimensão energética corresponderá sólidos energéticos.
Portanto, repetindo para ficar bem claro, toda percepção vem do relativismo correspondente ao local onde se encontra o ser.
Para termos uma visão modesta desse desdobramento, vejamos a figura 09i.

Escalonadamente vemos que cada dimensão é composta de sete densidades. Essa distribuição foi vista com maiores descrições nas séries Mediunidade e A Criatura.
Igual ao comportamento das dimensões, também as densidades de cada dimensão se interpenetram. Figura 09J.

Apesar das duas figuras 09i e 09J, reconhecemos que ainda assim é difícil conceituar, imaginativamente, as esferas interpenetradas umas com as outras, bem como todas ocupando o mesmo volume.
Vamos, então, a algumas outras figuras.
A figura 09K mostra a representação de um Ser encarnado na Terra. Nela vemos todos os seus corpos, desde o físico até o Atmico, Também, ao lado direito da figura, os vários globos que são as densidades, correspondentes aos corpos.

A figura 09L mostra a situação de quando o mesmo Ser já não se encontra encarnado. Ele já não utiliza de um corpo físico, entretanto, a Terra física continua existindo. Os outros corpos, também continuam existindo nos correspondentes globos, ou densidades.

Esta situação é fartamente conhecida através dos estudos espíritas e teosóficos. Neles, desde os primeiros livros de Kardec, ficou provada a continuidade da vida após a morte e a possibilidade de comunicação entre os que já não estão encarnados com os que ainda estão, via faculdades psíquicas, ou mediúnicas.
A figura 09M faz a representação não só de quando o Ser já não se encontra encarnado como, também, quando, por maior evolução, situa-se em planos, ou densidades, acima do Astral. Entretanto, os globos Astral e Físico continuam existindo.

Os degraus mostrados nas figuras são metafóricos. Significam níveis de padrão espiritual porque, na verdade, os globos, ou densidades, se posicionam interpenetrados.
Estas três figuras têm dois propósitos:
1 – Demonstrar que o Indivíduo, como ser integral, se compõe de vários corpos;
2 – Demonstrar que são várias as densidades onde o vários corpos se acomodam, melhor dizendo, habitam.
Em razão disso, pelos processos de meditação, de desdobramento consciencial ou viagem astral, o indivíduo, sem sair de onde se encontra, passa a ter ações conscientes no plano, ou densidade, que lhe for possível atingir. Figura 09N.

Todas as figuras apresentadas nesta apostila indicam uma dimensão particularizada e suas densidades. A figura 09N, entretanto, demonstra um fator importante. O de que o indivíduo sem usar qualquer veículo, ou dispositivo, por exemplo, carro, avião, navio, trem, bicicleta ou capsula espacial, mas tão somente sua faculdade psíquica, transmutou-se para outra densidade.
Isso evidencia que todas as densidades se situam no mesmo espaço. Para que isso aconteça têm de estar interpenetradas.
Mas para que ocorra a interpenetrabilidade entre todas, sem que uma obstrua a outra, assim como um muro em meio de um caminho o obstrui, cada densidade é constituída de matéria em padrão vibratório diferenciado.
Como de mesma forma acontece entre os corpos de um indivíduo que no momento em que se encontra encarnado e em estado de vigília todos os demais corpos se encontram acoplados ao corpo físico. Mas nem por isso ele os sente.
Igualmente, quando estamos em estado de vigília também não percebemos as demais densidades apesar delas se encontrarem aqui mesmo. Tudo o que vemos é o “vazio” atmosférico que nos envolve.

A representatividade mais comum para entender a interpenetração das dimensões e suas densidades, sem que uma obstrua a outra, é a propagação das ondas eletromagnéticas.
A atmosfera da Terra está repleta dessas ondas. São as ondas das emissoras de rádio, de televisão, dos telefones celulares, dos radares, dos satélites posicionados em órbita da Terra. Tudo isso forma uma miscelânea de ondas eletromagnéticas. Contudo, todas funcionam perfeitamente e mantém os sistemas de comunicação em ordem.
Para que assim aconteça, cada uma das ondas eletromagnéticas tem um padrão de vibração diferenciado umas das outras. Exatamente como a situação das dimensões e suas densidades.
O ponto fixo é: Padrão de vibração, seja eletromagnético, molecular, atômico ou subatômico.
Veremos isso na próxima apostila, pois nosso objetivo é demonstrar que também a nível de cosmo, ou seja, dos vários níveis dimensionais espaço-tempo, todos ocupam o mesmo volume cósmico, interpenetrando-se, em suas variações vibracionais sem se misturarem.
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Apostila escrita por
Luiz Antonio Brasil
Julho de 2013