Além da Meditação - Apostila 4

Além da Meditação - Apostila 4

Formas Pensamento - 1

 

Nas séries Mediunidade, Reconstrução e O Inevitável Despertar comentamos sobre formas pensamento.  Na figura 04A  representamos essa ocorrência onde, com a emissão de um pensamento qualquer – o livro, por exemplo – a imagem se forma nas dimensões sutis.

 

Os apontamentos das séries citadas acima são noções básicas para os entendimentos mais complexos que trataremos aqui.

 

Vimos, em Meditação, e nas apostilas precedentes desta série, que o Cosmos é a forma manifesta do sublime pensamento do Criador, o qual denominamos, simplesmente, Deus, o Ser Superior.

 

Pois bem, então entendamos que tudo o que vemos, ou que tocamos, ou de alguma outra forma sentimos, são formas pensamento do Criador, conforme vimos na apostila 03 desta série.

 

Como naquela também explicitado, nós mesmos, espírito e corpos, somos formas mentais geradas pela indescritível mente do Excelso Senhor da Vida.

 

Mas dos estudos anteriores vimos que formas pensamento só possuem consistência e durabilidade na conformidade dos poderes mentais que possua a fonte geradora. Figura 04B.

 

 

Nessa conformidade, para nós, simples mortais, as formas pensamento que geramos têm consistência, digamos, volátil, e duração, quando muito, de uns poucos dias.

 

Quanto aos magos, suas mentes habituadas a lidar cromaticamente com as variáveis de energia, isto é, com a valência das cores, estes produzem formas pensamento de consistência próxima ao concreto realístico da terceira dimensão, e com a durabilidade que preenche alguns anos.

 

Para os controladores de forças sutis, que foram os chamados magos da antiguidade, conhecedores de segredos que se perderam na noite dos tempos, estes manipulavam formas pensamento com a mesma facilidade que um confeiteiro elabora a receita de um bolo. Geraram formas realísticas que enganavam até o mais atento olho humano, e que permaneciam vívidas por séculos, quando não por milênios.

 

Esta breve resenha dá uma ideia das possibilidades ocultas que residem na mente e que, por atos de cerebração, podem ser utilizadas para o bem, ou para o mal,segundo os princípios que regem cada ser.

 

Mas, voltando a falar de formas pensamento, queremos leva-los a reflexionar sobre as formas geradas pelos grandes Seres, estes que, para identifica-los, podemos designar por Senhores Criadores de Mundos. Figura 04C.

 

 

Bem, mediante o exposto no parágrafo anterior vocês já devem estar imaginando:  “Huum, então, os mundos foram criados por força de emissões mentais, isto é, formas pensamento ?”

 

Exatamente, foi e sempre é isso o que acontece, para tudo que ocorre pela Eternidade.  E como nada existe fora da Eternidade, então, ela própria, a Eternidade, é forma pensamento.  A forma pensamento gerada e mantida pela mente Suprema, a Mente do Criador Maior.

 

Entretanto, embora esta feitura que para nossa mente, às vezes, se torna incompreensível porque à curiosidade vem a pergunta: “- E antes Dele gerar a forma pensamento Eternidade, o que existia ?” Uma pergunta que ao mesmo tempo é pertinente e impertinente, porque, imaginemos, será que uma bactéria, dessas que sobrevivem em nosso organismo, e que tem a vida na duração de minutos, conseguiria compreender a vida de seu hospedeiro – nós – que perfaz 50, 100 anos de existência ? 50, 100 anos que para ela, comparativamente, é uma eternidade?

 

Assim, nossa curiosidade, embora pertinente, tendo-se em conta o desabrochar de nossa consciência, e que tudo nos é lícito aprender, é, ao mesmo tempo, impertinente, visto que por mais tentemos digladiar com as cerebrações e com as palavras jamais, no atual nível evolutivo em que nos encontramos, conseguiríamos entender a Eternidade, e mais dificultoso ainda, numa total impossibilidade, compreender esse “antes” da Eternidade.

 

Posto assim, prossigamos, numa análise quase poética, do feito magnificente da Mente Divina em Sua formulação das formas pensamento.

 

Deste feito, para nós, só podemos dizer: Num instante a Eternidade se faz Presente no cenário, não cenário, do vazio.  A palavra vazio, aqui, está sendo empregada só como expressão de entendimento.    A suposição é de que nunca houve o vazio, já que o termo Eternidade não comporta o “antes” e nem o “depois”.  Contudo, nossa mente liliputiana necessita desses termos discrepantes para conseguir um vislumbre, mesmo que em miniatura, do contrário ficamos como plumas ao vento.  Voando soltos sem conseguir um ponto de apoio ao raciocínio.

 

Retomando nossa linha de raciocínio, a Eternidade se torna Presente, e nela as miríades de seres e mundos em fervilhar de criações.

 

 

A evolução, o aprimoramento, é a palavra de ordem que rege a Eternidade.

 

Superiores criando inferiores que, por suas vezes, quando evoluídos passam, também, a criar.  Instalada está, desde o sempre, a corrente da criação.  Um subir incessante de degraus de uma escada infinita.

 

Imaginem uma escada rolante.  Pensamos que todos conheçam este maravilhoso mecanismo que auxilia o acesso a pisos em diferentes níveis.  No entanto, nossa imaginária escada rolante movimenta-se num só sentido.  O sentido ascendente.  Imaginem, também, que ela seja infinita. Figura 04E, abaixo.

 

 

Pois bem, todos os seres, por todo o Cosmos, se encontram embarcados nessa escada rolante.  E vão nela embarcando no momento em que são criados. Figura 04F, abaixo.

 

 

Isso já nos dá uma imagem interessante e reveladora.  Imaginem que nos contam que os primeiros que foram criados já se encontram muitos degraus acima de onde estamos.  Mas, como a escada não cessa seu movimento ascendente, e a Mente Divina não interrompe suas criações, então, nos degraus abaixo do qual nos encontramos, eles, já vão sendo ocupados pelos novatos.

 

Esta sequência criativa não tem nada de excepcional, comparado-se ao fato de que, a magnificência da Mente Divina não só CRIA, mas que dota suas crias de poderes para, também, criarem.

 

Mais magnificente, ainda, é tudo isso ser imaginado da seguinte maneira:  Ele deu a “Partida”.  Seres vieram à existência.  A escada rolante iniciou sua incessante movimentação ascensional. Figura 04F. Os primeiros embarcados foram “subindo”.  Aí, Ele “cruzou os braços”.  Figura 04G.

 

 

“Cruzou os braços”, e O podia fazer porque, com o ato de dar a partida, dotou o imensurável de energia primária utilizável para as transformações que se seguiriam pelos evos infindáveis que viriam na continuidade.

 

Energia Primária: Fundamento para  tudo que se formaria nos muitos universos, berços experimentais, experienciais.  Algo assim como nós falamos – matéria prima – quando utilizamos de materiais básicos.

 

Portanto, ao imensurável estava consignado o fator primordial para as seguintes e ininterruptas criações.   Mas Ele “cruzou os braços”, dissemos acima.  Quem, então, utilizaria de todo aquele manancial preenchedor do imensurável ?, e prosseguiria com a obra da criação ?

 

É nisso que encontramos a grandiosa magnanimidade Dele.  Qual seja, dotou suas crias de poderes mentais.  Poderes que facultam criar formas utilizando, para isso, do manancial energético inesgotável, porém transformável.

 

É quando, então, aqueles primeiros que embarcaram na escada rolante começaram a pôr as “manguinhas de fora”, como é o dito popular, referindo-se à pessoa que, um tanto mais ousada, parte para as inovações. Figura 04H.

 

 

Os primeiros a embarcar começaram a “brincar de deus”.  Começaram a criar vidas e coisas.  E a escada seguia seu sentido ascendente.  E os primeiros embarcados já não estavam mais sozinhos.  Degraus abaixo deles vinham outros.  E o mais importante, estes outros já eram crias dos primeiros embarcados !

 

E a escada seguia rolando sempre para “cima”, e os segundos embarcados, crias dos primeiros, já se aventuravam na arte das criações e... olha ali !!!, os terceiros sendo criados pelos segundos... Figura 04I.

 

 

Quando, então, a sucessividade  criadora chega até o momento em que nós, os nativos da Terra, fomos criados, e também embarcados nesta mesma e única escada rolante de ascensão eterna. Figura 04J.

 

 

Neste ponto outra curiosidade nos assalta.  Vimos que os primeiros embarcados criaram os segundos.  Os segundos criaram os terceiros, e assim, nesta ordem, até a vez em que fomos criados.  Se também estamos embarcados na escada rolante, o que nesta estamos fazendo ?  Será que, como nossos antecessores, já estamos criando alguma vida, ou alguma coisa?

 

Já, já estamos criando sim, porque desde que passamos ao reino do gênero humano, individualizando-nos, passamos, também, a estar dotados do poder mental.  Poder embrionário, diga-se de passagem, mas com o mesmo potencial que os dos degraus acima, potencial que em eras anteriores também possuíam, e os foram desenvolvendo.

 

Então, já estamos criando sim.  Nossas criações ainda estão na classificação de inferiores.  Não diríamos imperfeitas, pois que todas, excluindo-se a do Criador Supremo, todas tendem à perfeição cada vez mais crescente.

 

As nossa são inferiores porque do que utilizamos para confecciona-las são as energias não primordiais, mas as transformadas ao espectro de matéria densa.  Mas são criações.

 

Exemplos:  O ventre materno, na geração de um filho, está obrando o máximo de aperfeiçoamento que um espírito encarnado possa executar.  Embora pareça que aquela mulher – seu organismo – tudo esteja fazendo por automatismo bioquímico, na verdade, ocultamente aos sentidos físicos, ela, em espírito, está exercitando a arte de criar vidas.  Daí, para que haja equilíbrio evolutivo na senda de todos os seres, nos mundos matéria todos os espíritos encarnantes, por algumas vezes, animarão corpos do gênero que na Terra é designado por feminino. Figura 04K.

 

 

Mas os exercícios da criação nos mundos matéria não se limitam ao exposto.  O potencial criativo da mente é muito amplo, diríamos mesmo, infinito, por isso outras formas de criar preenchem o leque de atividades humanas.

 

Mais exemplos:  O engenheiro ao efetuar cálculos e determinar estruturas de sustentação para suas edificações está adestrando a mente para colaborar com futuras criações de mundos;  os médicos, ao lidarem com questões da bioquímica do corpo humano, estão adestrando-se para aprimorar criações futuras, com estruturas orgânicas menos vulneráveis às variações ambientais;  de igual forma estão os bioquímicos quando, na busca da compreensão das estruturas moleculares e genéticas;  os tecnólogos de forma geral, na compreensão de mecanismos estão aperfeiçoando suas mentes para a construção de indescritíveis naves interestelares;  os físicos nucleares estão adentrando a área da intimidade das energias e, assim, poderem desenvolver estruturas que redundem em materiais apropriados aos novos tempos, em dimensões que habitarão noutro futuro.

 

Tudo, enfim, são criações experimentais, experienciais, pois que os universos existem para isso: são campos de experiências, laboratórios para o Espírito.

 

E descobrimos, então, que mediante nossas possibilidades evolutivas, também somos criadores.  Criações que partem de nossas formas pensamento.

 

 

Todavia, não podemos deixar de comentar que as formas pensamento geradas pelo homem da Terra estão em discrepância com a Ordem Cósmica.  Em distonia com a Mente do Cristo Planetário da Terra, porque todas as criações humanas, salvo raras exceções, têm sido direcionadas ao domínio de seu próximo, de seu igual.  Têm sido criações direcionadas à satisfação do ego, e não à coletividade.  Têm sido utilizadas para hostilizar e destruir. Figura 04L.

 

O que estão fazendo, e compreendam isso muito bem, é que o homem da Terra está destruindo as criações elaboradas por aqueles que embarcaram antes dele na escada rolante.  O homem da Terra está destruindo criações de seres que lhe são superiores.

 

Isso é um grave desafio.  Gravíssimo desafio que o homem da Terra não tem poderes para vencer.  Não se destrói, impunemente, uma obra criada.

 

Qual dos pais terrenos quer ver seu filho sendo massacrado ?  Nenhum, excluindo-se os psicopatas.

 

Pois bem, homens da Terra, vocês estão massacrando criações efetuadas por seus superiores, de seus pais, mais claramente falando.

 

Esta gravidade de atitudes custar-lhes-á milênios em mundos primitivos.

 

Sabendo, pois, que tudo é forma pensamento, cuidem para que suas expressões mentais sejam só construtivas, como desta capacidade os dotaram aqueles que os criaram.

 

Esta é a lei que denominam Causa e Efeito: Os dos degraus acima regem as vidas dos que estão degraus abaixo.   Significando que as  responsabilidades gerais são crescentes, na mesma proporção à subida dos degraus da escada rolante. 

 

Outra consideração a observar é que na idade cósmica que se encontram, vocês, homens da Terra, inaceitável é continuarem como crianças quebrando preciosos “brinquedos” que seus pais – os dos degraus acima – lhes deram.

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Apostila Escrita por

Luiz Antonio Brasil

Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil

11 de Fevereiro de 2011

 

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