A Criatura
Pesquisa Elaborada por LUIZ ANTONIO BRASIL - 1996 - Revisão 2005

O Ser Total - Origem e Destinação
Desde a mais tenra adolescência carregávamos um ideal: conhecer a origem do SER.
Todavia, filho de família modesta, não lograva recursos para atender a tão ambicioso anseio. Mas não esmoreci.
Percorrendo os mais variados caminhos de orientação religiosa e filosófica fui colhendo indicações.
Nesse percurso, em 1974, encontrei a doutrina estruturada por Allan Kardec. O Espiritismo.
Abracei-a com afeto e, como bons amigos, fomos seguindo estrada afora.
Em 1979 fui presenteado com a obra máxima de Pietro Ubaldi, A Grande Síntese.
Esta me acrescentou, ao anterior horizonte estruturado por Allan Kardec, mais larga faixa de entendimento.
Foi mais um amigo que abracei afetuosamente.
Em 1981 novo salto me foi concedido. Iniciava a conhecer o grandioso feito de Helena Petrovna Blavatsky.
A Teosofia, e sua obra basilar: A Doutrina Secreta.
Pronto, ali estava o trio que convertia em realidade os sonhos do adolescente, o de conhecer a origem e real vivência do SER.
A alegria em ter o espírito saciado por tão fecundas fontes entusiasmara-me ao desejo de escrever o que entrevia.
E o fiz. Audaciosamente o fiz.
Por algum tempo, é bem verdade, reteve-me o receio do ridículo perante os companheiros de ideal que, embora cheios de boa vontade, contudo se deixavam prender só pelas primeiras letras do alfabeto do espiritualismo.
Um pouco, digamos assim, de sectarismo.
Entretanto, a coragem se renovou quando, também em 1981, lendo o livro Memórias de um Suicida, de autoria de Yvonne A. Pereira, e editado pela Federação Espírita Brasileira, encontrei nas páginas 456 e 457 a descrição de um evento que estava se dando nos planos espirituais.
Ali se descrevia que estagiários na espiritualidade fariam um curso com o fito de conhecerem das ciências do oculto, isto é, daquilo que não é popularmente conhecido, principalmente nas religiões ocidentais.
A autora do livro denominou a tal ciência do oculto de “Doutrina Secreta”.
Ao ler tal referência de imediato me reportei ao trabalho de Helena Petrovna Blavatsky, A Doutrina Secreta.
Havia, portanto, uma similitude de propósitos nas diferentes fontes que vinham me dessedentando.
Não havia porque temer o que eu sentia por inspiração. Era encorajar-me.
A partir dali estavam derribadas todas as barreiras que me induziam ao silêncio.
Agora, era pôr em ordem didática todos aqueles escritos e desenhos inspirativos que de tempos em tempos me chegavam, dando-lhes uma forma seletiva.
Conclui, e aí esta o que me foi possível fazê-lo, embora em espírito visualize muito mais. Todavia, de uma coisa estou certo.
Para estes escritos se tornarem possíveis muito devo a Allan Kardec, Helena Petrovna Blavatsky e Pietro Ubaldi.
Os luminares que romperam de vez com a espiritualizante obscuridade em que se engolfava a humanidade, abrindo para esta os caminhos do infinito.
Percorrê-los, fica na vontade de cada um.
Esclarecimento

A figura apresentada na capa, bem como ao início destas notas, me foi inspirada por nossos Mestres.
Isso aconteceu no dia 20 de Abril de 1985, às 14 horas.
Tanto quanto me foi possível traduzir a imagem transmitida, dada minha imperfeição de canalização psíquica, quanto artística, assim a desenhei, como ela se mostra.
Ofereço-a, nestas anotações, em sincera homenagem aos Mestres que me inspiraram fazê-la.
Tal qual toda imagem inspirativa, esta também tem sua significação, que é a seguinte:
A figura humana ao fundo representa o 1º Logos, que é o criador e diretor geral do sistema Solar.
Ele se encontra por detrás e à frente de tudo o que acontece, acompanhando, atentamente, o andar de seus tutelados;
A mão esquerda simboliza o 2º Logos, aquele que despertou as Mônadas. É o vivificador.
Por isso vemos saindo daquela mão o foco de irradiação da vida que ao longo do tempo foi se transformando ao passar pelos diversos reinos;
A mão direita representa o 3º Logos, aquele que promoveu todo o transformismo energético, transmutando-o nas infinitas formas de agregados químicos.
Na figura vemos que Ele apóia a longa esteira do caminho por onde transitam as Mônadas vestindo seus corpos de manifestação.
Esta esteira simboliza os agregados químicos que deram origem às matérias dos vários planos de existência;
A estrada simboliza, também, os Devas e os seus muitos auxiliares, nos trabalhos de conduzir as criaturas ao longo das existências;
E as figuras sobre a estrada são as diversas fases que as Mônadas vivenciaram e vivenciarão neste planeta.
São os reinos: mineral, vegetal, animal, elemental, hominal e o próximo, ou o Super Humano.
Esta é a visão cósmica, e alegórica, desse fenomenal acontecimento: criação e evolução de um SER, bem como de todo o aparato que o cerca por evos e evos nessa eternidade inimaginável.
Ao longo das anotações todos entenderão os significados dos nomes acima citados.
Luiz Antonio Brasil
Poços de Caldas
Sul de Minas
Junho de 2005