Mensagem psicofonada pelo médium Geraldo Lemos Neto
- Geraldo Lemos Neto
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Mensagem psicofonada pelo médium Geraldo Lemos Neto, na noite de 26 de fevereiro de 2025, em reunião do Grupo Mediúnico Maria Santíssima no Grupo Espírita Saber Amar, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Minhas irmãs e meus irmãos,
A minha palavra é uma palavra de uma mulher desorientada e triste, que chegou neste endereço muito perturbada oito meses atrás.
Hoje eu fui convidada pelo Sr. Martins Peralva a lhes falar um pouco sobre a minha trajetória infeliz como que num confessionário, mesmo espiritual, do qual não pude me apartar, tendo em vista a gratidão que me invade a alma por ter sido tão bem acolhida por todos vocês nesses meses que antecedem a minha fala de hoje.
Mulher do mundo e materialista, sempre ligada mais às coisas da vida material, às preocupações da vaidade e da beleza, eu só podia ver a coleção dos meus vestidos, das minhas joias, das minhas bolsas, dos meus brincos, dos meus pingentes e dos meus anéis, não tendo tido na Terra a felicidade de uma família equilibrada e justa.
Consorciei-me com um marido tal como eu, voltado unicamente para as questões da carne transitória. Tivemos, sim, uma vida relativamente feliz, se isso fosse, de fato, verdade, isto é, a felicidade material fosse, de fato, felicidade, mas não é. Tivemos mais uma vida de aparências, de pompas, de circunstâncias sociais, de obrigações em festas, casamentos, recepções sempre muito ruidosas, à custa de muita bebida alcoólica e, infelizmente, à custa de nossas vítimas do falatório infeliz, da calúnia e da difamação.
Os filhos que tivemos seguiram os nossos caminhos torpes, é verdade, embora, quando aí na Terra, não pudéssemos aquilatar o valor da experiência terrestre no sentido do aprendizado justo, que precisaríamos dar conta um dia. Passamos a vida despercebidos da realidade espiritual, distraídos da realidade do espírito imortal, mais focados, sim, na carne e nos prazeres da carne, nas riquezas que amontoamos avidamente, com a desculpa de preservar os filhos. Mas a grande verdade é que vivemos para esbanjar, em viagens absolutamente desnecessárias, em festas falaciosas sem mesuras do tempo que corria célere na ampulheta das horas.
Meus irmãos e minhas irmãs, a vida desconectada da vida espiritual, qual a que tive aí na Terra, junto do meu marido, foi, na realidade, um tormento indescritível, quando fomos, enfim, chamados para a transposição dos muros da morte, revelando-nos o filme da realidade interior, mostrando-se-nos a precariedade das conquistas morais, a infantilidade de nossas ilusões, o desconforto dos nossos vícios e o enlouquecimento de nossas faculdades mentais!… Sim, desencarnamos de forma violenta, eu e meu marido, num acidente de carro, sem que pudéssemos ter tempo sequer para lembramos de Deus e da realidade inquestionável que nos esperava mais além!
Vagamos, eu e ele, revoltados, infelizes, praguejando a vida, praguejando os filhos, que nem se recordavam de oferecer-nos um pouso de paz em nossa própria casa, mais interessados em repartir os bens que lhes deixamos, e brigando entre si, sovinamente, sobre o quinhão de cada qual!…
Ah, meus amigos e minhas amigas, esse tormento infernal eu não desejo a ninguém!… E verificar a realidade da vida após a morte do corpo destruído violentamente naquele desastre foi fator que não tenho como lhes explicar! Foi, de fato, um queimar das ilusões, um fogo eterno de nossas puerilidades transitórias!… Todas elas aniquiladas em questão de instantes!
Onde as posses materiais?
De que nos valeram as gordas carteiras e as contas bancárias abastadas?
De que nos valeram o luxo e o esbanjamento que nós legamos, com quatro propriedades no Brasil, uma na Europa e uma nos Estados Unidos?
De que nos valeram os amigos interesseiros, que só se aproximaram de nós pelos interesses imediatistas das questões monetárias e das influências econômicas e políticas afeitas,naturalmente, às atividades de meu marido?
E assim tornamo-nos loucos, completamente revoltados, desorientados!…
Suplicamos revanche, suplicamos revolta!
E, em breve tempo, fomos sorvidos numa corrente de vingadores infelizes a nos arrastarem para as sombras inomináveis!…
Por quanto tempo vagamos, eu e ele, acusando-nos mutuamente de sermos culpados de nossa invigilância, no mundo além-túmulo, não sei precisar ao certo! Mas, certamente, verificando o calendário de vocês aí, na Terra, hoje posso dizer que algumas décadas se passaram nesse tormento e nesse sofrimento sem termo, até que a piedade de alguém soou para mim.
Profundamente angustiada e triste, uma melodia diferente, num canto à Nossa Senhora de Nazaré, imediatamente abriu a minha memória aos cânticos de minha avó, tão devota de Maria Santíssima que era, ensinando-me, ainda pequenina, a repetir os versos daquela canção!…
Procurei de onde vinha a música a me levar às lágrimas na recordação feliz, de uma paz que se fora ao longe, até que, ouvindo essa canção, cantada baixinho por alguns de vocês, aportei aqui neste Grupo Mediúnico Maria Santíssima!…
Chorei copiosamente verificando que junto comigo havia dezenas de espíritos como eu, desorientados, dementados, tristes, angustiados e aflitos, mas confortei-me com os enfermeiros cuidadosos que nos abraçavam, convidando-nos a cantar e a orar a Maria Santíssima.
Ah, meus amigos, que bênção de refrigério foi aquela noite, naquela quarta-feira que jamais sairá de minha lembrança, oito meses atrás!
Cantei com todas as forças de minha alma a canção feliz em lembrança da mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo! E, não sei como, um de vocês me pegou para falar e desabafei-me, chorei, protestei, até que minha visão fosse aberta à nova realidade do mundo além-túmulo e verifiquei a presença querida de minha avozinha Amélia, buscando-me para descortinar-me novos horizontes, convidando-me à oração e à penitência de meus enganos infelizes.
Amigos e amigas, Deus lhes pague, a vocês, na Terra, e a todos vocês que me ouvem em nosso plano de vida espiritual!
Agradeço a caridade de Martins Peralva, de Neném Aluotto, a quem havia conhecido, naturalmente, na vida social de Belo Horizonte! Agradeço o carinho de Irmã Sheilla, essa enfermeira benemérita, que foi para mim um anjo de luz e, sobretudo, agradeço a oportunidade de acompanhar todos vocês nesta jornada de estudos todas as noites neste Grupo, e também nas manhãs de sábado, e nas tardes de domingo, em Pedro Leopoldo.
Como a vida se me afigurou diferente e bela, embora nada tivesse de mim mesma de nobre e justo para oferecer a todos, em retribuição, e por isso pedi ao Martins Peralva me permitisse confessar-me diante de todos vocês, lembrando a minha história infeliz para que não se enganem, por suas vezes, na vida terrestre.
O canto da sereia pode, sim, adiar-nos conquistas memoráveis do espírito imortal!
As facilidades da carne e os apelos da matéria podem, sim, ensombrar-nos o raciocínio mais além e, sobretudo, as paixões transitórias, os apelos injustos, a sovinice, o egoísmo e o orgulho de supostas vantagens materiais e intelectuais podem nos fazer cegos diante da realidade maior.
Assim sendo, certa, hoje, de que um caminho novo se abriu aos meus passos infelizes, venho-lhes dizer: não sigam o meu exemplo triste!
Continuem, sem temor, no caminho que abraçaram, de fé e esperança, espiritualidade e valor, e certamente estarão defendidos dos enganos que me envolveram a estrada terrestre.
Que Deus lhes guarde sempre no caminho do bem e da verdade para que a luz pertença a vocês portas adentro de seus corações.
De mim, ainda, só tenho sombra, mas estudando mais e mais hoje sei que posso levantar-me das cinzas e, qual fênix, um dia, quem sabe, voar para mais altos objetivos na Vida Maior.
Abraça-os e beija-os, com gratidão e reconhecimento,
Déia
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