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Na visão espírita, o autismo é compreendido de forma profunda e compassiva, unindo os aspectos biológicos, psicológicos e espirituais.
O Espiritismo não nega as causas médicas ou genéticas, mas acrescenta uma dimensão espiritual, considerando que cada espírito traz uma história anterior e provas a serem vividas na encarnação atual.

Vamos resumir os principais pontos dessa visão:

🌟 1. Autismo como prova ou expiação

De acordo com a Doutrina Espírita, cada reencarnação tem um propósito educativo.
O autismo pode representar uma prova para o espírito reencarnante ou para sua família:

• Como prova, pode ser um meio de desenvolver paciência, amor incondicional, e aceitação.
• Como expiação, pode estar ligado a desequilíbrios do passado, em que o espírito usou mal suas faculdades mentais ou prejudicou outros por meio da inteligência ou do orgulho.

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, explica que as limitações do corpo não atingem o espírito, mas servem como instrumento de progresso.

🧠 2. O corpo como instrumento imperfeito

Na visão espírita, o corpo físico é um veículo de expressão da alma.
Em alguns casos, o cérebro — instrumento da mente — pode não estar plenamente ajustado à vibração do espírito, gerando dificuldades de comunicação, interação e expressão.
Ou seja, o espírito é lúcido, mas não consegue se manifestar plenamente por limitações neurológicas.

Esse conceito é abordado por André Luiz (psicografia de Chico Xavier) em obras como Evolução em Dois Mundos e Nos Domínios da Mediunidade, ao tratar da desarmonia entre perispírito e corpo físico.

💫 3. O espírito autista é um ser sensível

Muitos autistas, segundo relatos mediúnicos, são espíritos altamente sensíveis, com percepções espirituais ampliadas, mas com dificuldade de adaptar-se à densidade da matéria.
Por isso, podem parecer “fechados”, quando na verdade estão vivenciando um mundo interior intenso.

Alguns médiuns e estudiosos afirmam que, em certos casos, o autista vive parcialmente desligado do plano físico, com a consciência voltada ao plano espiritual.

❤️ 4. Família: missão de amor

Os pais e familiares de pessoas com autismo são vistos como espíritos preparados para essa missão, escolhendo-a antes da reencarnação.
Essa convivência é oportunidade de aprendizado mútuo, reparação de laços antigos e crescimento espiritual.

O amor, a paciência e a aceitação são os remédios espirituais mais poderosos.

🕊️ 5. Tratamento espiritual e material caminham juntos

O Espiritismo nunca substitui os tratamentos médicos e terapêuticos convencionais.
Mas recomenda o auxílio espiritual complementar, como:

• Evangelho no Lar
• Passes espirituais
• Preces e vibrações de amor
• Estudo e equilíbrio moral da família

Essas práticas fortalecem o ambiente espiritual e harmonizam as energias ao redor do autista.

🌈 Conclusão

O autismo, na visão espírita, não é castigo, mas uma experiência de crescimento — tanto para o espírito que o vivencia quanto para os que o cercam.
Cada pessoa com autismo é um espírito em evolução, merecedor de respeito, carinho e inclusão, pois carrega uma missão silenciosa e sagrada na Terra.