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    Mediunidade 2 - Apostila 33

    Mediunidade 2 - Apostila 33

      

              ESTUDO DA MEDIUNIDADE

                                                                      

    23ª Parte

     

    MEDIUNS  INICIANTES  -  IV

    Na apostila 32 falávamos sobre a sintonia e apresentamos o rádio como exemplo comparativo à mediunidade, pois ambos são circuitos tradutores de ondas.  Radiofônicas um e mentais o outro.

     

    Mas há um detalhe a ser esclarecido.  O rádio possui um dispositivo que acionado manualmente permite selecionar a emissora que se deseja ouvir.  Já o corpo humano não possui nenhum dispositivo de comando manual, que, se o houvesse, permitiria, ao girar de um controle, selecionar uma determinada onda mental, ao mesmo tempo em que repelindo todas as demais.

     

    Realmente, o corpo humano não possui tal dispositivo de manuseio, que, ao mesmo tempo, seria de segurança.  Não obstante, esse controle pode ser criado.  Ou melhor, pode ser desenvolvido.  Para lembrar, basta rever nas apostilas 21 à 25, estudo dos chacras, os comentários sobre a Tela Etérica, e suas funções controladoras.

     

    Todavia, como é muito importante no difícil exercício da mediunidade que o médium o faça cercado de confortável segurança selecionadora, além do estudado nas apostilas precedentes acrescentaremos nesta algumas outras informações.

     

    Inicialmente podemos dizer que ao idealismo nascente no médium novato deve juntar-se a sólida conscientização a respeito do verdadeiro papel da mediunidade na Terra.  Inteirar-se desse fato, racionalmente, sem superstições, ajudará, em muito, descobrir qual a melhor possibilidade de, como médium, intercambiar os dois mundos.

     

    Além disso, é muito significativo dispor-se, sem premeditações, à busca das definições pessoais para essa área, pois quase sempre a preocupação predominante no iniciante é só a de sentir-se em transe mediúnico.  Ele supõe, erradamente, que mediunidade é apenas o ato de incorporar espíritos, quando, na verdade, a motivação da existência dessa faculdade é muito outra.  Trata-se, dentre outros motivos, do desenvolver o psiquismo adaptando-o a percepções que serão amplamente utilizadas nas vivências futuras onde será comum a comunicação interplanos de vida. 

     

    Mais ainda, tanto aqui na face da Terra quando no plano Astral, existem os de baixa qualidade moral, o que, em razão disso, para se bem viver na civilização futura da humanidade, é preciso desde já, nessa forma de preparação, criar também uma aura de consciente respeito para com o Todo da Criação.

     

    Ainda citamos que, como médium, deve posicionar-se no centro desses interesses citados acima, pois corresponde a ele o dever de bem orientar-se com o fito de colaborar com os altos propósitos dos planos Espirituais.  Por isso, a equivocada impressão de que mediunidade é apenas o ato de incorporar espíritos, causa fortes obstáculos para o iniciante atingir o bom e verdadeiro desenvolvimento do controle mediúnico.

     

    Falando, agora, de segurança, nossa primeira notação a respeito se refere a compreender o que motivou a existência da mediunidade na Terra.  Isso é importante, voltamos a frisar, pois vivemos uma época onde a irreverência crescente banaliza até os mais sagrados postulados, conspurcando tudo o que é belo e simples.

     

    Mas não só de segurança vive o médium.  Se assim ele pensar, denotará excessivo medo de o sê-lo.  É preciso também ter versatilidade.  Sobre versatilidade lembramos a comparação feita com o rádio, quando falamos que o médium também é um aparelho receptor de ondas.  Porém, queremos deixar bem claro que, sem dúvida, o médium é um aparelho, mas consciente.  Por isso, na gama de variações possíveis, poderá vir a ser médium psicofônico, quanto de qualquer outra modalidade.  Além disso, a mediunidade não é estática.   O oposto. 

     

    É muito dinâmica. Uma forma inicial poderá se transmutar para outra, algum tempo depois.  Como, também, multiplicar-se em várias outras, dependendo, como se disse acima, da destreza do médium.

     

    Logo, evidencia-se de tudo isso que também não importa em qual modalidade mediúnica melhor se sentirá a pessoa.  Mesmo porque, é preciso lembrar que toda sua vida, e, por conseguinte também sua faculdade mediúnica, está vigindo sob a regência cármica.  Isto é, a aptidão estará consoante à sua disponibilidade evolutiva e moral.

     

    Tudo isso quer dizer que, como aparelho que se propõe a intermediar os mundos vários do espírito, o novato deve corrigir essa tendência de, logo de início, ter uma determinância mediúnica.  Aliás, de início, nenhuma determinância é possível, pois até a sua família espiritual, com quem conviverá nos trabalhos mediúnicos, ainda não está bem formada.

     

    Como passo inicial da longa jornada é postar-se, o candidato, de forma passiva, respeitosa e consciente.  O resto, relacionado ao seu desenvolvimento, virá com o tempo, e ele compreenderá depois quão surpreendentemente tudo aconteceu.  Quão diferentemente do que ele supunha.  Como a nos dizer que por detrás de todo esse processo transformativo existe uma destinação maior e inequívoca, muito além do ato restrito do transe mediúnico, chamamos a atenção para a página 126 do livro No Mundo Maior, escrito por André Luiz, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier,  onde o autor informa que a mediunidade em condições equilibradas se situa no campo da intuição pura. Encontramos idêntica informação no livro Roteiro, à página 115, livro este de autoria de Emmanuel com a psicografia do mesmo Francisco Cândido Xavier, falando-nos que, da mesma maneira que o sentido do tato foi a inicial das formas de contato com o mundo exterior ao corpo físico, sucedendo-lhe depois os sentidos da audição, visão, paladar e olfato, em igual posição se situa a intuição em relação às percepções espirituais.  Ou seja, a intuição é a forma inicial de todas as modalidades perceptivas nas comunicações mediúnicas.  (Ambos os livros citados são editados pela Federação Espírita Brasileira).

     

    André Luiz e Emmanuel tocam com clareza no ponto nevrálgico do exercício mediúnico.  Referem que qualquer modalidade mediúnica é característica natural na criatura, mas que, todavia, essa característica deve ser sempre precedida do cultivo da intuição.  Esta sim, e só esta, concede ao médium o fator de segurança e versatilidade que ele precisa para ser um eficiente instrumento de contato entre os dois mundos.  Sem a intuição ele será apenas um repetidor de pensamentos astrais.

     

    Embora sendo um fator natural, a intuição também pode ser desenvolvida e aprimorada, tanto quanto qualquer outra modalidade de faculdade mediúnica.  Tudo depende do esforço aplicado.  Porém, a bem da verdade, devemos informar que tentar dedicar-se a um ramo mediúnico que esteja além do atributo natural da pessoa exigirá do pretendente um esforço excepcional, coisa que só uns poucos se submetem à disciplina necessária.

     

    Em razão disso, e uma vez descoberta a aptidão natural, deve o médium contentar-se com ela,  aceitando-a de boa vontade.  Essa decisão acrescenta valores positivos ao princípio da consolidação de sua segurança.  Tudo isso compreendido, podemos passar ao segundo passo.

     

    Como segundo passo para a consolidação da segurança e melhoria do fator de sintonia, recomendamos o estudo constante e objetivo.  Com esta figura procuramos demonstrar o efeito benéfico que isso representa.  Junto ao estudante de boa vontade se encontra, como por uma premiação, seu devotado Mestre, para este caminho do discipulato mediúnico que ele escolheu.  Um acompanhamento  indispensável ao médium.

     

     

    Estudo Constante - O que entendemos por estudo constante é aquele feito com regularidade dos dias, de horário e de local. 

    Como semelhante atrai semelhante, a regularidade é a fonte básica de atração para ter como mentor tão somente entidades sérias e bem intencionadas.  

    As entidades frívolas, ou as desordeiras, não suportam pessoas e lugares onde a tônica seja a organização disciplinar. 

    Portanto, só por adotar esse procedimento simples o novato já começa a estabelecer as bases de sua segurança.

     

    Estudo Objetivo  -  Não basta só o estudo constante.  É preciso objetivá-lo dentro dos parâmetros que visam altos propósitos.  Sobre isso falamos na apostila 30 nos referindo aos livros e cursos que prometem facilidades na obtenção de soluções para os problemas da vida e, em especial, para a vivência mediúnica.  Como naquela ficou comentado, a realidade não é nada disso e o estudo não deve se engajar no desculpismo de leituras frívolas, mesmo que de cunho espiritualista, se estas não propiciarem uma objetividade realizadora na vida como um todo, e não apenas os sucessos na vida humana.  A fim de evitar equívoco, direcione o ideal de pesquisa de forma a não permitir que leituras que falem mais à emoção do que à razão, tais como romances, tomem conta da mente.  Lembre-se, se você se sente atraído para as atividades do campo do psiquismo é porque, como SER espiritual, algo incomum aconteceu em sua vida.  Seja nesta ou em outras anteriores encarnações.  Em vista disso, seu espaço pessoal não pode ser ocupado por coisas, leituras por exemplo, que não possuam um sentido de elevados interesses.  Principalmente porque, e aqui vai mais um lembrete, nunca estamos sozinhos, e que, além disso, atraímos entidades simpatizantes da emoção daquele momento.

     

    Desta maneira, uma leitura caracterizada só por emoções, tais como as provocadas pelas telenovelas, atrairá ao ambiente entidades fracas de caráter.  Elas se servirão do médium apenas como ponto de contato com as sensações vulgares, comuns dos humanos, já que pela falta do corpo Físico, estão impedidas de senti-las por si mesmas.

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    Estas são as recomendações que temos referentes à preparação e desenvolvimento do fator sintonia.  Obviamente nenhum médium, principalmente os iniciantes, irão restringir suas leituras tão só nos livros de maior profundidade filosófica ou científica, pois que nossa mente também exige momentos de leveza.  Entretanto, no que concerne a pesquisas a tônica deve ser voltada para as publicações notoriamente sérias.  Afinal, se trata da preparação desse significativo dispositivo que proporcionará a necessária segurança mediúnica.

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    Bibliografia:

    Allan Kardec  -  O Livro dos Médiuns  -  capítulos 17, 18, 19 e 20  -  Livraria Allan Kardec Editora.

    Léon Denis  -  No Invisível  -  capítulo 5  -  Federação Espírita Brasileira.

    André Luiz/Francisco Cândido Xavier  -  No Domínios da Mediunidade,  capítulos 5 e 22  -  Mecanismos da Mediunidade  -  Missionários da Luz, páginas 14 e 17  -  No Mundo Maior, páginas 66, 67, 72 e 98  -  Evolução em Dois Mundos, páginas 66, 67, 69 e 98  -  Todos editados pela Federação Espírita Brasileira.

    Hernani Guimarães Andrade  -  Espírito, Perispírito e Alma  -  Editora Pensamento.

    Hermínio Corrêa de Miranda  -  Diversidade dos Carismas, volumes I e II – Editora Arte e Cultura Ltda.

    Edgard Armond  -  Mediunidade  -  Editora Aliança.

    Emmanuel/Francisco Cândido Xavier  -  Roteiro  -  Federação Espírita Brasileira.

    Miramez/João Nunes Maia  -  Segurança Mediúnica  -  Médiuns  -  Editora Espírita Cristã Fonte Viva.

    Lancellin/João Nunes Maia  -  Iniciação, Viagem Astral  -  Editora Espírita Cristã Fonte Viva.

    Distribuição Gratuita

    Cortesia de

    Luiz Antonio Brasil

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