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    Meditação - Apostila 5

    Meditação - Apostila 5

     Finalizamos a apostila 4 falando em desmistificar a Meditação.

     

    Com essa citação não queremos dizer que somos catedráticos no assunto, até porque, para saber meditar não há necessidade de cursar alguma cátedra.  Entretanto, como muitos são os escritores de renome mundial que já editaram livros a respeito, pode vir parecer que nossas modestas apostilas estejam fazendo contestações.  Mas não é nada disso.

     

    Nosso empenho é em simplificar, dizer da experiência própria e, principalmente, mostrar aos iniciantes que as dificuldades que se encontra nos primeiros meses, às vezes dezenas de primeiros meses de treinamentos, é perfeitamente natural que assim aconteça.

     

    Vejamos isso num termo de comparação:  Meditar é o reencontro com o Divino Interior.  Impossível consegui-lo tendo a mente conturbada por efeito das problemáticas – as naturais e as que se cria – da vida.

     

    É forçoso admitir que, principalmente, nós ocidentais, temos nossas mentes conturbadas desde nosso nascimento.   Se não concordam, basta lembrar de como lhes foi a infância, ainda mais nas atuais gerações cercadas pela tecnologia que aí está.

     

    No âmbito da busca interior, desde criança, somos influenciados por religiões falhas, que nada ensinam sobre o Divino Interior.  Muito ao contrário, falam de um deus exterior, terrível, amedrontador, brandindo uma bandeira de céu, aos bonzinhos, e trevas eternas aos mauzinhos.

     

    Na ala social, os índices de inadimplência financeira que são divulgados pelos indicadores econômicos atestam que as pessoas estão se endividando mais do que possam honrar.  Isso é o mais claro sinal de um viver conturbado, que se transfere dos pais aos filhos, na forma de desavenças nos lares, muitas das vezes descambando para os vícios do alcoolismo e das drogas ilícitas.

     

    Pois bem, como uma pessoa vivendo nestas situações poderá apaziguar sua mente para entrar no processo meditativo ?  A resposta só pode ser uma:  Impossível !

     

    Correto.  Porém, ela muito deseja tentar, pois está informada de que só assim conseguirá viver a Paz Interior, já que seu mundo exterior passa por contínuo estado de tensão desagregadora.

     

    Nas condições em que se encontra esta pessoa iniciará os treinamentos e esbarrará com o que vimos na apostila 2, os “Leões Famintos”.

     

    Deverá, por causa disso, desistir ?, só porque não está – ainda – conseguindo os sucessos indicados nas literaturas dos renomados autores ?

     

    Claro que não deverá desistir.  E é aqui que nós entramos, falando de desmistificação porque Meditar – repetimos – pode ser tão simples quanto ingerir um copo dágua.

     

    E isso demonstraremos nas apostilas que virão.

     

    Assim, caros leitores, não tomem a palavra desmistificar, aqui empregada, como uma afronta aos milhares de trabalhos editoriais existentes pelo mundo.  Todos têm seus relativos valores, e merecem, e têm, nossos respeitos, contudo se mostram muito acadêmicos, algo assim como se a pessoa pudesse retirar-se do mundo comum, distanciar-se de seus compromissos,  internando-se num mosteiro.

     

    Nossa pretensão é modesta, como tem sido todo nosso trabalho.  É para demonstrar que mesmo vivendo o apimentado da agitação do mundo “moderno”, atendendo seus inafastáveis compromissos, poderá, interiormente, desfrutar da adocicada Paz de Espírito, pois se o Divino é a verdadeira Paz, e em essência também o somos, então também em nós temos a paz, contudo, soterrada sob os escombros da conturbação deificada pelo modernismo.

     

    Cavemos, com simplicidade, para encontra-la, e vive-la, interiormente.

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    O Voo da Águia

     

    Das aves voadoras a águia é a mais sagaz.  Elege o pico dos penhascos por moradia, em feição solitária.

     

    Daquelas alturas contempla as imensidões e os vales ao sopé.

     

    Em seu vôo por localizar o alimento o faz serena, porém, com o olhar penetrante, nada lhe escapa mesmo a distâncias consideráveis.

     

     

    Parafraseando o viver da águia, e seus costumes, podemos ver nisso o Eu Maior, ou a essência Divina que todos possuímos e somos.

     

    Vejamos:  Também o Eu Maior “habita” os píncaros das dimensões existenciais.  Também lá está solitário, não obstante, envolto pelo hausto Divino de onde proveio.

     

     

    Daquelas alturas contempla seus estágios vivenciais desenvolvidos nos diferentes planos: Atmico – Buddhico – Causal – Mental – Astral – Físico – (Ver apostilas A Criatura).

     

    Como a águia também executa vôos, nos quais exerce seu poder de penetrante visualização, detectando aqui e ali, em seus corpos de manifestação, os efeitos das ações executadas.

     

    Com a “agudeza” de seu “olhar” registra, nanometricamente, cada uma das questões a que se envolve, bem como avalia das repercussões futuras em cumprimento à Lei de retorno, Causa e Efeito, ou carma.

     

    Todavia, apesar de todo esse poderio, o Eu Maior espicaça-se diante de um fator que, às vezes, no imediato do acontecimento lhe foge ao controle.  É aquele momento em que a “presa” consegue se livrar das garras da águia que a persegue.

     

    E este livrar-se, considerando a ação do Eu Maior, se evidencia pelas controversas ações que se desenvolvem através dos corpos, especialmente o Físico e o Astral.  Ações impertinentes ao viver cósmico.

     

    Como a sociedade humana tem vivido a exacerbação dos desregramentos, gera-se verdadeiro congestionamento sobre o Eu Maior que entra em colapso nas suas principais faculdades exercidas através dos corpos e nestes manifestadas.

     

    Os primeiros sinais desse congestionamento são as falências psíquicas: crises emocionais, etc, que, não atendidas corretamente, deságuam no oceano das esquizofrenias mais graves.

     

    Quando assim acontece podemos dizer que a “águia” não voa mais.  Enfermada recolhe-se em seu solitário abrigo que, no gênero humano, são os difíceis estados de depressão profunda.

     

    Introversão total !

     

    Mas se a águia não alimenta, não sobrevive.  E podemos notar que todo o cosmos, de certa forma, executa o processo alimentar.  O Eu Maior não está isento disso, para desenvolver, evoluir, expandir.

     

    Contudo, esclareçamos, o alimento para o Eu Maior não é o pãozinho de cada dia.  Seu alimento é o SABER que só o adquire através das vivências em seus diversos corpos.  No entanto, quando, por efeito de processos depressivos se fecha em seus “penhascos de moradia”, cessam, também, os estímulos à vida e, consequentemente, paralisa seu desenvolvimento.

     

    Podemos até dizer, com toda certeza, que os Eus Maior de toda nossa humanidade, em maior grau, alguns, ou em ínfimos graus outros, encontram-se premidos por algum índice de depressão emocional.  Não fosse assim, não veríamos os estados de desesperação tão evidentes no viver social.

     

    Para reverter esse quadro, para aquelas pessoas que ainda não conseguem pensar por si mesmas, e mesmo para aquelas que o podem, recomenda-se desenvolver o hábito da Meditação, pois esta despertará a “águia”, o Eu Maior, de sua letargia depressiva.

     

    Este, desperto, reiniciará seus vôos por encontrar o “alimento” adequado ao seu desenvolvimento/evolução cósmica.

     

    As pessoas que estiverem submetidas aos severos efeitos das depressões, antes de iniciarem nos treinamentos devem receber apoio assistencial com o fito de reequilibrarem suas energias, seus chacras, que darão harmonia à aura, ponto de contato com a exteriorização e interrelação com os demais seres.   Após esse tempo de tratamento assistencial poderão por em prática os treinamentos meditativos.

     

     

    Essa recomendação se faz necessária porque todo e qualquer processo energético põe o praticante em contato ostensivo – às vezes muito vulnerável – com outras fontes de energia, com outros seres.

     

    Estando o praticante sob o domínio de estados depressivos se torna, como disse, vulnerável à ação nefasta de muitos iguais, ou piormente, doentes.

     

    Como citamos na apostila 3, meditar requer cautela, sensatez, e não deixar se dominar pela euforia modística que se vê em certas publicações.

     

    Transforme seu confinado Eu Maior na maior das águias, mas a maior das águias do Saber !, e assim seus vôos não encontrarão limites.  E a sensação de solidão – separatividade – se desvanecerá, pois se sentirá no todo e o Todo em si.

     

    Outro esclarecimento também aqui cabível:  Dissemos acima que o processo de meditação, adequadamente exercido, nos leva à perda da sensação de solidão porque passamos a sentir o todo, mais especificamente, o próximo, mormente aqueles com quem a afinidade é maior.

     

    Isso, do ponto de vista das sensações no corpo físico ocasiona certos desconfortos porque o “radar” do Eu Maior, ou seu “olhar arguto” passa a enxergar além das aparências que, nem sempre são agradáveis.

     

    Quando assim acontece faz-se necessário o exercício da tolerância. 

     

    Sem esta podemos retroceder no equilíbrio alcançado e recair a níveis de depressão, mesmo que superficiais, o que não é bom.

     

    Portanto, quando suas faculdades sensoriais indicar sinais inconvenientes, mantenha-se vigilante – atento a seus pensamentos – para evitar embates energéticos.

     

    Exercer a tolerância significa dizer compreender o próximo naquilo que o diferencia de nós.  Significa aceita-lo. 

     

    Significa, ainda, saber esperar pela evolução do outro, assim como os nossos Tutelares fazem conosco, tolerando-nos e esperando que evoluamos.

     

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    Poços de Caldas – Minas Gerais - Brasil

    24 de Dezembro de 2010 

     

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