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    Sexo, espíritos e homossexualidade.

    SEXO NOS ESPÍRITOS, HOMOSSEXUALIDADE

    Vamos agora debater outra teoria com base na pergunta 141, a respeito de nossa sexualidade, enquanto na Terra. Para isso, mais uma vez recorremos a O Livro dos Espíritos:

    Os Espíritos têm sexo?

    – Não como o entendeis, porque o sexo depende do organismo físico. Existe entre eles amor e simpatia, mas fundados naidentidade dos sentimentos.

    (201) O Espírito que animou o corpo de um homem pode, em uma nova existência, animar o de uma mulher e vice-versa?

    – Sim, são os mesmos Espíritos que animam os homens e as mulheres.

    (202) Quando está na erraticidade, o Espírito prefere encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?

    – Isso pouco importa ao Espírito. Depende das provas que deve suportar.

    “Os Espíritos encarnam como homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, assim como cada posição social, lhes oferece provas, deveres especiais e a ocasião de adquirir experiência. Aquele que encarnasse sempre como homem apenas saberia o que sabem os homens.”

    Onde queremos chegar?

    É comum ouvirmos a seguinte explicação para os casos de homossexualidade: um Espírito viveu inúmeras vezes como mulher.

    Ao reencarnar como homem, conserva o psiquismo feminino devido às inúmeras experiências de outrora e por isso, pouco adaptado à nova realidade masculina, despeja por assim dizer sobre o corpo masculino o psiquismo feminino conservado e torna-se homossexual.

    A nosso ver, essa teoria, caso seja admitida como regra geral e absoluta, pode dar a impressão de que se o Espírito viver várias existências como homem ou mulher, será “por isso” homossexual.


    Allan Kardec, na Revista Espírita, Janeiro de 1866, confirma a teoria acima no artigo “As mulheres têm Alma?” e desse modo, apresentamo-la como um dos motivos que podem levar ao homossexualismo.

    O erro ocorre quando a usamos como absolutismo ou quando tentamos justificar o homossexualismo por meio de ideias punitivas, atreladas invariavelmente a deslizes do passado, o que geralmente caracteriza preconceito.

    Abaixo, colamos parte das explicações de Kardec a respeito e a fonte, para aqueles que desejam aprofundar o estudo:

    “Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito; se for avançado, fará um homem avançado; se for atrasado, fará um homem atrasado.

    Mudando de sexo, poderá, pois, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as tendências e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar.

    Assim se explicam certas anomalias aparentes que se notam no caráter de certos homens e de certas mulheres” (RE, Jan. 1866).

    Vemos aí que o Espírito pode conservar traços das experiências passadas e apresenta-los na vida atual.

    Desse modo, um Espírito que tenha vivido como mulher, pode conservar os traços femininos e ao encarnar em um corpo masculino, despejar sobre o mesmo “as tendências e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar”.

    Em decorrência disso, o corpo que é o instrumento do Espírito, ao receber tais impressões, passa a assumir comportamentos opostos ao seu gênero sexual, podendo ainda sofrer alterações químicas hormonais devido ao psiquismo do Espírito sobre ele.

    Como vimos nas perguntas 200 em diante, os Espíritos afirmam que o sexo “pouco importa” aos Espíritos, tendo em vista que os Espíritos “não tem sexo”.

    Se o Espírito não tem sexo, equivale dizer que, mesmo tendo encarnado inúmeras vezes como mulher, não irá conversar disso senão experiências ou aparências.

    Allan Kardec, no mesmo artigo da Revista Espírita, diz:

    “Não existe, pois, diferença entre o homem e a mulher e  não no organismo material que se aniquila na morte do corpo; mas quanto ao Espírito, à alma, ao ser essencial, imperecível, ela não existe uma vez que não há duas espécies de alma; assim o quis Deus, em sua justiça, para todas as suas criaturas”.

    Quando falamos a respeito do homossexualismo, é imprescindível deixarmos de lado nossos conceitos e preconceitos, a fim de evitarmos deslizes injustos contra nossos semelhantes.

    Somos todos iguais perante Deus. Como afirma Allan Kardec, só há diferença quando no organismo material, pois para o Espírito, esta não existe.

    Ainda no mesmo artigo, Kardec afirma:

    “O Espírito encarnado sofrendo a influência do organismo, seu caráter se modifica segundo as circunstâncias e se dobra às necessidades e aos cuidados que lhe impõem esse mesmo organismo”.

    Como a Alma irradia ao redor do corpo, podemos supor que:

    a)      De certo modo preserva sua assexualidade, mesmo quando encarnada (falamos aqui quanto “ao ser essencial, imperecível” para o qual o sexo “não existe uma vez que não há duas espécies de alma”), pois que isso depende do organismo (“O Espírito encarnado sofrendo a influência do organismo, seu caráter se modifica segundo as circunstâncias e se dobra às necessidades e aos cuidados que lhe impõem esse mesmo organismo”).

    b)      Que sua ligação com o corpo a faz sentir, pela transmissão fluídica, as sensações da matéria, imprimindo-lhe comportamentos masculinos ou femininos inerentes ao gênero sexual físico.

    c)       Que o sexo estando no corpo e não no Espírito (“ser essencial”), uma vez liberto do corpo, o Espírito com isso não tem mais nenhuma relação.

    d)      Que o psiquismo não estando no corpo, independente de quantas experiências o Espírito (“ser essencial”) tenha vivido neste ou naquele sexo, conserva disso tão somente aprendizados.

    e)      Que pela sua ligação com as questões materiais, pode conservar hábitos, gostos e tendências do gênero sexual que tenha habitado e pelo pensamento, conservar em seu corpo perispiritual a forma e trejeitos impressionados pelo corpo físico, podendo carregar essas tendências para existências futuras.

    f)       Enfim, que depois de desencarnado, pode conservar uma impressão maior ou menor da vida física, mantendo traços masculinos ou femininos, mas esses traços existem apenas nas aparências e somente estão presentes em Espíritos cuja tendência material ainda é marcante (“Não é senão o que ocorre a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização que a influência da matéria se apaga completamente, e com ela o caráter dos sexos – R.E. Jan/1866.”).

    Observamos que, mesmo o Espírito podendo conservar hábitos referentes a esse ou aquele sexo, ainda assim essa questão não é para ele primordial (“para o Espírito o sexo pouco importa” – ver questão 202). Se  fosse, sendo homem na última existência, desejaria manter-se homem nas próximas, preocupando-se não com as provas que o podem fazer avançar, mas somente em manter aparências, o que faria prevalecer nele o sentimento de desigualdade.

    Fonte ;batuiranet

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