Capítulo 9
Os vícios do corpo

PERGUNTA: — Quais são as consequências dos vícios do corpo em relação a esse processo de transição para um novo estágio de evolução espiritual na Terra?
HERMES: — Existem os vícios que qualificamos como espirituais e que correspondem à má conduta espiritual.
Por outro lado, temos aqueles que devem ser considerados como vícios materiais ou desencadeados por uma subjugação física.
Nesse grupo, enquadramos todas as dependências que dizem respeito ao servilismo do espírito aos caprichos do corpo físico, como, por exemplo, o cigarro, as bebidas alcoólicas, (1) a dependência de drogas consideradas ilícitas, como a maconha, a cocaína, o LSD, entre outras.
Citamos também no grupo dos vícios do corpo a dependência sexual e as consideradas brandas, como a glutonice e a alimentação carnívora.
Como estamos para ingressar em uma nova etapa evolutiva é fundamental que o homem consiga vencer esses comportamentos degradantes que demonstram que a humanidade ainda não compreendeu que o corpo deve servir ao espírito, e não o contrário.
Continuar cultivando esses vícios, de forma incontrolável, pode significar o fracasso definitivo na tentativa de manter-se na Terra da Nova Era, como já vos explicamos em capítulos anteriores.
[1] Nos capítulos 2 e 3 da obraFisiologia da Alma, de Ramatís, psicografado por Hercílio Maes, publicado pela Editora do Conhecimento, o autor analisa sob a ótica do Mundo Oculto importantes aspectos da atuação do fumo e do álcool, como agentes patogênicos, nos corpos energético e físico, bem como as consequências que se seguem à morte física e o processo simbiótico dos "canecos vivos".
PERGUNTA: — Se o fumante aparentemente não está fazendo mal ao seu próximo, por que o vício de fumar pode influenciar tanto na questão de ser eleito para a Nova Era?
HERMES: — Na verdade, o fumante faz mal a si próprio e ao seu semelhante.
Quando ele fuma, pratica o suicídio compulsório, abreviando diversos anos de sua vida por envenenar-se com as substâncias tóxicas do cigarro que afetam diretamente o aparelho fisiológico humano.
O fumo reduz o fluxo do "fluido vital" encarregado de manter a vida física pelo prazo estipulado pela Alta Espiritualidade.
Além disso, o cigarro também faz mal ao seu semelhante, que torna-se um "fumante passivo" dos resíduos expelidos pelo fumante quando pratica esse ato típico das tribos mais atrasadas do planeta.
Fumar até pode ser admissível entre estes povos, mas é inaceitável em uma sociedade civilizada que conhece os malefícios desse hábito nefasto.
Além do mais, o mau hábito de fumar arregimenta uma falange de espíritos obsessores que desencarnaram escravos do mesmo vício.
Após ingressarem no "mundo dos mortos", eles necessitam de uma "piteira viva", como diz o nosso querido irmão Ramatís, para saciarem o vício que não aprenderam a dominar quando ainda estavam na dimensão física.
A vampirização de desencarnados viciados é um dos exemplos mais comuns de obsessão espiritual.
Os irmãos, pelo que foi estudado no capítulo dois, já devem saber que um espírito obsessor que não é satisfeito em seus caprichos infantis torna-se um inimigo perigoso, feroz e vingativo.
O obsessor, ao ver que o seu vício não está sendo mais atendido, após estabelecida a sintonia entre ambos, torna-se um elemento revoltado que não mede esforços para que o seu apelo por mais um cigarro seja atendido.
Estudamos esse tema com bastante critério em nossas obras anteriores: Sob o Signo de Aquário - Narrações sobre viagens astrais e A História de um Anjo. 115
PERGUNTA: — Quais podem ser as consequências de o homem viciado não atender aos apelos de seu obsessor?
HERMES: — Tanto no cigarro, como no vício do álcool, ou então entre as destruidoras drogas consideradas ilícitas, o processo é o mesmo.
O espírito desencarnado viciado não está preocupado com os meios para atingir o seu fim; portanto, induzir ao roubo, a matar, a enganar e a prejudicar ao próximo são recursos comuns para obter de qualquer forma o elemento alucinógeno que o escraviza.
Por isso afirmamos ser muito difícil que um servo dos vícios ingresse na Terra da Nova Era.
No futuro estágio evolutivo da humanidade será inadmissível esse tipo de comportamento entre os eleitos.
PERGUNTA: — Entendemos que os vícios causam desequilíbrios, mas acreditamos que as drogas ilícitas, como a maconha e a cocaína, sejam piores, pois realmente levam o viciado a roubar e até a matar para saciar-se.
O que dizes a respeito?
HERMES: — No fundo, todos os vícios são iguais!
O que os diferencia é a dificuldade para obtê-los, por causa do preço ou por ser uma droga ilícita que não é vendida no supermercado ou na tabacaria da esquina.
Se o cigarro fosse caro e de difícil acesso, certamente ele causaria danos morais semelhantes para adquiri-lo, em razão da dependência que a nicotina exerce no cérebro dos viciados, que chega a ser maior que a influência da substância psicoativa da maconha.
PERGUNTA: — Por que o homem escraviza-se ao consumo de drogas?
HERMES: — São dois os motivos básicos: o primeiro é a crença de que as drogas são um estimulante para melhorar o rendimento físico e mental, e o segundo, que elas são uma porta para a fuga da realidade em razão das alterações de consciência que propiciam aos viciados.
No primeiro caso, no início, as drogas oferecem aos trabalhadores mais estímulo para as rotinas diárias estressantes, e para os jovens ociosos fornecem uma resistência adicional para "curtir" as festas noturnas; mas esse efeito é transitório e fugaz.
Mais tarde, esses drogados, ficando dependentes do vício, reduzem a sua capacidade física e mental, tornando-se menos capazes do que antes de ingressarem no vício.
No segundo caso, encontramos a busca pela droga para esquecer os problemas ou para vencer os obstáculos e contrariedades da vida.
A droga torna-se, então, uma válvula de escape para o mundo das ilusões.
Com a alteração de consciência causada pelo consumo do álcool, da maconha, da cocaína e de drogas similares, o encarnado liberta-se dos dramas que vive e que são frutos das cargas cármicas geradas nesta ou em encarnações anteriores.
Nas primeiras experiências, o alcoólatra ou o drogado convencional, e até mesmo o viciado em tabaco, acredita encontrar o entusiasmo e a força para vencer os obstáculos da vida, mas após viciar-se ele perde o ânimo para conquistar a vitória ante os mesmos desafios, muitas vezes sendo arrastado ao fracasso e à total dependência do vício.
Os estados de subjugação mais graves levam o viciado à máxima apatia e depressão, o que estimula, em alguns casos, o dependente das drogas a cometer o ato insano do suicídio.
PERGUNTA: — Entendemos que seja assim em relação à maconha, à cocaína e até mesmo ao álcool excessivo, mas isso ocorre também com o fumo?
Apesar de acreditarmos ser este um vício nefasto, temos dificuldade em entender a gravidade do caso. Poderias nos esclarecer?
HERMES: — Como já dissemos, o cigarro é facilmente encontrado e ainda não sofre uma restrição severa da sociedade, como ocorre com as demais drogas que são consideradas ilícitas.
Mas já é possível perceber cada vez mais que a sociedade despreza e exclui quem fuma, causando angústia e apreensão nesses viciados que antes eram tolerados e tratados normalmente.
Quando o fumo do tabaco for considerado tal qual as drogas ilícitas, e isso irá ocorrer nas próximas décadas, acarretará um desvio de comportamento com as mesmas consequências que vemos, por exemplo, nos viciados em maconha, cocaína e álcool.
E, como já afirmamos, a dependência química da maconha é inferior à do cigarro; logo, os viciados em tabaco padecerão desequilíbrios ainda maiores para saciarem-se em meio a uma sociedade que os restringirá com severas punições, tanto em relação aos que consumirem quanto aos que traficarem cigarros de tabaco.
Além do mais, temos de analisar as consequências do cigarro e demais drogas no campo mental e emocional do corpo espiritual, que agregam essas toxinas à sua delicada contextura, acarretando graves padecimentos no Plano Astral, onde não é possível saciar esses vícios diretamente.
A dependência de drogas é, portanto, o drama de um triste espetáculo em que espíritos tentam "vampirizar" os encarnados para saciarem os vícios adquiridos durante a existência física.
As vezes, almas justas e que jamais aceitariam prejudicar o seu próximo são impelidas a exercerem o ato doentio da vampirização porque não conseguiram se controlar quando ainda peregrinavam pelo plano material.
Em nossas jornadas de amparo espiritual já presenciamos casos de almas resolutas na prática do bem, mas que perderam o equilíbrio por causa do vício ao cigarro.
É uma situação realmente lamentável ter de resgatar um irmão banhado em lágrimas pelo remorso, enquanto suga, enojado de si mesmo, a essência do fumo em um pobre mendigo de rua por não conseguir conter o vício atroz que lhe corrói a alma.
PERGUNTA: — Poderias nos falar mais sobre a dependência dos vícios no Mundo Espiritual, após a morte física?
HERMES: — Todo o comportamento que cultivamos durante a nossa vida física se reflete em nossa alma imortal. Não é porque abandonamos o mundo material que nossos vícios deixarão de existir.
Após despir-se do veículo físico, o espírito continua a sofrer todas as impressões que antes cultivava.
A incapacidade de poder alimentar o vício, por estar em outra dimensão, causa um sentimento de pânico e desequilíbrio, ampliando em até cinco vezes o desejo desesperado para obter a droga.
Esses irmãos infelizes necessitam ser internados em clínicas de recuperação e contenção de drogados no Mundo Espiritual.
Infelizmente, muitos não conseguem se controlar e fogem do amparo divino para utilizarem-se do único meio que os sacia: obsidiando encarnados viciados nas mesmas drogas ou candidatando-se a servos para a realização de trabalhos espirituais do mal, em que recebem como pagamento a essência etérea da bebida alcoólica, de charutos e, inclusive, algumas vezes, de cocaína, craque e maconha nos despachos dos trabalhos espirituais de baixa vibração espiritual, nas esquinas das ruas ou em casas de magia negra.
PERGUNTA: — Queres dizer que além do viciado depredar o seu maior patrimônio, que é o corpo físico doado por Deus, ainda há o problema de estar maculando o seu corpo espiritual e gerando uma dependência extrafísica?
HERMES: — Exatamente! A vida física possui a finalidade de educar a alma, e não de adquirir vícios.
Mas a humanidade caprichosa, desequilibrada e infantil da Terra preocupa-se mais em satisfazer os seus caprichos do que em adquirir bagagem espiritual para a sua evolução.
Assim sendo, todos "colhemos aquilo que plantamos".
Quem planta amor colhe amor, quem planta uma vida de consumo de drogas só poderá colher o drama dos viciados.
A Lei de Deus é perfeita e justa; basta que abandonemos o "mundo dos sonhos materiais", que o homem ainda cultua na Terra, e busquemos analisar e compreender a lógica espiritual dos ensinamentos divinos.
Só assim perceberemos qual o caminho a seguir e quanto tempo foi desperdiçado dedicando atenção a assuntos e hábitos fúteis.
PERGUNTA: — Algumas pessoas defendem que a maconha causa menos dependência do que o fumo e, além do mais, ela seria menos cancerígena.
Esses apologistas das drogas usam tais argumentos para defenderem a legalização da maconha.
O que dizes a respeito?
HERMES: — Eis um comportamento típico da atual sociedade alienada da Terra e de grupos que certamente farão parte do contingente de exilados no mundo inferior!
Além de acharem o cigarro perfeitamente justo, ainda tentam legalizar outras drogas que só causam malefícios ao homem.
Realmente, a maconha causa menos dependência que o cigarro; mas, por pouco tempo.
Os espíritos responsáveis pela evolução planetária na Europa já nos informaram que alguns magos das Sombras estão inspirando cientistas afastados do amor de Deus a realizarem experiências de engenharia genética para aumentar a intensidade da substância psicoativa da maconha, com o objetivo de aumentar o seu potencial de dependência.
Como já havíamos informado no capítulo sobre a engenharia genética, nos primeiros anos essa técnica poderia vir a ser utilizada para a prática do mal. Aqui temos um claro exemplo disso.
Quanto à informação da maconha ser menos cancerígena, basta fazer uma simples análise.
Se ela for consumida em grande escala pela humanidade, tanto quanto o cigarro, trará os mesmos índices alarmantes de câncer de pulmão, entre outros.
PERGUNTA: — E qual é o destino dos traficantes e de quem faz apologia às drogas?
HERMES: — O padecimento dessas almas no Plano Astral é atroz.
Além de todas as máculas que se agregam aos seus corpos espirituais, ainda há a perseguição desesperada de suas vítimas, que desejam vingança por terem perdido as suas vidas e as oportunidades de progresso, por causa do vício das drogas.
Mas, infelizmente, raros são os traficantes que assimilam essa lição da Lei de Ação e Reação no Plano Espiritual.
Na maioria das vezes, eles terminam se associando a líderes do mal e acabam recebendo uma proteção relativa contra o assédio das vítimas, e, quando retornam ao mundo físico, voltam a praticar o mesmo ato nefasto do passado, tornando-se agentes daqueles espíritos do mal que os protegeram, demonstrando que a Luz não obteve guarida em suas almas.
No passado, eram traficantes de ópio; hoje em dia, aliciam jovens ingénuos a consumir comprimidos de ecstasy.
Mas eis a última chance na Terra para esses irmãos que desrespeitam as leis de Amor e Paz do Criador, porque em breve o astro intruso atrairá as suas almas chumbadas ao solo para uma existência em que a dor e o ranger de dentes será uma constai! te.
Lá, no planeta absinto, o sofrimento e as privações extremas serão um convite para a reflexão da alma.
HERMES: — Mais uma vez afirmamos: não existe injustiça na elaboração do Plano Divino.
Quem reencarna em meio à criminalidade é porque semeou essa situação no passado, e agora necessita vencer os impulsos daninhos de sua alma em meio ao mesmo cenário em que foram gerados.
Certamente, o ambiente seduz e estimula ao crime, mas as palavras divinas dos "operários" do Cristo sempre foram propagadas aos quatro cantos do mundo com o objetivo de auxiliar aos encarnados em sua libertação do mal, por meio de todas as religiões do planeta.
Mas, infelizmente, a porta das virtudes é estreita e exige sacrifícios, enquanto a que leva ao mal é larga e de fácil acesso.
PERGUNTA: — De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, noventa por cento dos casos dessa enfermidade no Brasil e no mundo estão associados ao vício do fumo.
Encontramos nessa informação uma contradição ao que afirmaste em capítulo anterior, quando disseste que o câncer é consequência das mazelas da alma.
O que dizes a respeito?
HERMES: — O câncer é fruto das toxinas espirituais da alma, mas o consumo de cigarros é também um detonador de origem material dessa doença.
Ao contrário da prática do amor, que purifica a alma, o cigarro promove a intoxicação do corpo e da alma, agravando o câncer que futuramente se desencadearia pela prática anticrística, ou pela intoxicação do aparelho fisiológico com as substâncias venenosas.
Como já dissemos no capítulo citado, as doenças podem ser fruto das toxinas da alma, como também derivadas da intoxicação do organismo, pela má alimentação ou cultivo nefasto de vícios, como o fumo ou a bebida.
Já as drogas pesadas como a cocaína, o craque, a heroína, o LSD, o ecstasy, entre outras, possuem um efeito devastador, levando o indivíduo a uma rápida degeneração cerebral e ao desencarne prematuro.
PERGUNTA: — Queres dizer que as substâncias tóxicas do cigarro apenas agravam o câncer, que possui origem espiritual e se desencadearia naturalmente?
HERMES: — Sim. Apesar de o vício de fumar ser extremamente prejudicial à saúde física e espiritual, existem mecanismos astrais que intensificam ou regridem a ação das células cancerígenas.
Por esse motivo, vemos pessoas que fumam intensamente até os noventa anos e morrem sem serem vítimas do câncer, apesar de o seu corpo físico se assemelhar a um cinzeiro.
Nesses casos, tais espíritos não possuíam as toxinas espirituais que desencadeariam o câncer ou então são boas almas que sublimam as próprias cargas negativas que assimilam com o fumo.
Sem nem ao menos saber, esses irmãos conseguem diluir o elemento tóxico do cigarro pelo mecanismo purificador do amor.
Mas esse é um procedimento pouco comum que somente obtém resultado em almas simples, com vida regrada e que praticam intensamente o amor aos seus semelhantes.
Como já citamos antes, também há os casos de criaturas más que acumulam essas toxinas para o desencadeamento em futura encarnação na matéria.
PERGUNTA: — Já nos casos de almas desequilibradas e que possuem toxinas para serem drenadas ao corpo espiritual, concluímos que o cigarro intensificará essa drenagem tóxica. Estamos certos?
HERMES: — Sim. Espíritos que possuem toxinas perispirituais a serem drenadas para o corpo físico e que não movimentam-se um centímetro em direção ao amor ao próximo e à busca da harmonia espiritual, ao fumar terminam agregando ainda mais toxinas para serem drenadas.
O fumo, então, tornará o câncer ainda mais devastador e ele se manifestará mais cedo do que o planejado pela Alta Espiritualidade.
Como já dissemos, o cigarro é um veneno que promove um suicídio compulsório.
A cada nova tragada o indivíduo abrevia em alguns dias o prazo traçado para a sua atual encarnação.
PERGUNTA: — Além do drama do vício incontrolável após o desencarne, o fumante, o alcoólatra e os drogados de todos os tipos ainda terão de responder pelo suicídio indireto cometido?
HERMES: — Certamente! A Justiça de Deus é igual para todos. Os irmãos que se comprazem no vício estão semeando somente dor e tristeza para o futuro.
É inevitável que venham a sofrer a dor atroz causada pelo vício não saciado e também por terem abreviado o tempo de suas vidas.
Milhares de espíritos aguardam ansiosos a oportunidade de retornarem à vida física para resgatarem os seus erros, enquanto os encarnados desprezam a existência da vida imortal e ainda abreviam o seu ciclo vital cultivando vícios deploráveis.
PERGUNTA: — Voltamos a lembrar que os encarnados não possuem consciência dessa realidade que aqui elucidas com clareza e lógica.
Talvez se os meios de comunicação alardeassem essas informações teríamos, menos casos nesse sentido.
O que nos dizes a respeito?
HERMES: — Como já afirmamos no primeiro capítulo, a descrença espiritual da humanidade é que a afasta dessas informações que as esferas superiores trazem à luz do mundo.
As sábias orientações do Mundo Maior sempre estiveram presentes na face do planeta, mas o homem imprevidente sempre as desprezou e crê ser fruto de mentes alucinadas.
Até mesmo o mais simplório dos homens da Terra sabe que o cigarro e as demais drogas causam prejuízos e são contrários às leis divinas.
As religiões sempre condenaram esses vícios, mas o homem faz-se de surdo para não ter de vencer as suas imperfeições.
Portanto, a desculpa de desconhecer essas verdades não pode ser aceita, assim como o homem não pode alegar que desconhece a lei em um tribunal da justiça humana.
PERGUNTA: — Alguns estudiosos defendem que o efeito psicoativo das drogas que causam a alteração de consciência são importantes em alguns tratamentos para a depressão, para o estresse e para aliviar as tensões do cotidiano.
O que dizes a respeito?
HERMES: — Realmente, os desequilíbrios psíquicos gerados a partir da lembrança inconsciente dos erros cometidos em encarnações passadas causam alguns distúrbios emocionais que podem ser amenizados pelo efeito alucinógeno das drogas.
Mas esse tipo de tratamento deve ser ministrado e acompanhado por médicos responsáveis e competentes, pois o uso indiscriminado das drogas para "aliviar as tensões" é tão perigoso como o uso da morfina para aliviar as dores de um paciente.
Inclusive, na Idade Média, usávamos algumas plantas com poderes psicoativos para tratar pacientes que necessitavam desse recurso.
Naquela época, todo o cuidado era pouco, pois essas práticas médicas eram entendidas como "coisas do demônio" pelas mentes estreitas, e não era raro os médicos da época serem condenados à fogueira por esses tratamentos nada convencionais.
As bruxas da época medieval nada mais eram do que competentes curandeiras, principalmente as de origem celta, que utilizavam os poderes das plantas e dos elementais da natureza para tratar os seus pacientes.
Mas, hoje em dia, a medicina avançou muito e esses métodos do passado podem ser substituídos por técnicas modernas, sendo, em alguns casos, até mais eficazes, apesar de os médicos atuais ainda desconhecerem certos recursos astrais insubstituíveis que são muito usados por aqueles que realizam tratamentos espirituais.
Ao contrário do que se pensa, o tabaco, a maconha, a papoula, o álcool e outros elementos psicotrópicos não serão eliminados da Terra na Nova Era; serão estudados métodos para separar o efeito medicinal do efeito psicoativo dessas drogas para a sua utilização na medicina do futuro.
PERGUNTA: —E o que poderias nos informar sobre o desejo sexual incontrolável?
Ele também pode ser entendido como um vício?
HERMES: — Sem dúvida! Todo o comportamento humano que causa uma dependência e um descontrole para ser satisfeito deve ser entendido como um vício.
O indivíduo que se utiliza do ato sexual como base para uma séria e responsável união conjugal e para a procriação de novos seres, com respeito e equilíbrio, age de forma divina, mas aquele que só pensa no sexo para satisfazer o seu desejo hipnótico e incontrolável, certamente encontra-se viciado e escravizado a essas forças.
Assim como o fumante, o alcoólatra e o drogado, o sexólatra está subjugado a uma força que possui dificuldades em controlar.
Tanto como nos demais vícios, o sexólatra é um doente que necessita de tratamento, pois vive escravizado ao desejo sexual e, na maioria das vezes, esse é o único pensamento que habita a sua mente.
PERGUNTA: — Comparando com o fumo, a bebida alcoólica e as demais drogas, como poderíamos entender o papel do sexo entre os vícios do corpo?
HERMES: — O sexo possui função desencadeadora, pois os demais vícios citados geralmente têm a finalidade de melhorar o interesse e aperformance sexual, ou então de criar um clima propício para a busca desse prazer.
Logo, não podemos desprezar a ação impositiva desse vício na derrocada evolutiva do indivíduo.
Em toda a história da humanidade não são poucos os casos de sofrimento e tragédias causados pelo desvario sexual.
Muitas famílias foram destruídas pelo ardor sexual dos homens, que não conseguiam manter um relacionamento exclusivo com suas esposas, e, outras tantas, pela traição das mulheres, que se entregaram à sedução ilícita, maculando o santuário do lar.
Os espíritos do atual ciclo evolutivo da Terra, ainda apegados a seus caprichos egocêntricos e interesses infantis, agravaram os seus carmas e semearam tristeza por onde passaram em diversas existências por causa do ardor sexual.
Ainda hoje, colhem sistematicamente os frutos causados pelo descontrole sexual de longa data.
PERGUNTA: — Devemos entender o sexo então como um pecado e um vício abominável?
HERMES: — Nem de uma forma nem de outra. O pecado significa fazer aos nossos semelhantes aquilo que não gostaríamos que nos fizessem, desrespeitando as leis divinas, ou seja, se o cônjuge e a sociedade atual entendem que a união matrimonial deve ser monogâmica, nesse caso manter um relacionamento fora do casamento é um ato pecaminoso.
Mas, no Antigo Egito, como estudamos no livro "Akhenaton — A Revolução Espiritual do Antigo Egito", era normal os homens se casarem com mais de uma mulher.
E as esposas em geral não se sentiam ofendidas por isso, pois esse era um comportamento cultural aceito pela sociedade.
A poligamia é uma atitude atrasada espiritualmente, mas fazia parte do contexto evolutivo daquela época. Portanto, pecado é magoar, desrespeitar, infligir dor e sofrimento, dentro dos preceitos evolutivos da sociedade em que estamos inseridos.
Quanto ao sexo ser um vício, isso só é verdade para aqueles que desrespeitam esse ato e se tornam escravos dele, assim como o álcool que pode ser muito saudável quando bebido com moderação, como nos ensina a medicina atual sobre os eleitos benéficos do vinho tinto para a saúde.
PERGUNTA: — Não entendemos a explicação sobre o pecado.
Queres dizer que se um casal definir que ambos terão um relacionamento aberto, podendo manter relações sexuais com outros parceiros, e, caso isso não os magoe, podemos crer que não é um pecado?
HERMES: — O pecado deve ser entendido como uma ofensa aos semelhantes e à Lei de Deus.
A Lei Divina é imutável, mas adapta-se a cada época, de acordo com a evolução da humanidade.
Como dissemos anteriormente, no Egito e entre os demais povos antigos era importante procriar para perpetuar a espécie e permitir a reencarnação sistemática de espíritos, ainda mais se avaliarmos que o índice de mortalidade infantil era alto.
A poligamia para aquela época era aceita cultural e espiritualmente.
Já hoje em dia, temos leis morais atualizadas que entendem ser este um ato promíscuo e prejudicial à formação familiar, que é o núcleo principal de evolução para a humanidade atual.
Apesar de um casal moderno definir que o seu relacionamento é aberto, esse ato é considerado um pecado aos olhos da Alta Espiritualidade da Terra, pois certamente essa decisão tem a exclusiva finalidade de permitir a ambos entregarem-se a uma prática sexual liberal e descontrolada, que prejudicará o seu processo evolutivo.
PERGUNTA: — Entendemos que o desejo sexual é o vício mais difícil de ser controlado.
O fumo, a bebida e as drogas são vícios típicos de espíritos pouco esclarecidos.
Mas o desejo sexual, por mais que se conheça as Verdades Espirituais, é de dificílimo domínio.
O que tens a dizer?
HERMES: — O desejo sexual é fruto de tendências espirituais milenares.
Além do mais, o encarnado sofre toda a carga hormonal da máquina física que foi orientada a perpetuar a espécie desde o princípio de sua criação.
Em alguns casos, essa tendência biológica se faz mais presente, necessitando ser administrada e controlada com convicção.
Algumas pessoas não possuem dificuldades em conter a libido, mas outras, ao contrário, vivem um verdadeiro martírio para dominar o desejo sexual incontrolável; em certos casos, em razão do seu mau uso em encarnações passadas.
Eis, então, mais uma arma dos magos negros do Astral Inferior, que reconhecem com frequência essa fraqueza nos divulgadores das Verdades Espirituais encarnados no mundo físico.
Além de utilizarem-se dos mais modernos recursos para obsediar e desequilibrar os trabalhadores do Cristo, eles se utilizam de técnicas de inversão das forças do chacra básico para atiçar impiedosamente o desejo sexual entre aqueles que estão convictos na prática do bem, mas que ainda são frágeis à sedução do sexo oposto.
Entre os grandes missionários da Terra, temos relatos sobre a tentativa do Astral Inferior de utilizar-se do desejo sexual para tentar prejudicar os sagrados projetos do Alto.
Jesus foi tentado no deserto e Maria Madalena foi utilizada pelos magos negros do Astral Inferior para desvirtuá-lo.
O sábio Rabi da Galiléia transformou esses dois fatos em uma inesquecível demonstração de força espiritual sobre os desejos perecíveis da carne.
Já Francisco de Assis jogou-se sobre espinhos para expulsar essa força persuasiva que tentava dominá-lo e comprometer o seu sagrado ministério de Luz, que exigia o celibato pleno para atingir integralmente o seu objetivo na Terra.
O sexo é uma força belíssima que une as almas enamoradas em um profundo sentimento de amor, bem-estar e respeito, ensinando-as a amarem-se mutuamente com o objetivo de evoluir e constituir novos grupos familiares, onde espíritos reencarnarão e serão recebidos com amor e alegria.
Aqueles que souberem valorizar e respeitar a beleza da energia sexual e sua função procriativa serão sempre felizes e libertos da força escravizadora que o sexo impõe às almas irresponsáveis.
PERGUNTA: — Talvez fosse mais simples se os meios de comunicação e a sociedade não apelassem tanto para o sexo.
Em todo o lugar, vemos um culto exagerado à prática sexual e à nudez, dificultando esse autocontrole.
Como proceder ante essa carga de informações sexuais?
HERMES: — O homem não pode isolar-se em um mosteiro, pois de nada adianta fugir às tentações.
É necessário vencê-las, porque só assim estaremos verdadeiramente libertos da sua influência sedutora.
O espírito encarnado deve procurar dominar os seus desequilíbrios e taras de um passado remoto, conscientizando-se da real finalidade do ato genésico e voltando as suas energias sexuais para nobres ideais de progresso e crescimento espiritual.
Somente assim o homem açoitado pelo desejo sexual incontrolável triunfará sobre as influências negativas que terminam escravizando-o ao sexo e que promovem a sua derrocada tanto material como espiritual.
PERGUNTA: — Poderias nos trazer esclarecimentos sobre as consequências do desvario sexual após a morte do corpo físico?
HERMES: — Assim como os demais vícios, o sexo impõe ao espírito recém liberto da matéria as mais cruéis provações.
O desejo sexual se quintuplica e a mente dessas pobres almas entra em um estado de hipnose contínua, que os faz pensar somente em sexo durante todo o tempo.
Eles vivem sonhando com os prazeres sexuais e procuram relacionar-se uns com os outros a todo instante.
A exemplo dos demais vícios, somente um verdadeiro contato físico poderá saciá-los; portanto, eles se infiltram na dimensão dos homens para vampirizarem os sexólatras encarnados e assim satisfazerem, finalmente, o desejo que os enlouquece.
PERGUNTA: — Queres dizer que quando estamos nos relacionando sexualmente com nossas esposas ou maridos estamos sendo assediados por essas almas infelizes?
HERMES: — Como já explicamos no segundo capítulo deste trabalho, toda a obsessão espiritual exige sintonia entre algoz e vítima.
Portanto, somente almas viciadas em sexo e com vida desvirtuada poderão sofrer esse assédio.
Jamais a Alta Espiritualidade da Terra permitiria o desrespeito ao ato divino de almas que se uniram para uma vida conjunta séria e responsável.
Além do mais, o ato sexual tem como função principal procriar novos corpos físicos para a reencarnação de espíritos.
Sendo assim, essas famílias honestas e cientes de suas responsabilidades recebem imensa assistência espiritual dos planos superiores, que protegem o santuário do lar contra qualquer investida das Trevas.
PERGUNTA: — O que ocorre com os espíritos viciados desencarnados que não conseguem saciar-se, obsediando os vivos?
HERMES: — Os que se predispõem ao esforço hercúleo de vencer o vício, seja qual for, são amparados por equipes de assistência espiritual que os auxiliam a vencer o terrível tormento.
Já aqueles que procuram saciar-se, mas não conseguem, terminam ingressando em uma espécie de "coma espiritual".
Eles dormem, algumas vezes por anos, até que a força subjugadora do vício esmoreça.
Existem hospitais espirituais no Mundo Maior que mais parecem "museus de cera", dado o estado de apatia dessas almas.
Em nosso primeiro trabalho "A História de um Anjo" fizemos uma breve narrativa sobre essa triste situação.
PERGUNTA: — Pelo que nos informas, parece que a força coercitiva dos vícios após a morte é quase impossível de ser vencida.
Como fazer, então, para resolver essa situação dramática?
HERMES: — A imposição do vício após a morte é cruel, mas não impossível de ser vencida.
Obviamente, vencer os vícios em vida é o método infinitamente mais fácil; cabe aos encarnados conscientizarem-se disso.
Lembremos as sábias palavras do apóstolo Pedro: "Tudo que ligares na Terra será ligado no Céu, e tudo que desligares na Terra será desligado também no Céu
É uma ilusão acreditar que ao desencarnarmos estaremos libertos das amarras tanto físicas como espirituais que nos chumbam ao solo.
É imprescindível trabalhar pela libertação dos vícios do corpo que terminam por escravizar a alma.
Já estamos vivendo o período do "final dos tempos", o "juízo final", como vos explicamos no terceiro capítulo deste trabalho; portanto, é imprescindível retornar ao Mundo Maior liberto de vícios para não ser atraído pela aura magnética do astro intruso.
PERGUNTA: — Entendemos o desvio sexual como o maior dos vícios, porque é um desequilíbrio que afeta toda a sociedade e não é visto como algo que deva ser recriminado, apesar dos efeitos devastadores dentro de um grupo familiar.
O que tens a dizer?
HERMES: — Mais uma vez lembramos a importância da crença e do estudo das Verdades Espirituais.
O homem afirma crer em Deus, mas despreza e desrespeita as Suas leis.
Caso a humanidade realmente acreditasse na Inteligência Suprema estaria procurando viver conforme as Suas leis, e não cultuando o mundo materialista que tanto a fascina.
Já afirmamos que o importante é o equilíbrio e ninguém necessita abster-se fanaticamente dos atrativos da vida humana, mas escravizar-se a eles pode ser o passaporte definitivo para o exílio planetário.
A Terra do Terceiro Milénio não poderá mais abrigar criaturas que tremem desesperadamente por um copo de cachaça, por um cigarro após o famigerado cafezinho, ou pior, por cultuar a seringa descartável que conduz a mortal droga alucinógena que ceifa tantas vidas; nem mesmo permitir o hábito estúpido de sugar fumaça tóxica para os pulmões ou abrigar a sintonia desequilibrada daqueles que só vêem no sexo o objetivo de suas vidas. Irmãos, refleti enquanto ainda há tempo!
PERGUNTA: — Analisando as tuas afirmações, entendemos que o ato sexual, em sua essência, só deve ser realizado para a procriação, ou seja, para a geração de filhos.
Então, devemos crer que a proibição do uso de preservativos sexuais pela Igreja Católica é correta?
HERMES: — O sexo possui função procriativa, mas a grande maioria dos espíritos em evolução na Terra ainda é incapaz de se restringir ao ato sexual somente com essa finalidade.
E, além do mais, há uma boa parcela da humanidade que faz sexo de forma promíscua, mesmo sabendo que é um ato equivocado segundo as leis espirituais.
Portanto, entendemos que os preservativos sexuais devem ser divulgados e aceitos, pois mais vale uma vida salva para que prossiga com a sua experiência evolutiva na matéria do que tentar impor uma santidade que ainda é impossível para algumas almas.
Proibir os preservativos, justificando tal atitude com a tese de que o homem não deve ser promíscuo, é o mesmo que proibir a alimentação carnívora no mundo atual.
Os dois casos são procedimentos incorretos segundo as leis superiores; porém, o homem ainda não se encontra preparado para a vivência superior da Nova Era.
Tanto o desequilíbrio sexual, como a alimentação carnívora são fatores que o homem deve procurar corrigir paulatinamente, pois a proibição pura e simplesmente jamais trará um resultado positivo.
PERGUNTA: — Poderias nos trazer maiores esclarecimentos sobre a prática sexual correta, ou seja, como agir sexualmente para não prejudicar o nosso processo de evolução espiritual?
HERMES: — O despertar da libido possui a finalidade de atrair os espíritos que necessitam constituir família para evoluírem em conjunto.
Como os atuais habitantes da Terra ainda possuem dificuldade para valorizar as características espirituais de seus semelhantes, eles são atraídos para constituir matrimônio por meio do interesse sexual.
Tanto que em alguns casos observamos a união de almas baseada exclusivamente no desejo carnal, causando graves dissabores no decorrer dos anos, quando a vida em conjunto exige companheirismo e compreensão.
O verdadeiro amor é doação, e não a satisfação doentia dos interesses sexuais ou de caprichos pessoais.
Logo, a prática sexual com a finalidade de constituir família, permitindo o ingresso de novos espíritos na matéria, é bastante louvável aos olhos espirituais.
Aqueles que assim agem estão perfeitamente corretos e protegidos do assédio de espíritos do Além viciados em sexo.
A união sexual entre duas almas pelos laços do compromisso de vida em comum também é aceita, pelo respeito e pela troca honesta e afetuosa de energias, mesmo quando a função procriativa não é o objetivo.
Mas, indiscutivelmente, a principal função do ato sexual é a constituição de um novo conjunto familiar.
Em meio à família, encontramos o maior laboratório evolutivo para os espíritos no atual estágio da Terra, pois os pais se disciplinam e trabalham para propiciar mais conforto aos filhos, tendo a importante missão de os educar tanto no campo espiritual como material.
PERGUNTA:— Se o ato sexual tem a finalidade procriativa, o que tens a dizer sobre a união de homossexuais, tanto masculinos como femininos?
HERMES: — Como já dissemos, a união sexual possui finalidade reprodutiva, algo impossível de ser realizado entre dois indivíduos do mesmo sexo.
Caso ocorra a amizade profunda entre dois espíritos que na atual encarnação possuem o mesmo sexo, eles devem estreitar os laços de amizade, trabalhar por um ideal conjunto e respeitarem-se mutuamente, jamais unindo-se sexualmente, pois essa é uma anomalia que deve ser vencida.
O desejo sexual entre dois indivíduos do mesmo sexo deve ser canalizado para ideais superiores, com o objetivo de vencer esse obstáculo que se impõe como uma provação espiritual.
PERGUNTA: — Essa tua afirmação pode ser interpretada como uni pensamento antiquado e preconceituoso.
O que dizes a respeito?
HERMES: — Não podemos fugir às leis divinas para atender aos anseios da atual geração encarnada que vive em conflito de identidade.
Podemos assegurar-lhes que os eleitos para a Nova Era serão aqueles espíritos que procuram vencer o conflito homossexual em seu processo evolutivo.
Caso atestássemos ser perfeitamente normal a prática homossexual, estaríamos contribuindo para a falência espiritual de diversos irmãos que vivem nessa situação.
Entendemos que o homossexualismo não é nenhuma doença, mas sim uma tendência espiritual desencadeada por conflitos do passado.
Inclusive, encontramos almas sensíveis e valorosas que sofrem o desequilíbrio homossexual.
Eis mais um motivo para não nos furtarmos de esclarecê-las!
Ademais, vida em conjunto, cumplicidade e amizade não significam homossexualismo.
Questionamos aqui tão somente o ato sexual entre dois seres do mesmo sexo, assim como as práticas sexuais condenáveis entre heterossexuais.
PERGUNTA: — Alguns homens e mulheres afirmam que decidiram-se pelo homossexualismo por encontrar mais sinceridade, amizade e paciência com parceiros do mesmo sexo.
O que dizes a respeito disso?
HERMES: — A finalidade da vida conjugal é harmonizar o casal.
Somente uma pessoa caprichosa espera encontrar apenas flores em um casamento.
As diferenças devem ser dialogadas, pois o casal precisa construir a paz e a harmonia em seu lar, com amor e sabedoria.
Infelizmente, a atual humanidade apenas se dedica a interesses sexuais e à rotina materialista da vida humana, preocupando-se exclusivamente em atender aos imediatismos da vida física.
Muitos desses irmãos e irmãs terminam acreditando que são mais felizes com parceiros do mesmo sexo, quando na verdade procuram apenas alguém que atenda aos seus anseios e caprichos.
Vemos esse problema também entre os heterossexuais que se casam diversas vezes à procura de uma "alma gêmea".
Na verdade, estão fugindo das críticas e das contrariedades da vida em comum.
O casal vencedor é aquele que triunfa sobre os obstáculos e aprende a amar e a respeitar as suas diferenças.
Já os que se separam à primeira contrariedade, somente acumulam mais débitos para encarnações futuras.
PERGUNTA: — E o que dizes a respeito dos transexuais, ou seja, daqueles irmãos que realizam cirurgias para trocar de sexo por não se conformarem com a sua condição de homem ou mulher nesta encarnação?
HERMES: — A configuração sexual dos corpos não ocorre por acaso.
Nascemos na condição de homens ou mulheres para evoluir nessas determinadas roupagens físicas.
Esses irmãos que não se adequam a sua nova existência na condição sexual contrária à desejada, inconscientemente trabalham contra o sentido evolutivo natural que deveriam seguir.'
Todos encarnamos como homens e mulheres, em sucessivas encarnações, mas somente aqueles que colocam demasiadamente a questão sexual acima de tudo é que sofrem esse sentimento intenso de incompatibilidade sexual.
Assim, trabalham mentalmente desde a formação corpórea na fase fetal, provocando uma disfunção hormonal que termina por causar tendências femininas em corpos masculinos e vice-versa.
O espírito em evolução na matéria deve manter o foco sempre dirigido ao seu crescimento espiritual, adequando-se à natureza que Deus lhe oferece, jamais colocando os interesses sexuais e humanos em primeiro lugar.
Caso lhe seja impossível sentir-se bem na união com o sexo oposto, poderá optar pelo celibato, opção sexual que quando bem dirigida para objetivos superiores permite um grande avanço evolutivo.
PERGUNTA: — Mas deves concordar que algumas pessoas são vítimas de anomalias congênitas, ou seja, já nascem com órgãos sexuais masculinos e femininos, necessitando de uma cirurgia corretiva.
HERMES: — Como afirmamos na resposta anterior, nesses casos, durante a formação do futuro corpo físico na fase fetal, ocorre um processo de irradiação mental do espírito reencarnante no sentido de rebelar-se contra a formação sexual indesejada.
Esse comportamento gera uma alteração na quota hormonal necessária para a perfeita configuração física masculina ou feminina, pela atuação anormal dos hormônios testosterona e progesterona, gerando a anomalia citada na pergunta.
A cirurgia é válida para restabelecer a identidade sexual programada pelo Alto, mas jamais para atender a desejos sexuais provenientes de encarnações anteriores.
O espírito encarnado, nessa situação, deve ater-se a sua ventura espiritual, utilizando a vida humana como uma escola de aprendizado ao amor fraterno e ao equilíbrio espiritual, e jamais lutar contra a natureza alimentando tendências sexuais contrárias ao seu plano reencarnatório.
PERGUNTA: — Os homossexuais correm o risco de serem exilados?
HERMES: — O astro intruso atrairá basicamente a dois grupos: aqueles que praticam o mal aos seus semelhantes, causando-lhes prejuízo, e os que estão escravizados a algum vício incontrolável em desacordo com as leis divinas.
Acreditamos que o homossexual que for exilado não o será pela sua opção sexual, mas sim pelo mal que possa cometer ao seu semelhante ou por ser escravo do sexo ou dos demais vícios já citados.
Aqueles que optaram por uma vida a dois com pessoas do mesmo sexo, concretizando a união sexual de forma honesta e respeitosa, terão de corrigir esse comportamento no futuro, mas jamais serão exilados por essa atitude. 2
[2] Em Sob a Luz do Espiritismo, de Ramatís, psicografado por Hercílio Mães, publicado pela Editora do Conhecimento, o autor afirma que a homossexualidade não é uma conduta dolosa perante a Moral Maior, apenas diante da falsa moral humana, pois os legisladores, os psicólogos e os cientistas do mundo físico ainda não puderam resolvê-la.
"É assunto que não se soluciona sobre bases científicas materialistas porque só podereis entendê-lo e explicá-lo dentro dos processos de reencarnação", explica o autor, que dedica todo um capítulo a interessantes esclarecimentos sobre o tema.
PERGUNTA: — E o que poderias nos dizer a respeito daqueles que condenam os homossexuais?
HERMES: — O mais sábio dos homens, Jesus, disse-nos que não deveríamos julgar para não sermos julgados.
Logo, entendemos que é um grave erro julgar pessoas, mas também jamais devemos nos omitir de divulgar o comportamento crístico que deve ser seguido para alcançarmos a Luz.
Julgar pessoas é um ato infeliz que desmascara os próprios erros que ainda habitam em nosso coração, mas refletir sobre comportamentos e atos incompatíveis com a busca da Luz sinaliza maturidade espiritual e reencontro com o objetivo principal de nossas vidas.
Jamais devemos condenar e discriminar qualquer irmão, seja qual for o seu ato, mas é obrigação de todo aquele que já se espiritualizou exercer o trabalho de esclarecimento espiritual, sem citar casos específicos e evitando gerar situações anti-fraternas.
PERGUNTA: — Afirmaste no início deste capítulo que a glutonice, ou seja, o vício de comer, é também um desequilíbrio da alma.
O que tens a dizer?
HERMES: — O corpo deve servir ao espírito, e não o. contrário.
A alimentação deve ter a finalidade de nutrir o corpo físico para que o espírito possa adquirir e manifestar o seu aprendizado na matéria.
O que observamos são alguns casos de culto à mesa, sobrecarregando o organismo de uma alimentação pesada que embota os sentidos espirituais, prejudicando a ascese evolutiva do espírito imortal.
Já é tempo de o homem compreender que a alimentação deve ter a finalidade exclusiva de nutrir o corpo com saúde, e não sobrecarregá-lo de gorduras com alimentos e bebidas tóxicas para o seu bom funcionamento.
Nesse caso, enquadramos também a necessidade de uma preparação para o abandono da alimentação carnívora, que será inadmissível quando a sociedade da Nova Era se consolidar, embora não seja fator para eleger ou reprovar os espíritos para o novo estágio de evolução espiritual que está por vir.
PERGUNTA: — A Igreja Católica aponta como graves erros de conduta os chamados "sete pecados capitais", que poderiam ser considerados a origem de todos os demais pecados.
Seriam eles a soberba, a avareza, a luxúria, a ira, a gula, a inveja e a preguiça.
O que dizes a respeito?
HERMES: — Esse levantamento de atitudes anticrísticas realmente retrata o infeliz caminho para a falência dos espíritos em evolução rumo à Luz em nosso mundo.
Eis o motivo pelo qual decidimos dividir esse tema em dois capítulos.
Neste, dissertamos sobre os vícios do corpo; no próximo, abordaremos os vícios da alma, fechando o ciclo das atitudes nefastas que comprometem a ascese evolutiva tão imprescindível aos homens neste final de ciclo evolutivo.
PERGUNTA:— Em resumo: o que poderias concluir sobre este capítulo?
HERMES: — Os vícios do corpo bloqueiam a ascese evolutiva dos espíritos que ainda acreditam ser a carne o seu verdadeiro eu. Devemos compreender que o corpo é tão-somente um veículo de manifestação nos mundos físicos.
Se servirmos a ele, como um escravo, seremos como um piloto dirigindo um carro desgovernado.
É fundamental nos conscientizarmos de quem somos, de onde viemos e para onde devemos seguir.
A libertação dos vícios significa o ingresso para uma vida superior.
A análise diária da autonomia que temos sobre as nossas vidas é fundamental.
A partir do momento em que percebermos que somos dependentes do fumo, do álcool, do sexo e das demais drogas alucinógenas, devemos parar para refletir sobre o rumo pelo qual estamos direcionando as nossas vidas.
Pode parecer que não, mas os vícios podem alterar o nosso comportamento, fazendo com que venhamos a cometer graves crimes para atender aos caprichos do corpo.
E, ademais, a interatividade entre corpo físico e corpo espiritual desencadeará desequilíbrios no Além, fazendo com que não tenhamos harmonia e leveza para evitar a inconfundível atração magnética do astro intruso.
PERGUNTA: — Para concluirmos o capítulo, gostaríamos que o irmão expusesse o motivo principal que mobiliza os homens para seguir pelo caminho das drogas e que também faz com que eles não tenham perseverança para livrar-se da influência coercitiva desse mal.
HERMES: — A falta de uma crença superior que esclareça o verdadeiro significado da vida humana é o principal motivo da falência dos homens.
Aqueles que acreditam que "vieram do pó e para o pó retornarão" são as vítimas mais fáceis dos vícios, por não encontrarem um motivo superior para viver e crescer a longo prazo.
Caso a humanidade realmente procurasse entender e assimilar as Verdades Espirituais compreenderia que todos os filhos de Deus são eternos e estão inseridos dentro de programas evolutivos que devem ser alcançados para a nossa ventura espiritual.
Se o homem assim pensasse, as drogas e as desilusões da vida não encontrariam abrigo em suas mentes.
Ademais, a falta do cultivo de ideais superiores para a construção de um mundo melhor, a preguiça e o desinteresse para com aqueles que sofrem a dor da nudez, da fome e da miséria tornam as pessoas ociosas e propensas ao assédio das drogas.
Como diz o ditado: "Mente ociosa e distanciada de Deus é oficina do diabo!"
O homem espiritualizado compreende melhor o mundo que o cerca e é mais sábio em suas decisões, jamais crendo que as drogas que escravizam o corpo possam ser algo que lhes traga prazer e felicidade.
O ignorante é escravo do mundo, o aprendiz compreende que existem leis universais que se forem seguidas conduzem às portas da felicidade, e o sábio escreve nas estrelas; ele conduz a humanidade traçando os roteiros evolutivos para a ascese de todos os filhos de Deus.
https://www.veg11.com.br/livros/roger-bottini-paranhos/506-a-nova-era