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    Alfredo Bastos 6

    Alfredo Bastos 6

    Sexta volta de Alfredo Bastos à mediúnica

    Vamos raciocinar gente, pois a vida não se define apenas por opiniões e estilos pessoais de quem quer que seja. Vamos respeitar o cérebro que temos dentro da nossa cabeça, vamos respeitar a nossa inteligência e exigir, também, que os outros nos respeitem.

    Acabou a época em que as pessoas se sentiam obrigadas e se deixar conduzir pelo controle remoto dos outros, pois todos os esforços devem ser envidados para a extinção da sociedade marionete. Ninguém deve se permitir ser fantoche de ninguém. Contribuamos para o surgimento de uma sociedade onde o homem aprenda a raciocinar com a sua própria cabeça e não dê a ninguém o direito de invadir a sua consciência.

    Vamos fugir ao Alzheimer, gente, vamos exercitar a mente e isto só se consegue raciocinando. Espírita que não raciocina, apenas está na religião espírita, mas não dentro da fantástica doutrina espírita.

    Ouve-se muito dizer que “fazemos parte de uma fé raciocinada”, mas é um dizer apenas da boca para fora, visto que a maioria das pessoas não sabe muito bem o que significa esta expressão: “raciocinada”.

    O grande professor goiano, Luiz Signates, um dos mais lúcidos expositores espíritas do Brasil, também boicotado por muitos, afirma o seguinte:

    - “Os espíritas dizem que fazem parte de uma doutrina raciocinada. Mas quem raciocinou? Sabemos que Kardec raciocinou, Leon Deni raciocinou, Dellane, Flamarion, Lombroso, Geley e vários outros raciocinaram. Mas isto quer dizer que os espíritas raciocinam nas questões espíritas?”

    Eu digo que, também, o Dr. Hernani Guimarães Andrade raciocinou, o Henrique Rodrigues raciocinou, o Sérgio Felipe raciocina e vários raciocinam, mas, a verdade é que poucos, muito poucos mesmo, raciocinam.

    Amigos, as sessões em que se comunica o amigo que está se identificando como Alfredo Bastos têm causado uma polêmica impressionante. Não precisa dizer que a GIGANTESCA maioria das pessoas está com ele, concorda com as propostas apresentadas por ele e não é por menos que, a todo instante, recebo emails do tipo: “O centro espírita que eu freqüento está precisando, urgentemente, de um espírito como o Alfredo para se comunicar lá”.

    Uai, é só evocar.

    - “Você é doido, Alamar, de falar em evocação? Se alguém falar nisso no centro onde eu freqüento é praticamente mandado para os quintos dos infernos”.

    É que o Espiritismo que eu concebo, tem base em Allan Kardec, aquele que evocou o tempo todo e sempre admitiu a evocação.

    Mas será que os médiuns desse centro onde você freqüenta não vivem tensos, morrendo de medo da diretoria da casa? Eu acredito, sim, que se falar em evocar, talvez sejam colocados pra fora aos pontapés, embora com muito “amor” e muita “caridade”.

    Mas também têm aparecido vários, do tipo “Seu João”, danados da vida, por causa da proposta do Alfredo, concebendo-o como se fosse o verdadeiro Satanás. Aí eu, macaco véio diante desse tipo de gente, com muito amor e muita fraternidade, peço:

    - Que bom, meu irmão, que você está disposto a nos ajudar a fazer o espiritismo bem certinho, conforme manda a doutrina: Por favor, diga exatamente em qual dos comunicados que o Alfredo Bastos fez algum pronunciamento anti-doutrinário, contrário aos princípios elementares de moralidade, decência, ética e bons princípios. Mas relacione dentro da obra básica, cite qual a questão de O Livro dos Espíritos, por exemplo, ou da Revista Espírita, para que eu possa fazer a correção junto ao público e ainda agradecer-lhe, citando o seu nome, como o grande Mestre que nos ensinou como fazer um espiritismo certinho.

    Pergunte se responderam. Que nada, tudo pára aí.

    Um elemento, com um certo coeficiente de imbecilidade elevado, disse que não poderia fazer a citação, porque precisaria escrever um livro, para falar dos absurdos anti doutrinários que Alfredo havia dito e que tudo o que foi dito foi bobagem e agressão ao Espiritismo. (é um indivíduo que nunca escreveu livro nenhum, mas sobre este assunto acha-se em condições para tal).

    Sinceramente, como você acha que deve ser qualificado um espírita que diz que TUDO o que o Alfredo Bastos sugere são absurdos, são ensinamentos anti-doutrinário?

    Será anti-doutrinário um espírito, encarnado ou desencarnado, que sugere:

    Comunicação natural, livre, espontânea e sem excessos de formalidades entre encarnados e desencarnados?

    Que os diálogos sejam em tom de voz normal e não no formal "falar baixo"?

    Que todos nós consultemos Kardec, antes de absorvermos qualquer sugestão e ensinamento como verdade?

    Que se apresenta como um amigo, apenas, deixando bem claro que não é mentor e nem espírito superior nenhum?

    Que sugere que espírito desencarnado não seja tratado como defunto?

    Ou será pelo fato de se comunicar por médiuns que não são famosos?

    Pelo amor de Deus, amigos, onde está o aspecto anti-doutrinário aí?

    Se alguém tiver observado algum ponto, fora disto, me diga por favor e enquadre na obra básica.

    E tem outra coisa: a topeira radical chega a dizer que todos os leitores do Alamar são analfabetos e que todas as pessoas que aceitam a idéia do Alfredo Bastos, necessariamente nada sabem de Espiritismo e nada mais são do que bestas quadradas.

    Pode?

    Há espíritas que são piores do que os evangélicos mais radicais e estúpidos, que dizem que o espiritismo é coisa de satanás, sem se darem ao trabalho de conhecer a profundidade da doutrina. Mas isto, coitados, é porque são cérebros de minhoca.

    Pois bem, gente, esta é a realidade de grande parte do movimento espírita onde vivemos, que fez com que tantos milhares de pessoas, talvez milhões, se afastassem das casas espíritas.

    Mas, felizmente, a idéia Alfredo Bastos está sugerindo que muita gente volte ao centro espírita, sobretudo aquele que não tem “dono” e nem “cacique”.

    Você sabia que depois desta, começaram aparecer vários “Alfredos Bastos” se comunicando em vários centros espíritas, de Norte a Sul do País? Só não recebi, até agora, relatos do exterior, mas daqui do Brasil não pára de chegar relatos. São espíritos, desencarnados, que também não gostam de ser tratados como defuntos e que também desejam se comunicar com naturalidade com os participantes da mediúnica. Impressionante, mas está acontecendo muito.

    Não vamos muito longe, raciocine você mesmo, com a sua própria cabeça e me responda:

    Se você desencarnasse hoje, com a consciência espírita que tem, sabendo que pode se comunicar numa reunião mediúnica, sinceramente, você gostaria de ser tratado como defunto?

    Responda à sua própria consciência, já que você tem inteligência, e diga se isto é coerência ou é apenas coisa da cabeça do Alamar, como dizem alguns limitados por aí.

    Mas houve mais uma reunião onde o amigo Alfredo aparece para bater papo, descontraidamente, com espíritas que não admitem o Espiritismo sem espíritos e têm a consciência de que eles, os espíritos, são a razão de existir da nossa doutrina, trazida ao mundo por eles mesmos.

    Vamos ver o que aconteceu:

    Mais uma vez o Seu João não compareceu. Dizem que ele anda meio adoentado, mas o pessoal acha que ele ficou em situação difícil diante da forma carinhosa como o Espírito o trata, mas ao mesmo tempo deixando-o embaraçado nos questionamentos.

    O detalhe, desta vez, é que o Alamar resolveu ir até lá, depois de combinar com as meninas, para também participar daquele papo gostoso com aquele espírito, que lhe é muito afim.

    Jarbas abre os trabalhos normalmente, naquele ambiente alegre e feliz:

    JARBAS – “Sob a Paz de Jesus, iniciamos os trabalhos da noite de hoje, contando com a assistência dos espíritos amigos, pedindo-os ajuda na manutenção da nossa vigilância e discernimento. Que os médiuns estejam serenos, tranqüilos e confiantes na proteção que os benfeitores nos proporcionam, sobretudo quando em paz com as nossas consciências. A sessão está aberta e que Deus proteja a todos nós.”

    ALFREDO BASTOS – “Boa noite, queridos amigos. Estejamos sempre confiantes na proteção dos benfeitores, mantendo a harmonia.

    Temos uma visita hoje aqui, né? O nosso companheiro que resolveu fazer-me famoso, em todo o Brasil e até com amigos no exterior. De minha parte, seja bem vindo. Já que você é o polêmico, imagino as perguntas que virão nesta noite. Estou a disposição de vocês amigos.

    Mas antes preciso fazer-lhes um esclarecimento:

    Observem que nos trabalhos recentes tenho sido o primeiro a dar comunicação, assim que é aberta a palavra aos espíritos, e isto pode dar a alguns a impressão de que um espírito possa estar pretendendo monopolizar as comunicações em um centro.

    Conforme vocês sabem, todo trabalho de centro espírita tem uma coordenação espiritual, principalmente a mediúnica, que é de um espírito administrador, organizador e diretor dos trabalhos, além do dirigente material que é o nosso Jarbas.

    A opção em comunicar-me primeiro não é minha, ela atende a uma determinação dessa coordenação e é importante que todos os presentes saibam como o processo é conduzido por uma administração que existe. Agradeço pela atenção de todos e coloco-me a disposição”.

    JARBAS – “Agradecemos também a você, Alfredo, pelas suas observações iniciais e parece que você já estava lendo o meu pensamento, porque algumas pessoas já me questionaram sobre isto. De fato, temos hoje aqui a visita do nosso amigo Alamar, que eu já ouvi muito falar, mas só hoje tive o prazer de conhecer. Desejo as boas vindas ao nosso irmão. Vou passar a palavra, então, aos demais participantes para que formulem as suas perguntas a você.”

    NEUZINHA – “Gente! Alamar e Alfredo juntos aqui, imagino o que vai sair. Eles têm muita afinidade. Eu tenho um monte de perguntas a fazer, mas quero escutar o que o Alamar quer perguntar.”

    CLOVIS – “É verdade, Alamar, você que é o incentivador do Espiritismo com a participação dos espíritos, sempre, e que vem dando divulgação do que vem acontecendo aqui, é bem vindo à casa e ficamos na expectativa das suas perguntas ao Alfredo”.

    LOURDES – “Já sabemos que não querem que você faça palestras aqui no centro, mas queremos aproveitar bem este seu momento aqui conosco”.

    ALAMAR – “Meus amigos, é claro que eu adoro conversar com os nossos irmãos desencarnados, mas eu vim aqui hoje pra observar, olhar de perto, porque só tenho sabido do que vem acontecendo pelos emails e pelo telefone, quando a Neuzinha me passa. Aí ficou aquela vontade de vir, aliás, desde o primeiro trabalho. Quando eu soube, já queria vir logo no segundo, mas não queria deixar-me levar por uma mera curiosidade.

    Por favor, fiquem a vontade e continuem ai a perguntar para o nosso irmão, porque me dando vontade eu também vou perguntar, mas comecem vocês.”

    NEUZINHA – “Tá bom então, já que vocês estão aí nesse chove não molha, eu vou logo perguntar algo que venho querendo saber do Alfredo.

    Alfredo, esta semana a novela da Globo, Amor Eterno Amor, que tem falado muito de coisas espíritas, mostrou um personagem, que é um rapaz muito mal, que foi acidentado, foi parar no hospital, ficou em coma, eu acho, aí o seu espírito saiu do corpo.

    Ele saiu da CTI e foi até a sala de espera onde estavam os seus parentes, inclusive a moça que ele ama. A questão é que ele traspassou a porta, paredes, etc...

    Não é a primeira vez que a gente vê isto. O filme Ghost também já mostrou espíritos passando obstáculos e vários outros filmes também.

    A minha pergunta é: Depois que a pessoa desencarna, todas elas têm essa propriedade de traspassar portas, paredes e obstáculos assim, com toda aquela naturalidade?”

    ALFREDO – “Muito boa a sua pergunta, Neuzinha, aliás é uma curiosidade que muita gente tem mas, pelas razões já discutidas aqui, não perguntam aos espíritos.

    Em primeiro lugar quero sugerir correção de um pequeno lapso cometido até mesmo por espíritas. Não foi o espírito do rapaz que saiu do seu corpo, foi ele quem saiu do seu corpo, porque ele é o espírito.

    Muitos espíritas ainda se referem ao espírito DE Fulano de tal, o que é um equívoco. Eu não sou daquele corpo que usei, quando estive encarnado da última vez, eu sou eu e o corpo que foi meu ficou e já foi desintegrado.

    Mas vamos lá, na sua pergunta:

    É também um equívoco imaginar que toda pessoa que desencarna já sai em condições de atravessar paredes e obstáculos, como mostram os filmes e as novelas e que assim vai se conduzindo naturalmente. É tudo dentro daquele entendimento de muita gente que acha que um avô, uma avó, uma mãe ou um pai desencarnado possui poderes de santos para ajudarem aos seus entes queridos que ficaram.

    Não é bem assim que a coisa se processa.

    Relembrando o ensinamento que diz que os espíritos quando desencarnam são exatamente as mesmas pessoas que viveram na Terra, com o mesmo nível de conhecimento que tiveram, não tem sentido alguém achar que todos vão chegar sabendo de tudo o que passarão a poder fazer, depois de desencarnadas.

    Nem todo espírito pode transpassar obstáculos, mesmo porque não sabem e nem imaginam que podem, segundo pelas diversas densidades do perispírito, que é o que sobrevive junto com o espírito.

    Muitos desencarnados quando vão a algum lugar, procuram pelas portas, do mesmo jeito que procuravam como encarnados. Aquilo que mostram nos filmes, espíritos ultrapassando paredes, é apenas imaginação do diretor do filme. Há espíritos que se batem nas paredes, tão densos que são ainda os seus perispíritos. Quando tocam em pessoas encarnadas, tocam mesmo e a mão não passa no vazio, como se imagina. O encarnado não percebe o toque, como perceberia de fosse de outro encarnado, com a densidade carnal, mas muitos sentem, sim, em forma de arrepios, de alguma dor de cabeça ou um sintoma orgânico qualquer, o desencarnado é que fica perturbado quando nota que a pessoa não percebe a sua presença e não o vê.

    Vocês já perceberam que os médiuns têm mais facilidades de ver espíritos sofredores ou perturbados do que espíritos mais esclarecidos?

    É exatamente por isto, o perispírito do perturbado e não esclarecido é muito mais denso, muito mais material, por isto mais fácil de ver.

    Muitos, mas muitos mesmo, permanecem no mesmo plano dos encarnados, pra cima e pra baixo, porque é muito difícil o desligamento material. Inclusive a maioria desses, que são chamados de obsessores, precisam que a porta da casa se abra para poder entrar, se protegem da chuva, não atravessam ruas quando vêem carros passando, etc.

    É com o tempo que vão aprendendo, depois da conscientização que já estão desencarnados, o que não é fácil para a maioria.

    Espíritos como um Chico Xavier, por exemplo, que teve uma vida consciente de quem era, que sabia como seria a sua condição após a desencarnação, que já estava preparado há muito tempo para a desencarnação, já não teria dificuldade nenhuma, mesmo porque o seu perispírito já chegou menos denso.

    Os espíritas, que estudam e entendem bem que a vida continua, têm mais facilidade na chegada, quanto ao impacto em si, o que não quer dizer que já estarão em paz e se sentindo em casa.

    Densidade perispiritual é, hipoteticamente, como diferença de educação das pessoas. Há pessoas grosseiras, estúpidas, arrogantes, mesquinhas, egoístas, violentas, ciumentas, etc. Essas têm uma densidade alta, vamos dizer assim, já as pessoas mais sensíveis, finas, calmas, tranqüilas, humildes e educadas são mais leves, mais suaves e mais doces, não é verdade? Daí uma densidade mais sutil.

    A relação é a mesma.”

    CLÓVIS – “Então o estado do perispírito não é o mesmo para todas as pessoas quando desencarnam?”

    ALFREDO – “Não, de forma alguma. Vocês não têm idéia do nível de variedades de densidades e freqüências de cada nível espiritual. Vejamos o gato, o simples animal que vocês chamam de inferior, possui uma densidade de visão e audição incomparavelmente maior que a do homem. Quando vocês ouvem até a freqüência de 20khz eles ouvem até 65Khs.

    Imaginem essas variações no mundo espiritual.”

    FERNANDO – “Mas Alfredo, por que não se fala sobre essas coisas no meio espírita?”

    ALFREDO – “Eu já respondi para vocês: Porque os espíritas não deixam. O simples fato de um espírito desejar se comunicar a vontade com espíritas já é um assunto que gera uma polêmica enorme, como vocês estão observando, imaginem a disposição de falarem sobre coisas do mundo espiritual.

    Estacionaram no Nosso Lar, do André Luiz, e congelaram a idéia de que todo o mundo espiritual é exatamente aquilo que foi relatado naquela obra. E olhe que Nosso Lar não é mais nada daquilo que o André narrou, do mesmo jeito que a São Paulo de hoje não é a mesma cidade da década de quarenta”.

    JARBAS – “Alfredo, eu lhe confesso que quando você começou a aparecer aqui, com esse estilo incomum para uma mediúnica, eu também fiquei preocupado e reticente, como você deve ter percebido; mas tenho analisado muito as suas idéias e percebo coerência nelas, por isto me disponho também a perguntar:

    Você diz que os espíritas não deixam que novas revelações nos sejam apresentadas. Só que existem também os espíritas que deixam, sim, e que querem dialogar, como estamos fazendo aqui. Por que então os espíritos que pensam como você não se dispõem a falar com esses espíritas que deixam, trazendo contribuições para a melhora do homem?”

    ALFREDO – “Felizmente isto já está acontecendo, Jarbas. A partir do momento que espíritas começaram a falar nas palestras a favor do espiritismo com espíritos, e que se torna necessária a naturalidade da comunicação nas mediúnicas, muitas pessoas tem se relaxado mais, tem ficado mais leves nas reuniões e os espíritos estão também se sentindo mais a vontade para se fazerem presentes a esses ambientes.

    O grande problema que persiste ainda é o medo que alguns têm de algumas cabeças que ainda dão ordens na casa.

    Hoje já registramos vários centros espíritas realizando mediúnicas descontraídas, com alegria e até sorrisos, onde a relação encarnado desencarnado é leve, suave, descontraída e gostosa

    Deixem os espíritos falar.”.

    JARBAS – “Mas... e o risco de surgirem espíritos zombeteiros trazendo propostas duvidosas e comprometedoras, que possam iludir os participantes da reunião?”

    ALFREDO – “Quando o espírita é despreparado e de capacidade racional limitada, ele corre risco de absorver ensinamentos equivocados em qualquer lugar por onde anda, entre os encarnados, até mesmo provenientes de líderes de casas espíritas, e não apenas na mediúnica.

    Daí sugere-se, repetidamente, o estudo e o entendimento completo da Doutrina Espírita.

    Vou repetir: sugere-se o entendimento COMPLETO da Doutrina Espírita.

    Procurem entender bem o porquê desta ênfase que dou ao completo.”

    LOURDES – “Se entendi bem, você nos sugere que reunamos os espíritas que querem aprender mais e entender mais, sem preocupação com os que limitam a doutrina, considerando-a pronta e acabada?”

    ALFREDO – “Limitar o Espiritismo é um desrespeito a Allan Kardec, é uma contradição aos seus princípios e uma omissão em relação à humanidade”.

    NEUZINHA – “E você, Alamar, vai ficar calado aí? Não vai falar nada?”

    ALAMAR – “Oi, Alfredo. Cumé que tu tá, meu irmão? Eu tava doidinho pra vir aqui, pra este papo contigo. Rapaz, eu gostei dessa tua iniciativa em aparecer aqui neste centro, que eu nem conhecia, to conhecendo hoje...”

    ALFREDO – “Alamar, não tem nada pra você comer aqui neste trabalho, viu? Você tem dito que vai aos centros espíritas, cinqüenta por cento pelo trabalho e cinqüenta por cento pela comida, não é? Mas é uma alegria falar contigo, com essa sua descontração”.

    ALAMAR – “É verdade, amigo, na entrada aqui do centro eu vi uma cantina sortida, deu uma vontade de dar uma passadinha lá, mas não tenho todas essas intimidades aqui não. Eu acho bom você dar um jeitinho pra reencarnar logo, pra voltar a aproveitar as coisas boas daqui, amigão.”

    ALFREDO – “É porque você não conhece as coisas boas que tem onde eu vivo. Que tal você pensar em dar um pulinho aqui?”

    Nessas alturas tava todo mundo rindo, como se perguntassem a si mesmos: “Isso é jeito de alguém falar com um espírito numa mediúnica?”

    ALAMAR – “Tu é doido, é? Vira essa tua boca pra lá, não to a fim de ir tão cedo praí não.

    Mas é uma alegria, Alfredo, falar com um amigo espiritual assim, descontraidamente, sem os dogmas, sem os sofismas e sem as amarras que o movimento espírita tem exercido nas pessoas.

    Mas eu quero lhe perguntar qual o método que você recomenda, como melhor alternativa, pra gente adotar diante da mediocridade de alguns espíritas radicais, extremistas e até maldosos, como muitos que a gente vê por aí?”

    ALFREDO – “Não é uma boa alternativa descer ao nível de nenhuma mediocridade, pois que, de certa forma, você perde a força da argumentação. Entendo a sua indignação ao reagir com rigor e contundência quando diante de pessoas difíceis, mas recomendo outro estilo que você usa em alguns momentos e que deveria usar mais, que é a estratégia de tocar na consciência, ou, como se diz: tocar na ferida. Você atinge melhor os objetivos de fazer a pessoa pensar, já que mexe com a consciência, mexe com os brios.”

    ALAMAR – “É, meu amigo, mas tem gente que não dá pra ter paciência não. Eu mesmo não forço a barra, em momento nenhum, para dar uma de caridoso e humildezinho, porque tem umas criaturas que a gente nota logo a maldade explícita, o desejo de agredir, de ofender e o veneno nas palavras. E eu parto de um princípio: Já que nem Jesus foi calminho diante da hipocrisia, muito pelo contrário, baixava o cacete mesmo, tem hora que eu baixo o pau mesmo e falo na linguagem que sei que é o nível que a pessoa está”.

    ALFREDO – “Cada um é senhor da sua consciência e é nela que reside a bagagem moral do indivíduo. Devemos medir as conseqüências de todas as nossas ações, passando-as pelo crivo da lógica e do bom senso, como você pronuncia repetidamente. Venho acompanhando-lhe ultimamente, em decorrência da quantidade de contatos que você vem estabelecendo tendo como foco as minhas participações neste centro e observei, em alguns momentos, você perder a paciência, xingar e até mandar algumas pessoas para aqueles lugares não recomendáveis. Creio que não se fazia necessário, visto que você já os havia desmontado totalmente quando sugeriu-lhes que enquadrassem nas obras básicas aquilo que eles acusavam como anti-doutrinários.

    Não precisava mais nada.

    Não existe nada pior e mais dolorido na consciência de um espírita, que acusa outro de anti doutrinário, quando lhe é solicitado a enquadrar a acusação que faz na obra básica e ele não consegue atender, porque a sua acusação é vazia e apenas satisfaz ao seu orgulho e a sua visão pessoal da doutrina.

    É como um cheque mate que encerra o jogo. É suficiente.”.

    LOURDES – “É mais ou menos como você fez com o seu João aqui, não é Alfredo? É o que eu entendi, será isto mesmo?”

    ALFREDO – “Todo espírita que se dispõe a contestar conteúdo alheio, sob argumento de contradição doutrinária, tem o indispensável dever de mostrar onde está o ponto equivocado, com o devido enquadramento na obra básica do Espiritismo. Adotar interpretações pessoais, sobretudo quando desprovidas de lógica e bom senso, como sendo o modelo certo de praticar o Espiritismo e daí exigir que todos se enquadrem é subtrair de Allan Kardec o mais notável qualificativo que lhe foi dado: o bom senso encarnado.

    Ninguém deve se calar diante das imposições praticadas em nome da doutrina, da mesma forma que os impositores não se calam diante daqueles que, sob as suas visões, são os contraditores doutrinários.”

    ALAMAR – ”Alfredo. Se Hitler voltasse aos dias atuais e praticasse as mesmas atrocidades que fez, assassinando milhões de pessoas, com toda a sua crueldade, esse fato não mereceria de alguns espíritas tamanha reprovação e ódio que têm em relação a citações de Roustaing, Pietro Ubaldi, Ramatis e outros espíritos e espíritas  que são considerados verdadeiros demônios por esses.

    A que você atribui isto?”

    ALFREDO – “A criatura humana sempre foi desequilibrada e exagerada nas suas dosagens, para mais ou para menos. Há históricos de pais que, achando que estão educando, espancam os seus filhos a ponto de tirar sangue e até promover mutilações, por simples atos de traquinagens infantis comuns em qualquer lar. Muitos homens carecem de consciência de dosagens e limites e não podemos pretender que homens espíritas, por serem espíritas estejam fora das estatísticas do homem comum.

    Vejo que você espera muito por comportamentos especiais dos espíritas, Alamar. Isto não é possível, o Espiritismo têm propostas de transformar, sim, mas não conseguirá transformar a todos.”

    ALAMAR – “Mas isto não quer dizer que em nome da caridade e da humildade tenhamos que tolerar aos abusos, aos achismos, aos desequilíbrios e ao falso moralismo de alguns, não é?. Não foi bem o que Jesus ensinou, muito pelo contrário, ele baixou o cacete nos hipócritas”.

    ALFREDO – “E nem é o que estou sugerindo. O medicamento amargo se faz necessário para a cura de determinados tipos de enfermidade, mas se existe na farmácia ou novo medicamento que surte o mesmo efeito, mas não tão amargo quanto o primeiro, é bom utilizá-lo”.

    ALAMAR – “E quando não existe o outro na farmácia, nem genérico, e, ainda que exista, o doente tem algum tipo de alergia ou não é bem tolerado pelo seu organismo?”

    ALFREDO – “Aí o jeito é usar o amargo mesmo. Raças de víboras, foi um remédio amargo utilizado por Jesus”.

    CLÓVIS – “Eu, sinceramente, não tenho coragem de usar a energia como o Alamar encara certas pessoas, mas acho que entendo bem quando ele diz que nem sempre o melhor remédio adapta em todo mundo. Tem gente que é muito teimosa, Alfredo, muito radical que chega a ser agressiva e parece ter prazer em ofender.”

    NEUZINHA – “Eu também não tenho coragem não, mas estou vendo que com esse jeito dele, muita gente tá mesmo repensando a prática espírita nos centros.”

    ALFREDO – “Amigos, creio que por hoje conversamos o suficiente. Agradeço mais uma vez pela atenção e o carinho de vocês. Fiquem em Paz e até a próxima vez.”

    E desta forma encerrou-me mais uma participação do nosso amigo Alfredo.

    Em momento algum se disse dono de verdade nenhuma, apenas conversou com os espíritas de forma natural.

    Mas um detalhe observamos:

    Alguns extremistas mantém as suas restrições a esse tipo de comunicação, sob a alegação de que é perigoso, por causa do risco de um espírito poder trazer alguma ensinamento equivocado, mas ele diz que o risco de um espírita, encarnado, receber ensinamento equivocado existe também no mundo encarnado.

    Por que, então, essa preocupação somente em relação aos diálogos com os desencarnados, se não podemos manter amarradas as pessoas as quais amamos, para livrá-las dos possíveis contatos com encarnados que podem falar coisas que não devem com elas?

    Já perceberam que coisa mais estranha?

    Todos nós estamos num mundo expostos a ouvir tudo quanto é coisa através da televisão, do rádio, da internet, de panfletos, da boca da católicos, protestantes, muçulmanos, ateus, pessoas maldosas e tudo quanto é fonte.

    Por que tanta preocupação com comunicação de um desencarnado, ainda mais num ambiente espírita?

    Não será isto uma afirmação, dos próprios espíritas, que mediunidade não é coisa confiável?

    Não é afirmar que comunicação mediúnica é algo perigoso, do mesmo jeito que evangélicos dizem que é coisa maléfica, de origem satânica?

    Onde fica, então, a coerência dos espíritas em relação ao Espiritismo?

    Bom, fica aí então para a apreciação de todos.

    Abração

    Alamar Régis Carvalho

    Segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016, retornou ao plano espiritual Alamar Régis Carvalho, aos 65 anos. Analista de Sistemas, Escritor, Professor, Diretor de TV e Ator. Consultor de empresa na área tecnológica de comunicações e informática.

    Alamar nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana, em 23 de janeiro, foi criado e educado em Vitória da Conquista-BA, graduou-se sargento da FAB em Guaratinguetá, foi professor de matemática e dono de cursinho em Belém-PA.

    Grande pesquisador e questionador do espiritismo podia-se discordar de Alamar em vários posicionamentos que ele adotava em face da doutrina, porém o que não se pode negar é a coragem dele ao falar em defesa do espiritismo e contra determinadas posturas do movimento espírita em geral.

    Seus livros: “Tecnologia e seus Macetes”, “Parente, uma praga na vida da gente”, “Mulher, só é boba quem quer”, “Visita de Extra Terrestre”.


     

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