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    Alfredo Bastos 11

    Alfredo Bastos e a 11ª Visita

    Mais uma vez este espírito faz o pessoal pensar melhor, na mediúnica

    Surpreendentemente aparece numa mediúnica de um centro espírita um espírito trazendo um tipo de comunicação totalmente diferente daquilo que normalmente ocorre em mediúnicas.

    Esse espírito propõe que as conversas entre encarnados e desencarnados devem se desenvolver de forma natural, livre de formalidades e do jeito como acontecem as conversas informais de encarnados para encarnados, no nosso dia-a-dia, inclusive com toda a descontração natural das pessoas, podendo sorrir, quando alguém tiver com vontade de sorrir, podendo brincar, quando o assunto da conversa sugere alguma brincadeira, podendo ser conversa bem humorada e de uma maneira que todo mundo se sente a vontade e muito a vontade mesmo.

    Esse espírito encantou a todo mundo, sem precisar apresentar-se como mentor, como evoluído, como dono de verdade e como nada especial; apenas como um amigo, do tipo como todos nós temos, apenas com o detalhe de ser um amigo desencarnado. Só isto.

    Obviamente, como já era de se esperar, a presença desse espírito não agradou a todo mundo, principalmente a alguns dirigentes da casa que mantém a idéia congelada de que, numa mediúnica, só pode existir dois tipos de espíritos: O espírito sofredor e o espírito bondoso, aquele que dá orientações e que fala coisas bonitas mas que, por ser mediúnica, todo mundo tem que adotar a “seriedade” da cara fechada, da ausência de sorrisos, de alegria, de bom humor e, invariavelmente, o ambiente escurecido o “fale baixo“ e o “certas coisas não devem ser perguntadas aos espíritos”.

    Normalmente o maior espaço das mediúnicas, em quase todos os centros, é dedicado a sofredores e perturbados, posto que conversar com espíritos amigos, bondosos e equilibrados é algo que não tem interessado muito aos espíritas que, talvez, achem que conhecem demais, ou melhor, que sabem tudo sobre a realidade da vida espiritual, sem necessidades maiores de informações novas e nem de aperfeiçoamento dos seus conhecimentos.

    Aí este espírito apareceu, para fazer tudo diferente. Foi quando alguns passaram a rotulá-lo como obsessor, mesmo sem se darem ao trabalho de participar da reunião para conversar com ele mesmo.

    Durante mais de dois meses a sua presença, apresentando-se com o nome Alfredo Bastos, era certa, todas as quartas-feiras, para os bate-papos que ficaram costumeiros.

    Até que, depois de certo tempo, ele deixou de aparecer e o pessoal, que já estava acostumado, achou estranho:

    - Ué, cadê o Alfredo?

    - O que houve que ele nunca mais apareceu?

    Ninguém sabia responder nada.

    Em tom de brincadeira, certo dia a Neuzinha disse, na roda de amigos:

    - Será que Seu João fez alguma macumba pra Alfredo Bastos sumir daqui?

    Seu João é o membro mais antigo da casa, dono daquele estilo altamente conservador.

    O pior é que no trabalho seguinte à décima visita que ele fizera à casa, que seria a sua décima primeira, quando ele não compareceu, o seu João, diante da ausência, chegou a dizer:

    SEU JOÃO – É meus irmãos, eu acho que os verdadeiros mentores da casa tomaram as providências cabíveis e colocaram ordem aqui. Vocês têm muito o que aprender, companheiros.

    E se aproveitou mesmo da situação, sempre se achando o máximo, imaginando que teria mesmo, não se sabe como, conseguido afastar o “tal” espírito que tanto “incomodou” os seus princípios arcaicos.

    E o espírito não veio naquela semana, não veio na outra... deixando o pessoal com saudades, achando que não viria mais, até que numa outra semana reapareceu...

    Jarbas Silveira abre o trabalho da noite, naturalmente, e...

    JARBAS – Boa noite, amigos. Abrimos o trabalho da noite de hoje, pedindo a proteção de Jesus e a assistência dos amigos espirituais que sempre se dispõem a nos auxiliar, para que tudo transcorra na mais perfeita paz.

    Que os espíritos, dispostos a se comunicarem, se utilizem dos médiuns da casa, dentro da disciplina natural do ambiente, e que fiquem a vontade.

    ALFREDO BASTOS – “Boa noite, Jarbas, boa noite amigos queridos. Como vocês estão?”

    NEUZINHA – É o Alfredo!!!????

    ALFREDO – Sim Neuzinha, sou eu mesmo, como você está?

    LOURDES – Alfredoooooo!!!!!

    CLOVIS – Que bom, meu irmão Alfredo, você voltou.

    FERNANDO – A gente já tava com saudade. Pensei que você tinha abandonado os amigos.

    NEUZINHA – O que houve, Alfredo, que você sumiu? A gente tava aqui morrendo de saudade e até desanimados, pela sua ausência.

    ALFREDO – Eu não sumi. Desencarnado não some. Mas fico feliz por ter deixado saudades. Aliás, é até uma sensação gostosa, porque a última vez que deixei saudades foi quando desencarnei, ao ver muitos parentes e amigos sentirem por algum tempo a minha falta. Alegro-me muito, diante das manifestações de vocês, crendo que algo de bom, provavelmente, eu deva ter dito a vocês.

    JARBAS – A sua ausência aqui, Alfredo, fez com que o nosso trabalho ficasse um pouco diferente, pois, apesar da nossa experiência em mediúnicas, por vários anos, nos acostumamos com o estilo que você imprimiu aqui conosco e pra voltar ao estilo habitual houve certa dificuldade.

    ALFREDO – A minha pausa, meus queridos amigos, não aconteceu por acaso. Fez-se necessária em decorrência exatamente da empatia que vocês criaram comigo, traduzindo-se em carinho, afeto, afinidade e até prazer, conforme percebi, que vocês passaram a ter em participar das reuniões, por minha causa.

    Pode parecer contraditório este amigo, que aqui disse que não podemos fazer apologia ao masoquismo e que não podemos repudiar os aplausos e os elogios, pretender justificar uma pausa na relação com pessoas carinhosas e afetuosas, posto que carinho e afeto fazem com que as pessoas se juntem mais e não se afastem.

    Todavia deixem-me justificar:

    Vocês perceberam que a alegria e a descontração de vocês, neste trabalho, ficaram restritas somente a mim?

    A reunião mediúnica não deve ficar restrita a um espírito, por mais simpático e agradável que ele possa ser. A proposta que lhes fiz, que sugere diálogo natural entre encarnados e desencarnados, deve ser experimentada com todos os espíritos e posso assegurar-lhes que vários deles estão querendo isto.

    Eu não me afastei, de tudo, do trabalho nesta casa, estive aqui com vocês, embora não me deixando ser visto pelos videntes, exatamente para dar a impressão de ausência, objetivando sentir como vocês se comportariam.

    Vi outros espíritos chegarem aqui, manifestarem o desejo de se comunicar dentro deste novo estilo proposto, mas percebi que esses outros espíritos estavam recebendo de vocês apenas atenção conforme o estilo anterior que costumeiramente davam aos espíritos nas mediúnicas tradicionais, enquanto identificava nas suas mentes a expectativa do “cadê o Alfredo?”, “será que o Alfredo não vem hoje?”, “por que o Alfredo não veio ainda?”, “Será que o próximo a se comunicar será o Alfredo?”, e ansiedades desta natureza, que terminou por retirar-lhes o interesse e a melhor atenção aos outros espíritos.

    CLOVIS – O Alfredo tem razão, gente. De fato foi assim mesmo que nos comportamos. Só não nos demos conta disto. Vocês sabem que nos corredores e nos nossos bate-papos de cantina, só falávamos no porque do Alfredo ter sumido, lembram?

    NEUZINHA – Verdade, concordo contigo, Clóvis e concordo com o Alfredo, apesar de eu, também, não ter parado para pensar nisto.

    LOURDES – Eu acho que isto é conseqüência da carência de afeto que todos nós temos. Aí, quando encontramos alguém que nos trata bem, com carinho e da forma como  você nos tratou, falando de igual para igual, há uma tendência de um apego, de uma vontade de estar junto mais vezes, do mesmo jeito que temos desejo de estar juntos sempre com amigos encarnados.

    ALFREDO – Mas vários espíritos bons, orientadores e amigos, já apareceram por aqui, trazendo boas mensagens, edificantes, lembrando as necessidades do amor...

    LOURDES – Eu sei, Alfredo, e concordo contigo, mas esses outros espíritos que você fala, geralmente quando vêm aqui, a gente os vê como espíritos elevados, alguns como mentores e, embora o espiritismo não admita santidades, queira ou não, a gente vê como verdadeiros santos e sentimos aquela barreira entre nós e eles, ou seja, nós aqui embaixo e eles lá em cima.

    Já com você é o contrário, acho que ninguém aqui lhe vê como santo, como mentor e como alguém superior a nós, porque você mesmo sempre fez questão de trabalhar esta relação, deixar isto claro, nos deixou a vontade, e conseguiu. Você nos deixou a vontade para lhe perguntar o que quisermos, sem receios, sem as algemas da formalidade, coisa que não era normal para nós, na relação com outros espíritos.

    NEUZINHA – O rigor excessivo imposto pelo estilo tradicional, nos fez assim.

    ALFREDO – Conforme conversamos, da outra vez, várias casas espíritas do Brasil e até do exterior se despertaram para este novo estilo de comunicação mediúnica e os resultados têm sido os melhores possíveis.

    Só que está havendo uma tendência de alguns centros adotarem os seus “Alfredos Bastos”, como se fosse um modismo, e esquecem que outros espíritos, diversos, também querem participar desses grupos de amigos, querem conversar a vontade, ampliando os níveis de discussões e provavelmente levando a vocês alcançarem níveis de conhecimentos além do comum na Terra.

    Não estou falando de legião de sábios, mas podem crer que entre esses amigos vocês vão encontrar muita sabedoria, muito conhecimento e muita informação que talvez vocês nem imaginem ser possíveis. Isto é só o começo.

    O momento é de transição planetária e os espíritos já estão atuando nisto há algum tempo, ditando livros, inspirando pessoas não necessariamente espíritas, fazendo a parte que a Espiritualidade Superior determinou.

    NEUZINHA – Fala-se muito em destruições para este ano ainda, Alfredo, com as tão propaladas previsões para este 2012. O que você nos diz sobre isto?

    ALFREDO – Sempre falaram sobre fins dos tempos e destruições do mundo, por todos os séculos, e hoje não é diferente. É um processo de amedrontamento das populações, no entanto vocês continuarão a ver a Terra girando em torno de si mesma e em torno do Sol, com a mesma harmonia, em 2013, 2104... 2020, 2050, 2100, 3000 e por muitos milênios... e tudo segue o seu curso normal.

    Em 2012, assim como em 2011, 2010 e outros anos atrás, ocorrerão acidentes inclusive com desencarnações em massa, terremotos, tsunamis, quedas de aviões, secas, enchentes e todo tipo de evento carregado de sofrimentos, que os propagadores do terror aproveitarão para dizer que é o começo dos fins dos tempos, mas nada fora do normal que já vem acontecendo, há muito tempo.

    A transformação da humanidade não se processará necessariamente por tragédias, como difundem alguns, e sim por conscientização, no despertar de uma nova visão.

    Dentro do nosso próprio movimento há muitos equívocos que necessitam ser repensados. Quando aqui cheguei, vocês se lembram, certo dia lhes sugeri quebrar o paradigma do entendimento que o Nosso Lar é o Céu dos Espíritas e o Umbral o inferno.

    Vocês já entenderam isto, mas ainda há muitos espíritas no Norte, no Sul e no Centro do Brasil, até mesmo em Nova York, nos Estados Unidos, na Europa... achando que quando desencarnarem vão para o Nosso Lar, necessariamente passando pelo Umbral, porque não conseguiram discernir ainda entre a opinião e relato de um espírito e a dimensão infinita do mundo espiritual.

    Limitaram as suas concepções a isto e é natural que se limitem também ao entendimento estreito de finais de tempos. Daí surge a necessidade dos diálogos, visando um novo despertar que conduzirá a uma abertura de mentes mais racionais.

    CLÓVIS – Você fez questão de focar que Nosso Lar é apenas uma, entre milhares de colônias que existem em torno da Terra e, pelo que entendemos, milhões ou bilhões que existem extra-Terra...

    ALFREDO – Quatrilhões, quintilhões e não se sabem quantos lhões por toda essa imensidão galática. Ao ver espíritas resumirem tudo a Nosso Lar, identificamos uma miniaturização do Espiritismo. É daí que encontramos ainda muitos que se acham conhecedores exclusivos da verdade, a ponto de se acharem patrulhadores do que dizem ou falam os outros, limitando a realidade espiritual da pequenez dos seus cérebros.

    Coitados, como se expõem com tanta ingenuidade.

    Não se discute essas coisas no meio espírita e é daí que a Espiritualidade está optando por usar os ambientes universitários, centros de pesquisas e os meios de comunicações, inspirando autores não-espíritas a escreverem filmes e novelas com temáticas espíritas.

    CLÓVIS – Alfredo, nós reunimos o nosso grupo, de vez em quando, e falamos muito sobre a visão que você traz pra todos nós. Mas somos unânimes diante das barreiras que todos encontramos, que são os paradigmas do nosso meio espírita.  Pessoas que estão nas lideranças não admitem, de forma alguma, falar sobre novas idéias, sobre mudanças, sobre aperfeiçoamento de visão.

    Como devemos trabalhar isto, sem ser acusados de transgressões à disciplina, obsedados, vítimas de perturbações e todas essas adjetivações que você sabe ser comuns no nosso meio?

    ALFREDO – Primeiramente checando a consciência, depois não se preocupando com essas adjetivações. Espírita não pode ser omisso, não pode se calar sob o temor de poder estar faltando com a caridade para com o outro e não deve deixar que as coisas fiquem como estão, sob o equivocado entendimento de que não devem criar casos.

    O termo “criar casos” é utilizado pelos que têm medo do diálogo e fogem dele, por carência de estrutura para sustentar as argumentações dos outros. É uma questão de orgulho, em que pese não admitirem.

    Dialogar é saudável, buscar esclarecimento no que deixa dúvidas é necessário àqueles que se propõem a ensinar alguma coisa a alguém.

    Quando nos calamos, autenticamos a nossa indiferença, omissão, descaso e irresponsabilidade e nos enquadramos nos ensinamentos que vieram através de Kardec:

    O mal prolifera por omissão dos bons.

    Indubitavelmente todos seremos chamados à responsabilidade.

     

    NEUZINHA – Devemos, então, tomar atitudes por conta própria?

    ALFREDO – Desde que bem pensadas, bem embasadas e bem formuladas.

    Quando Allan Kardec sugere a criação de pequenos centros espíritas, está outorgando às pessoas o direito de tomarem iniciativas próprias e realizarem as práticas espíritas sob as suas responsabilidades e que cada um assuma a sua.

    Não é preciso que vocês necessariamente fundem um centro espírita, para contribuírem para a melhor lucidez doutrinária dos espíritas.

    Essa necessidade urge.

     

    FERNANDO – O que se faz necessário, dentro dessa proposta de melhor lucidez?

    ALFREDO – A visão que muitos espíritas têm do mundo espiritual foge totalmente à realidade do que de fato existe.

    Aquela idéia de que os espíritos desencarnados vivem vestidos de pijamas brancos, ociosamente, naqueles ambientes com amplos gramados verdes, em cenários de flores, cercados por carneirinhos brancos é tão infantil quanto a idéia dos 144 mil sentados à direita de Deus Pai, para toda a eternidade.

    Instalou-se na cabeça de muitos espíritas que os espíritos bons se vestem de branco e que os maus se vestem de preto, quando na realidade existem muitas almas perversas também vestidas de branco.

    REGINA – Meu irmão Alfredo, com a mediunidade de vidência que Deus me deu, eu achei estranho quando vi você, pela primeira vez, vestido com camisa azul clara e calça azul marinho; mas normalmente os espíritos bons que eu tenho visto são todos de branco. Como você explica isto?

    ALFREDO – Os espíritos que sabem que podem moldar as suas aparências, quando decidem vir aos centros espíritas, optam pelo branco não porque têm que vir de branco e sim por causa da concepção firmada no movimento espírita de que o branco identifica alguma virtuosidade. Se algum deles resolver vir de marrom, por exemplo, o preconceito já o qualifica como obsessor ou sofredor, mesmo sem procurar conhecer o seu conteúdo. Então... para evitar perda de tempo e maiores problemas...

    Você mesma achou estranho a minha apresentação fora da roupa branca.

    REGINA – É que a gente vai se acostumando com essas coisas que ensinam na casa espírita. Hoje eu já me acostumei e percebo que toda vez que você vem aqui, vem com uma roupa diferente. Hoje, por exemplo, assim que vi você chegar, observei esse jacarezinho aí na sua camisa.

    NEUZINHA – Ué. Espírito com jacaré na camisa? Eu queria ser vidente pra ver. Que jacaré é esse, Alfredo, que a Regina tá vendo? Tem algum significado especial?

    ALFREDO – Quando eu estava encarnado, certa vez uma tia me deu de presente de aniversário uma camisa que tinha um jacarezinho bordado. Eu gostava tanto daquela camisa que certa vez fui à José Paulino (*) e comprei quatro outras, todas com o jacarezinho, porque houve uma época que se usava muito camisas com jacarezinhos. Hoje não sei se esta moda ainda existe.

    Desencarnei e continuei gostando do jacarezinho e hoje gosto de apresentar-me com ele, o que, aliás, caracteriza bem que os espíritos desencarnados continuam com os seus mesmos gostos dos tempos corporais.

    (*) Rua José Paulino, é uma rua tradicional de São Paulo, onde existem muitas lojas que vendem roupas. Alfredo viveu em São Paulo.

    JARBAS – Eu também já tive algumas camisas com jacarezinhos. Se não me engano ainda tenho uma lá em casa.

    LOURDES – Eu adoro essa sua descontração, Alfredo. A gente se sente tão a vontade quando você vêm aqui, que dá vontade de continuar conversando contigo, por horas e horas.

    ALFREDO – Gente, que calor é este aqui em São Paulo? Não estamos em tempos de inverno?

    NEUZINHA – Ué, e espírito sente calor?

    ALFREDO – Quem foi que disse que não sente? Eu insisto em dizer que os espíritos desencarnados são exatamente as mesmas pessoas que viveram na Terra, acostumadas com os mesmos padrões terrestres. O espírito, como vocês sabem, é imaterial, já o perispírito é um corpo material, mas em relação a densidade do de vocês, o qualificamos como semi-material.

    Observem a espuma que faz aqueles colchões mais densos, ou duros, que algumas pessoas gostam de usar e observem também a espuma daquelas esponjas que vocês usam para lavar louças e panelas.

    Perceberam que uma é mais dura e outra é mais macia?

    Os corpos de vocês é como a espuma do colchão, o meu é como a esponja da pia. É mais ou menos isto, mas ambos são corpos materiais.

    Espírito desencarnado sente calor, sim, assim como sente frio.

    CLÓVIS – Como ficam, então, os espíritos quando se deslocam até o planeta Mercúrio, por exemplo, com todo aquele calor pela proximidade ao Sol? Ao mesmo tempo, como ficam os que vão até Júpiter que, por ser bem mais distante, deve ser congelado?

    ALFREDO – Muito interessante sua pergunta, Clóvis. A temperatura em Mercúrio é normal, como normal é considerada a da Terra para os humanos que aqui vivem. Isto não quer dizer que seja nos mesmos parâmetros de graus Centígrados ou Farenheit dos limites da sobrevivência do homem terrestre. Da mesma forma a temperatura de Júpiter. Não há, para os que lá habitam, esse frio que vocês imaginam, porque os parâmetros são conforme os corpos dos que vivem lá.

    Quando alguns cientistas terrenos dizem que é impossível ter vida humana fora da Terra, é que eles imaginam que todo corpo deve ter densidade e material conforme o corpo do homem terreno, pois que limitam as verdades conforme as suas percepções.

    É o que acontece com muitos espíritas, que se acham detentores da verdade, que limitam a realidade espiritual conforme as suas visões de nível terreno.

    Mas por hoje é só, meus queridos amigos.

    Foi bom estar com vocês, mas peço que se abram para outros espíritos, assim como ficam a vontade comigo, porque muitos estão dispostos a conversar com os espíritas, não somente neste centro mas em diversos, desde que os participantes dos trabalhos aquiesçam a isto.

    Que Deus esteja com todos.

    E assim Alfredo Bastos encerrou mais uma participação no trabalho do centro espírita.

    Que fique claro, mais uma vez: Não se trata de espírito que se apresenta como mentor e muito menos como detentor da verdade indiscutível e inquestionável, trata-se apenas de um espírito amigo, que se dispõe a conversar com encarnados do mesmo jeito como conversamos no nosso dia-a-dia com pessoas comuns, onde algumas falam bobagens, outras falam abobrinhas, outras falam por falar sem dizer nada e outras falam coisas interessantes, que nos levam a pensar.

    Para a sua apreciação.

    Abração.

    Alamar Régis Carvalho

    Segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016, retornou ao plano espiritual Alamar Régis Carvalho, aos 65 anos. Analista de Sistemas, Escritor, Professor, Diretor de TV e Ator. Consultor de empresa na área tecnológica de comunicações e informática.

    Alamar nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana, em 23 de janeiro, foi criado e educado em Vitória da Conquista-BA, graduou-se sargento da FAB em Guaratinguetá, foi professor de matemática e dono de cursinho em Belém-PA.

    Grande pesquisador e questionador do espiritismo podia-se discordar de Alamar em vários posicionamentos que ele adotava em face da doutrina, porém o que não se pode negar é a coragem dele ao falar em defesa do espiritismo e contra determinadas posturas do movimento espírita em geral.

    Seus livros: “Tecnologia e seus Macetes”, “Parente, uma praga na vida da gente”, “Mulher, só é boba quem quer”, “Visita de Extra Terrestre”.


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