Considerações sobre a Origem do Câncer
Saúde
Texto do Livro Fisiologia da Alma - Ramatis.
- Considerações sobre a Origem do Câncer
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PERGUNTA: — Podeis dizer-nos se o câncer é uma enfermidade proveniente do meio planetário que habitamos?
RAMATIS: — Já vos dissemos anteriormente que o corpo físico é o prolongamento do próprio perispírito atuando na matéria; podeis mesmo compará-lo a um vasto mata-borrão capaz de absorver todo o conteúdo tóxico produzido durante os desequilíbrios mentais e os desregramentos emotivos da alma.
Qualquer desarmonia ou dano físico do corpo carnal deve, por isso, ser examinado ou estudado tendo em vista o todo do indivíduo, ou seja o seu conjunto psicofísico.
O corpo humano, além de suas atividades propriamente fisiológicas, está em relação com uma vida oculta, espiritual, que se elabora primeiramente no seu mundo subjetivo, para depois, então, manifestar-se no mundo físico.
O espírito é uno em sua essência imortal, mas a sua manifestação se processa em três fases distintas; ele pensa, sente e age.
Em qualquer aspecto sob o qual for analisado, ou em qualquer uma de suas ações, deve ser considerado sob essa revelação tríplice, que abrange o pensamento, o sentimento e a ação.
E para maior êxito no verdadeiro conhecimento do homem, é conveniente saber-se que ele é também a mesma unidade quando manifesta as suas atividades morais, intelectuais, sociais e religiosas.
Deste modo, quer na enfermidade ou na saúde, não há separação entre o pensamento, a emoção e a ação do homem; em qualquer acontecimento de sua vida, há de sempre revelar-se numa só consciência, num só todo psíquico e físico, numa só memória forjada no simbolismo do tempo e do espaço.
Em consequência, como o espírito e o corpo não podem ser estudados separadamente, quer na saúde, quer na doença, é óbvio que também no caso do câncer e do seu tratamento especifico é muito importante e sensato identificar-se antes o tipo psíquico do doente e, em seguida, considerar-se então a espécie de doença.
Embora certa porcentagem de incidência do câncer seja oriunda do choque ocorrido entre as forças ocultas que descem do plano superior e as energias astrais criadoras dos diversos reinos da vida física, a sua manifestação mórbida no homem é proveniente da toxicidade fluídica que ainda circula no perispírito e que foi acumulada pelos desatinos mentais e emotivos ocorridos nas várias encarnações pretéritas.
Esse morbo fluídico “desce”, depois, do perispírito para concentrar-se num órgão ou sistema orgânico físico, passando a perturbar a harmonia funcional da rede eletrônica de sustentação atômica e alienando o trabalho de crescimento e coesão das células.
Embora cada corpo físico seja o produto específico dos ascendentes biológicos herdados de certa linhagem carnal humana, ele sempre revela no cenário do mundo físico o aspecto interior da própria alma que o comanda.
Mesmo considerando-se as tendências hereditárias, que disciplinam as características físicas das criaturas, há também que se reconhecer a força dos princípios espirituais que podem dirigir e modificar o corpo de carne.
Cada organismo físico reage de acordo com a natureza íntima de cada alma encarnada, e de modo diferente entre os diversos homens; e isto ocorre tanto na saúde como na enfermidade.
Assim, variam as reações e a gravidade de um mesmo tipo de tumor canceroso em diferentes indivíduos, porque a sua maior ou menor influência, além da resistência biológica, também fica subordinada à natureza psíquica, emotiva e mesmo psicológica do enfermo.
PERGUNTA: — Então devemos considerar que o câncer é uma doença espiritual, uma vez que provém dos deslizes psíquicos cometidos pelo homem no passado?
RAMATIS: — É na intimidade oculta da alma que realmente tem início qualquer impacto mórbido, que depois perturba o ritmo e a coesão das células na organização de carne.
E por isso que também se distinguem a natureza, a frequência e a qualidade das suas energias, tanto quanto elas agem mais profundamente no seio do espírito humano.
Assim, a força mental sutilíssima que modela o pensamento é muitíssimo superior à energia astral, mais densa, que manifesta o sentimento ou a emoção, da mesma forma que, na matéria, o médico também reconhece que a força nervosa do homem é superior à sua força muscular.
Eis por que, durante a enfermidade, seja uma simples gastralgia ou o temido câncer, o raciocínio, a emoção e a resistência psíquica de cada doente apresentam consideráveis diferenças e variam nas reações entre si.
Enquanto o homem predominantemente espiritual e de raciocínio mais apurado pode encarar o seu sofrimento sob alguma cogitação filosófica confortadora ou aceitá-lo como justificado pelo objetivo de sua maior sensibilização, a criatura exclusivamente emotiva é quase sempre uma infeliz desarvorada, que materializa a dor sob o desespero incontrolável, devido à sua alta tensão psíquica.
O certo é que as energias sutilíssimas, que atuam no mundo oculto da criatura humana e se constituem na maravilhosa rede magnética de sustentação do edifício atômico de carne, só podem manter-se coesas e proporcionar tranquila pulsação de vida desde que também permaneça o equilíbrio harmonioso do espírito.
Só então a saúde física é um estado de magnífico ajuste orgânico; o ser não sente nem ouve o seu pulsar de vida, porque o seu ritmo é suave e cadenciado pelo mais leve arfar de todas as peças e funções orgânicas.
Manifestando-se admiravelmente compensadas em todo o seu metabolismo, elas não perturbam a consciência em vigília, porque não provocam o desânimo, a inquietação ou a angústia, que se geram durante a desarmonia do espírito.
O animal selvagem ou o bugre puro, da floresta, embora sejam de vida rudimentar, são portadores de organismos bem dispostos, como preciosas máquinas estruturadas de carne a funcionarem tão ajustadas como se fossem valiosos cronômetros de precisão.
Sem dúvida, isso acontece porque vivem distantes das inquietações mentais dos civilizados, não lhes ocorrendo quaisquer distúrbios psíquicos que possam alterar-lhes a harmonia das forças eletrônicas responsáveis pela coesão molecular da carne.
Não desconhecemos a existência de certas doenças capazes de afetar os seres primitivos e que não se produzem por quaisquer ações ou emoções desatinadas; mas insistimos em vos lembrar que é justamente entre os civilizados, como seres pensantes em essência, que a enfermidade grassa cada vez mais insidiosa.
É notório que os selvagens sadios enfermam com facilidade logo que entram em contato com as metrópoles e passam a adotar os seus vícios e capciosidades mais comuns.
O câncer, que tanto se manifesta na forma de tumores como desvitalizando o sistema linfático, nervoso, ósseo ou sangüíneo, não deve ser considerado apenas como um sintoma isolado do organismo, pois a sua maior ou menor virulência mantém estreita relação com o tipo psíquico do doente.
O morbo cancerígeno avulta pelos desatinos mentais e emotivos, que abalam o campo bioelétrico animal e lesam o sistema vital de defesa, para depois situar-se num órgão ou sistema orgânico mais vulnerável do corpo carnal.
Em consequência, a “causa remota” patológica, do câncer, deve ser procurada consciensiosamente no campo original do espírito e na base de suas atividades mentais e emotivas.
Não se trata de acontecimento mórbido da exclusividade de qualquer dependência orgânica, que se produza sem o conhecimento subjetivo do todo-indivíduo.
PERGUNTA: — Como poderíamos entender melhor essa manifestação mórbida do câncer “desde o campo original do espírito?
RAMATIS: — O espírito é o comandante exclusivo e o responsável pela harmonia e funcionamento de todo o cosmo de células que constituem o seu corpo de carne, o qual não tem vida à parte ou independente da vontade do seu dono.
Mesmo o senso instintivo que regula as diversas atividades orgânicas do corpo físico, e que se presume funcionando sem o conhecimento direto da alma, tal como o fenômeno de nutrir-se, andar e respirar, não é acontecimento autômato, pois a sua harmonia e êxito de ação controladora ainda dependem do melhor contato do espírito com a carne.
O sistema respiratório, o estômago, o intestino ou o próprio coração também podem alterar-se sob a menor emoção ou mudança de pensamento pois, embora sejam órgãos fora do alcance de nossa vontade, são perturbados no seu automatismo quando submetidos a demasiada insistência de nosso temor, angústia, irascibilidade ou melancolia.
É do conhecimento popular que a alegria aumenta o afluxo da bílis no fígado, a cólera o paralisa e a tristeza o reduz.
Os médicos afirmam que se produzem inúmeras modificações e reações na vesícula biliar à simples variação do nosso pensar e sentir.
E essas alterações, como já lembramos anteriormente, ocorrem mais comumente na região hepática, porque o corpo astral, que é o responsável pela manifestação das emoções do espírito, encontra-se ligado ao de carne justamente no plexo solar, mais conhecido por plexo abdominal na terminologia médica, e o principal controlador dos fenômenos digestivos.
Também acontece ali se ligarem os nervos simpático e parassimpático, com importantes funções nessa zona; o primeiro tem por função acelerar o trabalho dos órgãos digestivos e regular a vertência da bílis, na vesícula, enquanto o segundo retarda todos os seus movimentos fisiológicos.
Inúmeros fenômenos que ocorrem no corpo físico comprovam a intervenção do pensamento produzido pela mente humana, que atua através do sistema nervoso e repercute pelo sistema glandular, facilmente afetável pelas nossas emoções.
O medo, a vergonha, a raiva ou a timidez causam modificações na circulação cutânea e produzem a palidez ou vermelhidão do rosto.
Sob as descargas de adrenalina e demais alterações dos hormônios, sucos gástricos e mudanças nos centros térmicos, as pupilas se contraem e se dilatam, assim como os vasos capilares.
Muitas enfermidades próprias da região abdominal, como as do estômago, do intestino ou do pâncreas, originam-se exatamente das perturbações nervosas decorrentes do descontrole mental e emotivo.
Desde que o corpo físico é constituído por células em incessante associação com as mais variadas e inúmeras coletividades microbianas, que vivem imersas nos líquidos hormonais, sucos, fluidos, e noutras substâncias químicas produzidas pelos órgãos mais evoluídos, é evidente que a coesão, a harmonia e a afinidade de trabalho entre essas forças vivas assombrosas, do mundo microscópico, também dependem fundamentalmente do estado mental e da emotividade do espírito.
Este é o verdadeiro responsável pelo equilíbrio eletrônico da rede atômica e pelas relações do mundo oculto com o mundo exterior da matéria, saúde, pois, assim como a doença, vem de “dentro para fora” e de “cima para baixo”, conforme já o definiram com muita inteligência os homeopatas, porque a harmonia da carne depende sempre do estado de equilíbrio e da harmonia do próprio espírito encarnado.
Já explicamos que a força mental comanda a força nervosa e esta é que então repercute no organismo muscular, para depois efetuar as modificações favoráveis ou intervir desordenadamente, lesando a estrutura dos órgãos ou sistema orgânico.
A doença, pois, em vez de ser uma desarmonia específica de determinado órgão ou sistema de órgãos, é o produto de uma desordem funcional que afeta toda a estrutura orgânica; é um estado mórbido que o próprio espírito faz refletir perturbadoramente em todos os seus campos de forças vivas e planos de sua manifestação.
Já dissemos que a irregularidade no campo mental também produz suas toxinas específicas mentais, as quais repercutem pelo corpo astral e carbonizam as forças astralinas inferiores.
Então processa-se o gradativo abaixamento vibratório do conteúdo tóxico psíquico, que se encorpa e se adensa, fluindo para a carne e constituindo-se no morbo que se situa, depois, em qualquer órgão ou sistema do corpo físico, para produzir a indesejável condição enfermiça.
Assim é que a manifestação mórbida que provoca a doença no organismo humano principia pela perturbação do espírito “desde o seu campo original” de ação espiritual, e depois “baixa” gradativamente através dos vários planos intermediários do mundo oculto.
PERGUNTA: — Diante de vossas considerações, deduzimos que o câncer também pode provir de várias origens diferentes entre si. Estamos certos?
RAMATIS: — O câncer, no homem, não fornece a possibilidade de se identificar, no momento, um agente infeccioso propriamente físico e passível de ser classificado pelos laboratórios do mundo, assim como se descobriram pelo microscópio os bacilos de Koch, Hansen, Kleber ou o espiroqueta de Shaudin.
Não se trata de um microrganismo de fácil identificação pela terminologia acadêmica, pois é um bacilo psíquico, só identificável, por enquanto, no mundo astral, e que se nutre morbidamente da energia subvertida de um dos próprios elementais primários, criadores da vida física.
Esse elemental primitivo e base da coesão das células da estruturação do mundo material, torna-se virulento e inverte os pólos de sua ação criadora para destruidora, assim que é irritado em sua natureza e manifestação normal, o que pode acontecer tanto pelo choque de outras forças que fecundam a vida, que operam na intimidade da criação, como pela intervenção violenta, desarmônica e deletéria por parte da mente e da emoção humana.
E certo que alguns tipos de animais e aves, como o coelho, o camundongo, o sapo, o marreco, a rã, a galinha e o peru, podem acusar a transmissibilidade e contaminação do câncer, atestando, pois, a existência de um vírus ou agente infeccioso quando são inoculados pelo filtrado ativo de tecido canceroso e cujas células tenham ficado retidas no filtro.
Mas essa experiência já não serve de paradigma para se verificar o câncer no homem, que é um ser mais complexo e evolvido que o animal, revelando também uma vida psíquica superior.
Mas, como no fundo de qualquer câncer permanece dominando morbidamente uma energia primária criadora, que foi perturbada, capaz de alimentar o vírus de natureza predominante astral ou psíquica, no animal ela sofre essa alteração para pior, em um nível magnético mais denso, mais periférico no campo das forças instintivas.
Deste modo, o vírus astral cancerígeno, que se nutre dela, manifesta-se então mais à superfície da matéria no réptil, no animal, na ave e mesmo na vegetação, com possibilidade de ser entrevisto no futuro, assim que a Ciência conhecer o microscópico “eletro-etéreo”.
Como essa alteração da energia primária criadora, no homem, que é criatura mais evolvida, processa-se no seu campo mental e emotivo mais profundo, o vírus astral não adquire o encorpamento necessário para ser pressentido à luz do laboratório físico ou conjeturado em qualquer outra experiência de ordem material.
Desejamos esclarecer-vos, embora lutemos com a falta de vocábulos adequados, que na vegetação, nas aves, nos répteis ou nos animais, o vírus do câncer ainda é passível de ser auscultado pelo aparelhamento material, porque a energia criadora subvertida o fecunda na frequência mais baixa, num campo biomagnético mais denso e inferior, enquanto que no homem o mesmo fenômeno se processa em nível superior mental e emotivo, o que torna inacessível a sua auscultação no aparelhamento físico.
Em ambos os casos, esse elemental primário perturbado durante a simbiose das energias criadoras ou pela intervenção nefasta da mente ou da emoção humana, atua depois desordenadamente no encadeamento normal das células físicas, originando o câncer tão temido!
PERGUNTA: — Como poderíamos entender melhor esse choque de forças criadoras que perturbam o elemental primário, dando ensejo ao câncer nos animais, ou então produzindo-o no homem devido à irritação mental e emotiva?
RAMATIS: — Trata-se de uma das energias primárias fecundantes da própria vida física e que, ao ser desviada de sua ação específica criadora, converte-se num fluido morboso que circula pelo perispírito ou nele adere na forma de manchas, nódoas ou excrescências de aspecto lodoso.
Transforma-se num miasma de natureza agressiva, assediando ocultamente o homem e minando-lhe a aglutinação normal das células físicas.
A sua vida astral mórbida e intensamente destrutiva, numa perfeita antítese de sua antiga ação criadora, escapa à intervenção propriamente física procedida de “fora para dentro”; daí, pois, o motivo por que é imune à radioterapia, cirurgia ou quimioterapia do mundo material, permanecendo ativa, como um lençol compacto de vírus interferindo na circulação astral do perispírito, capaz de produzir as recidivas como a proliferação dos neoplasmas malignos nos tecidos adjacentes aos operados ou cauterizados.
Se a Medicina pudesse estabelecer uma patogenia psicoastral e classificar minuciosamente todas as expressões de vida e forças que se manifestam no mundo astralino microcósmico e interpenetram toda a estrutura atômica do globo terráqueo, nutrindo os reinos vegetal, mineral e animal, é certo que também poderia identificar esse elemento primário e criador que, ao ser irritado por forças adversas em eclosão, ou pela mente humana, perturba a base eletrônica das células construtoras do organismo físico.
Quando é violentado no campo de forças mais densas, que caldeiam as configurações vivas mais grosseiras, origina os efeitos cancerosos que atingem os vegetais, as aves, os insetos, os répteis e os animais; porém, se é atingido por alterações energéticas mais profundas, produzidas pelas forças mental e emotiva, então produz o câncer no homem!
Sendo uma das energias que participam da extensa cadeia de forças vivas ocultas e criadoras das forças do mundo físico, é semelhante ao alicerce de pedras que, embora permaneça oculto no solo pantanoso ou no terreno rochoso, garante a estabilidade do arranha-céu.
No entanto, desde que esse alicerce arruíne-se pela infiltração de umidade, por alguma deficiência na liga da argamassa, ou por qualquer erosão do solo, é evidente que todo o edifício sofrerá na sua verticalidade e segurança, porquanto a sua garantia e base sólida transformam-se num elemento perigoso para a sustentação arquitetônica.
O mesmo ocorre com o elemental primário oculto, que provoca o câncer, o qual é também um dos alicerces sustentadores do edifício atômico das formas vivas do mundo físico, desde que não seja subvertido por qualquer intervenção perturbadora.
Se o desviam de sua ação criadora ou o irritam pelo uso delituoso, ele se transforma numa energia prejudicial às mesmas coisas e seres a que antes servia de modo benfeitor.
Revela-se, pois, uma força nociva e destruidora quando o convocam do seu mundo oculto para fins contrários à sua energética normal.
PERGUNTA: — A fim de podermos perceber melhor qual a ação exata dessa energia, que tanto sustenta a vida física como também pode perturbá-la causando o câncer, poderíeis dar-nos algum exemplo comparativo com qualquer outra energia conhecida em nosso mundo?
RAMATIS: — Cremos que a natureza e a ação da eletricidade poderiam ajudar-vos a compreender melhor a natureza e a ação desse elemental primário que, ao ser irritado, produz o terreno mórbido para o câncer.
A eletricidade é uma energia pacífica no mundo oculto, e integrante de todos os interstícios de toda vida planetária e, também, só se manifesta à periferia da matéria, depois de excitada ou irritada, quer seja pelo atrito mecânico e irritação das escovas de metal sobre o dorso dos dínamos em movimento, quer pela simples fricção entre dois panos de lã.
A energia elétrica, pois, encontra-se também em estado latente no seu mundo natural, na forma de um elemental primário, atendendo a certa necessidade da vida física. Mas, assim que a irritam, baixa em sua vibração normal e passa a agir vigorosa e intempestivamente na superfície material.
O homem, através da máquina elétrica, produz a eletricidade pela fricção desse elemental energético e natural do mundo astral, porém interpenetrante em toda a vida física.
É evidente, pois, que a energia elétrica existe tanto no dínamo como em suas escovas de metal, mas a sua revelação só se faz pela fricção, que o homem consegue controlar habilmente.
Quando o relâmpago risca o céu e o raio fende o espaço carbonizando a atmosfera, partindo árvores ou fundindo objetos na sua atração para o solo, ainda nesse caso é a mesma energia primária que se transforma em eletricidade, materializando-se por efeito do atrito ou da “irritação” produzida pelos choques das nuvens.
Embora a eletricidade seja, depois, força agressiva e perigosa quando aflora do mundo oculto para o exterior, o homem dispõe de aparelhamento capaz de transformá-la e armazená-la para o aproveitamento útil e adequado no vosso mundo.
Mas, como do nada não pode provir nada, a eletricidade também não poderia provir do nada, mas sim derivar de um elemental oculto no seio da própria matéria integrante de todas as formas e seres.
A eletricidade é conhecida do homem porque ele a produz pela fricção ou por outros métodos modernos; mas é evidente que ainda ignora qual seja a espécie exata de força oculta dispersa pelo Cosmo e que, depois de excitada, “baixa” do mundo invisível em sua frequência vibratória e se torna sensível ao aparelhamento terreno.
É força que precisa ser convenientemente controlada para evitar-se a sua ação ofensiva e destruidora, pois há muita diferença entre o transformador de alta tensão, que suporta 10.000 ou 50.000 volts, e o modesto transformador do rádio doméstico, que só resiste a 120 volts.
Analogamente à eletricidade, também podeis avaliar a existência de um elemental primitivo ou energia primária oculta em todas as coisas e seres vivos, que as sustenta no processo de coesão e substituição das células responsáveis pelo fundamento do reino vegetal, mineral e animal.
A poderosa rede eletrônica de força primitiva do mundo invisível, que é constituída por entidades vivas astralinas e inacessíveis à instrumentação do mundo físico, quando perturbada pode inverter os pólos de sua função coordenadora específica, provocando as rebeliões das células e os conseqüentes tumores cancerígenos ou a leucemia.
Assim como a eletricidade se produz pela fricção que irrita o seu elemental primário oculto, o câncer também se manifesta pela irritação que altera o curso normal da ação pacífica e construtiva do elemental responsável pela coesão e labor sinérgico das células da matéria, as quais, embora sejam unidades com vida própria, tanto anatômicas como fisiológicas, fundamentam a sua sustentação harmônica na energia que o espírito distribui em sua vestimenta imortal.
Esse elemental, que tanto faz parte integrante do perispírito como do organismo físico, é capaz, por isso, de reagir conforme seja a disposição mental e emotiva do homem.
Quando o homem pensa, emite ondas cerebrais eletrodinâmicas, que afetam todo o campo de suas energias ocultas e, quando se emociona, pode alterar a frequência vibratória do seu próprio sistema eletrônico de sustentação atômica.
É natural, pois, que um elemental cancerígeno venha-se irritando em sua intimidade há decênios, séculos e até milênios, pela força das vibrações dos pensamentos desregrados e das emoções violentas do espírito encarnado, e essa carga nociva, atingida a fase de sua saturação, deve convergir profilaticamente para a carne!
A mente aí funciona em distonia, projetando dardos mentais que desorganizam as aglomerações celulares, adensando-se o magnetismo até obstruir o trabalho criativo do cosmo orgânico, impondo-se então a moléstia cancerosa através da desarmonia psicofísica.
PERGUNTA: — Como poderíamos entender melhor essa irritação ou mau uso do elemental primário, que depois produz o câncer?
RAMATÍS: — Sabeis que a eletricidade é energia dinâmica e o magnetismo é energia estática; a primeira intervém de modo súbito e pelas descargas de chofre, enquanto a segunda exerce o seu efeito mais suavemente, por força da atração ou de imantação.
Isso também sucede com o elemental primitivo que, invertendo a sua ação benfeitora, produz o câncer; ele tanto pode agir de imediato, alterando a intimidade celular dos vegetais ou animais, em face do conflito entre as demais forças criadoras, como também ser violentado pela mente ou irritado pelas emoções perniciosas do homem, produzidas pelas paixões indomáveis.
Qualquer energia potencializada a rigor tanto pode produzir benefícios como efeitos nocivos, e o homem, pela sua força mental desordenada e suas emoções em desequilíbrio, pode provocar irritações nesse elemental primário, que depois o prejudicam, promovendo a rebelião das células.
A mesma radioterapia que, sob a aplicação benfeitora, será capaz de desintegrar certos neoplasmas malignos, transforma-se em força maléfica quando é imposta sobre algumas zonas delicadas do sistema nervoso.
PERGUNTA: — Podeis explicar-nos como é que o elemento primário, em questão, pode provocar o câncer nos animais, devido ao “conflito de energias” operantes na intimidade dos mesmos?
RAMATIS: — Conforme já sabeis, o câncer não atinge apenas o homem, mas também afeta certos peixes, répteis, animais e até vegetais, embora seja muito raro nos animais selvagens ou nos silvícolas, que ainda vivem em perfeita harmonia com a natureza.
Como já explicamos, é uma doença que pode provir das circunstâncias do meio e do conflito entre as próprias forças criadoras da vida, porque, cerceando-lhes a atividade dinâmica, também atua o elemental primitivo que, depois de perturbado, torna-se virulento e cancerígeno.
Esse conflito pode produzir-se durante o acasalamento sinérgico entre as forças ocultas e criadoras do mundo instintivo inferior e as energias vitais diretoras, que baixam do plano do psiquismo superior.
Nem sempre essa simbiose de vida realiza-se de modo harmonioso na intimidade das plantas e árvores, ou dos animais; então origina-se o choque energético, desorganizando a composição das células vegetais ou animais.
PERGUNTA: — Em face da complexidade do assunto, apreciaríamos que nos ajudásseis a compreender melhor a natureza desse conflito energético, e como ele se processa entre as forças da vida instintiva e as energias psíquicas descidas dos planos superiores.
RAMATIS: — Assim como o choque entre as correntes de ar frio e ar quente, que se processa na atmosfera, produz o conflito motivado pela diferença de pressão e temperatura, resultando os vórtices ou turbilhões mais conhecidos como redemoinhos, e que às vezes atingem até à violência do furacão, as forças criadoras do astral inferior, quando se defrontam com as energias diretoras do astral superior, provocam, por vezes, os conflitos no campo magnético ou eletrobiológico dos seres vivos, perturbando a aglutinação das células e favorecendo as excrescências anômalas.
Então altera-se o crescimento normal do cosmo celular do animal ou do vegetal, sem qualquer possibilidade de ser sustada a ação desordenada e corrigido esse desvio biológico, porque a irritação se processa justamente num dos próprios elementos energéticos sustentadores da vida.
Daí o motivo por que não devemos considerar essas manifestações cancerígenas dos animais como decorrentes de culpas cármicas do passado, mas apenas como consequência natural da desarmonia nas trocas energéticas do meio hostil onde precisam gerar-se as espécies inferiores.
A Terra ainda é um imenso laboratório de ensaios biológicos destinados a fixar os tipos definitivos do futuro e a tecer os trajes orgânicos mais evoluídos, que devem vestir novas expressões do psiquismo adormecido.
É cadinho de forças onde o Criador ensaia, tempera e plasma os invólucros para o espírito adquirir consciência de existir e saber.
Nem sempre as adaptações para melhor se fazem sob a desejada harmonia celular.
É o caso dos animais domesticados que, por isso, ficam enfraquecidos no seu senso instintivo de adaptação e sobrevivência ao meio, uma vez que passam a depender diretamente do homem, que lhes modifica até a alimentação tradicional.
Eles se tornam mais vulneráveis ao câncer, porque seus hábitos milenares são perturbados, irritando a energia primária de sua sustentação biológica natural.
E o que acontece com o cão, o cavalo, o boi, o carneiro e mesmo os ratos das cidades que, para sobreviverem a contento, devem adaptar-se apressadamente às condições de vida do civilizado, embora na sua contextura biológica ainda lhes grite o condicionamento selvagem de milênios!
E por isso os mais débeis pagam também o tributo do câncer quando submetidos a essas urgentes mutações, sem quaisquer culpas cármicas de vidas pregressas, mas em face da passagem algo violenta da vida selvagem para a domesticada.
No entanto, o animal selvagem e livre só muito raramente se torna canceroso, porque permanece um sadio equilíbrio em sua rede de sustentação e coesão molecular, sem a irritação do elemental primário e a conseqüente alienação do crescimento das células.
Apesar de parecer injusta essa porcentagem de sacrifício entre os animais, em conseqüência do câncer, o aperfeiçoamento prossegue e compensa depois os acidentes naturais e imprevisíveis que, durante a sutilíssima simbiose energética, conduzem para melhor os seres e as coisas.
Entretanto, o câncer no homem é essencialmente de natureza cármica, pois a sua predisposição mórbida resulta do expurgo da carga miasmática elaborada pelos seus atos danosos no passado, em prejuízo do semelhante.
PERGUNTA: — Poderíeis expor-nos com maiores detalhes como se dá a intervenção ou ação do homem sobre o elemental primário que lhe causa o câncer?
RAMATIS: — Já vos explicamos alhures que o homem, na qualidade de criatura que pensa, sente, age e pode examinar os seus próprios atos, tanto é responsável pelas “virtudes” que o beneficiam, como pelos “pecados”, que o prejudicam espiritualmente.
No primeiro caso, ele sensibiliza-se afinando a sua indumentária perispiritual; no segundo, perturba-se pela mente e pela emoção descontroladas, alterando a harmonia eletrônica das energias ocultas que lhe sustentam o equilíbrio biopsíquico.
Conforme for a natureza do pecado ou a violência mental que exercer em oposição espiritual, também perturbará o tipo de elemental primário ou energia básica primitiva do mundo astral e que, no conhecido choque de retorno, produz uma reação lesiva idêntica, no perispírito, e que depois se transfere do mundo oculto para a carne, produzindo o estado enfermiço que a Medicina então classifica em sua terminologia patológica.
Conforme a natureza do pecado, o conflito mental ou emotivo que a criatura cria para com a harmonia do seu espírito também irrita o tipo de elemental específico que lhe sustém o eletronismo biológico, estabelecendo o terreno mórbido que se torna eletivo para determinada invasão microbiana.
Assim produz-se a nefrite, a tuberculose, a asma, a lepra, a sífilis, a amebíase, o pênfigo ou o câncer e, conforme seja ainda a devastação orgânica, pode ocorrer a alienação mental, a esquizofrenia ou a epilepsia.
O processo morboso que reage do mundo oculto, através do próprio elemento criador que é perturbado, ataca o sistema linfático, o sangüíneo, o ósseo, o endocrínico ou o muscular, produzindo doenças características e diferentes entre si, desarmonizando as relações entre o perispírito e a carne.
A maioria dos casos de câncer que afetam o homem produz-se pela disfunção da base psíquico-eletrônica da organização das células, devido ao elemental que fecunda a vida material se tornar virulento.
Então essa modificação morbosa se torna o alimento predileto de certos bacilos psíquicos ainda inacessíveis a qualquer percepção do aparelhamento de laboratório terreno, pois a origem mórbida só pode ser avaliada no campo das conjecturas patológicas.
O residual enfermiço vai-se acumulando no perispírito, na decorrência das encarnações, formando a indesejável estase, em que o organismo físico satura-se até ficar excessivamente sensibilizado.
E basta uma singela contusão mal cuidada, estenose insolúvel, enfermidade mais demorada num órgão debilitado, irritação por agentes químicos, abuso excessivo do fumo, do álcool, da carne, dos narcóticos ou sedativos a granel, intoxicação medicamentosa, hemorragia incontrolável, intervenção cirúrgica inoportuna ou excrescência parasitária, para se iniciar a desarmonia celular com a vertência do morbo fluídico para a carne e a consequente anomalia no crescimento e justaposição das células.
Poucos médicos sabem que algumas vezes é bastante um estado de irascibilidade, ódio, violência, mágoa ou insidiosa melancolia para dar início à drenação tóxica e à incidência cancerígena, que se manifesta como se tivesse sido acionada por forte detonador psíquico!
A virulência fluídica em descenso do perispírito rompe o equilíbrio entre o eletronismo biológico do homem e as coletividades microscópicas que lhe garantem a estabilidade da vida física, sempre dependente da harmonia psicossomática.
Então a carne é a grande sacrificada pelos neoplasmas que, depois, a terminologia acadêmica distingue na forma de sarcomas, epiteliomas, etc., ou da implacável leucemia.
PERGUNTA: — Poderíeis explicar-nos, de modo mais compreensível, como se processa o acometimento cancerígeno no corpo da criatura humana, através da subversão do elemental primário de função criadora? Ser-vos-ia possível dar-nos uma idéia do motivo de ser tão dificultosa a cura do câncer, embora a Medicina já conte com aparelhagem tão eficiente?
RAMATIS: — Sob a nossa visão espiritual, temos observado que o elemental fluídico primitivo e criador, depois de subvertido ou irritado pelas vibrações violentas ou mórbidas da mente humana, adensa-se como um forte visco astral que adere ao tecido delicado do perispírito, ameaçando perigosa petrificação que exige pesado tributo à alma.
Verificamos que no fundo de todas as tumorações físicas cancerosas ele se acumula na forma de manchas, emplastros ou excrescências astralinas, que muito se assemelham à lama, aderente às contrapartes etéreo-astrais, mantendo ali uma vida parasitária e independente, como se fossem nódoas negras sobre uma vestidura de linho alvo.
Através do fenômeno de osmose, o fluido contaminado do elemental alterado é absorvido pelo perispírito, e salienta-se como o hóspede indesejável no processo mórbido do vampirismo fluídico que, por lei da vida sideral, precisa ser alijado da vestimenta imortal do espírito, uma vez que se trata de energia nociva, que não pertence à sua circulação normal.
No caso da leucemia ou do câncer sangüíneo, esse elemental lodoso, primário e posteriormente agressivo, circula pela contextura do perispírito, polarizando-se mais fortemente nas contrapartes etéreo-astrais, que são as matrizes ajustadas à medula óssea, ao fígado e ao baço, ensejando perturbações perniciosas ao conhecido processo da hematopoese, ou seja, da formação dos glóbulos de sangue, constituindo a nossos olhos verdadeira “infecção fluídica”.
Se o médico terreno pudesse examinar essa essência primária alterada pelo próprio espírito do homem, como excrescência lodosa aderida à organização perispiritual, sem dúvida iria associá-la às formas características repugnantes dos lipomas, que por vezes deformam grotescamente o rosto das criaturas!
E um dos fatos mais significativos é que ela aumenta a sua força e vibração agressiva em perfeita sintonia com os resíduos de outras energias deletérias, que o homem movimenta na imprudência de novos desequilíbrios mentais e emotivos.
Nutre-se, fortifica-se em sua virulência quando recebe novo combustível fluídico pelo psiquismo humano durante os estados de ódio, cólera, ciúme, inveja, crueldade, medo, luxúria ou orgulho.
Eis por que os médicos modernos têm verificado que as crises dos cancerosos mantêm estreita relação com os seus estados psíquicos.
O homem, como centelha emanada do Criador, um foco de luz obscurecida pela personalidade transitória carnal, deveria manter-se acima das paixões e interesses inferiores do mundo material a fim de, concentrando as energias que lhe ativam a luminosidade espiritual interior, projetar as forças que dissolvem as aderências e as petrificações astrais do seu perispírito, livrando-o dos processos morbosos que lhe obscurecem a transparência sideral.
E no caso do câncer só a dinamização vigorosa de forças geradas no mundo interior do espírito é que poderão diminuir a ação agressiva do elemental primário que, depois de perturbado, é o causador do câncer.
PERGUNTA: — Ainda podeis estender-vos mais um pouco sobre a forma desse elemental primário responsável pelo câncer, informando-nos como ele opera sobre o perispírito na sua invasão morbosa?
RAMATIS: — Para a nossa visão de desencarnados, esse elemental, depois de subvertido, perde a sua aparência comum de fluido cintilante, que lembra o fluxo do luar sobre o lago sereno, para tornarse obscurecido, denso, repugnante, agressivo e insaciável na sua ação invasora.
Invertido na sua função criadora, assume a forma destruidora e ataca a substância translúcida e tenuíssima do perispírito; tenta, mesmo, combinar a sua natureza inóspita e deletéria com a contextura evolvida daquele, procurando rebaixá-lo para uma forma e condição astralina conspurcada, lembrando a nódoa de tinta alastrando-se pelo tecido alvacento.
A sua configuração mais comum aderida ao perispírito lembra gigantesca ameba fluídica, que emite tentáculos sob movimentos larvais incessantes, ou assume a forma de exótica lagosta ou reptil aracnídeo, interceptando o curso nutritivo das correntes “vitais magnéticas”, para alimentar a sua vida parasitária e vampírica.
A sua ação é interpenetrante na veste perispiritual e condensa facilmente toda substância mental que, por efeito do mau uso dos dons do espírito, baixa em sua frequência vibratória; também atua fortemente ao nível das emoções descontroladas e interfere principalmente na função do “chacra esplênico”, que é o centro etérico controlador e revitalizante das forças magnéticas que se relacionam através do baço.
No perispírito, que é a matriz da organização carnal, já se pode observar, então, a caracterização subversiva das células neoplásticas do câncer, cuja proliferação anárquica repercute pouco a pouco em direção ao corpo físico, em concomitância com o fluido pernicioso que opera sub-repticiamente no seu incessante abaixamento vibratório.
Infelizmente, é o próprio espírito do homem que enfraquece o seu comando biológico e concorre com os seus desatinos mentais e paixões violentas para que a manifestação cancerígena se processe mais cedo!
Ante a desarmonia verificada nesse comando eletrônico, responsável pela aglutinação atômica que edifica a carne, o miasma astralino intercepta o fluxo vital e perturbam-se as linhas de forças magnéticas que predispõem a harmonia orgânica, resultando a rebelião incontrolável das células.
Os clarividentes encarnados podem observar, com certa clareza, que esse miasma cancerígeno emite uma série de tentáculos ou pseudópodes que, emergindo do perispírito, depois se interpenetram invisivelmente pela pele e pelos órgãos físicos, aos quais se aferram com vigor, traçando antecipadamente o curso anárquico das formações celulares.
Doutra feita, estendem-se pela intimidade da medula óssea, do fígado ou do baço, vampirizam os glóbulos vermelhos e caracterizam a hiperplasia do tecido formador dos glóbulos brancos.
As células físicas embebidas por essa essência aviltante e parasitária se disturbam e atropelam-se em sua genética, materializando-se na carne sob a conformação heterogênea e nociva dos neoplasmas malignos.
- Aspectos do Câncer em sua Manifestação Cármica
PERGUNTA: — Quais são as espécies de perturbações psíquicas que originam o câncer?
RAMATIS: — Certos tipos de câncer, que se prolongam por várias encarnações do mesmo espírito, são resultantes da magia negra, do enfeitiçamento ou da hipnose para fins lucrativos, egoístas, lúbricos ou de vingança que alguns espíritos têm praticado contra seus semelhantes desde os tempos imemoriais da extinta civilização atlântida. Para isso conseguir, esses espíritos dominavam e manipulavam um dos elementos primários ou energia fecundante do astral inferior, que deveria servir de veículo para suas operações perniciosas.
Tendo sido esse elemento usado depreciativamente, terminou incorporando-se ao perispírito dos seus próprios agentes delituosos, transformando-se em energia nociva ou fluido tóxico que, ao ser expurgado para a matéria, desorganiza as bases eletrônicas do aglutinamento das células, dando ensejo à formação de neoplasmas malignos ou provocando a leucemia pelo excesso dos glóbulos brancos.
Qualquer estudante de Magia sabe que toda energia ou elemental primário a ser usado para esse fim deve, em primeiro lugar, ser atraído pela mente do magista, em quantidade necessária para sustentar a operação projetada.
Daí os grandes perigos da operação da magia, quando mal intencionada, pois a energia elemental que for convocado do mundo oculto astralino incorpora-se por todos os interstícios do perispírito do indivíduo, permanecendo como força submissa que, depois, obedece instantaneamente à vontade e à emoção boa ou má da alma.
Só é possível o êxito do magista quando ele também consegue penetrar diretamente no seio das forças vivas que utiliza, pois o fenômeno não se concretiza sob comando a distância, como ainda pensam alguns desavisados praticantes da arte mágica.
Em consequência, quando a energia ou o elemento primário convocado do mundo oculto é manuseado em benefício do semelhante, ele afina-se e melhora a sua natureza primitiva e hostil, porque atua sob influência espiritual superior e volatiza-se facilmente do perispírito de quem o utilizou.
Mas esse elemental de natureza criadora se for empregado para fins degradantes ou destrutivos, tornase agressivo, virulento e parasitáio, aderindo e contaminando o organismo perispiritual daquele que o usou ignobilmente.
Ele permanece como excrescência nociva e circulante nas criaturas, nutrindo-se com as energias delicadas e depois descendo para a carne na patogenia do câncer, cumprindo-se o carma do ódio, da vingança, da crueldade e de outras ações contra o próximo.
PERGUNTA: — Então podemos considerar que todas as vítimas atuais do câncer foram magístas, feiticeiros ou movimentaram forças deletérias contra o próximo?
RAMATIS: — Certos tipos de câncer são propriamente resultantes da magia negra; no entanto, outra parte da humanidade sofre expurgo de fluidos que acumulou em encarnações passadas, não como resultado “direto” da prática da magia negra, mas concernente à soma de todos os pensamentos danosos e sentimentos maldosos que movimentou no passado contra o seu semelhante.
O câncer, em sua essência mórbida, poderia ser denominado o “carma do prejuízo ao semelhante”, como consequência de um fluido nocivo elaborado durante as atitudes e ações antifraternas.
Alguns, pois, sofrem o câncer porque movimentaram diretamente os recursos deletérios da magia negra para fins egocêntricos; outros, porque há decênios ou séculos vêm armazenando energias perniciosas na contextura delicada do seu perispírito, devido à sua invigilância espiritual e à prática da maledicência, da calúnia, crítica maldosa, desejos de vingança, inveja, ciúme ou ingratidão.
PERGUNTA: — Quereis dizer que os feiticeiros, magistas negros ou macumbeiros serão, no futuro, as vítimas clássicas do câncer cármico; não é assim?
RAMATIS: — O câncer não é apenas o carma daqueles que foram os instrumentos diretos ou agentes de enfeitiçamento ou magia negra contra o semelhante; às vezes, o feiticeiro ou o magista são os menos culpados disso, porque a sua ação nefasta é praticada a pedido ou sob o comando de outras vontades mais despóticas e cruéis.
Mesmo no vosso mundo há leis que punem severamente tanto os agentes criminosos como os seus autores ou mandatários intelectuais.
Em outro capítulo desta obra já explicamos que o feitiço, na realidade, abrange todo prejuízo que parta de qualquer ato ou campo de ação humana.
Assim, pois, há o feitiço mental, que se pratica pelo ciúme, inveja ou despeito pela felicidade alheia; o feitiço verbal, criado pela crítica antifraterna, pela calúnia, maledicência, pelo falso julgamento ou traição à amizade; finalmente, há o feitiço propriamente de natureza física ou material, que é praticado pela chamada ”bruxaria”, ou magia negra, através de objetos preparados pelos entendidos, que passam a funcionar como interceptadores dos fluidos vitais e magnéticos das vitimas enfeitiçados.
O câncer, como carma consequente de prejuízo ao semelhante, reúne, sob suas garras temíveis, tanto aqueles que operam diretamente na forma de agentes de magia maléfica, os seus contratantes ou mandatários intelectuais, assim como todos os espíritos que nas encarnações passadas foram acumulando toxinas pela subversão do elemental primário no uso do enfeitiçamento mental ou verbal.
PERGUNTA: — Podeis dar-nos algumas explicações sobre o motivo por que o câncer varia em sua manifestação mórbida, diferenciando-se pelos tumores epiteliais, sarcomas, ou atacando o sistema ósseo, linfático ou sangüíneo, como no caso da leucemia? Porventura não é um só o tipo de elemental ou fluido tóxico que baixa do perispírito para a carne?
RAMATIS: — Justamente pelo fato de comprovardes essas diferentes formações cancerígenas, podeis avaliar que não existe uma doença específica chamada “câncer” com uma ação mórbida idêntica em todas as criaturas; porém há vários tipos de doentes, que diferenciam na carne o processo morboso das tumorações e afeções cancerígenas, em correspondência com as suas próprias constituições psíquicas e responsabilidades carmicas individuais.
Não nos podemos alongar pelos escaninhos da ciência médica a fim de explicar-vos meticulosamente a etiologia exata do epitelioma, do sarcoma, dos processos que alteram o núcleo ou o protoplasma das células, ou da proliferação dos glóbulos brancos, como no caso da leucemia, mas podemos afirmar que a virulência, o tipo das tumorações e outras afeções cancerosas dependem muitíssimo da quantidade e da fluência do tóxico que se acumula no perispírito.
Certos espíritos ainda possuem resíduos mórbidos cancerígenos remanescentes da magia negra do final da civilização Atlântida, motivo pelo qual ainda darão curso ao câncer em outras encarnações futuras, a fim de poderem expurgar todo o conteúdo tóxico.
Outras entidades, como já explicamos, foram acumulando a energia cancerosa lentamente, através de decênios ou séculos, sob a ação vibratória do feitiço mais mental ou verbal, sem haver adquirido o estigma virulento, que se produz na prática da bruxaria, que atrofia e lesa a vida física do semelhante que é enfeitiçado.
Há ainda a destacar aqueles que na encarnação anterior agiram sob tal espírito de malignidade contra o seu semelhante, que isso foi o bastante para uma subversão de suas energias criadoras, tornando-os candidatos à inapelável prova do câncer na próxima existência.
Queremos esclarecer-vos que os efeitos cancerígenos correspondem exatamente à intensidade das mesmas causas mobilizadas no passado em desfavor do próximo.
Eles ajustam-se à porcentagem equitativa de prejuízos gerados anteriormente, quer pela magia mental, verbal, antifraterna ou pela prática detestável da bruxaria.
A lei do Carma, equânime e justa, obriga o algoz do passado a colher exatamente o produto da semeadura nociva do pretérito, compreendendo todas as dores, desilusões e angústias morais causadas ao próximo.
PERGUNTA: — Podeis explicar-nos mais claramente essa colheita cármica no caso do câncer?
RAMATIS: — Referimo-nos ao fato de que a patogênese do câncer exerce-se adstrita às mínimas causas criadas pelo espírito no passado; o seu acometimento corresponde à “soma” de males físicos ou morais cometidos.
Daí, pois, a diversidade das tumorações de câncer, os tipos de órgãos e sistemas que ele ataca, assim como a época ou idade em que se manifesta.
Basta lembrar-vos que é bem grande a diferença de provação do homem rico e moço que, em vésperas de realizar seus sonhos e desejos, vê-se acometido pelo câncer implacável, em comparação com o mesmo acometimento no homem pobre, deserdado da sorte e exausto dos desenganos do mundo!
Sem dúvida, enquanto o primeiro mergulha no mais profundo desespero e amargura, o segundo entrega-se, indiferente, à sua sorte, porquanto já não espera coisa melhor!
No entanto, sob a justiça e o rigor da Lei Cármica, o que semeou maior cota de ilusões e desenganos no passado também terá que colhê-los posteriormente sob a equanimidade de que “a cada um será dado conforme as suas obras”.
Daí o motivo por que o expurgo cancerígeno tanto pode acontecer na idade adulta como na juventude ou na velhice; e varia também na forma de sua manifestação, eclodindo em alguns de chofre, sem probabilidade de qualquer socorro, enquanto noutros o faz lentamente, em zonas facilmente operáveis ou então sob a forma de tumores benignos que, às vezes, até se confundem com outras moléstias de menor ofensividade.
Eis por que o câncer também ataca a criança ainda no berço ou em sua adolescência, fazendo-a peregrinar bastante cedo pelos consultórios médicos e hospitais, para curtir dores e angústias ou mutilar-se pelas operações preventivas.
Doutra feita a moléstia surge insidiosamente na moça ou no jovem belíssimo, rico e entusiasta da vida, e ainda o deforma na face, fazendo-o sofrer as maiores amarguras e humilhações atrozes.
Sem dúvida, é mais intensa a amargura das criaturas que apresentam tumorações cancerosas na face ou ofensas nos órgãos dos sentidos físicos, fazendo-as preocupar-se para não repugnar ou chocar o próximo, enquanto a prova se torna mais suave para aqueles em que o câncer só afeta os órgãos ou sistemas velados à visão pública.
No primeiro caso, a prova cancerígena ainda apresenta um aspecto emotivo mais cruel e de recrudescência no seu sofrimento moral, ensejando recalques ou complexos de frustrações além das dores propriamente físicas.
Mas, ainda nesse caso, a Lei funciona com absoluta equanimidade, pois aquele que, além das dores físicas do câncer, ainda deve curtir as dores morais ou as frustrações emotivas durante a afecção cancerígena, também colhe a soma exata das horas que empregou no passado em prejuízo do próximo, provocando sucessivas amarguras, frustrações, desenganos e vicissitudes ao seu semelhante.
PERGUNTA: — Poderíeis explicar-nos mais claramente essa soma de horas mal empregadas no passado, que ainda acrescentam amarguras morais às dores fisicas provocadas pelo câncer?
RAMATIS: — Suponde um espírito que já viveu vinte existências carnais, na Terra, nas quais praticou várias ações que causaram inúmeras aflições aos seus semelhantes.
Somando todas as horas em que ele praticou gestos e atitudes de ingratidões, indiferenças, descasos, negativas, decepções ou calúnias e sofrimentos físicos causados ao semelhante, suponde, agora, que atinjam a 3.000 horas de antifraternismo.
Tornando-se necessária a retificação desses desvios condenados pela Lei Cármica e provocados voluntariamente pelo espírito, que se serviu do melhor em detrimento alheio, a sua prova consiste em viver todos os atos, atitudes mentais e expressões verbais que porventura tenha exercido prejudicialmente.
Em consequência, desde que tenha reencarnado para retificar todos os deslizes cometidos nas vinte existências, no total de 3.000 horas de faltas praticadas contra a Lei, não há dúvida de que, além de suas dores físicas inerentes à descida das toxinas do perispírito, também há de viver até pagar o “último ceitil” correspondente às amarguras semeadas alhures.
PERGUNTA: — Em face de nos informardes que o câncer cármico é mais propriamente resultante de certo tipo de fluido tóxico que se produz pela mente, nas operações de magia mental, verbal ou bruxaria praticadas contra o próximo no passado, pedimos que nos expliqueis por que motivo também ataca criaturas reconhecidamente santificadas pela sua bondade, ternura e resignação, como já temos testemunhado várias vezes. Isso não quererá dizer que a Lei é atrabiliária e injusta, porque colhe em suas malhas tanto justos como injustos?
RAMATIS: — Se o simples fato de assumirmos bons propósitos e os realizarmos numa só existência fosse suficiente para extinguir a carga deletéria fluídica armazenada durante séculos ou milênios no perispírito, é evidente que, além de uma visível incongruência na pedagogia sideral, as responsabilidades mais graves seriam resgatadas facilmente através de qualquer atitude pacifica interesseira para isso se conseguir.
Mas o fato é que os próprios espíritos, em geral, preparam-se no Espaço para cumprir as suas expurgações mais severas quando encarnados e livrarem-se mais cedo da carga maligna que ainda lhes pesa na veste perispiritual.
Aqueles que mais se exercitam para isso, no Além, atravessam a vida física exercendo severa vigilância sobre os seus atos, evitando qualquer probabilidade de nova perturbação psíquica e atentos à voz oculta dos seus mentores desencarnados.
Alguns espíritos, quando encarnados, pressentem a aproximação de suas provas cancerígenas, e desde cedo desencantam-se das ilusões da vida material, haurindo forças na meditação e renunciando deliberadamente aos bens e ao conforto materiais.
Transformam-se assim em criaturas serviçais e estóicas, procriando e atendendo com ânimo à sua prole consanguínea, enquanto as mais heróicas ainda chegam a criar os filhos alheios.
Vivem cristãmente e se tornam utilíssimas à coletividade, efetuando o máximo aproveitamento de todos os minutos disponíveis da existência e revelando grande capacidade de resistência moral.
A moléstia as encontra preparadas para o cumprimento cármico, e às vezes não escondem a conformação espiritual de que estão sendo purificados.
Daí justificar-se o fato de existirem seres santificados pela sua heróica maneira de viver e que, embora tendo semeado bênçãos e auxilio ao próximo, desencarnam sob as dores atrozes do câncer, como que desmentindo a bondade de Deus e a convicção de que o Bem compensa!
O miasma cancerígeno que pesa na vestimenta do perispírito ao ser expurgado, sempre provoca lesões proverbiais do câncer, quer isto aconteça com um ser rebelde à sua prova cármica, quer com uma criatura decidida, útil e boa, que resolveu extinguir o seu residual mórbido.
O certo é que, enquanto o espírito rebelde, durante o seu expurgo obrigatório, continua a produzir nova carga enfermiça para sofrer futuras expurgações dolorosas, a alma conformada efetua sua drenação tóxica exercitando-se sob a bondade, o afeto, a humildade, a renúncia e o amor ao próximo, evitando contrair de novo o mesmo débito que lhe produziu tão grande sofrimento.
A história religiosa do Catolicismo narra-vos a vida de muitos santos que, à medida que mais padeciam dores cruciantes, também sublimavam-se pela sua fé e confiança mais intensas nos propósitos sublimes da vida criada por Deus.
O menor resíduo tóxico astral que ainda existe no perispírito deve ser expurgado para a carne, e por esse motivo alguns seres muitíssimo elevados, cujo espírito se apresenta bastante diáfano, ainda podem possuir remanescentes de toxicose psíquica, lembrando o fenômeno da bruma seca, que por vezes vela a transparência luminosa de um céu inteiramente azul e belo.
Há casos, também, em que a alma santificada, e que já dispõe de bons créditos junto à contabilidade divina, também se sacrifica voluntariamente para aliviar parte das dores dos seus pupilos, assim como o fez Jesus para salvar a humanidade terrena.
É também o caso do grande e admirável santo da India, Sri Ramana Maharshi que, rodeado dos seus mais ardentes discípulos, que estavam ansiosos para encontrar o “caminho direto” da Consciência Cósmica, apiedou-se de suas angústias humanas e ocultamente participou-lhes do fardo cármico, atraindo para si parte da toxicidade perispiritual que eles possuíam, para mais tarde desencarnar de atroz tumor cancerígeno, que lhe devorava o braço e lhe exauria as forças orgânicas, mas sem o menor queixume ou protesto contra a sua dor!
- Considerações sobre as Pesquisas e Profilaxia do Câncer
PERGUNTA: — Acreditam muitos cientistas que o câncer é proveniente de algum vírus ou ultravírus filtrável, que mais hoje mais amanhã será conhecido e isolado para a sua sumária extinção.
RAMATIS: — Após o advento do microscópio e o êxito das pesquisas de Pasteur, os cientistas acreditaram que seria descoberta toda a fauna do reino microbiano e feita a identificação de todos os inimigos ocultos do homem, que, no seu mundo infinitesimal, ainda se entrincheiravam nos interstícios das células humanas.
Os microbiologistas modernos também guardam a esperança de que, através de mais poderosos microscópios eletrônicos, hão de vislumbrar o mundo imponderável dos ultravírus ifiltráveis, e assim solucionar todas as incógnitas patológicas da Medicina.
Mas a verdade é que o homem não é apenas uma entidade física vitima da agressão microbiana, pois o seu espírito atua noutros planos interiores, modelando o pensamento e fundamentando a emoção, para depois então manifestar-se no cenário do mundo material.
O corpo físico é somente uma entidade transitória, constituída pelo turbilhão de elétrons agregados pelo molde perispiritual e sob o comando da consciência espiritual.
Ainda são raros os médicos que se devotam às pesquisas do mundo oculto, interessados em conhecer realmente a complexa maquinaria imortal do perispírito, que é a base dos desejos humanos e das operações mentais.
É o perispírito que realmente sustenta o organismo físico e o modela desde a sua primeira aglutinação celular; a sua influência é fundamental na carne, pois é ele, em essência, que tanto organiza como desorganiza as células orgânicas.
Não basta, pois, que a ciência do mundo analise unicamente os elementos químicos que compõem a substância material do organismo físico; já é tempo de auscultar e conhecer também a contextura do perispírito, avaliando-lhe o peso, a densidade e o energismo etéreoastral que dele emana e interpenetra o edifício atômico de carne.
Daí o fato de as emissões de tristeza, de ódio, de cólera ou de revolta, que dimanam de sua rede bioelétrica, perturbarem a organização física, enquanto a alegria, a mansuetude, o amor ou a resignação favorecem o seu equilíbrio energético.
A guerra sistemática do cientista terrícola contra o mundo microbiano não se fundamenta num senso inteligente pois, se o corpo físico, conforme diz a ciência, é um aglomerado de micróbios, vírus e energias movendo-se superativas para manter a vida e a estruturação orgânica da carne, a violência, a destruição deliberada e incessante contra o mundo infinitesimal só tende a alterar a harmonia do cosmo humano e favorecer o círculo vicioso de enfermidades estranhas, em que as velhas moléstias que são combatidas surgem novamente com nova rotulagem acadêmica.
O micróbio, o vírus ou o ultravírus são a base, os elementos imprescindíveis ou a verdadeira substância viva de que o espírito necessita e se utiliza a fim de poder configurar-se à luz do mundo material.
Quando o laboratorista já não consegue identificar determinado virus ou germe demasiadamente sutil, que lhe foge à acuidade física e ao qual atribui a moléstia insidiosa, é porque o seu aparelho material já ficou aquém das forças ocultas criadoras, e não está em condições de prestar o serviço que dele se quer exigir.
O caldo de cultura filtrado pela vela de porcelana e depois inoculado à cobaia, e que ainda manifesta virulência capaz de enfermar em novo experimento, não constitui o êxito definitivo na pesquisa exata da doença, só porque lhe foi atribuída a presença de qualquer vírus ou ultravírus filtrável.
Na verdade, trata-se sempre de um agente vivo, o “materializador” da moléstia, que é, em suma, a prova de que a vida maior é o produto exato da aglomeração das vidas menores.
É indiferente que o classifiquem de miasma, elemental primário, energia, bacilo, vírus ou ultravírus ainda ocultos aos sentidos humanos, pois eles atuam e formam a base fundamental da doença exatamente no mundo psíquico-mental que a ciência olvida de investigar.
Em consequência, no caso do câncer é multo importante que, além da preocupação exclusiva de ser isolado um vírus responsável pela doença, se examine também qual a base ou o agente oculto na alma humana, que nutre a manifestação virulenta dessas energias microcósmicas vivas e criadoras que, depois de alteradas, enfermam o homem.
Quais serão os estados mórbidos da alma, que mais facilmente podem irritar essas energias, invertendo sua ação fecundante para a investida destruidora?
De que modo a alma atrai e modifica essas forças e as associa morbosamente à sua organização psicofísica, sendo depois obrigada a expurgar os resíduos deletérios pela carne, sob padecimentos que só terminam no túmulo?
Por isso, no caso das enfermidades humanas em que domina uma causa espiritual, pouco adianta identificar-se unicamente o ”meio”, o vírus ou o agente responsável pela materialização mórbida e pelo efeito patológico.
Não há dúvida, entretanto, de que os cientistas terrenos ainda hão de isolar ou identificar o “agente patogênico” do câncer quando, devido a maior sensibilidade do seu aparelhamento futuro e domínio das forças ocultas, também puderem atuar no limiar do astral onde, realmente, estagia o elemental cancerígeno.
Eis por que os espíritos adiantados, em geral, acham de grande importância que a Ciência terrena investigue com ânimo e sem preconceitos acadêmicos qual a origem dos desequilíbrios mentais e emotivos que, tanto na atual existência como no pretérito, têm sido responsáveis ocultos pela manifestação e aceleramento cancerígeno.
Assim, talvez a humanidade cesse, pouco a pouco, de produzir o terrível miasma cancerígeno e a conselho médico, trate de volatizá-lo do perispírito sob sentenciosa prescrição evangélica.
A Medicina concentrou-se numa luta intensa e feroz contra o mundo microbiano, esquecendo de que ele é um “motor” funcionando bem ou mal, conforme seja a vontade ordeira ou o comando irascível do espírito a plasmar no mundo exterior os impulsos da vida interior.
PERGUNTA: — Somos de parecer que só a pesquisa laboratorial há de contribuir para a mais breve cura do câncer, não é assim?
É o processo que nos parece mais sensato para que a Ciência logre êxito contando com os recursos terrenos!
RAMATIS: — Não desconhecemos os esforços heróicos e a firmeza de ideal de inúmeros médicos e cientistas, que se devotam abnegadamente à cura de cancerosos.
Entretanto, à medida que o homem for compreendendo a verdadeira função da dor e do sofrimento, como processo de limpeza psíquica da vestimenta perispiritual, é certo que as pesquisas e preocupações humanas também se voltarão mais atentamente para a causa mórbida milenária e enraizada no espírito.
Visto que o organismo físico é um agregado de órgãos compondo um todo vivo, que deve pulsar coeso sob a combinação harmoniosa das energias mental, astral, etérica e física, reduz-se o êxito médico quando o examinam apenas pelas suas partes constituintes.
O laboratório, em sua pesquisa louvável, fornece os elementos materiais para auxiliar o diagnóstico da “doença”, mas não habilita o médico a conhecer o todo psicológico doente.
As vezes, malgrado a existência de vários exames negativos, de laboratório, assegurando a ausência de bactérias, bacilos, parasitas ou germes considerados ofensivos e que então negam a presença da enfermidade suspeitada, o paciente continua enfermo, pois é uma unidade orgânica perturbada em seu todo e não apenas em partes isoladas.
São os vícios, os hábitos perniciosos, as emoções descontroladas, os pensamentos daninhos e os objetivos imorais que se constituem nos elementos fundamentais a se materializarem mais tarde na forma de prolongamentos enfermiços, que interpenetram morbidamente a admirável contextura celular do corpo humano.
No instante em que o laboratório ou o exame clínico anuncia a formação cancerígena no homem, é que o médico pode identificar com firmeza a floração do morbo à exterioridade dos sentidos humanos.
Mas a verdade é que, sub-repticiamente, o câncer já vinha se desenvolvendo havia alguns meses ou anos, na intimidade do paciente.
A carga cancerosa, quando drena-se pela pele, pelos órgãos, pelos sistemas sangüíneo, linfático, nervoso ou pela medula óssea, apenas comprova o êxito de ter alcançado a contextura sólida do organismo físico, pois há muito tempo já incursionava na intimidade perispiritual do individuo, incorporando-se nele durante os seus desatinos mentais e emotivos, para depois servir de alimento aos bacilos, vírus ou miasmas, cuja vida e potencial vigorosos decorrem no mundo astral, ainda inacessível aos sentidos comuns dos encarnados.
Sob a inteligente terminologia médica, a análise de laboratório revela à luz do microscópio os germes de determinada doença e contribui diretamente para orientar o médico na escolha do medicamento adequado, que deve ser administrado para exterminar aquele tipo de micróbio materializado pelo morbo baixado do psiquismo enfermo.
Mas é evidente que a pausa ou a simples interrupção da “descida” da energia corrosiva, que se expurga do perispírito intoxicado para a carne, conseguido durante o massacre dos micróbios identificados no laboratório, não comprova que também se extinguiu completamente a causa oculta enfermiça residente no espírito.
Qualquer resíduo mórbido que ainda permaneça no perispírito terá que ser drenado, expelido ou absorvido posteriormente pela terra, não existindo outro recurso mais favorável do que fluí-lo para o mataborrão vivo e sacrificial do corpo físico.
E se o perispírito ainda conservar qualquer saldo mórbido depois de haver desencarnado, terá de expurgá-lo nos charcos astrais inferiores do Além, salvo se por concessão superior puder transferi-lo para a próxima encarnação, mas dessa concessão resultará nova enfermidade.
PERGUNTA: — Temos sido informados de que já foram encontrados germes em lesões cancerosas do homem, o que poderia fazer pressupor a existência do micróbio propriamente físico, causador do câncer. Estamos certos?
RAMATIS: — Mas é óbvio que, onde há matéria em desorganização, seja uma fruta podre ou um tecido orgânico em decomposição, ali existem bactérias ou micróbios, que se aproveitam da zona desvitalizada e acéfala para cumprir o sagrado dever de procriar.
Quando sobre a terra jazem carniças ou matéria deteriorada, é evidente que para ali também convergem os corvos, atraídos pela nutrição apropriada aos seus tipos biológicos.
Em consequência, num foco canceroso podem ser encontradas bactérias, cogumelos, protozoários, vírus, toxinas estranhas e outros germes microscópicos, sem que se possa responsabilizá-los diretamente pelo câncer.
PERGUNTA: — Que podeis dizer-nos acerca do tratamento moderno do câncer? Porventura há qualquer equívoco no esforço heróico que a Medicina empreende para debelar enfermidade tão insidiosa?
RAMATIS: — Não nos cabe censurar os processos químicos, as mutilações cirúrgicas, as cauterizações ou a radioterapia no tratamento do câncer, porquanto se trata de recursos que ainda muito se afinizam às necessidade de retificação cármica dos terrícolas.
Assim que a humanidade houver expurgado da contextura delicada do seu perispírito as toxinas e as impurezas astralinas que ali aderiram devido às anomalias e desregramentos psíquicos pregressos, a terapêutica do câncer também será exercida de modo mais suave e com maior êxito médico.
O câncer pode ainda se tornar mais virulento e irritado quando o represam ou desviam-no do curso de sua manifestação natural para a carne, desde que não se efetue em concomitância com a modificação espiritual do doente.
O seu represamento através dos recursos cientificos do mundo material termina por espraiá-lo na forma de novos surtos patogênicos futuros, devendo retomar posteriormente sob a vestimenta mórbida de outros flagelos, que a Medicina moderna terá que classificar sob nova rotulagem patológica.
As velhas moléstias que foram curadas só à periferia da carne, não atingindo a profundidade da alma, desapareceram momentaneamente, para ressurgir mais tarde embuçadas por nova terminologia médica!
Malgrado o valioso esforço médico atual, reduz-se a tuberculose, mas aumenta a anemia perniciosa e o câncer leucêmico; vence-se a lepra, mas proliferam os tumores cancerígenos; diminui a sífilis, mas aumenta o artritismo e a paralisia infantil; extingue-se a febre amarela, a maleita, a disenteria, mas infelizmente avolumam-se as enfermidades cardíacas, as úlceras gástricas e pépticas, as colites, amebíases e diabetes!
Venceram-se as moléstias como o tifo, a difteria, a pelagra, a cólera, mas o estranho morbo que enferma o organismo da humanidade e mora no perispírito perturbado ataca novamente por todas as frestas de carne e procura emergir embuçado sob outros rótulos patogênicos.
O arsenal médico cai em cima dos micróbios, graças à produção maciça da indústria farmacêutica, mas esse morbo reprimido irrita-se e perturba também o delicado sistema nervoso para, em certos casos, sublimar-se na forma de doenças mentais!
Os cientistas e os médicos devotados, na sua maior porcentagem, só têm podido lutar heroicamente para reprimir e curar os efeitos lesivos que se materializam na “descida” incessante do fluido enfermo vertido pelo perispírito do homem.
Mas, infelizmente, o conteúdo tóxico milenário, ao ser reprimido, muda de rota ou então subdivide-se em outros estados enfermos.
Assim que o clínico demonstra o seu cansaço e desanima ante as recidivas insidiosas e a impossibilidade de sustar a doença, é então chamado o cirurgião, a quem compete intervir e mutilar os órgãos ou membros do doente.
Assim sendo, não desejamos opinar sobre a eficiência dos tratarnentos médicos modernos sobre o câncer, que estão justíssimos diante do grau evolutivo do terrícola, porquanto as nossas mais graves preocupações são de ordem espiritual, quando aludimos propriamente ao homem-espírito imortal, antes do homem-carne transitório.
Assim que houver êxito completo na terapêutica do espírito, obviamente será curado o seu prolongamento de carne, da mesma forma que, asseada a corrente líquida, deixa de se contaminar o vasilhame.
O homem, pois, precisa ser curado em sua essência, visto não ser ele uma maquinaria viva, cujas peças acidentadas possam ser reparadas à parte de suas emoções e pensamentos.
PERGUNTA: — Temos sabido que a cura de muitas enfermidades dependeu somente do fato de a ciência haver encontrado no enfermo uma carência vitamínica ou a falta de uma simples imunização ou vacina adequada. Nesse caso, ainda restará algum morbo que, baixando do psiquismo do doente, se possa manifestar noutra forma enfermiça?
RAMATIS: — O fato de a ciência haver encontrado o “meio” ou o agente que materializava à luz do mundo físico o morbo oculto no perispírito, ou ter acrescentado o elemento que faltava para a saúde do enfermo, não é garantia suficiente para se extinguir a causa enferma, pois apenas eliminou-se um efeito verificável pelo aparelhamento de conhecimento médico terreno.
Assim como a “descida” dos fluidos tóxicos do perispírito provoca a proliferação perigosa de certos germes para o corpo físico, também pode neutralizar um tipo de hormônio, fermento, suco ou vitamina, surgindo então a carência que é anotada objetivamente.
Sem dúvida, feita a recomposição vitamínica, também há de desaparecer o efeito mórbido correspondente e que a ciência pudera diagnosticar; no entanto, na intimidade do ser, o morbo que destruía a vitamina faltante ou perturbava o mecanismo que a assimilava continua atuando sobre outro elemento orgânico e que mais tarde a Medicina fixará sob novo surto patogênico.
Não há dúvida de que muito se deve às pesquisas médicas louváveis e aos abnegados trabalhos de experimentação laboratorial, que puderam corrigir inúmeras doenças graves que dizimavam criaturas na forma de temíveis flagelos insolúveis.
Já vos dissemos que, se não fora o médico ajudando o encarnado a drenar seus tóxicos de modo suportável, pois o atende e o alivia, evitando-lhe a completa saturação patológica, de há muito tempo o vosso mundo seria apenas um aglomerado de seres alucinados!
Por isso, no seu devido tempo, o Criador encaminhou à Terra os espíritos missionários que se devotaram completamente às pesquisas e experimentações médicas, com o fito de sustar determinada manifestação patogênica a estenderse em demasia no gênero humano. Graças a Fijkman, Funk e Cooper, o beribéri pôde ser dominado, apenas atendendo-se à carência de vitaminas B1 e B4; Lind liquidou o escorbuto, descobrindo o mal da falta da vitamina C; Koch e Hansen identificaram os bacilos da tuberculose e da lepra; Pasteur consegue a vacina anti-rábica; Benting e Best prolongam o curso de vida dos diabéticos com a descoberta da insulina; surge a sulfanilamida extinguindo grande lastro das infecções mais perigosas e Fleming alivia muitas “provas cármicas” ante a sua extraordinária penicilina!
Esses benfeitores da humanidade acudiram-na no devido tempo, eliminando sintomas e efeitos molestos que já ameaçavam mais perigosamente o campo da vida humana e impedindo a desintegração patogênica da carne.
E por isso que de tempos em tempos Deus equilibra a vida terrena, atendendo às necessidades do corpo com o envio de espíritos que se encarnam devotando-se à Medicina; ou então ajudando a esclarecer o espírito da humanidade pelo sacrifício de missionários de alta pedagogia espiritual, tais como Hermes, Crisna, Confúcio, Zoroastro, Buda, Kardec, Hendel, Blavatsky e muitos outros que se devotaram a clarear o caminho interno da alma, em que Jesus é o sublime sintetizador divino!
Uns, pois, cuidam da saúde do corpo carnal; outros surgem no vosso orbe exclusivamente devotados ao restabelecimento da saúde espiritual e comprovando, realmente, que os efeitos molestos observados no organismo físico hão de desaparecer quando se extinguirem as causas patológicas enraizadas na profundidade da alma.
Eis porque as doenças podem ser mudadas, substituídas ou aparentemente eliminadas, sem que por isso a energia psíquica mórbida que as alimenta tenha sido eliminada ou sequer modificada em sua essência molesta, da mesma forma como a mudança de lâmpadas coloridas não altera a natureza da força elétrica.
A idéia central da vida é a harmonia, constituindo a saúde humana uma prova do funcionamento perfeito e disciplinado do organismo carnal em admirável sintonia com o ritmo e o comando espiritual.
Embora a sulfanilamida seja valiosa numa peritonite, a penicilina estacione a proliferação perigosa dos microrganismos invasores ou a cloromicetina debele o surto perigoso do tifo, a verdade é que só pode ocorrer a virulência na carne do homem enquanto ainda existirem resíduos mórbidos no seu perispírito.
PERGUNTA: — Temos observado, na leitura de alguns artigos sobre Medicina, que já existe certa tendência de alguns médicos para considerarem o câncer como uma doença capaz de ser provocado pelo psiquismo do enfermo. Cremos que essa nova atitude médica indica as primeiras simpatias para com a terapêutica espiritual do futuro, a que tendes aludido em vossas comunicações anteriores; não é assim?
RAMATIS: — Realmente, alguns médicos terrícolas já possuem relatórios e estatísticas sobre a evolução de certos tumores cancerosos, comprovando que determinadas alterações favoráveis ou desfavoráveis, que se processam nos mesmos, sintonizam perfeitamente com o caráter, o estado mental e as condições psíquicas do enfermo na época do exame.
Enquanto alguns enfermos mais otimistas melhoram suas crises cancerígenas, os pessimistas agravam-nas visivelmente.
Alguns diagnósticos precoces do câncer mais tarde modificaram-se para melhor conceito em sua apreciação médica porque, em face da maior resistência psíquica do enfermo, o tumor ainda incipiente foi absorvido pelo próprio organismo e sem necessidade de qualquer intervenção terapêutica ou cirúrgica posterior.
E a própria medicina que assim comprova não existir apenas uma doença isolada chamada “câncer”, no corpo carnal, mas que é o espírito enfermo que, de acordo com as suas características mentais e condições psíquicas, tanto pode apresentar a etiologia cancerosa como apenas um simples resfriado.
Os médicos antigos, inclusive Ambrósio Paré, pressentindo a influência do psiquismo nos doentes, costumam situar as moléstias humanas sob o preciosismo dos “humores”, julgando-os responsáveis por determinados estados de alma, como a melancolia, o desânimo, a ansiedade, a angústia ou a preocupação enfermiça, apresentando alterações debaixo das emoções superexcitadas.
Certas criaturas temperamentais assemelham-se a um vaso de líquido nocivo repleto até a horda; basta-lhes apenas acrescentar uma gota a mais, para então extravasarem sob condenável descontrole que é facilmente levado à responsabilidade de doença nervosa.
Embora já se encontrem saturadas psiquicamente pelo morbo pernicioso trazido de vidas anteriores, ainda o irritam, e sobrecarregam-se com nova quantidade de toxismo produzido na vida atual.
Basta-lhes, então, um novo ataque de cólera, de ciúme, um insulto a mais, uma grande decepção, um estado de inveja mais prolongado, para surgir o câncer de modo espontâneo e se desenvolver rapidamente.
E como a carga do psiquismo mórbido atuando no corpo físico produz o desânimo, a melancolia, o pessimismo ou o desespero, aqueles que sob tais condições prejudiciais não empreendem uma reação psíquica otimista, tornam-se os candidatos eletivos às enfermidades incuráveis e à morte mais breve.
Daí o motivo de nossa teimosa insistência em advertir-vos de que, ante qualquer surto de enfermidade, quer se trate da mais suave intoxicação hepática ou do câncer tão temido, a primeira medicação de urgência, mais aconselhada, ainda deve ser o restabelecimento do domínio mental do enfermo e a sua urgente renovação espiritual.
As paixões violentas, quando domesticadas e sob o controle do espírito, tornam-se energias úteis e criadoras no campo do magnetismo do ser.
E, apesar de inúmeras descrenças e da ironia das criaturas chamadas mais intelectualizadas, é a evangelhoterapia o recurso mais eficiente para ajudar a alma no controle de suas impulsividades perigosas!
Não havendo doenças, mas doentes, estes devem-se esforçar o máximo possível para curar o seu espírito, embora comprovem que o tóxico descido da vestimenta perispiritual já lhes atingiu a carne pois, assim que se extinguir o foco maligno sediado na intimidade oculta da alma, é fora de dúvida que também se extinguirá a enfermidade, da mesma forma como a planta daninha morre assim que lhe cortem as raízes.
É o próprio organismo que combate e vence a moléstia, atuando com os seus recursos naturais, e por esse motivo qualquer renovação mental e emotiva do enfermo transforma-se em salutar contribuição energética elevada, para a maior facilidade de cura.
Mesmo entre as mulheres acometidas de câncer, as reações mais favoráveis contra a enfermidade verificam-se nas mais resignadas, cujo espírito não se tortura pelo medo ou pelo desespero, mantendo a fé e a confiança nos objetivos superiores da vida criado por Deus.
As que são mais afetivas, bondosas, alegres, generosas e inimigas da maledicência ou quizilias cotidianas conservam um estado de espírito positivo e resistente a muito acontecimento desagradável.
Sabe-se que o câncer é menos pródigo nos retardados mentais ou mentalmente apáticos, isso comprovando que o fato de o psiquismo permanecer a distância das aflições e desatinos mentais conscientes ou deliberações propositadas, também resulta da falta de alimentação mórbida para o desenvolvimento cancerígeno.
Podeis notar que o câncer é mais frequente nos homens inquietos, ansiosos, temperamentais, medrosos, neurastênicos e hipocondríacos, cujos estados mentais e emotivos, superexcitados, parecem acelerar o esgotamento do tóxico psíquico para a carne.
PERGUNTA: — A Medicina tem empreendido intensa luta contra o câncer, com a instituição de campanhas laboriosas e cruzadas de alertamento popular, fazendo exposições adequadas, a fim de reduzir a incidência dessa moléstia tão temível. Que dizeis dessas providências?
RAMATIS: — É fora de dúvida que, devido a essas campanhas, veio ao conhecimento da massa comum uma enfermidade que era pouco compreendida em suas características mórbidas e ainda confundida com outras moléstias bem mais inofensivas.
Mas, como a própria Medicina já deve ter provado que a maior ou menor virulência do câncer depende muitíssimo do estado psíquico do paciente, é evidente que qualquer cruzada profilática sobre o mesmo deve ser efetuada com certa prudência e severa orientação psicológica pois, do contrário, o seu efeito pode ser até pernicioso e tornar-se alarmante, fazendo recrudescer o pavor e a angústia entre as criaturas mais pessimistas e facilmente sugestionáveis.
As mais impressionáveis passarão a viver sobressaltadas ante a presença de inofensiva verruga, quisto sebáceo, sinais, pintas, bolotas ou alteração de cor na pele; a mente assustada e mórbida encher-se-á de preocupação contra o câncer em face de qualquer contusão demorada, gastralgia, resfriado, dispepsia, diminuta hemorragia, rouquidão ou estado febril.
Há que evitar-se, pois, os extremos desaconselháveis, seguindo-se a própria advertência popular de que “nem tanto à terra, nem tanto ao mar”.
A mente humana é usina de força, cuja voltagem fica sob o controle e o equilíbrio do espírito; essa força tanto pode ativar as células do organismo e nutri-las sob um estado de salutar harmonia e construtividade, como também desorganizá-la em sua simbiose energética, devido à incessante atuação mórbida do medo e da angústia.
Sendo certo que um pesar longo ou um fracasso amoroso tem força suficiente para perturbar as faculdades mentais de certas criaturas mais débeis, é óbvio que isso é fruto do pensamento mórbido e incessante atuando na base eletrônica de coesão e crescimento das células cerebrais.
Assim como essa força mental morbosa projetada sobre o cérebro causa a “loucura das células cerebrais”, é evidente que o medo, a angústia ou a idéia fixa do câncer também podem intervir desordenadamente na aglutinação celular de algum órgão ou região orgânica vulnerável, colimando, realmente, por manifestar a doença tão temida!
Que é o câncer senão o produto do veneno psíquico produzido pelo espírito nas suas desarmonias mentais e emotivas?
Embora seja razoável prevenir e orientar aqueles que ajudam a proliferação do câncer com a sua ignorância, desleixo e medo, advertindo-os de que o tratamento em tempo apresenta maiores probabilidades de cura, também é necessário não convergir exclusivamente para uma “entidade fantasma” denominada “câncer”, uma vez que o homem não é criatura semelhante a um motor, que se pode particularizar isoladamente as suas peças e funções mecânicas.
Nos bastidores do homem de carne palpita o espírito imortal movimentando as energias do mundo oculto, a fim de materializar no cenário da matéria os acontecimentos vividos pelo seu psiquismo.
Em virtude de serem primeiramente plasmados na mente os moldes de quaisquer acontecimentos sãos ou mórbidos, para só depois se concretizarem em ação no mundo físico, não convém manter a massa humana, que é facilmente sugestionável, sob uma incessante angústia mórbida, vivida sob a visão dos quadros enfermiços cancerígenos a sugerirem-lhe a possibilidade constante do câncer tão temido.
As imagens cancerosas incutidas persistentemente no entendimento apreensivo da população comum e ignorante, que confunde facilmente os esclarecimentos científicos ou iniciáticos, podem alimentar um estado psíquico de pânico mental, perturbando as linhas de sustentação do eletronismo molecular, dando azo a que realmente se mantenha uma situação de fixação mental capaz de alterar a coesão celular do órgão ou região orgânica mais vulnerável.
Sabe-se que os tipos mais nervosos são justamente os que apresentam maior predisposição para a patogenia das úlceras gástricas, pépticas e as colites insidiosas, pois a imaginação superexcitada os leva a considerar a mais leve fadiga estomacal ou cansaço intestinal como formações ulcerosas, contribuindo mais cedo para materializar na carne a conformação real daquilo que antes era simples suposição mental.
De conformidade com a lei de que “a função faz o órgão”, quando a mente atua demoradamente sobre determinado setor orgânico e plasma uma configuração doentia, ali também se exerce a opressão mórbida capaz de ajustar o modelo pensado em detrimento do que é definitivo.
Quase todos os hipocondríacos mantêm suas vesículas biliares em espasmo, o que lhes retarda as funções normais, tornando-as preguiçosas e com estases prolongadas; em conseqüência, enrijam facilmente pela pressão mórbida constante e aderem ao tecido hepático, ou então facilitam os processos da litíase.
Em nossas comunicações sobre a dor e o sofrimento, explicamos que o morbo acumulado no perispírito, durante as encarnações pretéritas, é um produto fundamental da mente e da emoção, quando o espírito desequilibra-se no curso ordeiro da vida psíquica.
E como a ordem e a harmonia psíquicas só prevalecem sob a prática das virtudes, como sejam o amor, a ternura, a coragem, o otimismo, a bondade, a filantropia ou a renúncia, é evidente que a desordem mental e emotiva, que enseja os prejuízos orgânicos, revela-se pelo ódio, pessimismo, avareza, medo, ciúme, inveja, melancolia, crueldade ou egoísmo!
Daí, pois, a necessidade de que as campanhas ou cruzadas de esclarecimento sobre o câncer não sejam tão mórbidas e imprudentes, capazes de semear o terror, a angústia, o pânico mental ou o pessimismo insuportável na mente sugestionável da massa comum.
O mecanismo da mente sobre o sistema nervoso e endocrínico, do ser humano, é muitíssimo delicado; e o medo é um estado mental que superexcita e eleva a tensão orgânica, motivo porque, à perspectiva de choques violentos sob tal condição, o organismo protege-se interferindo nos centros térmicos e até na composição dos hormônios.
Daí as quedas de temperatura, a palidez mortal e até o eriçamento dos cabelos na criatura, quando é vitima de sustos e terrores inesperados.
O “medo de morrer” e o “medo de ficar doente” terminam, paradoxalmente, por afetar o equilíbrio das próprias energias psíquicas que mantêm a harmonia celular do corpo físico, predispondo a criatura para os sofrimentos ou vicissitudes prematuras.
É por isso que o temor gerado pelas preocupações excessivas perturba visivelmente o funcionamento do sistema vagossimpático, alterando o compasso e o ritmo energético das funções digestivas.
Em consequência, existem aqueles que também se entregam facilmente à imagem mórbida do câncer e que, invertendo o objetivo dos esclarecimentos científicos, passam a alimentar associações de idéias enfermiças geradas pelo medo dos fantasmas dos sarcomas e epiteliomas expostos nas cruzadas médicas.
É muito importante refletir-se que, apesar dessas louváveis campanhas de esclarecimento popular contra o câncer, este recrudesce cada vez mais!
- Motivos da Recidiva do Câncer
PERGUNTA: — Podereis informar-nos como se produz a nova incursão cancerígena nos tecidos sadios adjacentes aos tumores extirpados ou membros amputados? Asseguram certos médicos que hasta o ingresso de algumas células cancerosas na circulação dos tecidos circunvizinhos para que então se manifeste novamente o câncer. É assim. mesmo?
RAMATIS: — Embora tenhamos subordinado algumas vezes estas considerações à disciplina da etiologia, patologia e terapêutica médicas do vosso mundo, desejamos frisar que o nosso principal objetivo ainda é o de examinarmos a parte cármica e psíquica do câncer, insistindo em vos dizer que a sua cura definitiva só é possível pela integração absoluta do homem aos postulados crísticos da vida espiritual.
Consequentemente, não podemos defender qualquer tese de contribuição acadêmica para a cura definitiva do câncer, e que se situe sob as exigências das minúcias da nomenclatura médica, porquanto o próprio “médium” que recepciona o nosso pensamento não é médico e sua faculdade é intuitiva, bastando-nos que já explique razoavelmente a ação da Lei Cármica disciplinando a manifestação cancerígena.
O câncer, embora não se possa provar o seu contágio frontal entre os seres humanos, sob visível observação de laboratório, é capaz de ser transplantado ou contagiar o mesmo hospedeiro que já o manifestara anteriormente.
É por isso que alguns cancerologistas argumentam não ser conveniente praticar-se qualquer incisão cirúrgica nos neoplasmas, nem mesmo no caso da biopsia, para comprovar-se o diagnóstico de sua malignidade, pois asseguram que as células cancerosas podem-se irritar, propagando-se morbosamente pelo organismo do paciente.
No entanto, sabemos que a recidiva da rebelião celular só se efetua quando também continua a alimentação mórbida oculta, no perispírito, pois a energia letal mínima, que algumas células físicas possam carregar no seu núcleo e afetar a intimidade dos tecidos sadios circunvizinhos ou a distância, não é suficiente para produzir novo foco cancerígeno secundário.
Neste caso é o próprio indivíduo (que ainda se encontra contaminado astralmente) que nutre o terreno mórbido para novo surto de câncer.
As criaturas que já estão isentas de qualquer resíduo mórbido não são capazes de nutrir o terreno para novos neoplasmas malignos e nem serão contagiadas, mesmo quando forem inoculadas com o conteúdo de qualquer tumor cancerígeno.
Também não existe uma hereditariedade de pais para filhos, no sentido específico de transmissão física dos genes mórbidos do câncer, mas às vezes pode acontecer que participem da mesma família descendentes consanguíneos com muita afinidade psíquica e também eletivos para o mesmo tipo de doenças.
O cancerologista então se surpreende quando, ao estudar os ascendentes biológicos hereditários, do canceroso, comprova que um dos seus progenitores sucumbiu de câncer, o que então lhe fortalece a convicção de existir a transmissibilidade infecciosa sob as leis físicas.
Em geral, as células cancerígenas não transportam vírus astrais suficientes para desencadear outra ação infecciosa quando se transferem pela via sanguínea ou linfática após a operação ou radioterapia.
Na verdade, é o mesmo agente oculto, ou elemental primário subvertido, causador da primeira tumefação que, atuante no mundo astral, desce da contextura do perispírito e, através do “duplo etérico”, converge para a carne e provoca a recidiva, assim que se lhe oferece nova oportunidade mórbida.
O câncer só estaciona ou se extingue, no seu curso destruidor, quando também haja-se esgotado totalmente para o corpo físico o conteúdo tóxico astralino ou volatilizado do perispírito por força mental de alto nível espiritual.
Desde que haja sido vertido todo o veneno psíquico para a carne, o cirurgião, ao extirpar um órgão ou membro contaminado, também elimina com a tumoração a derradeira carga mórbida oculta, desaparecendo assim qualquer probabilidade de recidiva cancerígena.
PERGUNTA. — Poderíeis dar-nos algum exemplo algo material, que pudesse esclarecer-nos melhor esse assunto?
RAMATIS: — Repetimos: a recidiva cancerosa só ocorre quando ainda continua a circular o elemental virulento no perispírito do operado e capaz de nutrir nova tumoração.
Quando o cirurgião opera, apenas elimina o “ponto de apoio” físico em que se firmava subrepticiamente o “miasma” invisível e responsável pela desarmonia na base coesiva das células, porquanto é perfeitamente lógico que os ferros cirúrgicos não podem exterminar o processo mórbido do perispírito.
Porventura, deve-se considerar esgotada a água de um reservatório, só porque se retira dele um vasilhame cheio de líquido?
É fora de dúvida que, aberta novamente a torneira, o líquido há de extravasar.
Em analogia rudimentar, poderíamos dizer-vos que a simples extirpação dos tumores cancerígenos não significa a retirada do último balde de água do reservatório mórbido do perispírito, motivo pelo qual a mutilação cirúrgica não proporciona a cura definitiva do enfermo.
Os espíritas, os esoteristas, os teosofistas e os rosacruzes sabem que, entre o corpo carnal e o perispírito, o homem ainda possui um outro veículo energético chamado “duplo etérico”, o qual é portador dos centros de forças etéricas ou “chacras”, que são responsáveis pelas relações mútuas entre os dois mundos.
Quando o indivíduo “morre” ou desencarna, o corpo etérico, que é provisório e só presta serviço ao encarnado, se dissolve no ar, à superfície do túmulo.
Em noites de verão seco, em que há excesso de magnetismo na atmosfera, algumas criaturas mais sensíveis chegam a notar a dissolução do “duplo etérico” sobre as sepulturas dos cemitérios.
A sua luminosidade etérica fica fosforescente — devido ao atrito com outras energias circulantes e da decomposição cadavérica — o que faz o vulgo criar a história do “fogo fátuo” e a lenda do boi-tatá.
O duplo etérico, situado entre o corpo físico e o perispírito do homem, serve de canal para a descida do resíduo cancerígeno, que se transfere novamente para a carne após a ablação de qualquer órgão ou amputação de algum membro canceroso.
E por vezes essa nova incursão é ainda mais virulenta e irritada ao formar outra vez o neoplasma maligno, e desanima o mais abnegado cirurgião que se tenha devotado hábil e demoradamente a eliminar o menor resquício de tecido enfermo.
PERGUNTA: — Poderíeis configurar-nos por hipótese, algum exemplo mais objetivo de qualquer órgão ou membro do corpo físico que, depois de operado, se tornasse canceroso devido a nova incidência do elemental primário e mórbido, que dizeis atuar pelo perispírito?
RAMATIS: — Suponde, então, um indivíduo que, por hipótese, apresente uma formação cancerígena no dedo anular da mão esquerda; depois de habilmente amputado o dedo canceroso, eis que o câncer o ataca ocultamente, atingindo também os tecidos da mão.
É indubitável que o cirurgião especialista no gênero, prevendo uma nova incursão cancerosa, não hesita em cortar a mão afetada, evitando assim que o braço do paciente seja atingido.
Mas, realmente, a enfermidade insidiosa persiste sorrateiramente; amputada a mão, eis que o antebraço também se mostra infeccionado e, sendo cortado este, é preciso, depois, decepar o resto do braço já irremediavelmente contaminado, enquanto o morbo prossegue em sua excursão impiedosa até levar fatalmente o enfermo ao túmulo, embora a Medicina mobilize todos os seus mais eficientes recursos.
Sob a nossa visão espiritual, então observamos que esse fenômeno mórbido de recidiva cancerígena processa-se independentemente do contágio propriamente físico, ou da incursão das células afetadas na circulação da rede sanguínea ou linfática.
O tóxico subversivo age através do duplo etérico, intermediário entre o perispírito e o corpo físico, e concentra-se novamente sobre os órgãos ou membros que se apresentem mais vulneráveis após as extirpações cirúrgicas.
Quando o médico corta o dedo afetado do seu paciente, apenas susta por algum tempo a descida do morbo cancerígeno, por extirpar-lhe a zona de vertência morbosa para a carne, e que depois prossegue pelo braço do perispírito, desce mais adiante, convergindo para a mão e, sucessivamente, pelo antebraço e braço, que vão sendo respectivamente amputados como medida desesperada de salvação.
Combalindo-se o enfermo pelos consecutivos choques anestésicos e operatórios, que envenenam-lhe o fígado ou o pâncreas, e amargurado psiquicamente pelas constantes mutilações, ainda se torna campo mais favorável para a reincidência tóxica, na forma de nova tumoração, a lembrar detestável vasilhame vivo de veneno!
- Considerações sobre a Cirurgia e Radioterapia no Câncer
PERGUNTA: — Que dizeis sobre o tratamento do câncer pela radioterapia? Enquanto alguns médicos o consideram de efeitos surpreendentes, outros o condenam como de efeito pernicioso sobre o organismo humano!
RAMATIS: — Sabemos que a Cancerologia também considera a radioterapia como um dos recursos bastante racionais para o tratamento dos sarcomas e epiteliomas que, sendo neoformações celulares invasoras atacando o tecido conjuntivo e epitelial, não têm a estrutura dos processos inflamatórios.
Há 5.000 anos, mais ou menos, os egípcios já cauterizavam com metal em brasa os tecidos cancerosos, o que apresenta certa analogia com o processo aplicado pela radioterapia.
Embora se trate de operação capaz de desintegrar as excrescências anômalas em sua função terapêutica, os próprios médicos advertem que os raios desintegradores devem ficar exclusivamente circunscritos à área enferma objetivada, a fim de não lesarem os demais tecidos sadios, nervos e órgãos delicados adjacentes.
As radiações em excesso podem afetar e influenciar a corrente sangüínea, atuando diretamente sobre os órgãos hematógenos responsáveis pela produção de sangue, tais como o fígado, o baço e a medula óssea.
Quando a radiação é demasiadamente forte, chega a reduzir a formação dos glóbulos brancos e a provocar a morte pela leucopenia; sob determinada freqüência radioterapêutica, pode-se dar o fenômeno oposto, em que a proliferação dos mesmos glóbulos brancos gera a fatal leucemia.
A radiotermite costuma lesar os tecidos delicados, a medula óssea se congestiona e pode mesmo se liquefazer, enquanto o baço diminui de tamanho; em alguns indivíduos menos resistentes, degeneram as gônadas ou glândulas masculinas e, em certas mulheres, atrofiam-se os folículos de Graaf, tendo-se verificado a esterilidade em ambos os sexos.
As radiações excessivas na forma de calor, conforme aconteceu com as nucleares produzidas pela bomba atômica sobre Hiroxima e Nagasáqui, causaram no corpo humano queimaduras, hemorragias, vômitos, necroses, calvície instantânea, liquefação de tecidos e posteriormente, tumores cancerosos e leucemia.
Quanto à sua influência na formação dos genes, ensejou o nascimento de seres anormais, abortos, natimortos, prematuros, deformações e outras aberrações agrupadas pela Medicina em suas tabelas teratológicas.
Malgrado algumas soluções benfeitoras conseguidas pela radioterapia, ela ainda não alcançou a porcentagem de curas de câncer que a Medicina previa entusiasticamente no início de sua aplicação.
Insistimos em dizer-vos que, embora todos os esforços médicos nesse sentido sejam louváveis, a unidade e a coesão vital do organismo humano dependem particularmente de “leis biológicas” que podereis considerar as contrapartes, atuantes na matéria, das próprias leis espirituais que governam o Cosmo e se entrelaçam com todas as manifestações da vida microcósmica e a vida macrocósmica.
Em consequência, a radioterapia não será o recurso exclusivo e capaz de restabelecer o poder central do espírito ainda perturbado no corpo humano, que alimenta o câncer.
Da mesma forma, extirpando-se o tumor canceroso ou abortando-lhe o crescimento anômalo, não se infere que com essa providência isolada desapareça em definitivo a causa enferma oriunda da desarmonia espiritual.
Quando a terapêutica se dirige unicamente para a doença local ou tumoração, o que pode ser apenas o sintoma isolado da causa oculta no psiquismo doente, o êxito sempre será duvidoso e raro!
Paradoxalmente, o morbo cancerígeno ainda pode ser evocado mais rapidamente do perispírito para a periferia da carne pelo abuso de raios X, desequilíbrios nutritivos, vacinoterapia, intoxicação medicamentosa mineralizante, soroterapia, emissões mortíferas de minérios radioativos, lençóis líquidos e desintegração atômica.
No entanto, esses são apenas os agentes reveladores do câncer sob condições de saturação mórbida na estrutura biológica e vulnerável do ser; na realidade o conteúdo tóxico já existia latente na veste perispiritual e sua descida coincide com alteração de outros elementos perturbados por intervenções exteriores.
PERGUNTA: — Será menos conveniente o tratamento radioterápico no caso do câncer?
RAMATÍS: — Cremos desnecessário repetir-vos mais uma vez que a preferência por este ou aquele tratamento, no caso do câncer, não liquida a causa morbosa de ordem psíquica, que só será solucionável em definitivo quando a humanidade também alcançar a freqüência crística de alto nível da vida sadia espiritual.
A nossa principal preocupação ainda é ressaltar-vos que, malgrado o aparato e os recursos médicos modernos, a humanidade terrena ainda permanece algemada a um círculo vicioso patológico, mudando as características exteriores das doenças, assim como também varia em seus desatinos mentais e emotivos!
Quando aludimos à radioterapia, cirurgia, quimioterapia e outros processos terapêuticos, e às várias hipóteses médicas sobre a proveniência exata da moléstia, procuramos advertir-vos de que, sob todo esse aparato e pressuposições semeando esperanças novas, persiste o veneno insidioso gerado pela mente humana em desequilíbrio, de cuja atuação deriva a desarmonia na rede de sustentação do eletronismo das células.
Não pretendemos aconselhar o canceroso a servir-se unicamente de um método terapêutico da Medicina oficial, porquanto também variam os êxitos em cada indivíduo e em perfeita correspondência com a sua responsabilidade cármica.
Certas vezes a radioterapia compensa com soluções satisfatórias; doutra feita, o êxito é pela cirurgia ou, ainda, na prescrição de recursos quimioterápicos, comprovando-vos que todos os esforços médico-terapêuticos compreendem objetivos inspirados pelo Alto, ajudando o enfermo a prolongar sua existência física e a suportar o fardo cármico.
Mas, em geral, a terapêutica terrícola ainda exige certa cota de sacrifícios e decepções dos enfermos, porquanto a humanidade ainda não faz jus ao êxito absoluto na eliminação do sofrimento, uma vez que, sendo curada a doença, infelizmente permanece o psiquismo doente!
O medo da doença e o terror da morte não favorecem a natureza do homem para ajudá-lo ao reajuste mais breve após o desequilíbrio mental e emotivo; ele precipita-se desesperado e se entrega afoito a qualquer processo médico, desde que obtenha imediato alívio ou lhe seja assegurada a cura e o afastamento do perigo de abandonar a carne.
O uso muito frequente dos raios X é nocivo e, infelizmente, as criaturas se entregam com muita familiaridade aos seus efeitos desintegradores ante o incômodo mais singelo pois, embora exaltandose a feliz descoberta de Roentgen, o seu excessivo tratamento também aumenta os riscos do câncer no sangue.
As criaturas que por qualquer motivo se vivem expondo demasiadamente às chapas radiográficas, cujo tipo de perispírito absorve facilmente o magnetismo denso, podem-se tornar prováveis candidatas ao câncer futuro, dependendo o prazo de conformidade com a sua resistência orgânica e ausência de agentes cancerígenos exógenos.
Há o perigo de transformarem os seus corpos numa espécie de depósito de substâncias radioativas, que passam a circular nocivamente pelo seu “duplo etérico”, afetando as relações normais entre o seu perispírito e o corpo carnal.
Alguns cientistas, tendo estudado o passado enfermo de certos cancerosos, surpreenderam-se com o grande número de pacientes que já haviam-se submetido longamente aos efeitos da radioterapia, através do emprego do rádio ou dos raios.
Conforme afirmam renomados cancerologistas do vosso mundo, o câncer produzido pela radioatividade desafia depois qualquer tratamento benfeitor, pois a região afetada estende-se cada vez mais em sua área de perturbação vital.
Aliás, não vos deve ser estranha a quantidade de cientistas radiologistas que foram sacrificados pelo efeito desintegrador do material radioativo do equipo de raios X, tais como Parker, Fuchs, Egelhof Dodd, Macliketh nos Estados Unidos, Jean Bergoné na França, Spence e Hall-Edwards na Inglaterra, Schoenberg na Austria e Alvaro Alvim no Brasil.
PERGUNTA: — Tendes aludido à possibilidade de intoxicação medicamentosa mineralizante, no caso de câncer, podeis explicar-nos como é isso?
RAMATIS: — Certos medicamentos excessivamente mineralizantes também produzem efeitos cumulativos e perniciosos no organismo humano, donde a possibilidade de se manifestar câncer proveniente de intoxicação medicamentosa.
No futuro, a Medicina também se defrontará com um novo quebra-cabeça sobre a etiologia do câncer, quando verificar que os antibióticos — atualmente usados a granel ante o resfriado mais singelo — minam também a coesão e procriação de inúmeras coletividades microbianas responsáveis por importantíssimas funções orgânicas e reconstituição anatômica do homem.
Como o antibiótico não conduz endereço certo para atacar exclusivamente um determinado conjunto de germes que foi visualizado pelo médico, embora os classifiquem de estafilococos ou estreptococos, ele fere também as outras aglomerações microbianas que sustentam os complexos fenômenos da vida física, ensejando perturbação danosa na rede bioeletrônica e produzindo o terreno para os neoplasmas malignos.
Lembrando-vos a inutilidade de represar o morbo que lesa o organismo carnal e provém do psiquismo desordenado, cremos que, no curso de qualquer enfermidade, o mais sensato sempre seria despertar as energias espirituais do enfermo, ajudando-o a cooperar com a natureza orgânica repleta de sabedoria e de iniciativa terapêutica instintiva.
A farmacologia moderna, quando não é absolutamente inócua devido à inescrupulosidade dos seus responsáveis ,pelo lucro fácil, certas vezes é demasiadamente violenta pela sua metralha mineralizante, provocando reações químicas no corpo, que muitas vezes divergem completamente dos experimentos de laboratórios e ultrapassam as previsões médicas.
Existem fatores ocultos, no organismo humano, que ainda escapam ao entendimento do cientista muito aferrado ao dogmatismo acadêmico sobre o comportamento da matéria.
As vezes são sacrificados órgãos sadios e perturbam-se as funções harmônicas, devido ao massacre indistinto das coletividades microbianas destinadas à recomposição das células, e isso apenas para atender moléstias de consequências menos graves.
Esse bombardeio indiscriminado, no seio do mundo vivo do microcosmo, perturba de tal modo o sistema bioeletrônico de garantia harmônica das células e dificulta mesmo a transmissão dos genes na linha hereditária de modo tal que não será muito difícil, no futuro, que um simples espirro mal controlado venha a provocar a eclosão do câncer no homem, tal a violência que ele exerce atualmente nas bases do seu edifício atômico!
PERGUNTA: — Em certa resposta a uma de nossas perguntas, dissestes que a homeopatia também produz algum efeito curativo sobre o câncer. Poderíeis dizer-nos algo a esse respeito?
RAMATIS: — Os medicamentos homeopáticos, principalmente os de alta dinamizarão, como na dosagem de 1.000, 10.000 ou 100 mil, são extremamente ativos na sua ação energética e podem atingir profundamente o campo de magnetismo sutilíssimo da contextura do perispírito.
Eles são bastante potencializados ou radioativados, apresentando seus campos eletrônicos muitíssimo acelerados e emitindo vigorosas correntes de partículas infinitesimais em alta velocidade, que depois se transformam em cargas energéticas desintegrantes das massas de astralidade inferior ainda aderidas ao perispírito do enfermo.
Aliás, a própria Medicina moderna já reconhece o valor de diversas energias ocultas, pois as utiliza através de aparelhamento elétrico apropriado, tal como os de infravermelho, ultra-sons, ultravioleta e outros tipos em vias de breve descoberta, e que podem desintegrar manchas, excrescências e formações parasitárias nocivas ao corpo físico.
A homeopatia, conforme já vos explicamos com maiores detalhes em recente comunicação mediúnica, é terapêutica energética que age no corpo humano à semelhança de um catalisador.
A sua função principal, atuando como notável fermento oculto, tem por escopo despertar as energias adormecidas na intimidade orgânica e acelerar-lhe as reações eletrônicas.
O seu êxito advém justamente do fato de operar com mais resultado na contextura do perispírito e combater pelo bombardeio das suas partículas infinitesimais o próprio elemental de astralidade inferior que alimenta o câncer.
Não há dúvida de que, por se tratar de uma terapêutica muito sensível e puramente energética, também exige do enfermo toda a sua colaboração espiritual possível, aliada à maior economia de suas forças vitais, que despertam pela ação catalisadora homeopática.
A modificação interior do enfermo, o seu domínio sobre as paixões e os vícios desatinados, não só lhe sublimam as forças de sustentação espiritual superior, como ainda aproveitam o energismo da homeopatia para a recuperação do corpo carnal.
Conhecemos casos em que determinadas criaturas eletivas ao câncer nem chegaram a materializá-lo na carne porque, estando submetidas a tratamento homeopático devido a outras doenças mais inofensivas, o médico homeopata, ao lhes prescrever o medicamento constitucional e afim ao seu tipo psicofísico, logrou restabelecer o energismo perturbado na rede biomagnética.
PERGUNTA: — Não poderíamos supor que esse êxito homeopático poderia ser uma intervenção prematura naqueles que deveriam sofrer, por lei cármica, a prova do câncer?
RAMATIS: — O câncer não é prova determinantemente expiativa, para se liquidarem culpas pretéritas; é apenas uma fase do processo sideral para o espírito expurgar seus venenos, que o tornarão desventurado no Além.
O fatalismo nesse caso é um só: a necessidade de se proceder à limpeza do perispírito drenando um tipo de tóxico específico elaborado nos momentos de desequilíbrios espirituais.
Desde que se pudesse efetuar essa drenação sem qualquer sofrimento, não haveria por parte de Deus qualquer propósito de impor a dor como castigo pelas faltas cometidas anteriormente.
Entretanto, dentro do cientificismo da Lei do Carma só existe esse meio que, ao ser empregado, provoca o sofrimento na descida das toxinas perispirituais para a carne.
Conforme já vos informamos anteriormente, as criaturas curáveis pela homeopatia são apenas aquelas que já apresentam certa condição psíquica eletiva para essa terapêutica tão delicada; que são dotados de alguma sensibilidade espiritual e menos animalizadas, tendendo sempre para a piedade, a confraternização humana a filantropia, a simpatia fraterna.
Os que são curados do câncer pela homeopatia, quer isso aconteça prematuramente ou mesmo depois de enfermos, é fora de dúvida que apresentam condições íntimas eletivas para a terapia das doses infinitesimais, assim como também já possuem melhores credenciais espirituais.
Mas aqueles que ainda conservam o seu perispírito sobrecarregado de toxinas psíquicas que foram acumuladas nas vidas pretéritas e que continuam a acicatá-las com novos impactos mórbidos, candidatando-se a novos expurgos tóxicos nas próximas encarnações, é óbvio que, embora se submetam a intensivo tratamento magnético ou homeoterápico, não lograrão nenhum êxito, porque o curso de uma existência física ser-lhes-á insuficiente para purgarem todo o veneno cuja densidade e quantidade resistem à sutileza da terapêutica energética.
PERGUNTA: — Conforme opinam autoridades abalizadas no assunto, as operações cirúrgicas retardam o desenlace final, e se conhecem casos em que a cura foi radical, embora as intervenções fossem efetuadas sobre tumoração avançada. Parece-nos que tal recurso contraria o Carma do doente canceroso, uma vez que, neste caso, a Medicina evita que ele sofra o resto de sua provação cármica; não é assim?
RAMATIS: — O processo cármico de drenação para a carne dos tóxicos circulantes no perispírito é acontecimento inabalável, que não pode ser desviado ou reduzido em sua marcha profilática.
Se o próprio enfermo pudesse sublimar-se instantaneamente para um alto nível angélico, então, sim, lograria a urgente volatilização dos seus venenos astrais.
De modo algum a cirurgia livra em definitivo o espírito enfermo do seu elemental mórbido e subvertido pelo mau uso no pretérito.
A extirpação de qualquer órgão ou membro canceroso apenas retarda o fluxo da purgação ou então o suspende até ocorrer nova metástase na vida atual ou em outra oportunidade de expurgo na próxima encarnação.
A quantidade de veneno ainda latente no perispírito aguarda somente novo ensejo favorável a fim de escoar-se outra vez para o corpo físico, cabendo a outro órgão próximo a sina cancerígena e o armazenamento do veneno restante em descenso.
É muito natural que os encarnados se socorram de todos os meios para fugir de suas provas purificadoras e encarem a dor e o sofrimento de modo diametralmente oposto ao que na realidade hão de apreciar depois que desencarnarem.
Enquanto deste lado fazemos votos para que os enfermos ou cancerosos se resignem o mais possível ante o sofrimento, a fim de expurgarem a maior quantidade possível de venenos incrustados na sua vestimenta perispiritual, livrando-os mais breve das angústias das encarnações físicas, eles se desesperam ante a mais débil manifestação de qualquer dor!
Embora o Alto tenha inspirado a Medicina para ajudar o terrícola a suportar o seu fardo cármico com estoicismo e resistência física, este exagera na sua garantia contra a dor e represa à custa de sedativos ou anestésicos o sintoma doloroso mais corriqueiro que, em geral, é um aviso biológico pedindo providências contra sofrimentos mais graves no futuro.
Deste modo, vive psiquicamente destreinado para enfrentar as grandes dores, enquanto deposita toda a sua fé na ventura ilusória da vida material e considera o sofrimento, que purifica, como uma situação indesejável que deve ser combatida a todo custo!
PERGUNTA: — Cremos que, diante de vossas considerações, alguns leitores hão de pressupor que não se deveria atender aos enfermos cancerosos, pois seriam perturbados no processo de sua expurgação tóxica e benfeitora para a carne e então precisariam transferir a prova dolorosa para a encarnação seguinte; não é verdade?
RAMATIS: — Embora alguém possa julgar desarrazoado ou incoerente o assunto que estamos ventilando, esse é o processo cármico de expurgação dos venenos da alma para a matéria!
Obviamente, a opinião dos encarnados não se pode harmonizar com a nossa opinião de desencarnados, em face do ponto de vista diverso sob o qual apreciamos a realidade espiritual, pois justamente o que na Terra significa desventura, em geral, é a porta abençoada que se entreabre para a criatura candidatar-se ao paraíso.
A expurgação dos tóxicos astralinos, causa da patogenia cancerosa, é assunto muitíssimo particular; na verdade, diz respeito ao próprio enfermo, que é o seu maior interessado e a quem cabe escolher o caminho que julgar mais certo para o seu caso.
Só com o fim de satisfazermos o sentimentalismo humano, não podemos ocultar a realidade espiritual da evolução humana e expor um panorama da vida que não perturbe a velha concepção da dor e do sofrimento, como seja a do pecado de Adão e Eva!
O espírito goza do direito de atenuar ou retardar sua prova dolorosa na Terra, e antes de se reencarnar determina as providências que acha mais adequadas para a sua vida material.
Depois de encarnado, tanto pode socorrer-se de todos os recursos médicos e anestesiantes do vosso mundo, quando teme a dor, como pode represar a descida dos venenos psíquicos que havia planejado esgotar.
E se o fluido cancerígeno for estorvado no seu curso e impedido de expurgar-se em parte ou no todo, não há dúvida de que, perante o cientificismo justo e benfeitor da Lei do Carma, o espírito candidata-se a nova prova de purgação tóxica correspondente à quantidade que ainda conseguiu deter no perispírito pela intervenção cirúrgica, cauterização, radioterapia ou outro processo violento.
Essa é a verdade sideral, malgrado não consiga satisfazer completamente o raciocínio de muitos encarnados.
Há muita diferença entre a Medicina precária de alguns séculos, quando o ser humano era tratado à semelhança de um animal submetido aos cautérios, vomitórios e às moxas chamejantes, e o trato médico moderno, em que o paciente, graças ao advento da anestesia, quase que só enfrenta as dores mais suaves da convalescença.
No futuro, quando a humanidade também apresentar melhor padrão de espiritualidade, a Medicina já terá abandonado o manuseio dos instrumentos cirúrgicos torturantes, e pesquisará na profundeza da alma a causa exata da enfermidade.
Tanto o câncer como qualquer outra enfermidade insidiosa comportam-se perante as leis espirituais do Cosmo como efeito exato da Lei Cármica de que "a cada um será dado segundo as suas obras".
Em consequência, a nossa opinião não teria força suficiente para torcer as leis espirituais, criadas por Deus, ou então modificar a patogenia do câncer, para alguns privilegiados poderem escapar pela tangente de sua responsabilidade milenária....
Embora os espíritos apelem pana a Providência Divina a fim de fugirem aos destinos atrozes que eles mesmos geraram no passado, a Lei imutável não faz distinções nem outorga privilégios; e, por isso, pagam tributo à patogenia do câncer criaturinhas adoráveis e recém nascidas, moços vigorosos e velhos laboriosos, bandidos e sacerdotes, homens cultos e homens analfabetos, criaturas belíssimas e seres deformados, mulheres santificadas e infelizes decaídas, homens solteiros e pais de numerosa prole, heróis abnegados e criaturas acovardadas, médicos devotados e pacientes estóicos, ricos e pobres, ateus e devotos!
PERGUNTA: — Mas não é um dever humano tentarem-se todos os esforços possíveis para a cura do câncer, mesmo que saiba tratar-se de uma expurgação psíquica benfeitora?
RAMATIS: — Infelizmente, o Carma da humanidade terrícola ainda é de expurgo drástico e exige recursos violentos que provocam padecimentos cruciantes nas criaturas, como no caso do câncer.
É justo que se procure o lenitivo e, por isso, aventam-se novas hipóteses terapêuticas, constroem-se custosos laboratórios com aparelhamento eletrônico, alimentam-se esperanças ante novas conclusões científicas baseadas em experimentos inéditos, enquanto os charlatões aconselham o uso de plantas, drogas e exorcismos misteriosos!
De vez em quando animam-se os cancerosos, pondo toda a sua fé numa raiz exótica ou em qualquer substância superativa ou absorvente; então acelera-se a sua dinâmica psíquica a ponto de produzir efeitos satisfatórios.
Conforme já vos temos ditado alhures, certas curas miraculosas, tais como as ocorridas em Lourdes, os milagres de Fátima, os sucessos dos taumaturgos do sertão ou das fontes milagrosas que atraem romarias de enfermos, devem-se mais ao fato destes dinamizarem em si mesmos o “detonador psíquico” gerado por intensa fé e confiança.
Então acelera-se todo o campo psicofísico do doente e se desatam músculos entorpecidos, substituem-se células aniquiladas e renovam-se as funções atrofiadas há longo tempo.
Mesmo após a hipnose, muitos pacientes, ao acordarem do transe, afirmam-se livres de certas dores, incômodos e até vícios que o hipnotizador ordenou-lhes esquecer na mente enfraquecida.
Mas, embora o canceroso tenha sido radioativado, mutilado pela cirurgia ou se intoxicado por excesso de quimioterapia, devido à pressa e o desespero para obter a cura física, só a terapêutica do Cristo ainda é a mais eficiente para restaurar a saúde do espírito eterno.
PERGUNTA: — Embora não tenhais opinado sobre se a cirurgia é aconselhável ou não no caso do câncer, pelo menos podeis dizer se de sua prática não resulta maior agravo para o canceroso, tendo em vista as leis espirituais que lhe disciplinam o resgate cármico.
RAMATIS: — Não conhecemos agravo sideral por isso, pois o mundo material, além de ser uma escola de educação espiritual, é eficiente laboratório de experimentos, onde a centelha divina, emanada do Espírito Cósmico, modela sua consciência de existir, saber e criar.
O espírito do homem pode viver alguns milênios entre equívocos, dores e sofrimentos, a fim de conseguir o seu aprimoramento espiritual, sem que isso lhe obstrua a felicidade eterna, que há de esplender-lhe após a compensação justa do seu passado de ignorância e desatinos.
Há de ser o anjo venturoso a substituir o homem cansado da marcha planetária e dos desenganos das formas perecíveis.
O sofrimento resignado aumenta a sua função espiritual purificadora e auxilia a mais breve liquidação das toxinas perispirituais.
Sob tal aspecto, é óbvio que a cirurgia do câncer não vai de encontro às leis espirituais, porque é o próprio espírito que decide apressar ou retardar a sua infecção astralina no perispírito.
Ressaltamos no entanto, que nenhum cirurgião pode guardar a presunção de curar enfermos ou cancerosos apenas porque lhes extirpa órgãos ou tecidos doentes.
Os ferros cirúrgicos não têm ação prática na renovação crística do espírito, embora possam corrigir carnes deterioradas, aliviar sofrimentos demorados, desviar ou suster o curso mórbido das toxinas milenárias que circulam pelo perispírito enfermiço.
As leis espirituais, imutáveis e sábias, determinam qual deve ser o peso específico magnético e a diafaneidade necessária para os espíritos se ajustarem aos mundos paradisíacos.
Naturalmente haveis de reconhecer que não podereis conseguir esse padrão espiritual à custa de intervenções cirúrgicas no corpo de carne, embora reconheçamos que elas atendem aos sentimentos fraternos da ciência humana.
Quando o espírito translúcido consegue elevar-se às regiões edênicas, para usufruir definitivamente a Paz e a Felicidade eternas, também não lastima os bilhões de horas-sofrimento, as milhares de intervenções cirúrgicas a que se submeteu, nem a extensa fila de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que convocou para solver as suas desarmonias físicas.
Quando então isso acontece, ele comprova que a saúde espiritual foi fruto de sua purificação através da dor, não como expiação de culpas, mas apenas como processo de aprimoramento.
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