Era uma vez um espírita - continuação
5º - Ajudou a aquecer perigosamente o planeta
“Em 2004 os livros escolares tiveram que ser revisados, pois eles costumavam dizer que era impossível um furacão aconteceu no Oceano Atlântico Sul.
Naquele ano, pela primeira vez na história, um furacão atingiu o Brasil.”
Vice-presidente dos Estados Unidos durante o mandato de Clinton (1993-2000),
All Gore
Segundo o relatório, o esterco do gado é responsável por grande parte das emissões dos gases que geram o Efeito Estufa. Entre alguns números divulgados na pesquisa, a FAO sustenta que pelo menos 9% das emissões de CO2 produzidas por atividades humanas são procedentes do setor da pecuária e que este produz uma proporção muito mais elevada dos gases mais prejudiciais que compõe o efeito.
Entre os gases procedentes do esterco a FAO cita o óxido nitroso (N2O), que tem quase 300 vezes mais GWP, Potencial de Aquecimento Global, do que o CO2. O setor gera 65% do óxido nitroso presente na atmosfera.
Os efeitos nocivos da poluição do ar causados pela pecuária são conhecidos há bastante tempo, mas nunca se pensou que o gado poderia contribuir decisivamente para aumentar a concentração dos gases.
O metano, produzido pelo arrôto das vacas, é 23 vezes mais nocivo ao ambiente que o CO2. Considerando-se que uma vaca pode produzir até 500 litros de metano em apenas 1 dia, não é difícil estimar os danos ambientais produzido por 150 milhões de cabeças de gado somente no Brasil.
As emissões de gás carbônico e metano são as principais responsáveis pelo aquecimento global, com todas as suas catastróficas conseqüências.
O gás carbônico é tido como vilão, porém o metano produz 21 vezes mais aquecimento que ele!
Pois esse mar de bovinos que cobre o planeta produz constantemente emissões imensas de metano, nos arrotos e gases intestinais da digestão.
Os ambientalistas eram alvos de ironias por apontarem o risco que isso significa, tido como irrelevante e folclórico.
Eram, até agora.
Na conferência da ONU em Bangcoc, em 4 de maio de 2007, o mais importante relatório sobre o aumento da temperatura da Terra foi produzido por cientistas de mais de 130 países.
Concluíram com uma série de oito recomendações para reduzir as emissões de gases nocivos e frear o aquecimento.
As sete primeiras se referem a fontes de energia limpa, substituir o petróleo, taxar a emissão de carbono, economizar combustíveis e mudar padrões de construção e transporte público.
A oitava: desestimular o consumo de carne vermelha, o que poderia reduzir as emissões de metano animal.
Note-se bem: essa recomendação é colocada em pé de igualdade com as outras.
Por que, entre tantas causas locais e globais, a teriam escolhido?
Seria porque é uma das que mais pesam?
Mais um dos efeitos, que são despistados, da proliferação de rebanhos para a indústria da morte.
6º - Preparou-se para adoecer
Permitido é ao homem alimentar-se de tudo que não lhe prejudique a saúde.
O Livro dos Espíritos, pergunta 722
O nosso espírita até já tinha ouvido as recomendações médicas de “evitem a carne vermelha”, mas não deu muita atenção.
O que ele não sabia é que estava montando uma bomba relógio que mais dia menos dia ia explodir — dentro dele.
Esse conselho médico é em função da gordura da carne.
Toda carne — e não somente a “gorda” — contém gordura (contida nos músculos, o que lhe permite a flexibilidade).
Uma vida de ingestão de carne é uma cuidadosa construção de doenças cardiovasculares, porque a gordura se deposita nas artérias, diminuindo o seu calibre.
O sangue não circula mais livremente, pressiona as paredes dos vasos.
Resultado: na meia-idade, a maioria das pessoas já toma medicamentos para hipertensão e colesterol, e é candidata potencial a infartos e derrames.
São as chamadas doenças da riqueza, que resultam da ingestão maciça de proteína animal.
Pesquisas médicas já mostraram a correlação entre o consumo de carne e cânceres de mama, ovário, próstata, intestinos.
Isso é fato, não suposição.
Mas o nosso espírita nunca levou muito a sério.
Pena que ele também não saiba que o reumatismo, a artrite, a gota e similares o aguardam no dobrar da esquina dos anos, de tocaia dentro da proteína animal dos seus bifes diários.
Como o organismo não pode utilizar tanta proteína, ele armazena o excesso, em forma de uréia e creatinina, nas articulações.
Ele se candidata a ser um sofredor inútil de dores evitáveis.
Imaginem se ele soubesse tudo o que está ingerindo de fato, invisível mas muito real, dentro desses churrascos e cheeses de frango... o saldo dos antibióticos, hormônios anabolizantes e vacinas que entopem as pobres vítimas animais.
Antigamente, um boi levava mais de um ano para chegar ao ponto de ser sacrificado.
Hoje, em seis meses ele vira dólar, graças à tecnologia dos anabolizantes — hormônios que vão impregnar a carne dele e dos consumidores.
A idade de abate de um frango passou de sete semanas ( 49 dias) , em 1970, para 41 dias, em 2000.
O peso de uma ave abatida passou de 1,8 kg para 2,2 kg, diz textualmente um agrônomo.
Será que a Mãe Natureza reprogramou o frango?
Não: foram os químicos acionados pela ganância humana.
Hormônios causam câncer — não por outro motivo deixaram de fazer reposição hormonal em mulheres.
A pobre esposa do nosso espírita não sabe que está preparando uma comidinha pré-cancerígena quando faz uma galinha para a família, sendo ela, possivelmente, a maior vítima potencial.
Ela também não sabe que, ao retirar da prateleira do supermercado aquela bandeja de carne “vermelhinha”, “tão fresquinha”, está sendo ***engodada.
*** engodada = enganada
Carne alguma mantém essa cor 24 horas depois de cortada; adquire um tom cinzento, horrível: a verdadeira cor do cadáver em vias de decomposição.
O espírita não gosta que chamem o cadáver de cadáver, quando ele se destina a sua mesa. Não entendemos bem por quê.
Para disfarçar isso, os produtores colocam nitratos — substâncias que tornam a carne vermelhinha e são altamente cancerígenos.
O espírita também desconhece, quando assa o seu churrasco de domingo, que está produzindo, com a carne assada, benzopireno — substância que causa câncer de esôfago e leucemia.
Cada quilo de carne assada tem quase a mesma quantidade de benzopireno que a fumaça de 600 cigarros.
E o pobre espírita, que tinha deixado de fumar...
E ele também está ingerindo o metilcolantreno, outro cancerígeno que se forma ao se cozer em alta temperatura a gordura da carne.
O nosso espírita sabe que adubos e pesticidas químicos impregnam as plantações e causam prejuízos terríveis ao seres humanos.
Só o que ele não lembrou é que as forrageiras também são encharcadas desses venenos, que irão parar na panela de sua casa com o guisadinho e os bifes.
Sem esquecer a adrenalina (um hormônio) produzida no estresse da morte, as toxinas (lixo metabólico) e a uréia que circulavam no organismo e que, quando o animal é morto, se impregnam na carne.
Ah, sim, e os microorganismos patogênicos: bactérias, vírus, protozoários;nenhum animal faz check-up antes de morrer, e como uns 40% (outros dizem que é a metade) da carne consumida no Brasil provêm de abatedouros clandestinos, as condições sanitárias são uma roleta-russa. Com todas as balas no tambor!
Câncer, prisão de ventre, alergias, colite, apendicite, reumatismo, gota, artrite, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, tudo isso está diretamente ligado ao carnivorismo.
Sem falar que as toxinas da carne envelhecem a pele e os tecidos, apressam a degeneração das células, baixam a imunidade, predispõem a invasões bacterianas.
Ninguém fala nada disso ao pobre espírita.
Claro, ele poderia ler a respeito, se cogitasse trocar de alimentação.
Abundam em toda parte livros, revistas, sites sobre alimentação vegetariana; médicos e nutricionistas têm advertido sobre os malefícios da alimentação carnívora.
Há povos e comunidades que dão exemplo, há séculos, dos benefícios do vegetarianismo.
Mas... Como disse Gandhi: “Os homens cavam o próprio túmulo com o garfo, diariamente”...
7º - Aumentou a violência do mundo.
Se tiverdes homens que excluam quaisquer das criaturas de Deus do refúgio da compaixão e da piedade, tereis homens que irão lidar de forma semelhante com seus companheiros humanos.
Francisco de Assis
De duas formas o consumo de carne auxilia o incremento da violênciano mundo, e ambas são igualmente eficientes.
A primeiraé mantendo a crueldade como algo admissível, e o sofrimento — dos outros — como aceitável.
Embotando a sensibilidade das criançaspara o que deveria causar-lhes piedade e horror: a matança e os maus-tratos às criaturas mais fracas, só porque não podem falar e acusar-nos. (Sentir dor, sentem.)
Isso mantém as criaturas insensíveis, brutalizadas.
Banalizamos a matança, o derramamento de sangue, o egoísmo diante da dor.
A terrível cena da matança de um boi, ovelha ou porco nos causa um horror que deriva da consciência da crueldade.
Se, portanto, a admitimos e exigimos para nos fornecer carne, concordamos que a crueldade é admissível desde que nos convenha, satisfaça ou traga vantagem.
Esse é exatamente o princípio, o valor que estamos ajudando a difundir.
E depois nos queixamos de que adolescentes homicidas o tenham aprendido tão bem.
Durante muito tempo, uma das principais tradições dos habitantes das ilhas Faroé (pertencente à Dinamarca, um país “desenvolvido”) é a brutal e sangrenta matança de baleias piloto.
Durante a primavera, esses mamíferos se aproximam ao litoral das ilhas, e todas as pessoas aguardam muito esse “grande dia”(?).
A banalização da morte de qualquer ser é a melhor forma de fazer com que se embote o sentimento de respeito à Vida.
O que falta no traficante de armas, no industrial que envenena a água do rio com seus químicos, no jovem que mata por um tênis o seu irmão e no adulto que mata por um bife o seu irmão menor.
Se nosso espírita achar que ensinar às crianças que fazer correr sangue é admissível desde que a vítima seja mais fraca, não pode reclamar quando vir nas páginas dos jornais a reprodução dessa lição cruel.
A segunda forma diz especialmente respeito aos espíritas, que conhecem a realidade dos planos invisíveis.
Melhor deixar falar André Luis, em Missionários da Luz, capítulo “Intercessão” (edição FEB, 1965), descrevendo a cena que ele e o mentor Alexandre presenciam num matadouro:
Diante do local em que se processava a matança dos bovinos, percebi um quadro estarrecedor: grande número de desencarnados, em lastimáveis condições, atiravam-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora.
Alexandre esclareceu-me com serenidade:
— Estes infelizes irmãos estão sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais.
São famintos que causam piedade.
Porque tamanha sensação de pavor, meu amigo?
Não visitávamos nós ambos, na Crosta, os açougues mais diversos?
Acercam-se os desencarnados, tão inferiores quanto já o fomos, dos animais mortos, cujo sangue fumegante lhes oferece vigorosos elementos vitais.
Esse elemento vital é o famoso ectoplasma, que reside no sangue, e além de saciar os desencarnados infelizesé o combustível energético para as operações fluídicas de complexas obsessões.
O fornecimento de sangue animal por atacado dá sustentação às maltas obsessoras que infelicitam indivíduos, atiçam as guerras, o consumo de drogas, homicídios e suicídios, contribuindo em larga escala para a violência crescente no planeta.
Diariamente, um verdadeiro banho de sangue animal cobre o planeta.
E do lado de lá, se repetem os processos de vampirização energética dos encarnados, de vinganças e obsessões — e de violência.
No capítulo “Vampirismo” da mesma obra de André Luis,o mentor Alexandre afirma: existem, sim, e em quantidade, entidades vampirizadoras do astral; e sob o espanto de André Luiz, declara:
— Bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros encarnados, e sugar-lhes a substância vital.
— Meu Deus! — exclamei, sob forte espanto.
— Por que tamanha estranheza? — perguntou o cuidadoso orientador.
E nós outros, quando ainda nas esferas da carne?
Nossas mesas não se mantinham à custa das vísceras dos touros e das aves?
A pretexto de buscar recursos protéicos, exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis.
Sugávamos os tecidos musculares, roíamos os ossos.(...)
— Contudo, a idéia de que muita gente na Terra vive à mercê de vampiros invisíveis é francamente desagradável e inquietante.
E a proteção das entidades angélicas?
— André, meu caro, devemos afirmar a verdade, embora contra nós mesmos.
Atrever-nos-íamos a declarar que fomos bons para os seres inferiores?
Eles não nos encaram como superiores generosos, mas como verdugos cruéis.(...)
Se não protegemos nem educamos aqueles que o Pai nos confiou, se abusamos largamente de sua incapacidade de defesa, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios?
Se temos sido vampiros insaciáveis dos seres frágeis que nos cercam, não é demais que venha a cair a maioria das criaturas no vampirismo das entidades que lhes são afins, na esfera invisível.
Nosso espírita já tinha lido André Luis, mas não se sabe por quê, nada disso lhe chamou a atenção...