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    Era Uma Vez Um Espírita I - 72

    Era uma vez um Espírita

    - Segunda-feira, almoçou um bife;

     

     

    - Terça-feira, comeu galinha assada;

     

     

    - Quarta-feira, lanchou presunto;

     

     

    - Quinta-feira, jantou peixe;

     

     

    - Sexta-feira, comeu pizza com lingüiça;

     

     

    - Sábado, foi a uma feijoada completa;

     

     

    - Domingo, fez um churrasco.

     

     

    Fez tudo isso como de hábito, sem questionar, sem perguntar-se o que realmente estava fazendo.

    Sempre lhe disseram que isso era bom, correto e necessário, e ele jamais parou para duvidar ou refletir.

    Quer saber o que ele realmente fez com isso?

    - Aumentou a fome no planeta

     

     

    Que terrível loucura vos levou a sujar vossas mãos com sangue — vós que sois nutridos com todas as benesses e confortos da vida?

    Por que ultrajais a face da boa terra, como se ela não fosse capaz de vos nutrir e satisfazer?

    Plutarco


    Plutarco (em grego, Πλούταρχος - Ploútarkhos, na transliteração) de Queroneia (45-125 dC), filósofo e prosador grego do período greco-romano, estudou na Academia de Atenas (fundada por Platão).

    Viajou pela Ásia e pelo Egito, viveu algum tempo em Roma e foi sacerdote de Apolo em Delfos em 95d.C.

    O seu enorme prestígio valeu-lhe deter direitos de cidadão em Delfos, Atenas e mesmo em Roma (Mestrius Plutarchus).


     

    O espírita achava que a causa da fome no mundo (seis bilhões e seiscentos milhões de pessoas - 2009), 800 milhões com fome crônica, era falta de alimentos, como dizem as notícias.

     

    VEJA AQUI EM TEMPO REAL A POPULAÇÃO DO PLANETA AGORA.

     

     

     

    O que elas não dizem é que os grãos produzidos no planeta estão sendo roubados da humanidade para alimentar os animais para o consumo humano!

    De fato, metade dos grãos produzidos no mundo é consumida por animais.

     

     

    Metade.

     

    Dos 850 milhões de hectares do território brasileiro, 250 milhões são usados como pasto; na agricultura, só 50 milhões.

    E de toda a produção agrícola do País, 44% — quase a metade! — são desviados para alimentar animais “de corte”.

    Dá para entender por que não sobra para os humanos famintos?

    A carne é um “alimento” elitista que rouba os recursos do planeta.

    Se uma área de terra qualquer for usada para a criação de gado e a sua carne alimentar ao final 100 pessoas, a mesma área usada para o cultivo de grãos alimentaria 1400 pessoas.

     

    A proporção é essa: 1 para 14.

     

     

    Essa é a verdadeira razão oculta da fome no planeta.

    Um terço das terras cultiváveis da Terra é usado para a produção de alimento para o gado (dados da FAO).

    O nosso espírita então poderia fazer uma relação simples:

    Cinco bilhões e 200 mil terráqueos que comem normalmente são alimentados com 2/3 da produção agrícola.

    Então:

    Mais dois bilhões e 600 milhões poderiam ser alimentados com o terço restante, que vira ração animal.

    Ou seja: sete bilhões e 800 milhões de pessoas poderiam ser alimentadas se nossa produção agrícola fosse destinada a pessoas, e não aos animais!

    Acabaria com os famintos do mundo, e ainda poderíamos tranquilamente alimentar mais 2,6 bilhões de pessoas!

    Esse espírita, sem se dar conta, é um dos que patrocinam a fome no mundo — o que é cuidadosamente escondido dele pela mídia, os governos, os pecuaristas e as indústrias da carne, perpetuando a mentira de que “há famintos porque não há alimentos suficientes no mundo”.

    2º - Enriqueceu os que lucram com a indústria da morte.

     

    Não se pode aceitar a tortura institucionalizada de animais com base na supremacia do poder econômico (ou) nos costumes desvirtuados (...) sob pena de se adotar a máxima maquiavélica de que os fins justificam os meios.

    Dr. Laerte Levai


    Dr. Laerte Fernando Levai é um promotor de justiça de São José dos Campos em São Paulo, também formado em jornalismo, que tem se destacado na luta pelos direitos animais, pela ecologia e contra a vivissecção.

     

     

    Se a safra de grãos de 2006/2007 do Brasil, de 131 milhões de toneladas, fosse distribuída igualmente entre os 180 milhões de brasileiros, caberia a cada um a inacreditável quantidade de 722 quilos de grãos num ano.

    Num consumo (absurdo, claro) de um quilo por dia por pessoa, se poderia alimentar dois Brasis inteiros; ou cada brasileiro podia convidar outro terráqueo para comer com ele até fartar-se.

    São moeda de troca para os produtores, que os exportarão sobretudo para a União Européia fazer ração para o gado.

     

     

     

    O alimento do mundo é desviado para sustentar a indústria da carne, porque é imensamente mais lucrativa. 

    Um quilo de carne custa o dobro, o triplo, o quíntuplo ou mais que um quilo de grãos (embora sejam necessários sete quilos de grãos para produzir um quilo de carne).

    As crianças embaixo da ponte que tenham paciência: bife é mais chique e eleva o saldo das exportações.

    José Luztemberger, nosso primeiro e maior ambientalista, já apontou:

    “No Sul do Brasil, a grande floresta subtropical do Vale do Rio Uruguai foi completamente arrasada para abrir espaço para a monocultura da soja.

     

    Isso não foi feito para aliviar o problema da fome nas regiões pobres do Brasil, mas para enriquecer uma minoria com a exportação para o Mercado Comum Europeu, para alimentar gado”.

    Mas não é só.

    Diz João Meireles Filho, vegetariano, descendente de pecuaristas da Amazônia:

    A miséria brasileira no campo pode ser resumida a uma frase:

     

    A pecuária bovina expulsou o homem do campo.

     

    Numa grande fazenda da Amazônia, emprega-se uma pessoa a cada 700 bois, que ocupam mil hectares.

    A mesma área com agricultura familiar empregaria 100 vezes mais, com agro-floresta em *permacultura empregaria 200 pessoas!

    *A permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias e comunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.

    A pecuária é altamente concentradora de renda.

    Inexiste uma única região do Brasil onde a pecuária promoveu o desenvolvimento com justiça social.

    Por que, então, optamos pelo boi?

     

    Porque não pensamos. Não medimos conseqüências.

     

     

     

    3º - Devastou as florestas tropicais da Terra

     

     

     

    Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar.

    O que importa é que são capazes de sofrer.

    Jeremy Bentham


    Jeremy Bentham (15 de fevereiro de 1748 – 6 de junho de 1832) foi um filósofo e jurista inglês.

    Juntamente com John Stuart Mill e James Mill, difundiu o utilitarismo, teoria ética que responde todas as questões acerca do que fazer, do que admirar e de como viver, em termos da maximização da utilidade e da felicidade.


     

    Foi a pecuária, que se expandiu de forma terrível nas últimas quatro décadas, a responsável pelo desmatamento de dois terços das florestas tropicais do planeta!

    A Amazônia está sendo literalmente devorada pelos consumidores de carne bovina.

    Noventa por cento da mata derrubada ou queimada na Amazônia viram carne dos rebanhos que substituíram a floresta, ou são comidos em forma de ração, feita da soja ali plantada, pelos bois, porcos e galinhas de países do primeiro mundo.

    “Quero deixá-lo ciente de que a floresta amazônica está desaparecendo bem debaixo do nariz de cada um, na boca.

    E convidá-lo a assumir sua parcela de responsabilidade nesse desastre ambiental cada vez que entra num açougue.

    Saiba que a Amazônia não está sendo destruída pelos ‘outros’, mas sim por todos e por cada um, um pedacinho de cada vez, uma, duas e até três vezes por dia!”, diz a jornalista Raquel Ribeiro.

     

    Só o rebanho bovino brasileiro já ultrapassou os 218 milhões de cabeças (2018) — mais de um boi para cada brasileiro.

     

    Um terço deles está na Amazônia, substituindo a floresta pelo bife nosso de cada dia.

     

     

     * População brasileira atinge 208,5 milhões e mulheres são maioria informou o IBGE em 2018.

    população brasileira foi estimada em 208,5 milhões de habitantes, conforme divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    As estimativas dapopulação para estados e municípios, com data de referência em 1º de julho de 2018, foram publicadas no "Diário Oficial da União".29 de ago de 2018

     

    Essa é que é a verdade sobre o desmatamento que ocupa manchetes — que só oferecem a fachada do problema.

    “Para saciar a vontade de comer picadinho, hambúrguer e estrogonofe, transformamos o Brasil no maior pasto do planeta.”

    João Meirelles Filho, empreendedor social, administrador de empresas formado pela FGV-SP, dedica-se à  educação ambiental, ao eco turismo e à  capacitação de organizações civis em  mobilização de recursos.

    É coordenador do Instituto Peabiru e autor do Livro de Ouro da Amazônia.

     

    4º - Poluiu e acabou com a água do planeta.

     

     

    Para a economia convencional, a morte violenta de milhões de animais é apenas "produção de carne".

    Mas talvez seja inevitável, no futuro, encarar o problema do ponto de vista ético.

    Temos, afinal, o direito de matar?

    Carlos Cardoso Aveline


    Carlos Cardoso Aveline

    Membro da Sociedade Teosófica pela Loja Brasília, Brasília-DF.


     

     

    Para produzir um quilo de grãos, são precisos 1.300 litros de água.

    Para produzir um quilo de carne bovina, até 15.000 litros de água.

    (Relatório da ONU no Fórum Mundial da Água em Kioto, 2003).

     

    Quase 12 vezes mais água.

     

    Multiplique isso por uma tonelada, cem, mil, e já se vê para onde vai aceleradamente a preciosa água do planeta.

    Paralelamente, os dejetos dos animais, em quantidades quase insuportáveis, estão contaminando os cursos de água subterrâneos e da superfície, destruindo a fauna aquática, com carcaças de animais abatidos, sangue e rejeitos.

     

     

    Para pruduzir 1 Kg grãos = 1.300 litros de água.

     

     

     

    Para produzir 1 Kg de carne = 15.000 litros de água.

    Um pequeno exemplo de uso da água de um rio, o Camaquã, do Rio Grande do Sul: 1,3% para consumo humano, 2,3% para os animais.

    Quase o dobro!

    A suinocultura lança ali 60 toneladas por mês de resíduos orgânicos — um peso equivalente a 600 porcos.

    (Fonte: Zero Hora, Porto Alegre, 29/5/2007).

     

    Essa é a água que seres humanos irão beber, junto com o seu saboroso presunto.

    Na região do Rio Uruguai, há mais de 30 milhões de suínos: quase três porcos para cada habitante do Rio Grande do Sul!

    Eles lançam 1.038 toneladas por mês de resíduos no rio — peso equivalente ao de quatro aviões Boeing 777, e que estão ameaçando o Aqüífero Guarani, que fica em baixo dessa bacia — o maior reservatório subterrâneo de água doce do mundo.

    (Fonte: Zero Hora, Porto Alegre, 5/6/2007).

     

    Estamos trocando água pura por carne de porco — e adoecendo duplamente.

    Pequeno exemplo da tragédia dos cursos d’água do planeta.

     

     

     

    Era uma vez um espírita

     
     

    Paz e Amor, Bicho!

     

     

    5º - Ajudou a aquecer perigosamente o planeta.

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