É por demais perigoso esperá-los.
Para levarmos adiante as tarefas de Jesus, de Kardec, da Doutrina Espírita, visando o porvir grandioso da Humanidade, é necessário não mensurarmos os esforços, nem regatearmos sacrifícios, lembrando de que Jesus, ensejando a libertação pelo AMOR, tornou-se servo de todos; desde o começo até hoje, sem cansaço, sem queixas...
Mas, para irmos aos lobos, atendendo ao apelo de Jesus, é necessário estarmos preparados, do conhecimento doutrinário espírita, mas também do conhecimento, do estudo das leis da matéria, da natureza física, dominadora, para que possamos aproveitar suas energias em benefício da humanidade, do homem, que está sujeito diretamente a uma dessas leis: a Lei da Natureza Econômica.
Por conseguinte, a ética do amor (moral), da solidariedade, entre os homens, não deriva da vontade de quem quer que seja, mas de uma NECESSIDADE social, porque, estando os homens privados do alimento, da saúde, do trabalho, da educação, se descontrolam, se degeneram, se violentam, apelando pelo instinto de conservação, redundando para o egoísmo das lutas de concorrência, que acabam se degenerando em conflitos, vícios, guerras, etc., etc.
Se as leis de Produção Social, para acabar com a fome, a miséria e o desemprego, forem dominadas pela inteligência e não pelo egoísmo, aí estará a chave para ajustar-se com as aspirações de Jesus, de Kardec, da Doutrina dos Espíritos.
Vejam a resposta à pergunta 930 de O Livro dos Espíritos, com comentários de Kardec:
Numa sociedade organizada segundo a Lei do Cristo ninguém deve morrer de fome.
Comentário de Kardec.
Com uma organização social criteriosa e previdente, ao homem só por culpa sua pode faltar o necessário.
Porém, suas próprias faltas são frequentemente resultado DO MEIO onde se acha colocado.
Quando praticar a lei de Deus, terá uma ordem social fundada na Justiça e na solidariedade e ele próprio também será melhor.
O que nós espíritas, o que o movimento espírita tem feito, para que possa influir em nossos representantes legislativos, a fim de que as leis sejam mais justas?
Quase nada, ou absolutamente nada.
Todos falamos, criticamos, entre nós mesmos, conscientes das mazelas que assolam o ser humano, e encetamos campanhas BENEFICENTES, com amor e solidariedade, mas sem irmos ao cerne do problema.
IDE! Eis que vos mando como cordeiros ao MEIO de lobos.
Precisamos ir ao MEIO, ao centro do problema.
O que fazemos representa o dar esmolas.