Considerações Finais
Foi no ano de 2002 que fizemos nosso primeiro contato com o livro de Mebes a que nos temos referido.
Achamos interessante o que nele o autor ensina, advindo, daí o desejo de uma análise que abarcasse, também, outros pontos, como o fizemos, e se encontram nos capítulos precedentes.
Entretanto, em seu início, o texto como agora está composto, era mais resumido Talvez, sem que tenhamos percebido, era apenas um ensaio para o que mais tarde o complementaria.
E assim se deu porque submetendo aquele ensaio à leitura de alguns amigos estes se viram motivados a apresentar questionamentos.
Questionamentos muito pertinentes que, pela extensibilidade que exigiam como respostas, os submetemos à apreciação de nossos Mentores, estes mesmos que de longa data nos brindam com suas inspirações e atenções.
E foi assim que, com o texto a seguir, um deles, Ismael, trouxe-nos as informações solicitadas.
“São, inconcebivelmente amplas, as circunstâncias que envolvem o viver no cosmos. Mesmo que restringíssemos as observações à esfera terrestre, ainda assim, num só apanhado, não conseguiríamos enfeixar todas as informações pertinentes.
Ao longo dos milênios não poucos estudiosos encarnados, afeitos a essas buscas, e aliando-se a Mestres Espirituais, vasculham esse território do viver humano e espiritual. Contudo, apesar dos nobilitantes esforços, das incontáveis horas de pesquisa, das infindáveis discussões, ainda assim, todo o obtido está apenas no limiar do saber.
Como, também, é válido adiantar que muito pouco se aproveitaria de elucidações mais complexas ao tema, pois o mental humano, já por séculos, se deixou prender pela ilusão da matéria tendo, por causa disso, perdido o elo que, anteriormente, mantinha com as esferas mais esclarecidas.
Os esclarecimentos mais elucidativos ficariam incompreendidos e seriam, em pouco tempo, relegados ao esquecimento, ou à bazófia, quando não, ao escárnio.
Assim, aqueles Maiores que detém a Sabedoria recolheram-Se em seus sublimes planos de vida, aguardando que nós, os espíritos integrados ao sistema Solar, cresçamos. Mas não só intelectualmente, vangloriando como a sociedade hoje o faz, de seu poderio tecnológico que, no entanto, basta um só sopro mais forte de vento para que tudo se desmorone, como um castelo de cartas.
Cresça, na sublimidade do Amor verdadeiro.
Aquele que, para compreende-lo, bastam apenas poucas palavras, como ensinou o Nazareno:
“Amar ao próximo como a si mesmo”.
Fazendo assim, por si só, todas as dúvidas serão dirimidas, todas as inseguranças se findarão, e a certeza de um crescimento estará sendo sentida.
A partir deste ponto, as lições maiores – de complexidades inexprimíveis para os padrões de hoje na condição mental do homem – se transmutarão de lições em forma de se viver.
E onde quer que estejam, suas formas mentais, androgínicas, sempre estarão em planos acima, atuando como focos gravitacionais a impulsiona-los, permanentes, na órbita do Bem.
Portanto, do que pudermos responder, seguem abaixo nossas considerações:”
Como fica o Androginato no caso dos dois parceiros desencarnarem?
Primeira possibilidade – Androginato Sexual - Figura 15
Este simulacro, quando de sua formação, se, e quando esta acontece, pois nem sempre se forma, é tão inconsistente, tão pueril quanto às fontes de que se origina que, praticamente, ele se dissolve, por si só, até mesmo com a separação de corpos, mesmo que nenhum dos parceiros desencarne.
Segunda possibilidade – Androginato Oculto
A – Considerando o desencarne de apenas um dos parceiros.
– Pelos laços do amor que os unia na Terra, o(a) desencarnado(a), vindo para o Astral, e mantendo a mesma ternura de quando encarnado(a), estará em contínua associação mental com o(a) parceiro(a) e, por conseguinte, mantendo vívido o Androginato Oculto.
B – Considerando o desencarne dos dois parceiros
– Neste caso ambos passaram a se situar no plano Astral, seguintemente, mantendo o mesmo sentimento de afeto que na Terra nutriam um para com o outro.
Agora, desimpedidamente, pois sem os bloqueios próprios do corpo físico melhor se conhecem, mais estreitarão esse laço e fortalecerão o simulacro de seus amores.
Contudo, se este simulacro se encontrava só no plano Astral, com o desencarne de ambos, deste ponto em diante, ele se torna desnecessário.
Poderá, entretanto, pelo agora afeto crescente, formar-se no plano Causal.
Com a figura 19, ilustramos as duas condições, A e B, exposta no texto acima.
Quadro 1 – Condição natural do Androginato Oculto enquanto os dois parceiros se encontram encarnados.
Quadro A – Condição na qual só um dos parceiros permanece encarnado.
Quadro B – Condição em que os dois parceiros já estejam desencarnado.
Terceira possibilidade – Androginato Espiritual
Considerando o desencarne dos dois parceiros
– Como, quando ainda estavam na Terra já haviam constituído uma sólida aliança, ao ponto de seus corpos Causais se unirem, com o desencarne de ambos, desfaz-se o simulacro situado no plano Astral, pois que ali os dois já se encontram, porém consolidando, ainda mais, o simulacro Espiritual, situado no plano Causal.
A figura 20 ilustra as duas condições do Androginato Espiritual.
Quadro 1 – Quando os dois parceiros ainda estão encarnados e vivendo em sólida aliança.
Quadro 2 – Quando eles já desencarnados, desintegra-se o simulacro que havia se formado no plano Astral.
No plano Causal, ou Mental Superior, mais se consolida o simulacro androgínico que teve por consequência a união dos dois corpos Causais.
Podem as situações descritas no item anterior se aplicar no caso de uniões homossexuais?
A homossexualidade ainda é um tema não inteiramente dissecado seja por estudiosos encarnados ou pelos instrutores espirituais de mais elevada envergadura.
Por detrás desse viver, ainda não bem aceito pela sociedade, se escondem causas que remontam milênios, se não, milhões de milênios.
Devemos recordar que nem sempre nós, os espíritos viventes na Terra, tivemos como corpos estes como os que conhecemos, compostos de matéria densa.
Houve uma era, perdida no esquecimento do tempo, em que as vestimentas que os espíritos usavam eram bem etérica, se comparada aos atuais padrões.
Além disso, ainda não havia a diferenciação sexual de agora.
Todos éramos andróginos, e a multiplicação da espécie se fazia por cissiparidade, como ainda acontece aos corpúsculos celulares.
Por este pequeno resumo compreende-se que a fisiologia sexual, nos corpos que os espíritos agora utilizam, é coisa muito recente, portanto, ainda não bem formada e nem bem estruturada no conjunto fisio-psíquico do ser.
Poderíamos dizer que a morfologia humana ainda se acha em estágio formativo, aperfeiçoando-se ao longo destes milênios mais próximos.
Já os demais órgãos, por serem comuns aos dois gêneros – exemplo: coração, rins, etc – estes não interferem, em diferenciação comportamental, com o campo emocional, tal como acontece com os órgãos genitais.
Dado ao tudo acima mencionado, muitos dos espíritos pertencentes à Terra ainda não desenvolveram mecanismos de interrelacionamento que lhes direcione ao sexo oposto, visto que, tanto psíquica quanto morfologicamente, se comportam mais pelo instinto, herança do reino animal, e tendo alguns que se satisfazem com os de mesmo gênero.
Todavia, não podemos deixar de acrescentar ao acima comentado que, dentre as causas do homossexualismo também estão os efeitos cármicos.
Espíritos que em vidas passadas abusaram de seus contrários, vilipendiando o sagrado ato do amor pelas práticas da zoolagnia (atração sexual por animais), pelas práticas dos estupros, e por outras modalidades de violência, em subjugação de suas vítimas.
Nesse contexto, que em oculto se caracteriza por distúrbios psíquicos, em razão da não aceitação social, torna-se quase improvável que venha de acontecer a formação do simulacro androgínico nas uniões homossexuais, mesmo que se apresentem estáveis e respeitáveis.
Mesmo que os parceiros não preencham a característica de Almas Gêmeas, dar-se-á a formação do Androginato?
Como visto, (figura 14), são várias as categorias de Androginato.
E tenham em mente que nessa singela ilustração, concebida por nosso companheiro na Terra, não estão contidas as inumeráveis variantes possíveis.
Pois bem, seria um desperdício se, dois seres que vieram de se amar, mas o tendo, porém, só agora, pela primeira vez em seus tempos cósmicos, se conhecido, e por razões de afinidade e dedicação mútua, não desenvolvessem a formação de sua geminilidade energética, ou seu Androginato.
Até porque essa formação viria de acontecer, mesmo inconscientemente, aos dois parceiros, pois, como nos ensina a célebre afirmação do Mestre Nazareno:
“O que unirdes na Terra estará unido no Céu.”
Pois bem, esta máxima encerra uma sabedoria oculta, que nos ensina do que somos, até inconscientemente, capazes de criar.
Mas este “unirdes na Terra” não se refere só às uniões em que predominem o amor.
Também os sentimentos de ódio criam uniões nos céus, trazendo, depois, em outras vidas, os contendores para dirimirem suas diferenças.
Portanto, almas gêmeas, ou não, no amor, ou almas gêmeas, ou não, no ódio, formam simulacros, duradouros na conformidade da intensidade dos sentimentos que, consciente, ou inconscientemente, aplicaram em suas vidas.
Segundo vimos no capítulo 2 – entende-se por alma gêmea as Tríades nascidas sob a influência do mesmo planeta, ou as radiações de um mesmo espírito planetário.
Para ilustrar a resposta desta pergunta – parceiros que não preenchem a característica de Almas gêmeas – imaginemos dois seres – figura 21 – em que o homem tem sua tríade nascida na Terra, e a mulher a sua em Saturno.
Por “n” motivações a Mônada formada em Saturno é transmigrada para a Terra, nesta encarnando-se num corpo feminino.
Nessa condição, pelo que vimos no capítulo 2, eles não são almas gêmeas.
Entretanto, estando ambos na Terra, por “n” motivações – repito – vêm de se conhecer e de enamorar.
E neste caso, temos a configuração que seus sentimentos produziram, e é vista na figura 22.
Como explicitou Ismael, mesmo não tendo sido formados no mesmo planeta, mas por algum motivo num deles terem se encontrado, e se enamorado, “seria um desperdício se, dois seres que vieram de se amar, mas o tendo, porém, só agora, pela primeira vez em seus tempos cósmicos, se conhecido, e por razões de afinidade e dedicação mútua, não desenvolvessem a formação de sua geminilidade energética, ou seu Androginato.”
Nos é sobejamente conhecido o fato das transmigrações interplanetárias e interdimensionais, é válido perguntar: por quem será que nossos corações têm se derramado de amores?
Nossos amores têm sido só por parceiros(as) terráqueos(as)?
E nós mesmos, seremos terráqueos(as)?
Dois parceiros, num longo caminhar pela vida, constroem laços afetivos e, por conseqüência, o androginato, mas, algum tempo depois, por razões que fogem ao aceito pela sociedade, desfazem os laços ao nível humano. Como fica a situação do Androginato?
Aqui voltamos às temáticas tempo existencial e cármica.
Tempo existencial, reportando-nos a longínquas vidas passadas, perdidamente esquecidas que, no entanto, estão vívidas no arquivo Akásico.
Tudo, numa certa vivência, pode estar indo muito bem, semelhante a um céu azul sem nuvens.
Mas, como também acontece com a atmosfera, o vento vem trazendo nuvens leves que, acumulando, se transformam nos cúmulos a despejar grossas tempestades.
Assim, ainda são as uniões dos espíritos encarnados, pois que muito longe todos estão do que se chama perfeição.
Não há estabilidade que perdure, imutável, pelos anos do viver em cada encarnação. Por enquanto.
Todos, indistintamente, estamos vindo de passados pouco aceitáveis e, destas origens esquecidas sopram os ventos a formar modificações no presente, mesmo que a vontade de um, ou de ambos, os parceiros, a isso não procure.
São os fatores predominantes na vida de cada um, e, enumera-los é impossível, pois que quase infinitos são estes motivos.
No entanto, a par do tema que abriu este comentário, podemos dizer que, por certo, numa ocorrência como a aventada, haverá a fragmentação do simulacro androgínico, com a consequente dor emocional inevitável.
Porém, cabe aqui uma ressalva.
Nenhuma dor no cosmos tem a conotação com que é vista pelos padrões humanos.
São normas corretivas que, se bem compreendidas, proporcionam crescimento – evolução – dos envolvidos.
Não fosse assim, poderiamos, todos nós, espíritos integrados ao Sistema Solar, bradar alto e em bom som: “Deus é injusto !!!!!!”
Pode alguém após reencarnar manter vivente o Androginato, embora sua contraparte permaneça no mundo espiritual?
A literatura oculta é farta neste esclarecimento.
O verdadeiro amor não se encerra nos atos de separação, seja esta de que forma for.
Não fosse assim, de muito estaríamos isolados do Amor do Criador, pois Dele nos mantemos “separados” por força de nossos sentimentos e comportamentos.
No entanto, Dele, não nos desligamos.
Assim, também, acontece com todos aqueles que, em poderosos laços de amor, e também de ódio – não nos esqueçamos – continuam interligados pelos evos do futuro.
Contudo, é cabível comentar aqui que muitos celibatários, homens ou mulheres, assim se mantém por força de um sentimento de união que, consciente uns, inconsciente, outros, nutrem por “algo” que lhes é indefinido.
Ah!, os sentimentos!
Quando aprendermos a conhecer-lhes o poder, aprenderemos, também, a sermos harmoniosos com o Todo.
E quando este(a) que está encarnado(a) na Terra retorna à pátria espiritual... ah!,
lá está sua contraparte esperando-o(a).
Saberá, então, que por todos os dias em que esteve na Terra, sua contraparte o(a) acompanhou, animando-o(a) ao viver desconsorciado, ou, ligado a um consórcio para apenas cumprir um necessário capítulo de sua existência.
Portanto, para compreenderem isso, exercitem suas imaginações, descompromissando-a dos padrões sociais e religiosos de que estão habituados.
O viver cósmico ainda está muito distante da compreensão humana, mormente nesta presente era em que os interesses materialistas predominam sobre todos os demais.
Nesta figura 24 temos a sequência dos seguintes acontecimentos, em esclarecimento à resposta da questão:
Pode alguém após reencarnar manter vivente o Androginato ...
Quadro 1 – Em determinado tempo estão os parceiros encarnados na Terra.
Como se amam, construíram o Androginato Espiritual que realimenta o viver harmonioso da união;
Quadro 2 – O tempo passou, os dois desencarnam e têm vivência conjunta no plano Astral.
O amor que sentem um pelo outro continua inalterado. Mais consolidado está o Androginato Espiritual.
Quadro 3 – Do casal o homem reencarna, mas uma força inconsciente continua os unindo.
Esta força é representada na figura pelo deslocamento das auras, uma buscando a outra.
A mulher que permaneceu no plano Astral tem consciência de que seu amado voltou à Terra, por isso pode, conscientemente, enviar-lhe eflúvios a inspirar-lhe ânimo ao viver encarnado, para aliviar, nele, os sentimentos de saudades inconscientes por ela.
Dele para com ela, não há recordação que lhe identifique o “por que” de uma saudade permanente, se, nenhuma causa aparente ele detecta.
Dela para com ele, os sentimentos diretos estão representados pela seta descendente, desenhada em linha contínua.
Dele para com ela, a indefinida saudade é representada pela seta ascendente, em linha tracejada.
Apesar, entretanto, dessa separação de corpos, mas não de almas, ambos continua alimentando o simulacro androgínico – ela, conscientemente; ele, inconscientemente.
Relacionamentos casuais e Androginato
Considerando o que “modernamente” é chamado, e aceito, de uniões casuais, onde parceiros se revezam a cada dia, por certo que nesta situação não há formação do simulacro androgínico, contudo ocorre um outro fato, dentre os muitos ainda desconhecidos dos encarnados.
Trata-se do seguinte:
Observem qualquer sistema planetário. Nele há um foco centralizador – o Sol – e orbitando-o vários planetas e satélites destes.
Como ensinou o sábio Trismegisto: “Como é em cima, também é embaixo.”
Com os espíritos encarnados, ou desencarnados, não é diferente.
Há um sol nos centralizando, ao redor do qual todos orbitamos.
Os espíritos mais potentes são como os “planetas”, os menos, como os “satélites”.
Isto significa que, de alguma forma todos nos atraímos ou repelimos, na conformidade de nossos sentimentos, sem que, contudo, nos afastemos, definitivamente, uns dos outros, devido ao foco que nos centraliza.
A este foco podemos denominar de Carma.
Sendo assim, qualquer união na Terra, casual ou duradoura, criará uma linha orbital entre os parceiros.
Essa linha orbital, que também pode ser entendida como um fragilíssimo simulacro androgínico, num tempo próximo, ou muito distante, no futuro, levará os parceiros a se tangenciar, se encontrando, cuja definição deste novo encontro será reparar o desperdício energético a que se entregaram em tempos esquecidos.
O princípio que a isto rege é aquele de que no cosmos nada se perde, tudo se transforma.
Sendo assim, as energias mal empregadas na casualidade sexual reverterão em reconstruções a serem feitas no futuro.
É a lei do vai-e-volta, da Causa e do Efeito, que tão penosamente, como encarnados, estão a aprender.
A figura 25 representa o foco centralizador, ou Carma.
Os parceiros de agora, vindos de eras esquecidas, por algum motivo, provocaram causas que fizeram convergir seus efeitos para uma carma comum que, no agora, os fez se aproximarem.
Inconscientemente, passam a orbitar esse Centro Comum e a ele estão fixados.
A figura 26 demonstra “PORQUE” é impossível desvincular-se do centro comum agregador.
Simplesmente, porque, como está escrito na figura, “Todas as vidas, por todos os tempos, se resumem num só tempo e numa só Vida – na Consciência UNA - na Eternidade".
Numa síntese geral, estes são os pontos a mais se destacar na questão das uniões entre espíritos encarnados, que se processam na Terra.
Por muitos milênios toda a verdade cósmica veio sendo distorcida pelos interesses pátrios, filosóficos ou religiosos, mergulhando toda a sociedade na incompreensão atualmente vigente.
Por decorrência encontram-se perdidos, e a palavra Amor inteiramente travestida pelos sentimentos do oportunismo momentâneo.
Amigos nossos que, ainda, trafegam envergando o uniforme humano, parem um pouco, examinando seus sentimentos, e o que deles têm feito, pois, eles não são nuvens que se dissipam quando ventos de novas aventuras soprem, mas, ao contrário, permanecem sólidos até que, numa outra volta da roda da vida reencontrem os mesmos protagonistas que juntos geraram aqueles focos para, aí sim, no re-esforço conjunto fazerem o remendo que conseguirem, ou, ajustarem-se por fim, à órbita que lhes cabe junto ao Sol Central !
Ismael
29 de Janeiro de 2010
Com os apontamentos acima damos por finda nossa pesquisa.
Por certo ela não esgota tão intrigante tema.
Muito haveria por escrever que, contudo, não estamos ao alcance de faze-lo no momento.
Então, para encerra-la, solicitamos a Ismael, por outra vez, sua colaboração, ao que ele, como se segue, redigiu:
Escrever a finalização destas anotações não é tão simples como possa parecer.
O tema Amor já ocupou, como ocupa, inumeráveis mentes, seja de poetas, literatos diversos, psicanalistas e estudiosos em geral da condição humana sobre a Terra, incluindo nestes os religiosos.
Porém, apesar deste variadíssimo contingente de letrados terem se debruçado na tarefa de difundir o Amor, continua-se naquela situação que, usando de uma metáfora, é como tentar capturar um peixe com as mãos em águas revoltas.
O máximo que se obtém de sucesso é nele esbarrar, sem, contudo, conseguir agarra-lo.
Como compreender o Amor tentando agarra-lo nestas águas revoltas da condição humana do atual viver?
Assim como se distorce a luz na refração de seus raios ao penetrar na água, mesmo que límpida, assim também se refratam os raios do Amor, e o genuíno, o autêntico originado da magna Fonte, chegam-nos distorcidos, refratados, em fragmentos, pois que é assim que o prisma da mente humana neles causa.
Desta forma têm sido, por eras e mais eras, as tentativas de dissecar o Amor. Entender o que ele seja.
Tentam, até, medi-lo com os novíssimos dispositivos eletrônicos ligados a eletrodos posicionados em partes dos corpos dos amantes.
Entretanto, o que revelam as imagens lançadas aos monitores?
Apenas gráficos numéricos que, como todo cálculo matemático, é tão frio, ou mais, que as geleiras dos Himalaias.
Nada mais, e continua inatingível e indissecável, o Amor.
Vive-lo, sim, é possível, e todos só nele deveriam viver.
Compreende-lo... descreve-lo... ainda não é para esta civilização.
A próxima raça que substituirá a atual compreende-lo-á com nuances mais nítidas, não obstante, ainda não será a autêntica compreensão.
Esta se reserva para quando, em definitivo, não precisarmos voltar aos berços da carne na Terra, motivados por razões corretivas.
Amados filhos nossos, da leitura que aqui se finda retenham a essência.
Esta procura demonstrar que de uma só fonte – única – emana este fluido que congrega Seres e Mundos num só princípio.
Esta fonte, nestas anotações, foi designada por Consciência UNA.
Alguns a chamam de o Criador Eterno, outros o Criador Incriado, ou o Arquiteto dos Universos, ou, simplesmente, Deus.
É o fluido que a tudo preenche unindo Seres e Mundos, emanado desta Consciência UNA chama-se AMOR !
Ismael
08 de fevereiro de 2010
E como desde muito tempo nos ensinam os orientais de que a bipolaridade vive na unidade, apresentamos a figura 27.
Nela está a clássica representação dos dois princípios o Yin e o Yang.
O feminino e o masculino.
Ideal união que todos desejamos por completar.
Para, uma vez assim composto, nos sentirmos verdadeiramente realizados, cosmicamente.
Bibliografia:
Allice Bayley – Tratado sobre Fogo Cósmico
Charles W. Leadbeater – A Mônada – Editora Pensamento.
G.O.Mebes – Os Arcanos Menores do Tarô – Editora Pensamento
Helena Petrovna Blavatsky – A Doutrina Secreta, volumes I, II e III – Editora Pensamento.
Max Heindel – O Conceito Rosacruz do Cosmos
Upanishads – II, IV, V
Glossário Teosófico
Zaniah - Dicionário Esotérico – Editorial Kier
Aqui findamos. Por mais uma vez patenteio meus agradecimentos àqueles que da outra dimensão trouxeram orientações e inspirações para que estas páginas fossem materializadas.
“Nenhum livro é escrito tão somente por uma consciência.
Há sempre várias, encarnadas e não encarnadas, que cooperam na sua construção.”
Waldo Vieira - Projeciologia
Luiz Antonio Brasil
Março de 2002
Revisão em Janeiro de 2004
Revisão em Janeiro de 2005
Finalizando em
Poços de Caldas, 11 de Fevereiro de 2010