Outras formas de Androginato
Como, naturalmente, muitas, e variadas, são as características pessoais desse gigantismo populacional que infesta a Terra, correlatamente, poderão vir a ser os atributos androgínicos. Veremos, a seguir, alguns deles.
Tomando outro trecho do livro temos o seguinte:
"Existe uma outra forma de androginato oculto. Esta é natural e criada por uma união harmoniosa entre duas pessoas de sexo oposto, como acontece, por exemplo, num casal muito unido.
Tal androginato é criado inconscientemente por ambos os participantes e a partir dos planos inferiores, enquanto o verdadeiro androginato se origina no plano espiritual, no fato de pertencerem à mesma Mônada, o que causa uma forte atração mútua de caráter supra-racional, diferente da síntese harmoniosa das características pessoais (Grifo nosso - Página 51)
Na figura a seguir, fig.13, procuramos representar a situação descrita no trecho acima.
Trata-se do seguinte: No plano Físico situa-se o casal que, com suas emissões mentais de amor, vão criando a entidade andrógina no plano Astral.
Esta entidade, entretanto, é de consistência volátil, se comparada com a Verdadeira, que se forma no plano Mental Superior.
A do plano Mental Superior é formada a partir das emanações dos corpos Causais dos dois que vivenciam a experiência no plano Físico.
Dessa entidade mais consistente, "descem" vibrações diretamente ao casal, reproduzindo-se, assim, o circuito de influências favoráveis àquela união.
Por conseqüência, à harmonia de suas vidas.
Este, a nosso ver, é o androginato mais importante, pois tem sua origem no plano Mental Superior que pertence ao estágio da evolução Super Humana, - vide figura fig.11, – dando a entender que, quando assim acontece, a união entre os dois integrantes é inteiramente sólida.
Realmente não só uma união de corpos mas, também, de almas.
Temos, porém, um outro comentário dentro do conteúdo do trecho que estamos analisando.
No trecho em questão está contida a seguinte frase: ... no fato de pertencerem à mesma Mônada...
Pelo que conhecemos na área do ocultismo, nos parece que a palavra Mônada está incorretamente empregada aqui.
Do que conhecemos, e de que não nos eximimos que possa haver equívoco interpretativo, a palavra Mônada, aplicada ao nosso universo tridimensional, significa Semente de Consciência.
Ou seja, princípio espiritual individualizado. Portanto, indivisível.
No capítulo 2 fizemos substancial comentário a respeito.
Sendo assim, cada ser origina-se, ou é, uma mônada exclusiva, não havendo, portanto, possibilidade de dois, ou mais seres, se originarem de uma mesma mônada, como o autor do livro assim dá a entender.
Entretanto, é valida, aqui, uma ressalva que nos diz que a temática Mônada, tanto quanto a temática da criação dos Universos, são questões da mais profunda metafísica que a mente humana, em seu presente estágio, esbarra com enormes dificuldades de compreensão.
Temas estes que estão envoltos em tão descomunal abstração que podem, em suas análises, suscitar enganos interpretativos.
Como, também, há uma corrente de pensamento que faz uma distinção entre Mônada e Mônadas.
Para essa corrente, Mônada se refere à Unidade Universal, ou seja, à causa primeira da qual tudo se derivou; e Mônadas, Unidades Manifestadas, ou as unidades derivadas da causa primeira.
Manifestadas, aqui, se traduz por Criadas. (Doutrina Secreta vol. 1 pág. 220)
Há, também, uma outra corrente doutrinária que expressa a subdivisão de uma mônada primitiva em doze outras, que passam a ser denominadas de almas.
Estas 12 almas, por sua vez, se multiplicariam, cada uma, em mais 12 outras almas.
Essa progressão culminaria no total de 144 almas, ou, personalidades que se manifestariam no plano físico.
Nas fontes consultadas não encontramos nenhuma anotação que indique respeitáveis livros provenientes de tempos remotos que façam citação sobre esta última corrente doutrinária, que fala das 144 almas.
Não obstante, deixamos em aberto a questão, à disposição de algum leitor que, melhor informado, possa esclarecer a respeito.
Como se vê, existem algumas correntes discordantes do que preconiza a Doutrina Secreta, no que temos sempre nos baseado.
Mas para nós, no que concerne ao planeta Terra, Mônada, ou Unidade Universal, se refere ao Cristo Solar, do qual todas as Mônadas neste sistema nascidas, são derivadas de Sua essência.
É bem provável que Mebes, usando da palavra Mônada, a tenha empregado no sentido de uma das duas outras correntes doutrinadas mencionadas, ou no sentido de Unidade Universal de nosso sistema planetário.
Se baseado nesta última ele assim pensou, então torna-se correta a forma como foi expressada.
Todavia, admitindo que este não tenha sido o pensamento de Mebes, e ainda do que conhecemos em ocultismo, e contrapondo-nos a ele, nos parece que o correto seria empregar o termo Alma Grupal, pois no princípio formativo dos seres, quando ainda estão transitando pelos reinos inferiores demandando ao reino humano, eles subsistem em grupos de mônadas, sob o comando de inteligências superiores que os dirigem.
Como mencionamos acima, é uma temática de altíssima abstração que, no entanto, nosso instinto de busca não se intimida ante ela.
Vamos a outro modelo de androginato, descrita em outro trecho do livro:
"Há uma outra forma de androginato. Esta é formada apenas pela atração física dos sexos.
Os participantes permanecem separados em tudo que está acima do plano físico e astral e, na maioria dos casos são escravos da sua paixão.
Tal relacionamento é bastante diferente da verdadeira união espiritual, e mesmo dos androginatos ocultos (artificial e natural), e poderia ser chamado de "androginato sexual". (Página 51.)
A figura 14 ilustra a situação desse tipo de união.
Na Terra, através de seus corpos Físicos, os dois participantes podem estar ligados um ao outro, mas nos demais planos nada há que os torne assim integrados.
Entre eles só existe a atração física, algo inteiramente passageiro.
Este é o caso das uniões temporárias, volúveis que, na terminologia popular da atualidade, é chamada de "ficar".
Esse relacionamento produz o fenômeno da "poluição emocional" que vem solapando a harmonia social da humanidade.
Sabe-se que a cada relação sexual os parceiros transferem, um ao outro, parte de suas vibrações cármicas.
Quando são parceiros estáveis, que conservam uma união harmoniosa, nessa transferência as forças cármicas anulam-se quando são negativas, e somam-se quando são positivas.
É fácil entender isso.
Quando o casal é estável, pela harmonia em que vivem, gerando bem estar a eles próprios e a quem com eles convive, essa força de harmonia anula os fatores cármicos negativos de ambos e, por sua vez, os fatores positivos de seus carmas se somam, reproduzindo o círculo benéfico de influências.
Entretanto, numa união volúvel esse fenômeno não se dá dessa forma.
Embora a cada união volúvel, a cada união só do "ficar", os parceiros transfiram as mútuas influências cármicas, estas nunca se anulam pois lhes faltam os elementos estabilidade e harmonia.
Sejam influências positivas ou negativas, elas somente se somam criando um acúmulo de insatisfação corrosiva em suas vidas.
Sendo assim, a cada nova união com outros parceiros, novas outras influenciações, destes novos parceiros, juntam-se às influenciações dos parceiros anteriores.
Portanto, a cada novo parceiro, a pessoa vai se repletando de influenciações cármicas as mais variadas e discrepantes entre si.
Isso gera uma progressão geométrica no acumulado de influenciações sobre uma mesma pessoa.
Façamos um exemplo numérico para que fique mais claro nossa exposição.
Exemplo 1 – Casal Estável
Homem e Mulher
O homem tem seu carma pessoal e a este se soma o carma da mulher, e vice-versa.
Homem = 1 carma pessoal + 1 carma da mulher = 2 carmas
Mulher = 1 carma pessoal +1 carma do homem = 2 carmas
Exemplo 2 – Casal Volúvel
Homem "A" e Mulher "B" – primeira união para ambos.
Neste caso, por ser a primeira união que lhes acontece na vida, reproduz-se a mesma situação do casal estável:
Homem = 1 carma pessoal+ 1 carma da mulher = 2 carmas
Mulher = 1 carma pessoal + 1 carma do homem= 2 carmas
Mas, por serem volúveis, o homem "A", depois da mulher "B", uniu-se a outra parceira, à mulher "C".
A situação assim fica:
Homem "A" = 1 carma pessoal + 1 carma da mulher "B" + 1 carma da mulher "C" = 3 carmas
Situação da mulher "C":
Mulher "C" = 1 carma pessoal + 1 carma do homem "A" + 1 carma da mulher "B" = 3 carmas
Por via indireta a mulher "C" absorveu o carma da mulher "B" que lhe foi transmitido pela união com o homem "A", que, em si, já o trazia da união anterior.
Essa progressão tanto mais cresce na medida em que os parceiros vão se mesclando na volubilidade das relações sexuais.
Essa progressão pode causar desequilíbrios psíquicos que se estendem às encarnações futuras.
Quando o indivíduo, seja homem ou mulher, tenha sido muito desregrado, sexualmente, esse androginato sexual provoca-lhe desarranjo nos centros cerebrais do corpo Astral.
Esse desarranjo, na futura encarnação, provocar-lhe-á disritmia neuro-sensorial que se traduz pelos efeitos das convulsões epilépticas.
A humanidade não sabe das conseqüências dos efeitos causados pelas uniões volúveis, apenas se diverte no insuspeitado "ficar".
Também nos explicita mentor Espiritual, em notas que serão adicionadas ao final desses apontamentos, que, todos aqueles, homens ou mulheres, praticantes dos desregramentos sexuais, pela acumulação cármica negativa com que retornam à vida após a morte, quando, da próxima encarnação, terão comportamentos homossexuais.
É válido, também, informar que as motivações dos comportamentos homossexuais não se limitam ao acima exposto.
Nas notas referidas, algumas outras causas serão referenciadas.
Segue Aqui - Amor - Almas Gêmeas - Apostila 6