Buscar a Alma Gêmea
Aspirar o Encontro com a Alma Gêmea
Sobre o fenômeno mnemônico da consciência, que traz as lembranças subjetivas, ou atávicas, a insuflar simpatia e posterior amor nas partes que se encontraram, e as possibilidades disso vir a ser despertado, o autor assim fala:
"Um espiritualista deve aspirar conscientemente a esse encontro, meditar sobre ele, criar sua imagem mental, magnetizando-a com sua vontade.
Tal concentração mental pode agir como um imã para esta ou a futura encarnação, especialmente se a outra metade faz o mesmo (Página 50 - Grifos nossos)
O que temos no trecho do livro acima citado é realidade inconteste.
Nosso pensamento é ação, e a palavra concentração é a junção de duas outras, quais sejam: concentra e ação.
Disso deriva que um pensamento repetitivo, isto é, a concentração em uma só idéia, em mentalização da imagem daquilo que se deseja, irá provocar uma ação no plano Mental.
Desse plano, o fluxo comandará a criação de um simulacro da idéia no plano Astral.
Simulacro, quer dizer, uma imagem sólida.
Por estar no plano Astral este simulacro tem todas as características de real, pois naquele plano o pensamento tem força plasmadora.
Sendo assim, e sabendo que podemos ter uma alma gêmea possivelmente encarnada à mesma época na Terra, devemos aspirar encontrá-la.
Afinal, a meta de todos os seres é a busca da felicidade, e o encontro com a alma gêmea sem dúvida trará a felicidade almejada.
Dessa forma, instrui o autor, devemos meditar sobre esse possível encontro criando, nessa meditação, a imagem mental dessa possibilidade.
Criada a imagem mental, diariamente passar a magnetizá-la, como se ela fosse uma tenra plantinha e a estivéssemos a regar com refrescante água para fortalecê-la.
A magnetização diária possui esse semelhante efeito sobre a imagem mental. Fortifica-a.
E a eficácia desse processo será tanto maior se, por uma feliz "coincidência", a nossa, ainda desconhecida alma gêmea, também estiver criando sua imagem mental de mesmo objetivo e magnetizando-a todos os dias.
Apelo à Alma Gêmea desconhecida
No livro há, ainda, um outro trecho relevante à nossa pesquisa.
Trata-se de lançar um apelo à alma gêmea ainda desconhecida, intentando localizá-la no palheiro da existência.
Não se esqueçam que somos sete bilhões de seres humanos viventes, presentemente, na Terra. (2010).
Seriam seis bilhões, novecentos e noventa e nove milhões, novecentos e noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove rostos a serem pesquisados.
E sair por aí perguntando: É você... é você... é você minha alma gêmea?... se nem sabermos se ela está na Terra...?
Algo totalmente impossível de ser efetuado, e mesmo que fosse possível, totalmente improdutivo porque um tal comportamento levaria qualquer pessoa ao esgotamento de suas emoções.
O Amor não se descobre braçalmente.
Ele é como uma brisa que, soprando, nos toca levemente e inspira crescentes emoções, ao invés de esgotá-las.
Aliás, é o Amor que nos descobre.
Sobre isso diz o livro:
"Um caso específico da aplicação de tal concentração mental, é um apelo mágico, dirigido à alma gêmea ainda desconhecida.
O poder mágico desse apelo cria no mundo astral uma vibração totalmente individual, que provoca uma reação, quase sempre incompreendida, na alma que possui a mesma vibração astral, estabelecendo uma ligação invisível.
No caso de ser esta bastante intensa, segundo a lei, mais tarde realizar-se-á também no plano físico (Grifos nosso - Página 50)
O trecho que acabamos de citar, praticamente foi comentado acima.
O que o autor do livro chama de vibração totalmente individual, significa que, ao lançar o apelo via mentalização, somente uma só pessoa poderá vir a senti-lo.
Se é que ela existe e está encarnada na Terra.
Também pode ser que ela exista mas não esteja encarnada e sim vivente no Astral.
Sendo assim, sintonizará as vibrações mas não terá como corresponder, objetivamente, a elas.
Admitindo, entretanto, que tal ser esteja encarnado, este, no caso, é a alma gêmea.
Nenhuma outra pessoa será sensível a essas vibrações.
A vibração da imagem mental estabelecerá com ela uma "ligação invisível".
Este é o apelo e, em razão dele, nas continuadas magnetizações, algum tempo depois, tempo que poderá ser curto, ou longo, dar-se-á o tão desejado encontro aqui no plano físico.
Outra possibilidade
Como o campo do ocultismo possui muitos caminhos, além do que comentamos acima, existe uma outra modalidade com a qual se possa buscar contato com a possível alma gêmea.
Para falar dela, primeiro reproduziremos outro trecho do livro que está nos servindo de inspiração.
"O ocultismo admite uma outra possibilidade: a de criar um androginato oculto, artificial, com a condição, todavia, de existir uma semelhança vibratória entre as duas almas
(Para recordar, androginato é aquela entidade que o casal cria no mundo astral, cujo desenho está na figura 10)
"Entretanto, nenhum mago tem o poder de criar artificialmente a união espiritual como a que acontece entre as verdadeiras almas gêmeas.
Além disso, a criação do androginato artificial possui um lado perigoso: O mago toma sobre si o carma da alma por ele transformada (Páginas 50 e 51)
Também de grande importância é a informação acima que envolve aquela situação em que uma pessoa, desejando outra, e não sendo por ela correspondido, usa dos recursos da magia para atrai-la a si.
Se essa pessoa não possui conhecimentos de magia para que possa, ela mesma, efetuar o processo de atração, acaba recorrendo a alguém que o faça, por ela.
Seja na forma direta ou por intermédio de um executante, se houver semelhança vibratória entre a pessoa que deseja e a pessoa desejada, é possível que venha de ocorrer o efeito de atração, e as duas pessoas virem de se encontrar, simpatizarem e até se unirem.
Entretanto, jamais será igual à união entre duas almas gêmeas verdadeiras.
Além do que, é muito provável que a união não seja duradoura.
Sobre o que o autor do livro chama de lado perigoso, é preciso dizer que recairá sobre quem pediu a mágica, bem como sobre quem a fez, um carma muito pesado.
Torna-se, ou tornam-se conforme o caso, responsáveis pelos destinos da pessoa atraída.
Responderão pela infelicitação que essa tal pessoa vivenciar em razão da atração de que foi vítima e à qual não estava destinada.
Com as duas pessoas que se uniram sob tal efeito mágico, como ficou citado acima, poderão ocorrer muitas discórdias, pois elas não estavam destinadas a ligarem suas vidas.
É claro que se houver compreensão e tolerância entre elas, os efeitos negativos de uma tal união poderão ser atenuados, e até anulados. Mas isso dependerá do esforço de cada uma.
Portanto, a tentativa de forçar uma união através de atos mágicos é, em todos os sentidos, desaconselhável, pois é muito remota a possibilidade de que entre essas duas pessoas ocorra harmonia, não compensando, por isso, os riscos de assumir o carma vivencial da pessoa atraída.
Para ilustrar o caso podemos usar do exemplo do que acontece à superfície calma de um lago quando sobre ela é atirada uma pedra.
A pedra, ao tocar a superfície da água, provoca ondas artificiais que, contudo, são de pequena duração.
Passado o impulso que o choque da pedra com a água causou, cessam as ondas e a superfície do lago volta ao estado anterior de calmaria.
Com as pessoas que se uniram sob o poder mágico também acontece algo semelhante.
Uma onda de choque provocou suas aproximações agitando suas vidas. Uniram-se.
Mas foi passando o efeito daquela onda de choque e cada uma, por sua vez, reconhecendo o equívoco do que pretenderam, passam a desejar a separação, pois concluem que não é possível manter uma união harmoniosa.
O casal se separa, às vezes, sob forte tensão de incompreensões e aflições, deixando a vítima da magia marcada para sempre.
Essa marca de dores é o saldo cármico que recairá sobre quem desejou a magia e sobre quem a fez.
Carma
Com relação ao carma cabe, ainda, uma outra informação.
O carma não é fatalista, mas é implacável.
Ou seja, o carma pode ser modificado, desde que assim as vontades sejam aplicadas no sentido de dar-lhe uma direção equilibrada, o que quase sempre exige compreensão da situação que se vive e renúncia aos atos de egoísmo.
O que significa que, uma vez ele tendo sido criado, é preciso muita habilidade para equilibrá-lo ante os outros fatores que, verdadeiramente, estavam destinados aquele Ser.
Sem essa habilidade a pessoa ver-se-á frente à implacabilidade dos acontecimentos, vivendo as consequências dos atos que o desencadearam.
E, convenhamos, pouquíssimas pessoas sabem lidar com essa engenharia cósmica.
O mais comum de se ver é o desencadeamento de conflitos causados pela inabilidade das pessoas em lidar até com suas vidas próprias, mais difícil ainda, quando se trata de interagir com outras vidas.
O que se denota disso é que o Amor não é para ser tomado de assalto.
É uma doação. Doação deve ser espontânea e não coagida.